Delegado e policiais são investigados por suposto desvio de fuzis
A suposta ação do delegado Nilton Tormes e dos oficiais teria ocorrido após uma operação realizada em 2024
Por Da Redação.
O coordenador do Departamento de Polícia Metropolitana de Salvador (Depom), delegado Nilton Tormes, e policiais estão sendo investigados por suspeita de envolvimento em desvio de fuzis apreendidos.
A suposta ação teria ocorrido após uma operação realizada em 2024. Na ocasião, seis fuzis, uma submetralhadora e mais de mil munições foram apreendidos no bairro do Caji, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, em um local utilizado por traficantes para guardar armas e drogas.
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A investigação sobre um possível envolvimento do delegado no desvio das armas transcorre sob sigilo, pela Polícia Civil. Em nota, a assessoria da corporação disse que a "Polícia Civil da Bahia confirma ter realizado o cumprimento de um mandado de busca visando apurar denúncias sobre conduta irregular de policiais. As investigações continuam em sigilo visando o total esclarecimento dos fatos".
Tormes, em nota enviada ao G1, disse que ficou surpreso ao ser comunicado sobre o inquérito e que vai colaborar com a investigação.
Confira nota na íntegra:
"Primeiramente, é importante ressaltar que o objeto da investigação se refere a uma operação oficial da Polícia Civil do estado da Bahia, que contou com a autorização da instância superior, com a participação de policiais do Depom e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). Essa operação, inclusive, foi amplamente coberta pela mídia nacional devido ao sucesso na recuperação de armas de fogo de grosso calibre, drogas e munições.
Diante dessas circunstâncias — especialmente considerando o resultado positivo da operação e a atuação efetiva de órgãos e autoridades máximas da SSP-BA — recebi com surpresa o início da investigação, mas sempre respeitei a opção político-institucional.
Continuo colaborando ativamente com a investigação, uma vez que não tenho nada a temer. Assim, espero que a apuração revele a regularidade do meu exercício da função pública ao longo de mais de 20 anos na Polícia Civil, e que a verdade dos fatos aparecerá demonstrando a idoneidade que sempre me pautou. Por fim, é importante esclarecer que o objeto da investigação não envolve a apuração de homicídio. Destaco que atuo na condição de testemunha do Ministério Público nos autos que tramitam e julgarão o referido homicídio".
O espaço está aberto, caso o delegado, ou qualquer um dos envolvidos na investigação queira se manifestar.
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