Catadores coletam 12 toneladas de recicláveis no São João de Salvador

Coleta de 12 toneladas de recicláveis no São João de Salvador foi apoiada pelo projeto Arraiá Sustentável e Solidário

Por Júlia Naomi.

Durante o São João de Salvador de 2025, cerca de 650 catadores coleratam mais de 12 toneladas de recicláveis. Com o apoio da 4° edição do projeto Arraiá Sustentável e Solidário, eles atuaram no Parque de Exposições e na Praça de Paripe, entre os dias 18 e 23 de junho.

Cerca de 650 catadores coletaram mais de 12 toneladas de recicláveis no São João de Salvador. Foto: Divulgação / ASCOM CAMA

Ao longo dos seis dias de eventos, catadores autônomos e cooperados coletaram 5.179 kg de alumínio, 2.295,6 kg de garrafas PET, 2.112,9 de plásticos, 1.524,1 kg de vidro e 1.017,2 kg de papelão, o que totaliza 12.128,8 kg de resíduos.

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A comercialização solidária e destinação adequada dos resíduos sólidos foi apoiada pelo projeto Arraiá Sustentável e Solidário, que montou espaços de suporte aos trabalhadores, denominados Vilas Juninas. Esta iniciativa é promovida pela ONG Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA), em parceria com cooperativas de reciclagem.

Os catadores cadastrados no evento também receberam fardamento completo e equipamentos de proteção individual (EPIs): camisa, calça, luvas, protetor auricular, capa de chuva, bota, meião e uma mochila sustentável, feita com lona reutilizada e produzida pelo empreendimento Costura Solidária Sustentável.

Cadastro dos catadores para o projeto Arraiá Sustentável e Solidário no São João de Salvador 2025. Foto: Divulgação / ASCOM CAMA

"O mais importante é valorizar os trabalhos dos catadores e catadoras e das cooperativas que estiveram presentes nas vilas juninas de reciclagem em Salvador", diz Andreia Araújo, coordenadora executiva do CAMA.

Nas vilas, os trabalhadores comercializam os resíduos, com valores de até R$ 7,00/kg para latas de alumínio e R$ 1,00/kg para garrafas PET. Eles também receberam bonificações de R$ 50,00 a cada 20 kg de plástico ou PET coletados.

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Conheça os impactos da coleta das 12 toneladas de recicláveis no São João de Salvador

De acordo com os ecoindicadores desenvolvidos pela ONG Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA), cerca de 51 m³ de resíduos deixaram de ser acumulados em aterros sanitários. Este volume equivale a 2 caminhões compactadores de 25 m³. 

A ONG CAMA constatou que a reciclagem dos resíduos evitará a emissão de 31 toneladas de CO2 na atmosfera. Além disso, mais de 148 mil litros de água e 282 mil kWh de energia elétrica serão poupados. 

Alumínio coletado no São João de Salvador. Foto: Divulgação / ASCOM CAMA

"Quando os resíduos sólidos têm a destinação adequada, deixam de ser um problema e passam a ser solução. A tecnologia socioambiental desenvolvida pela ONG CAMA mostra que é possível transformar impacto ambiental negativo em ganho coletivo para o planeta e para as pessoas", destaca Ana Carine Nascimento, bióloga e coordenadora executiva do CAMA.

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Projeto Arraiá Sustentável e Solidário atuou pela primeira vez em Jequié e Amargosa

A cidade de Amargosa, no centro-sul da Bahia, recebeu o projeto Arraiá Sustentável e Solidário  pela primeira vez durante os festejos juninos de 2025. Mais de 4,5 toneladas de materiais recicláveis foram coletadas, entre metal, plástico, papelão e papel. Jequié, no sudoeste do estado, também participou do projeto pela primeira vez e estima que mais de 4 toneladas de recicláveis foram coletadas durante os seis dias de festa.

Segundo os ecoindicadores da ONG CAMA, com o trabalho dos catadores no interior, aproximadamente 15 toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas na atmosfera. 

Parcerias para a realização da 4° edição do Arraiá Sustentável e Solidário

Catadora cadastrada no projeto Arraiá Sustentável e Solidário em Salvador. Foto: Divulgação / ASCOM CAMA

Em Salvador, o Arraiá Sustentável e Solidário é uma iniciativa da ONG CAMA junto com 11 cooperativas: Cooperguary, Canore, Cooperlix, CanaRecicla, Crun, Cooperbrava, Cooperes, Cooperbariri, Coleta Cidadã, Caec e Coocreja. Em Jequié a parceria é com a Cooperje. Em Amargosa, com os catadores e a prefeitura.

Há também o apoio do governo do estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), do Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) e do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).

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