Homem acusa médico do trabalho de preconceito: "Você é cego ou burro?"
Há um ano e meio, Jailton Silva trabalhava em uma empresa como encarregado administrativo. Ele, que tem a perna esquerda amputada por causa de um acidente de trânsito, precisou se afastar do trabalho por causa de sequelas deixadas pela doença
Há um ano e meio, Jailton Silva trabalhava em uma empresa como encarregado administrativo. Ele, que tem a perna esquerda amputada por causa de um acidente de trânsito, precisou se afastar do trabalho por causa de sequelas deixadas pela doença. Porém, o homem afirma que, ao buscar o médico do trabalho da empresa, foi recebido com palavras ofensivas.
"Eu tinha levado para ele os laudos médicos, mas ele insistia que não havia necessidade de afastamento. Mesmo eu estando com os pulmões comprometidos pela doença”, conta Jailton, morador do bairro do Pau Miúdo, em Salvador. Ao questionar se o médico da decisão, teria ouvido em alto e bom som:"você é cego ou burro? Já disse que você não precisa se afastar".
Jailton conta que pediu ao médico mais respeito e, ao sair do local, decidiu registrar boletim de ocorrência. Para surpresa dele, 15 dias depois, foi demitido da empresa. “Um colega até me alertou que ouviu boatos da minha denúncia e que eu poderia sofrer retaliações", afirma.
Sem emprego e sem receber os valores da rescisão, Jailton entrou na justiça. Mas um ano e meio se passou e ainda não ocorreram as audiências. A primeira contra a empresa será no próximo dia 14. Já a com o médico está prevista para mês que vem. Enquanto isso, Jailton vai se virando como pode para conseguir manter a casa. “Preciso que a justiça seja feita. Afinal, pessoas com deficiência - a todo momento - têm seus direitos desrespeitados, e se for preta... pior ainda”, declara.
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