Policial militar é preso suspeito de matar jovem em Queimadas; entenda o caso
A vítima, supostamente morta pelo policial militar, foi atingida por disparos na zona rural do município, em julho deste ano
Um policial militar, identificado pela apuração do Aratu On como Edmilson Bispo, foi preso na manhã desta quarta-feira (6/9), suspeito de matar o jovem Alberto dos Santos Pereira, de 20 anos. O crime aconteceu em julho deste ano, no município de Queimadas, a 315 km de Salvador.
Segundo nota da Polícia Civil, uma ação entre coordenadorias resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão, que tiveram como resultado a localização do PM. Segundo o delegado responsável pelo caso, Atílio Tércio, a investigação segue ocorrendo, visto que podem existir outros envolvidos neste e em outros crimes.
De acordo com apuração do Aratu On, feita com Adão Alves, pai da vítima, o policial teria "fama de matador" e estaria junto de outros agentes da segurança para arquitetar mortes nos municípios próximos. Gaspar, irmão da vítima, contou que eles retornavam da lavoura e caminhavam por uma estrada de barro, quando um carro de passeio, de cor clara, freou em frente à dupla. Um homem abriu a porta do carona e apontou uma arma. “Meu filho reconheceu o atirador. É o policial Bispo, que, meses atrás, se desentendeu com Alberto”, declarou, à época, o pai da vítima.
ENTENDA O CASO
Após ver seu irmão sangrando, Gaspar chegou nervoso em casa, de acordo com o seu pai. No local do crime, segundo Adão, o corpo de seu filho ficou por cerca de 1h até que a primeira viatura da Guarda Civil Municipal chegou. Para os familiares, o jovem foi executado por conta de uma discussão ocorrida em maio, que envolveu o mesmo PM.
A desavença aconteceu no dia 26, durante uma festa na cidade de Queimadas. Segundo Adão, Alberto estava com seus irmãos e alguns amigos, quando foi surpreendido por um tapa no pescoço. O autor da agressão seria o policial Bispo, que estava de folga no dia.
Alberto, recém-chegado na cidade, teria devolvido o tapa, iniciando uma discussão. Segundo o pai dos meninos, o policial teria “fama de matador” e seria um justiceiro da cidade, com dezenas de mortes em suas mãos. “Alberto veio de Minas Gerais, onde largou o emprego para me ajudar na terra. Não sabia com quem estava se metendo”, disse na ocasião.
Segundo a família, de maio até julho, nenhum novo desentendimento teria ocorrido entre os homens, mas um fato chamou a atenção. “Pouco tempo atrás, um homem passou em frente ao nosso ferro-velho, manobrou bem devagar e meus filhos disseram que ele tirou fotos nossas”.
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