Brown defende Claudia Leitte após mudança em letra de música: 'Não é racista'
Episódio aconteceu durante o primeiro ensaio de verão, realizado no último sábado (14), no Candyall Guetto Square, espaço criado por Carlinhos Brown
Fonte: Anna Caroline Santiago
O cantor e multi-instrumentista Carlinhos Brown saiu em defesa de Claudia Leitte após a artista mudar, mais uma vez, a letra da música 'Caranguejo' para não saudar Iemanjá. "Eu posso te garantir que Claudia Leitte não é uma pessoa racista", disse Brown nesta quarta-feira (18).
A alteração na música aconteceu durante o primeiro ensaio de verão da cantora, realizado no último sábado (14), no Candyall Guetto Square, espaço criado pelo próprio Brown. Claudia substituiu o verso original da canção, que faz referência a Iemanjá, por uma menção a Jesus Cristo.
A cantora, que já se declarou cristã neopentecostal, justificou a alteração como parte de sua fé e canta desta forma desde 2014. Brown ressaltou que o Guetto Square, sede do Timbalada, é um espaço inclusivo, que respeita todas as crenças.
"O Guetho é uma casa laica. Todas as pessoas têm direito a ter suas manifestações. (...) [A atitude de Claudia] É uma coisa que eu não queria estar falando porque é polêmica, e eu tenho uma espiritualidade muito acentuada. Mas eu posso te garantir que Claudia Leitte não é uma pessoa racista".
A declaração de Brown foi dada em coletiva de imprensa com veículos da Rede Bahia, após sua participação no programa "Fuzuê", da rádio Bahia FM, nesta quarta-feira (18).
O Cacique também comentou o posicionamento do Secretário Municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, que criticou a mudança na letra em uma publicação nas redes sociais. "Não acho que o secretário a chamou de racista, ele falou sobre mudar letras", disse Brown.
Na postagem, Tourinho destacou a importância das religiões de matriz africana para a criação do movimento Axé Music e criticou artistas que alteram letras retirando referências aos orixás.
"Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas, de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo, e é o surreal e explícito reforço do que houve de errado naquele tempo", escreveu Pedro Tourinho.
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