"Beiçola" revela infância traumática e dificuldades financeiras durante a pandemia; "não tenho família"
O artista já carrega traumas desde de a infância. Ele conta que foi estuprado aos 7 anos pelo irmão, que, na época, ele acreditava ser seu primo.
O ator Marcos Oliveira, que interpretou o icônico Beiçola no seriado brasileiro "A Grande Família", surpreendeu todos ao revelar que vem enfrentando dificuldades financeiras durante a pandemia do novo coronavírus.
Apesar de colecionar uma série de trabalhos marcantes, como na novela "Deus Salve o Rei" e no seriado "O Dono do Lar", aos 64 anos, Marcos está sem trabalhar há meses e conta com a ajuda de amigos para sobreviver.
"Tenho um grande amigo que está na Europa e de vez em quando me ajuda comprando alguma coisa para eu comer. Um fã do interior de São Paulo fez uma vaquinha por lá e depositou um dinheiro para eu pagar minhas contas e ajudar na compra de comida também. Sou sozinho, não tenho família. Vivo apenas com minhas três cadelas. Não me chamam para nada, para nenhum trabalho. Quero ter oportunidade de fazer outras coisas", explicou Marcos, em entrevista ao podcast "Só 1 Minutinho".
O ator passou por um cateterismo, em setembro de 2020, após sofrer um infarto agudo do miocárdio, e gasta bastante com medicamentos desde então. Sua expectativa é que a situação melhore quando conseguir a aposentadoria. "Vou dar entrada nos meus papéis agora no fim do mês, quando completo 65 anos. Quem sabe aí eu possa morar num sítio, construir minha casinha, ter uma horta. Mas não poderei parar de trabalhar. Só em farmácia gasto quase R$ 1 mil por mês", contou ele.
O artista já carrega traumas desde de a infância. Ele conta que foi estuprado aos 7 anos pelo irmão, que, na época, ele acreditava ser seu primo. O artista foi criado pelos tios, depois de ser abandonado pela mãe.
"Só descobri que eu era adotado quando tinha 33 anos. Que meu pais eram, na verdade, meus tios. Uma prima veio me contar. Então, acabei descobrindo que eu tinha sido estuprado aos 7 anos pelo meu irmão, e não pelo meu primo, como eu achava. Ele era muito mais velho que eu. Precisei de acompanhamento depois porque eu cheguei a pirar".
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