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Integrante de grupo que atua em assaltos no Cabula é baleado por "justiceiro"; Major detalha ação

O grupo que atua no Cabula recebe o nome de "XRE" devido às motos que usam, modelo "Honda XRE", que podem chegar a até 140km/h

Por Mateus Xavier

Integrante de grupo que atua em assaltos no Cabula é baleado por "justiceiro"; Major detalha açãoLeitor/Aratu On

Um homem suspeito de integrar um grupo de assaltantes conhecido pelas autoridades como "Bonde da XRE", acabou baleado no bairro do Cabula, em Salvador. A ação ocorreu após os suspeitos terem sido surpreendidos por um "justiceiro", que atirou contra eles na noite desta quarta-feira (9/8). O Aratu On conversou com o major Luciano Jorge, responsável pela unidade da Polícia Militar que atua área.


Segundo ele, que é comandante da 23ª  Companhia Independente de Polícia Militar (23ª/Tancredo Neves), as primeiras ações foram identificadas há cerca de 60 dias. Os homens costumam praticar assaltos em pontos de ônibus, estabelecimentos comerciais e contra motoristas que trafegam na região.


Segundo testemunhas, no momento em que foi atingido, o integrante do grupo tentava assaltar o motorista de um veículo de passeio. A vítima resistiu à abordagem, mantendo os suspeitos no local. Neste intervalo, outro condutor, que presenciava a ação em um segundo carro, conseguiu sacar uma arma e atirou contra as duas motos, derrubando um dos suspeitos. O "justiceiro misterioso" fugiu do local e não foi identificado.


Em seguida, o grupo ainda teria atirado contra a população, na tentativa de reprimir o espancamento contra seu comparsa. Eles também fugiram do local. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o homem foi baleado na região do abdômen, passou por cirurgia e segue internado.


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"Eles alteram o horário de atuação, nunca praticam o mesmo tipo de crime, nem no mesmo horário. Após cometer um delito, ficam um tempo sem atuar e retornam depois de alguns dias. É difícil rastrear, pois eles moram em outro bairro e vem para cá devido às brigas de facções.", detalha o Major.


De acordo com ela, a estratégia utilizada pelos criminosos é uma tentativa de "sujar", ou seja, atrair mais policiais para o território de uma facção rival, prejudicando suas vendas e movimentações na região. O grupo recebe esse nome devido às motos que usam, do modelo "Honda XRE". Elas podem chegar a quase 140 km/h.


TESTEMUNHAS 


O Aratu On entrevistou uma testemunha, que, para sua segurança, pediu para não ser identificada. Segundo ela, que retornava para casa no momento do crime, alguns tiros foram ouvidos. Após os disparos, uma multidão correu em sua direção.


"Eu entrei em um mercado, fiquei abrigada lá até que não escutasse mais tiros. Quando percebi que as coisas tinham passado, eu vi o corpo". Ainda conforme a testemunha, enquanto estava no chão, o suspeito passou por uma série de hostilizações, que partiram da população do bairro.


Quanto a um possível espancamento/hostilidade, protagonizado pelos populares, o Major confirmou que viaturas da PM estiveram no local, após o confronto armado, e confirmaram que parte da população tentou agredir o suspeito.


O caso segue investigado pela 11ª Delegacia de Polícia Civil, (11ª de Tancredo Neves), que busca entender em detalhes o que teria acontecido, além dos nomes de todos os envolvidos na situação.


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