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Acusada de participar de homicídios de quatro motoristas por aplicativo vai a júri popular em Salvador

No dia 27 de dezembro, Amanda foi localizada e presa pela polícia. Ela assumiu a participação no crime, mas alegou ter sido obrigada

Por Da Redação

Acusada de participar de homicídios de quatro motoristas por aplicativo vai a júri popular em SalvadorBeatriz Bulhões/Aratu On

Amanda, acusada de participar da tortura e homicídio de quatro motoristas por aplicativo no dia 13 de dezembro de 2019, vai a júri popular na próxima quarta-feira (19/4), a partir das 8h, em Salvador. O crime aconteceu na localidade Paz e Vida, no bairro da Mata Escura.


As vítimas foram Genivaldo da Silva Félix, de 48 anos; Daniel Santos da Silva, de 30; Alisson Silva Damasceno, de 27; e Sávio da Silva Dias, de 23 anos. Um quinto motorista, Nivaldo Santos Vieira, conseguiu fugir e pedir ajuda para a polícia.


Segundo informações divulgadas pela polícia à época, o crime foi encomendado por Jefferson Soares Palmeira, conhecido com “Jel”, líder da facção criminosa que atua na região.


A juíza responsável pelo julgamento é Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto. Nos autos do processo, Amanda, que se identifica como travesti, é sempre mencionada como Benjamin Franco da Silva Santos, nome que aparece em sua Carteira de Identidade.


Em nota, o Tribunal de Justiça da Bahia informou que 29 pessoas foram convocadas para compor o júri popular.


LEIA MAIS: Cena do Crime: os motoristas de aplicativo mortos por ordem de um traficante

ENTENDA O CASO


O crime aconteceu em dezembro de 2019. Quatro motoristas por aplicativo foram encontrados mortos e amarrados em uma casa na localidade Paz e Vida, no bairro da Mata Escura, em Salvador. As vítimas foram identificadas como Genivaldo da Silva Félix, de 48 anos; Daniel Santos da Silva, de 30; Alisson Silva Damasceno, de 27; e Sávio da Silva Dias, de 23 anos.


Um quinto homem, Nivaldo Santos Vieira, conseguiu escapar da emboscada e pediu ajuda para policiais da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (48ª CIPM). De acordo com as informações apuradas à época, o crime foi encomendado por Jefferson Soares Palmeira, conhecido com “Jel”, líder da facção criminosa que atua na região.


Além de “Jel”, Antônio Carlos Santos Carvalho, Marcos Moura de Jesus, Amanda e um adolescente de 17 anos também foram indiciados. Jefferson foi morto por traficantes rivais e teve o corpo desovado na área do Cia Aeroporto. Já Antônio e Marcos morreram após confronto com a Polícia Militar (PM).


Sobre a motivação do crime, duas versões foram apresentadas. A primeira foi trazida pelo então delegado titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos, Odair Carneiro, que afirmou que o objetivo dos criminosos era roubar os carros e os pertences das vítimas. Para atrair os motoristas, usaram Amanda.


[caption id="attachment_203242" align="alignnone" width="640"] Casa em que aconteceu o crime, no dia 13 de dezembro de 2019[/caption]

A segunda versão, apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), foi informada pelo promotor Davi Gallo, e consistia em uma espécie de vingança, pois, no dia anterior ao crime, “Jel” tentou utilizar um veículo de aplicativo para prestar socorro a um parente, mas como nenhum motorista aceitou a corrida. Esse familiar do traficante acabou morrendo.


PRISÕES


Os motoristas foram torturados e mortos no dia 13 de dezembro de 2019 e, no dia seguinte, (14/12), “Jel” foi executado. Ele já tinha sido preso em 2017, por suspeita de torturar uma adolescente e registrar o crime.


No dia 27 de dezembro de 2019, Amanda foi localizada e presa pela polícia. Ela assumiu a participação no crime, mas alegou ter sido obrigada. “Eu bati em um porquê fui obrigado. Para não apanhar, eu tive que bater. Quando começou a matar, eu não estava nem lá", comentou à época.


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