Campanha que distribui bonecas pretas começa nesta terça-feira

'Cadê Minha Boneca Preta' busca distribuir bonecas para crianças em vulnerabilidade social e promover representatividade e autoestima

Por Da redação.

A 3ª edição da campanha "Cadê Minha Boneca Preta?" será lançada em Salvador e Itaparica nos dias 2 e 3 de setembro. Realizada pela Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA) e pela Fundação Pedro Calmon (FPC), a iniciativa, com o tema "Minha Boneca, Minha História", visa combater o racismo e fortalecer a identidade de crianças em situação de vulnerabilidade social por meio da representatividade e do brincar.

O lançamento ocorre na Biblioteca Central do Estado da Bahia, em Salvador, e na Biblioteca Juracy Magalhães Jr., em Itaparica. A arrecadação de bonecas segue até 27 de novembro. As doações serão entregues em um evento cultural com atividades artísticas e educativas. Nas edições anteriores, a campanha distribuiu mais de mil bonecas.

Divulgação

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A programação de abertura em Salvador, no dia 2, inclui contações de histórias e um bate-papo sobre a importância da representatividade negra na infância. Em Itaparica, no dia 3, haverá a peça teatral "Minha Boneca, Minha História", apresentações musicais e rodas de conversa sobre o direito da criança negra de se reconhecer em seus brinquedos.

Sobre a campanha 'Cadê Minha Boneca Preta'

Idealizada em 2023 pela Biblioteca Juracy Magalhães Jr., a campanha foi incorporada ao Sistema de Bibliotecas Públicas da Bahia, garantindo sua continuidade como política pública. Tamires Conceição, diretora de Bibliotecas Públicas, ressaltou que a campanha cumpre o papel social das bibliotecas públicas com a comunidade.

Já Soraia Alves, idealizadora, compartilhou a motivação pessoal por trás do projeto: “A campanha nasceu de uma dor que me acompanha desde a infância. Enquanto mulher negra, cresci sem me ver representada nos brinquedos, nos livros e na televisão, achando que eu não tinha direito ao sonho, ao afeto e à alegria de simplesmente existir. Essa ausência feriu profundamente minha autoestima, mas assim como as ostras transformam o incômodo do grão de areia em pérolas, eu não rejeitei essa dor: acolhi, envolvi e transformei.”

Imagem ilustrativa/Pexels

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