Delegado Nilton Tormes é exonerado após investigações sobre fuzis

Apesar da saída do cargo de coordenador do Depom, Tormes pode seguir exercendo as funções como delegado

Por Da Redação.

O delegado Nilton Tormes e Araújo foi exonerado do cargo de coordenador do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom). A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado da Bahia nesta quarta-feira (26), após Tormes ser vinculado a uma denúncia sobre o desaparecimento de fuzis apreendidos em uma operação e as mortes de dois informantes.

Mas, por mais que tenha deixado o cargo de coordenação, a exoneração não impede Tormes de ser delegado. A denúncia, que resultou na investigação contra ele, levou ao cumprimento de mandados de busca e apreensão no Depom e na residência de Tormes, no bairro da Pituba, em Salvador. Lá, um computador, um pen drive e um celular foram apreendidos.

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Foto: SSP-BA/Arquivo

A investigação, iniciada pela Corregedoria da Polícia Civil sob o comando da então delegada-geral Heloísa Brito, também envolveu a Polícia Militar. Além de Tormes, um cabo da Polícia Militar lotado no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) teve mandados cumpridos na casa em que mora. A Corregedoria da Polícia Militar participou da ação.

Em nota, a Polícia Civil da Bahia afirmou que "confirma ter realizado o cumprimento de um mandado de busca visando apurar denúncias sobre conduta irregular de policiais" e destacou que "as investigações continuam em sigilo visando total esclarecimento dos fatos".

Investigações

A operação investiga o desvio de parte de um arsenal de fuzis apreendido em julho de 2024, durante uma ação policial no bairro do Caji, em Lauro de Freitas, em um local utilizado por traficantes para esconder armas e drogas. Na ocasião, seis fuzis foram apresentados ao Depom, mas uma denúncia apontou que o número real seria de pelo menos 20.

A investigação também está vinculada às mortes de dois informantes, Jeferson Sacramento Santos e Josenal Santos Souza, que, de acordo com a denúncia, teriam sido sequestrados e mortos em uma "queima-de-arquivo".

A denúncia revelou que a esposa de uma das vítimas procurou a Delegacia Especializada em Antissequestro, alegando extorsão por parte de policiais militares. A partir dessa denúncia, a investigação foi ampliada para as corregedorias das polícias Civil e Militar. Em 29 de agosto do ano passado, um capitão do Departamento Pessoal, um soldado da 37ª CIPM/Liberdade e um PM da reserva foram presos durante cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão nos bairros de Brotas, Nova Brasília, Itapuã, e no Caji, em Lauro de Freitas. 

Além dos fuzis, foram apreendidos uma submetralhadora e 10 kg de pasta-base de cocaína.

Foto: SSP-BA/Arquivo

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