Entre os dias 20 e 30 de julho, o Goethe-Institut, no Corredor da Vitória, recebe a Casa Mulher com a Palavra, projeto que contará com mais de 50 atividades nas áreas da literatura, audiovisual, artes cênicas e música voltadas para pautas como igualdade de gênero e a valorização das mulheres.

O projeto tem como objetivo central promover a conversa aberta e franca, por meio da palavra livre, da escuta atenta e da troca de experiências entre mulheres. O evento conta com um time de curados composto pela cineasta Mariana Jaspe, a escritora e mestra nos estudos interdisciplinares sobre mulheres, gênero e feminismo (PPGNEIM/ UFBA) Dedê Fatumma, a dramaturga, escritora, atriz, roteirista e pesquisadora das Artes Cênicas, Mônica Santana e Marilia Moreira, jornalista e diretora de operações e tecnologia do Instituto AzMina.

A ativista Carla Akotirene participará da mesa de abertura, no dia 20, às 19h e trará uma perspectiva enriquecedora sobre negras intelectuais. A mesa terá mediação da comunicadora e apresentadora Rita Batista. Se juntam a elas, nos demais dias de programação, um time de mulheres que se destacam nas lutas antirracista e feminista no Brasil, como a escritora Joice Berth, a educadora Bárbara Carine, a artista plástica e política Erica Malunguinho, a jurista Lívia Sant’Anna Vaz, entre outras.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2023-06-23/thiago-aquino-e-alceu-valenca-animam-primeira-noite-de-festejos-juninos-em-salvador/">Thiago Aquino e Alceu Valença animam primeira noite de festejos juninos em Salvador</a>

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Durante o <a href="https://aratuon.com.br/variedades/velorio-de-wanda-chase-e-marcado-por-homenagens-e-emocao-em-salvador" target="_blank" rel="noopener">vel&oacute;rio da jornalista Wanda Chase</a>, na tarde desta sexta-feira (4), no Cemit&eacute;rio Campo Santo, em Salvador, amigos e colegas de profiss&atilde;o prestaram homenagens e lembraram o legado da comunicadora, que morreu na &uacute;ltima quarta-feira (2), aos 74 anos. Reconhecida como uma refer&ecirc;ncia no jornalismo baiano, especialmente na cobertura de temas ligados &agrave; cultura e &agrave; identidade negra, Wanda foi lembrada com carinho por quem conviveu e trabalhou com ela.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/578bacda-f1f7-4232-bf17-962c91deccf0.jpg?width=800&amp;height=500" alt="Wanda Chase era refer&ecirc;ncia para colegas">
O jornalista Osmar Marrom, parceiro de longa data de Wanda, falou sobre a rela&ccedil;&atilde;o de amizade e admira&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Trabalhei com Wanda Chase dez anos, mas j&aacute; a conhecia h&aacute; muito tempo. Wanda era meu contraponto. Ela sempre foi uma pessoa s&eacute;ria e eu mais palha&ccedil;o", iniciou, destacando como "admir&aacute;vel" a luta dela pela causa dos pretos e da m&uacute;sica da Bahia.
Ele tamb&eacute;m destacou o compromisso de Wanda com os artistas, preocupando-se principalmente com os que vinham da periferia e come&ccedil;avam a ganhar dinheiro atrav&eacute;s da m&uacute;sica. "Ela orientava, falava pra comprar apartamento", lembrou. "Era uma baiana nata. Pena que n&atilde;o deu tempo de receber o t&iacute;tulo [de cidad&atilde; baiana]", completou.
+ <a href="https://aratuon.com.br/celebridades/wanda-chase-lancaria-livros-sobre-axe-music-e-cultura-baiana-este-ano" target="_blank" rel="noopener">Wanda Chase lan&ccedil;aria livros sobre Ax&eacute; Music e cultura baiana este ano</a>
Casemiro Neto, que tamb&eacute;m trabalhou com Wanda por mais de 20 anos, somando TV Bahia e TV Aratu, afirmou que s&oacute; tem lembran&ccedil;as boas da amiga e ressaltou o pioneirismo dela na transforma&ccedil;&atilde;o do jornalismo local:&nbsp;"Ela rompeu barreiras no jornalismo da Bahia. Abriu caminhos para que gente preta assumisse postos de comando no jornalismo", comentou. "Acima de tudo, tem minha admira&ccedil;&atilde;o, o meu amor e a minha amizade por uma pessoa que far&aacute; uma falta imensa. N&atilde;o s&oacute; a mim, mas acho que a toda a Bahia", concluiu Cas&eacute;.
O apresentador L&eacute;o Sampaio disse que, antes de tudo, era f&atilde; de Wanda Chase, e depois teve o privil&eacute;gio de se tornar um amigo. "Nos transformamos em bons amigos, parceiros de transmiss&atilde;o, colegas de trabalho. Uma saudade imensa e uma lacuna absurda que ela vai deixar no nosso setor do jornalismo.&rdquo;&nbsp;&nbsp;
Ele lembrou o &uacute;ltimo encontro com a jornalista, no podcast dela, do qual participou junto com Marrom, em fevereiro: "Foi super descontra&iacute;do, com hist&oacute;rias incr&iacute;veis. Mas faz parte. Grande saudade. Uma profissional e amiga querida, que com certeza est&aacute; nos bra&ccedil;os do nosso pai maior, Jesus Cristo.&rdquo;
<h3 style="text-align: justify;">'Jornalismo padr&atilde;o Wanda Chase'</h3>
A jornalista Silvana Freire falou que foi acolhida por Wanda logo no in&iacute;cio da carreira e destacou a generosidade da colega. "Me estendeu a m&atilde;o, me acolheu e depois se tornou minha amiga. Sempre foi uma pessoa de acolher, ensinar e estar disposta a ajudar. Como aprendemos ao lado de Wanda!", afirmou.
"A gente v&ecirc; aqui, hoje, uma unanimidade: pessoas de todas as religi&otilde;es, de todas as emissoras... Ela &eacute; isso, essa unanimidade. Uma pessoa querida por todos n&oacute;s, por sempre ser elegante, gentil, discreta, correta. Um jornalismo padr&atilde;o Wanda Chase", finalizou.
Tamb&eacute;m presente na cerim&ocirc;nia, o jornalista Z&eacute; Raimundo endossou a generosidade de Wanda e a relev&acirc;ncia dela para o jornalismo e a cultura da Bahia. "Wanda era uma amiga t&atilde;o querida, uma colega t&atilde;o generosa, uma pessoa t&atilde;o importante para o jornalismo baiano e brasileiro. Para a classe art&iacute;stica tamb&eacute;m. Wanda j&aacute; deixou uma lacuna que dificilmente ser&aacute; preenchida", refletiu.
Ele relembrou o in&iacute;cio da amizade entre os dois, em Campina Grande, na TV Para&iacute;ba, e o encontro posterior em Salvador. "Wanda abriu muitas portas, deu exemplos de generosidade e solidariedade. Wanda &eacute; uma pessoa querida e inesquec&iacute;vel", concluiu Z&eacute; Raimundo.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/547af050-5636-4a4a-910c-31729802079f.jpg?width=781&amp;height=576" alt="Vel&oacute;rio de Wanda Chase foi realizado nesta sexta-feira (4), em Salvador">
<h3>Vel&oacute;rio de Wanda Chase</h3>
Sob aplausos e ao som de m&uacute;sica percussiva. Assim que o caix&atilde;o com o corpo da jornalista Wanda Chase saiu da capela do Cemit&eacute;rio Campo Santo, em Salvador, na tarde desta sexta-feira (4). O empres&aacute;rio e agitador cultural Clarindo Silva e o cantor e multi-instrumentista Carlinhos Brown fizeram a condu&ccedil;&atilde;o, ao passo que integrantes da Banda Did&aacute;, do Olodum e do Il&ecirc; Aiy&ecirc; acompanharam o cortejo at&eacute; o cremat&oacute;rio.&nbsp;
A cerim&ocirc;nia come&ccedil;ou &agrave;s 13h e reuniu amigos, familiares, colegas de profiss&atilde;o, artistas e representantes da cultura afro-baiana. Estiveram presentes para prestar as &uacute;ltimas homenagens nomes como a cantora Gilmel&acirc;ndia,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/cultura/se-nao-fosse-mae-hilda-nao-celebrariamos-50-anos-do-ile-diz-vovo-fundador-do-bloco-afro" target="_blank" rel="noopener">Vov&ocirc; do Il&ecirc;</a>, o secret&aacute;rio de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, e jornalistas como Gi&aacute;como Mancini, Patr&iacute;cia Nobre, Andrea Silva, Ana Val&eacute;ria, Thiago Mastroiani, Gustavo Castelucci, Georgina Maynart, Tarsila Alvarindo, Nai&aacute; Braga, Luana Assis, Casemiro Neto, Silvana Freire e L&eacute;o Sampaio.
<h3>Morte de Wanda Chase</h3>
<a href="https://aratuon.com.br/cidade/velorio-de-wanda-chase-acontece-nesta-sexta-feira" target="_blank" rel="noopener">Wanda Chase morreu na quarta-feira (2)</a>, v&iacute;tima de um aneurisma dissecante da aorta. Ela deu entrada na ter&ccedil;a-feira (1&ordm;) no Hospital Teresa de Lisieux, em Salvador, ap&oacute;s sentir-se mal. Foi submetida a uma cirurgia de urg&ecirc;ncia, mas n&atilde;o resistiu e faleceu na unidade de sa&uacute;de.
Natural de Manaus, Wanda construiu sua carreira jornal&iacute;stica na Bahia, onde se tornou refer&ecirc;ncia em coberturas de festas populares, especialmente o Carnaval. Atuou por 27 anos na TV Bahia, e tamb&eacute;m teve passagens pela TV Aratu, TVE e pelo portal Ibahia.

O prazo de inscrição para a 4ª edição do "ÌYÁ'S - Festival de Arte de Mulheres Negras: A presença feminina negra no matrigestar do futuro" está na reta final, se encerra no domingo (26/5). A chamada pública consiste em uma seletiva nacional para atrizes negras de todo país que desejem apresentar seus trabalhos,
As interessadas podem inscrever seus espetáculos de artes cênicas, que podem ser monólogos, performances e outras modalidades da cena. O objetivo da ação é abrir um espaço para produções de mulheres negras do setor artístico e cultural. Além de oportunizar que estas artistas mulheres possam apresentar suas criações e também integrar a programação do festival que acontecerá em Salvador de 18 a 26 de julho.
O prazo para encerramento das candidaturas será até às 23:59 do dia 26 de maio, <a href="https://linklist.bio/festivaliyas" target="_blank" rel="noopener">através do link do projeto</a> no perfil do ÌYÁ’S - Festival de Arte de Mulheres Negras e o resultado também será divulgado nas redes sociais do evento, <a href="https://www.instagram.com/festivaliyas/" target="_blank" rel="noopener">@festivaliyas</a>.
Idealizado pelas atrizes e produtoras culturais Eddy Veríssimo e Juliana Monique, o projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.
SERVIÇO
ÌYÁ’S - Festival de Arte de Mulheres Negras abre seletiva nacional para atrizes negras
Quando: até dia 26 de maio
Inscrição: <a href="https://linklist.bio/festivaliyas" target="_blank" rel="noopener">linklist.bio/festivalyas</a>
Informações: <a href="https://www.instagram.com/festivaliyas/" target="_blank" rel="noopener">@festivaliyas</a>

Neste sábado (2/12), será realizada a terceira edição do ÌYÁ’S - Festival de Arte de Mulheres Negras, evento que trará em sua programação multilinguagens artísticas como música, canto, artes visuais, poesia e performance. O festival acontece no Teatro da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a partir das 16h, e tem entrada gratuita.

O ÌYA’S abre espaço para mulheres negras profissionais do setor cultural apresentarem suas obras e, dentre as programações do evento, o público poderá assistir à experimentação cênica da atriz Angela Daltro, por meio do espetáculo Eclipse Lunar. Como participação especial, artistas da instituição UNIRIO farão performances no evento.

A grade de programação do ÌYA’S ainda conta com apresentações da Campêlo Cia de Dança trazendo “Alagbaras - A força feminina”; as poetisas Ametista Nunes e Myriam Santana; o espetáculo “Memórias Povoadas” dirigido pela atriz Cássia Valle e “Nas Artes Visuais”, com Ananda Santana. As apresentações musicais ficarão por conta de Samba Ohana, também haverá o show do grupo Gira Delas e outras atrações.

Segundo Juliana Monique, uma das idealizadoras do festival, “as mulheres lastreiam a produção cultural deste país, e o festival é uma oportunidade de saudar oris tão potentes, aquilombando as mais velhas com as mais novas, no melhor sentido do aquilombar”.

Esta edição do festival, acontece em parceria com o<a href="https://aratuon.com.br/cultura/2023-11-29/7o-forum-negro-de-arte-e-cultura-fnac-2023-celebra-a-memoria-da-militancia-da-cultura-negro-brasileira/" target="_blank" rel="noopener"> 7º Fórum Negro de Arte e Cultura - FNAC 2023</a> reúne professores, pesquisadores, mestres e mestras da tradição, artistas, estudantes e membros da sociedade civil, todos engajados na luta antirracista dentro e fora das instituições acadêmicas.

SERVIÇO

3º edição do ÌYÁ’S - Festival de Arte de Mulheres Negras

Onde: Teatro UNEB - Campus I (Cabula)
Quando: sábado (2/12), a partir das 16h
Quanto: gratuito
Informações: <a href="https://www.instagram.com/festivaliyas/" target="_blank" rel="noopener">@festivalyas</a>

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Nesta terça-feira (25/7), Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, acontece o 2º Prêmio Mãe Estela de Oxóssi. Criado pelo Comitê de Prevenção e Combate do Racismo da Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), a premiação será entregue às 20 colaboradoras negras que mais se destacaram em prol do Sistema Único de Saúde (SUS).
O evento integra o "Julho das Pretas" na fundação. Há duas semanas, as redes sociais da Fesf ficaram abertas para que negras que transformam o SUS pudessem contar suas experiências. Agora é a vez do evento final, com a entrega dos troféus, nesta terça, a partir das 13h30, no auditório da Secretaria de Saúde Pública do Estado da Bahia (Sesab).
Neste ano, o tema do prêmio será "Heroínas do SUS - As Contribuições das Mulheres Negras na Saúde Pública". A votação foi feita nos próprios trabalhadores de todos os serviços da FESF-SUS, indicando a colaboradora que mais fez pela população preta de Salvador. O evento é aberto a todos.
Na mesa institucional de abertura estarão a secretária de Saúde do Governo da Bahia, Roberta Santana; representando a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Ubiraci Matildes; o diretor geral da FESF-SUS, Ricardo Mendonça; e a integrante do Comitê de Combate ao Racismo Institucional da FESF-SUS, Thais Wanda.
"87% dos trabalhadores da FESF são mulheres, dentre as quais 80% são mulheres pretas. Esse número expressivo nos orgulha, mas também aumenta a nossa responsabilidade para com as políticas públicas voltadas para este público", disse o diretor-geral Ricardo Mendonça.
MESA TEÓRICA
Para discutir o tema deste ano, "Heroínas do SUS: as contribuições das mulheres negras para a saúde pública", a FESF convidou dois nomes de peso: a escritora Vanda Machado e a coordenadora médica do Hospital Couto Maia, Dra. Alice Sena.
Com 12 livros publicados, todos sob uma ótica de entender o universo afro, Vanda foi uma das roteiristas do documentário "O Cuidar nos Terreiros e Saúde". Ela também é fundadora do Projeto Político Pedagógico Irê Ayó, que combina pesquisa participativa, abordagem autobiográfica, o pensamento africano e sua abrangência.
Já a médica infectologista Alice Sena, tem especialização em Epidemiologia Hospitalar e Controle de Infecção, pela UNEB, além de curso de extensão em Saúde do Trabalhador, pela UFBA, e também é formada em Direito. Ela é perita médica legista, foi Diretora Técnica do Instituto Médico Legal (IML) Nina Rodrigues por seis anos, local onde hoje é Diretora Adjunta.
VENCEDORAS
1 - Hospital Municipal-Infantil Dr Joaquim Sampaio (HMIJS): Maria das Graças dos santos
2 - Maternidade Regional de Camaçari (MRC): Carla Lopes Conceição
3 - Policlínica de Escada: Jheneluce Landinho
4 - Policlínica de Narandiba: Érica Regina Souza Santos
5 - Serviço de Verificação de Óbito (SVO): Cleide Miranda de Oliveira
6 - Telessaúde: Yasmin Conceição Brito
7 - Apoio Institucional: Elisa Carvalho e Daniele Machado
8 - Superintendência de Vigilância Sanitária (Suvisa): Lorena Araujo da Encarnação
9 - Serviços Multiprofissionais: Angelina Neta
10 - Sede: Edneia Bahia do Carmo (Agente de Higienização)
11 - Projeto Primeiro Emprego (PPE): Lais Santos Rodrigues e Jilmara Nascimento
13 -Diretoria de Ciência, Tecnologia e Informação (DFTI): Rosália Santos Paixão
14 - Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB): Janete Paiva
15 - Núcleo Financeiro (Nufic): Vania Teles
16 - Núcleo de Gestão de Pessoas (NUGEP): Viviane Fonseca
17 - Assessoria de Planejamento e Gestão: Nadja Almeida Guimarães
18 - Assessoria de Comunicação (ASCOM): Livia Calmon

As Jornadas de Junho de 2013 começaram com um protesto contra o aumento da passagem do transporte público do Movimento Passe Livre (MPL) em São Paulo. Durante aquele mês, a onda de manifestações ganhou novas pautas, adesões e cidades. Ativistas se engajaram e também pessoas sem experiência alguma na militância social. No auge do movimento, no dia 20 de junho de 2013, mais de um milhão de pessoas foram às ruas em 388 cidades do Brasil, incluindo Salvador. Na capital baiana, segundo a Polícia Militar, 20 mil pessoas participaram das Jornadas, número menor, como veremos a seguir, do que o citado por quem participou deste momento histórico.

Entre eles, estava o ativista Onã Rudá, então diretor da União dos Estudantes da Bahia, com 23 anos. Hoje, 10 anos depois, Onã lidera a União Nacional LGBT Bahia e é uma voz importante na causa antirracista do estado. O ativista é o primeiro entrevistado da série de Aratu On sobre as marchas de 2013 em Salvador. No relato, Onã rememora a sua experiência, avalia o impacto das manifestações na vida dele e reflete sobre os desdobramentos das Jornadas para o ativismo. "Parecia que estava em uma guerra, toda hora uma explosão", lembra Onã. 

Confira aqui o relato do ativista sobre as Jornadas em Salvador:
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Vídeo: Juana Castro | Edição: José Neto

"Cena de guerra"

O ativista conta que havia chegado em Salvador de um congresso da União dos Estudantes da Bahia quando soube das manifestações. "Ninguém imaginava que, ao chegar ao Iguatemi, a gente veria mais de 120 mil pessoas, mas 120 mil pessoas que não sabiam pra onde ir, o que pedir, o que dizer". Onã também testemunhou o conflito entre a polícia e os manifestantes na Avenida Joana Angélica, no Centro da cidade:
<blockquote>"Lembro que eu estava com uma amiga no ombro, o pessoal tocando uma fanfarra, e tinha um grupo conversando com com o pessoal da PM [Polícia Militar]. Só vi esse pessoal sair de costas e, de repente, a Choque [Batalhão de Polícia] tomou a frente. E aí já não teve muita conversa, palavra de carinho, nada não. Bomba, bomba, bomba".</blockquote>
Onã conta que ele e a amiga conseguiram sair da confusão e ir para o Garcia, onde entraram em um bar. "Quando fomos depois para o Campo Grande, só ouvíamos 'bum!'. Parecia que estava em uma guerra, toda hora uma explosão", lembra. "Àquela altura do campeonato, achei que ninguém fosse me prender. Não tínhamos tocado fogo em nada e, de repente, aparece uma guarnição da Choque, olha pra dentro, a gente sentado, e 'taca' uma bomba, e a gente corre para dentro do bar", completa.

O episódio, diz Onã, chamou a atenção das organizações de ativismo para cuidar das bases, ainda que não tenha surtido muito efeito, segundo o militante. "Essa falta de organização deixou espaço para que surgissem pessoas dizendo representar 'todo mundo', mas elas não tinham um pingo de responsabilidade com sua saúde, segurança, família, transporte e alimentação. Estavam falando no nome delas".

"Perdi uma certa inocência"

Com experiência em movimentos sociais desde 2005, Onã estava filiado ao Movimento Juventude (JS) quando as Jornadas aconteceram. "A gente julgava que tinha estabilidade democrática e [entendia que] nosso desafio era mobilizar as pessoas pras pautas que o movimento estudantil julgava necessárias". As marchas de 2013 mudaram a percepção do ativista sobre os movimentos sociais. "Perdi uma certa inocência", confessa. 

A "perda de inocência" para Onã é entender que o ativismo não dependia apenas do movimento orgânico de pessoas lutando pelas pautas sociais. "Em um dado momento, entendi que as pautas eram corporativistas”, afirma.  Onã notou que grupos de direita cresceram nas ruas das Jornadas de 2013, o que não era comum até então, segundo o ativista. 

Para ele, “quem ocupa as ruas é quem dita as pautas do dia”. Por isso, o ativista concluiu que “a gente precisa ter muita consciência quando chama alguém pra fazer algo". E completa: "Mais vale a ideia que o afã do momento. A ideia fica e o afã do momento passa”. Para ele, o ativismo aprendeu com as Jornadas, que funcionaram, na visão do militante, como um "protótipo". 

"Sem uma vitória concreta"

O ativista diz que faltava condução ao movimento de junho de 2013. "Olhar aquilo ali, de dentro, era muito confuso", lembra Onã.  Para o militante, a falta de direcionamento enfraqueceu as Jornadas de Junho. "A ideia da espontaneidade na mudança é muito vazia, a mudança acontece quando a gente concretamente tem uma pauta. As pessoas pediam por saúde, educação e segurança, mas sem clareza do que traria isso".

Para ele, o final das manifestações, em Salvador, "é uma demonstração de perda de força, sem uma vitória concreta" para os movimentos sociais de esquerda:
<blockquote>"Acho que ficou provado que fustigar o ambiente onde a gente nega as instituições que promovem luta, historicamente, não é positivo, e no desaguar desse processo, surgiram organizações que, na minha avaliação, são protofascistas, que alimentam o ambiente antidemocrático, como o MPL. O MPL sumiu e surgiu o MBL [Movimento Brasil Livre] como um movimento alimentado para pegar esse ‘caldo’ político que foi gerado e ficou disperso".  </blockquote>
O MBL se define como um grupo conservador e de direita e está ativo desde 2014. O movimento apoiou a Operação Lava Jato, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a primeira eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. De forma geral, Onã acredita que as Jornadas construíram um episódio emblemático da história brasileira. “Acho que documentos devem surgir dessa chamada 'guerra híbrida' que foi travada. A forma que ela se desenvolveu e passou a fazer parte da política do Brasil foi um laboratório", afirma o ativista. 

* Essa é primeira reportagem da série de entrevistas de Aratu On sobre as Jornadas de Junho de 2013 em Salvador. Na próxima reportagem da série, o jornalista e apresentador Pablo Reis relata como foi cobrir as marchas e como elas afetaram o jornalismo. 

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Duas pessoas acertaram os 15 n&uacute;meros da Lotof&aacute;cil, sendo uma delas na Bahia, feita na cidade de Bom Jesus da Lapa, de acordo com a Caixa Econ&ocirc;mica Federal, nesta sexta-feira (4). Por sua vez, o concurso 6698 da Quina n&atilde;o teve acertadores e o pr&ecirc;mio acumulou para R$ 2,2 milh&otilde;es.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/176863a2-9801-46c8-935d-fff003ae0cf9.jpg?width=1024&amp;height=768" alt="Lotof&aacute;cil e Quina tem sorteios di&aacute;rios pela Caixa Econ&ocirc;mica. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o/Caixa">
 Veja os n&uacute;meros sorteados:
Lotof&aacute;cil - 3360 | 01 - 02 - 03 - 04 - 06 - 08 - 09 - 10 - 11 - 16 - 17 - 20 - 21 - 23 - 25
Quina - 6698 | 07 - 13 - 18 - 22 - 32
Com os resultados desta sexta, a aposta baiana e a outra, feita pela internet, v&atilde;o render para cada acertador um total de&nbsp; R$ 3.629.625,63.
A Quina e a Lotof&aacute;cil possuem sorteios di&aacute;rios e as apostas m&iacute;nimas custam R$ 2,50 e R$ 3,00 respectivamente. As apostas podem ser feitas at&eacute; &agrave;s 19h de cada dia, em casas lot&eacute;ricas conveniadas &agrave; Caixa, ou pela internet.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/0009149a-8a02-41aa-80ab-2661eba954fe.jpg?width=1024&amp;height=768" alt="Lotof&aacute;cil e Quina possuem sorteios di&aacute;rios. Foto:Reprodu&ccedil;&atilde;o/Rbv">

A parceria entre <a href="https://aratuon.com.br/cidade/dupla-suspeita-de-envolvimento-com-cv-morre-em-cosme-de-farias" target="_blank" rel="noopener">Comando Vermelho</a> (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) vai ganhar um novo cap&iacute;tulo, fora do crime organizado, gra&ccedil;as a um feat musical envolvendo os cantores Oruam e Lucas Camacho. Enquanto o primeiro &eacute; herdeiro de Marcinho VP, l&iacute;der do CV, Camacho &eacute; filho de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos &ldquo;frentes&rdquo; do PCC.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/166abdbe-f80c-4b6a-9f7e-37325b06d944.jpg?width=1024&amp;height=768" alt="A parceria entre Oruam e o filho de Marcola n&atilde;o tem previs&atilde;o para ser divulgada. Foto: Redes Sociais">
De acordo com o Metropoles, a parceria entre os dois artistas ligados &agrave; cena trap est&aacute; em fase de negocia&ccedil;&otilde;es. Recentemente<a href="https://aratuon.com.br/curiosidades/natanzinho-lima-pablo-e-oruam-sao-os-artistas-mais-ouvidos-em-salvador" target="_blank" rel="noopener"> o Aratu On publicou</a> que Oruam &eacute; um dos artistas mais ouvidos em Salvador, de acordo com o YouTube Charts.
<a href="https://aratuon.com.br/celebridades/quem-e-oruam-filho-de-lider-do-cv-foi-detido-duas-vezes-em-seis-dias" target="_blank" rel="noopener">+Quem &eacute; Oruam? Filho de l&iacute;der do CV foi detido duas vezes em seis dias</a>
Enquanto Mauro Davi, o Oruam, afirmou em diversas entrevistas <a href="https://aratuon.com.br/celebridades/oruam-fala-sobre-marcinho-vp-otimo-pai-um-exemplo-para-mim" target="_blank" rel="noopener">que Marcinho VP foi &ldquo;um &oacute;timo pai</a>, um exemplo&rdquo;, o herdeiro de Marcola, que possui apenas 16 anos, disse ao Metropoles que &ldquo;a aus&ecirc;ncia de meu pai durante os primeiros anos de minha vida, deixou marcas profundas em minha alma, criando traumas que carrego at&eacute; hoje. No entanto, esses obst&aacute;culos tamb&eacute;m me moldaram e me impulsionaram a buscar um prop&oacute;sito maior.&rdquo;.
Segundo jovem, atrav&eacute;s de religi&atilde;o ele encontrou um prop&oacute;sito de vida: &ldquo;Sinto que, finalmente, encontrei esse prop&oacute;sito. Acredito firmemente que Deus tem me aben&ccedil;oado e, atrav&eacute;s (sic) dessas b&ecirc;n&ccedil;&atilde;os, estou sendo preparado para ajudar outras pessoas, como fui ajudado ao longo do caminho&rdquo;.
N&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o para o lan&ccedil;amento da m&uacute;sica envolvendo os filhos das lideran&ccedil;as do crime organizado do Rio de Janeiro (CV) e de S&atilde;o Paulo (PCC).
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/74389b4a-96f7-40b5-aef1-ed3ff89a719d.jpg?width=480&amp;height=768" alt="Oruam e o filho de Marcola querem se distanciar dos legados deixados por seus pais no crime organizado. Foto: Redes Sociais">

O Programa de Alfabetiza&ccedil;&atilde;o e Letramento de Jovens e Adultos do Instituto Yduqs, desenvolvido em parceria com as institui&ccedil;&otilde;es Est&aacute;cio e Wyden, <a href="https://aratuon.com.br/geral/btca-abre-inscricoes-para-formacao-de-dancarinos-iniciantes" target="_blank" rel="noopener">est&aacute; com inscri&ccedil;&otilde;es abertas</a> para o primeiro semestre de 2025. O prazo foi prorrogado at&eacute; o dia 15 de abril.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/6607ef55-0b79-4fc8-b272-84527e1cf5f4.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="O programa de alfabetiza&ccedil;&atilde;o gratuito segue com inscri&ccedil;&otilde;es at&eacute; o dia 15 de fevereiro. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o">
Interessados podem se inscrever pelo <a href="institutoyduqs.com.br/alfabetizacao" target="_blank" rel="noopener">site do projeto</a> ou presencialmente em uma das 22 institui&ccedil;&otilde;es de ensino participantes. Em Salvador, o atendimento ocorre na unidade da Est&aacute;cio localizada na Rua Xingu, n&ordm; 179, no bairro Stiep.
As aulas de alfabetiza&ccedil;&atilde;o s&atilde;o totalmente gratuitas e incluem todo o material did&aacute;tico necess&aacute;rio. O in&iacute;cio est&aacute; previsto ainda para o m&ecirc;s de abril. A iniciativa adota uma metodologia pr&oacute;pria<a href="https://aratuon.com.br/educacao/mec-estabelece-regras-para-uso-de-dispositivos-digitais-nas-escolas" target="_blank" rel="noopener"> voltada para jovens</a> e adultos, dividida em dois m&oacute;dulos independentes com dura&ccedil;&atilde;o de quatro meses cada. O M&oacute;dulo I foca na alfabetiza&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica, permitindo que o aluno leia, escreva pequenos textos com compreens&atilde;o e resolva problemas matem&aacute;ticos simples. O M&oacute;dulo II aprofunda a leitura cr&iacute;tica e a escrita, sendo voltado tamb&eacute;m para pessoas em situa&ccedil;&atilde;o de analfabetismo funcional.
As aulas acontecem duas vezes por semana, com tr&ecirc;s horas de dura&ccedil;&atilde;o, e s&atilde;o conduzidas por monitores &mdash; estudantes dos cursos de Pedagogia, Letras, Hist&oacute;ria, Geografia e Matem&aacute;tica &mdash;, com acompanhamento de professores da institui&ccedil;&atilde;o. O processo de ensino prioriza a afetividade e o acolhimento.
&ldquo;A cada conquista de um aluno alfabetizado, demonstramos que, apesar das dificuldades, a educa&ccedil;&atilde;o &eacute; a chave para uma vida melhor e mais independente para muitos brasileiros que s&oacute; precisam da oportunidade certa. A cada semestre, queremos levar essa oportunidade para mais pessoas&rdquo;, afirma Cl&aacute;udia Romano.
Com a atriz Malu Mader como madrinha, o programa re&uacute;ne mais de 70 profissionais entre coordenadores, professores e monitores das licenciaturas da Est&aacute;cio. Desde sua cria&ccedil;&atilde;o, j&aacute; atendeu mais de 2 mil alunos com idades entre 30 e 70 anos, contribuindo para a redu&ccedil;&atilde;o do analfabetismo nas comunidades do entorno das unidades participantes.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/023aed02-6a55-4e00-be16-00ce2ea7fbd6.jpeg?width=1023&amp;height=767" alt="As aulas do programa de alfabetiza&ccedil;&atilde;o gratuita acontecem na Est&aacute;cio, no bairro Costa Azul. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o">

A previs&atilde;o do tempo, divulgada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos H&iacute;dricos <a href="https://aratuon.com.br/cidade/inema-autoriza-afundamento-de-ferry-boat-com-fins-turisticos" target="_blank" rel="noopener">(Inema)</a>, mostra que pode chover neste primeiro final de semana de abril em Salvador e outras cidades da regi&atilde;o litor&acirc;nea, especialmente no domingo.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/6727cb9a-6e3c-45a1-b8b6-f32d4ad97223.jpg?width=1024&amp;height=768" alt="O Inema divulgou a previs&atilde;o do tempo para o primeiro final de semana de abril e h&aacute; possibilidade de chuva em Salvador. Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Climatempo">
Nas demais regi&otilde;es do estado, <a href="https://aratuon.com.br/geral/alerta-laranja-saiba-quais-estados-serao-afetados-por-chuvas-intensas" target="_blank" rel="noopener">o tempo permanece</a> com predom&iacute;nio de sol e temperaturas elevadas. No s&aacute;bado (5), o cen&aacute;rio permanece sem grandes altera&ccedil;&otilde;es, continuando com possibilidade de chuvas passageiras sobre <a href="https://aratuon.com.br/geral/novo-poco-entra-em-operacao-mas-abastecimento-de-agua-segue-desafio-no-litoral-norte" target="_blank" rel="noopener">as regi&otilde;es do Litoral</a> e <a href="https://aratuon.com.br/interior/antt-investiga-suspensao-de-obras-na-ferrovia-oeste-leste-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">Oeste da Bahia</a>.
O domingo (6), as chuvas v&atilde;o se intensificar no litoral e no sul baiano, com as temperaturas em Salvador variando entre 24&ordm;C e 32&ordm;C. Confira o quadro de temperaturas:
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/21e47762-be31-4e49-b763-2a88e421089f.jpeg?width=800&amp;height=762" alt="A previs&atilde;o do tempo mostra que h&aacute; possibilidades de chuva no final de semana, especialmente no domigo. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o/Inema">

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