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Catadora que teve carrinho destruído por moradores em Piatã faz apelo e detalha crime; "jogou o material no chão"

Ivonilda Pereira vive sozinha, não tem filhos, e trabalha como catadora há mais de 16 anos na mesma região onde tudo aconteceu.

Por Da Redação

Catadora que teve carrinho destruído por moradores em Piatã faz apelo e detalha crime; "jogou o material no chão"leitor/Aratu On

A catadora de recicláveis Ivonilda Pereira Lima, de 46 anos, ainda sofre os danos da agressão gratuita sofrida no bairro de Piatã, em Salvador. O caso aconteceu na segunda-feira (3/5).


Ivonilda vive sozinha, não tem filhos, e trabalha como catadora há mais de 16 anos na mesma região onde tudo aconteceu, na Rua Engenheiro Erociano Cruz Neves. Ela conta que já foi vítima de inúmeras "injustiças" na vida ao longo dos anos. A catadora não acredita que o problema pudesse ser resolvido pela polícia.


Por desacreditar, ela não prestou queixa contra os agressores. "Eu sei que não ia dar em nada, mas pelas imagens dá para identificar ele. Ele tem que pagar", desabafa durante entrevista ao Aratu On.





Ainda ao Aratu On, Ivonilda falou ainda que teve o instrumento de trabalho, um carrinho de mão, completamente destruído por um dos agressores e que o prejuízo não foi ressarcido pelos envolvidos até o memento. A mulher está sem poder trabalhar e, consequentemente, sem saber como pagar as contas.


"Estou precisando de ajuda para pagar meu aluguel. Minha cabeça está ardendo por causa disso! Quem me ajuda a pagar meu aluguel é Deus e meu carro de mão. Esse homem [o agressor] tem que ser processado pelo que ele fez comigo", contou Ivonilda, relatando que só restou uma das rodas do instrumento de trabalho depois do ataque.



"Eu não cato no lixo, pego nas casas, nos condomínios. O pessoal já me conhece e guarda para me dar. Inclusive, eu tenho meu saco de náilon, só que naquele dia eu fui para pegar sacos porque estava faltando para catar latinhas. Um idoso viu e começou a procurar problema. Um outro homem, acho que genro dele, viu e começou a falar também. Até que apareceu a mulher que 'bafou' do nada o saco da minha mão. Quando eu fui falar para ela me devolver, a mulher caiu e se arrebentou toda", explicou a trabalhadora informal acerca do fatídico dia.


Segundo o relato da vítima, o companheiro da mulher que havia caído surgiu em meio à confusão e entendeu que ela havia sido agredida por Ivonilda. Por conta disso, o rapaz partiu para a agressão física e verbal contra a catadora e seu instrumento de trabalho. "Ele veio de lá pra cá com dois utensílios na mão, parecendo facas. Jogou meu material no chão chutou meu carrinho e pisou. Amassou tudo e só restou a roda. Mas, ele tem que pagar", suplicou. 


Câmeras de segurança do local mostram toda a agressão, mas a dupla suspeita não foi responsabilizada pelo crime. A única coisa que a Ivonilda reivindica é o carrinho de mão. Segundo ela, apesar de o proprietário do imóvel onde ela vive ter tomado conhecimento da situação, o rapaz segue cobrando a mensalidade atrasada.


"Eu fui aprovada pelo Bolsa Família, mas estou sem cartão há cerca de um mês. Então realmente não tenho de onde tirar esse dinheiro. Se alguém puder me ajudar, com o que for, eu agradeço", apela a trabalhadora. Interessados em ajudar podem entrar em contato por meio do Direct do Instagram do Aratu On. 


LEIA MAIS: Vídeo registra momento em que catadora é agredida por casal de moradores em Piatã


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