S&aacute;bado &eacute; dia de Eva no Circuito Dod&ocirc; (Barra-Ondina), e em 2025 a festa promete ser mais especial para o grupo, que celebra 45 anos de hist&oacute;ria.&nbsp; <img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/01975344-00c9-4c64-bfa3-e19748459b5d.jpeg?width=4032&amp;height=3024" alt="Felipe Pezoni comanda Bloco Eva no Circuito Dod&ocirc;. Foto: Tha&iacute;s Seixas | Aratu On">
Antes de come&ccedil;ar o desfile, o cantor Felipe Pezoni conversou com a reportagem do Aratu On e destacou a responsabilidade de estar &agrave; frente de uma das bandas mais tradicionais da m&uacute;sica baiana.
Estou muito feliz de escrever mais um cap&iacute;tulo da hist&oacute;ria do Eva. A gente completa 45 anos em 2025 e tamb&eacute;m comemora 40 anos da ax&eacute; music, e eu me sinto muito honrado de poder arrastar essa multid&atilde;o&rdquo;, destaca.
<h2>Mem&oacute;ria afetiva&nbsp;</h2>
Como um leg&iacute;timo foli&atilde;o, Pezoni acumula diferentes experi&ecirc;ncias no Carnaval. Ele revela que &ldquo;a ficha n&atilde;o caiu&rdquo; sobre o lugar de destaque que ocupa hoje.
&ldquo;&Eacute; muito louco, uma coisa que ainda n&atilde;o consegui me acostumar: ver a galera com a camisa do bloco que eu vai puxar. A ficha nunca cai. &Eacute; muito gostosa essa sensa&ccedil;&atilde;o, porque eu j&aacute; fui aquele foli&atilde;o que pegava motot&aacute;xi pra ver o artista predileto. &Eacute; muito legal&rdquo;, celebra ele.
&nbsp;
<blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">
Felipe Pezoni destaca responsabilidade de comandar Bloco Eva e celebra os 40 anos da ax&eacute; music <a href="https://t.co/AV0wj2xWW4">pic.twitter.com/AV0wj2xWW4</a>
&mdash; Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1895937783270924406?ref_src=twsrc%5Etfw">March 1, 2025</a></blockquote>
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O Ax&eacute; Music, <a href="https://aratuon.com.br/interior/micareta-de-feira-2025-homenageia-axe-music-co">g&ecirc;nero que nasceu na Bahia e conquistou o Brasil</a>, celebra 40 anos em 2025. No entanto, a presen&ccedil;a de seus grandes nomes tem se tornado rara fora do Carnaval, levantando uma quest&atilde;o pertinente: a Bahia s&oacute; consome Ax&eacute; durante a folia?
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c5afb702-66f4-4e10-9cda-b897f8ab4677.jpeg?width=1024&amp;height=682" alt="Foto: Central do carnaval">
No anivers&aacute;rio de Salvador, a programa&ccedil;&atilde;o refletiu o atual cen&aacute;rio da m&uacute;sica baiana. Entre as atra&ccedil;&otilde;es est&atilde;o &Agrave;ttooxx&aacute;, Russo Passapusso, Larissa Luz, Rachel Reis, Cortejo Afro e Sued Nunes. O evento mostrou que o som da Bahia segue em evolu&ccedil;&atilde;o, mesclando elementos eletr&ocirc;nicos, pagod&atilde;o, afrobeat e o pr&oacute;prio Ax&eacute; Music.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a1777d48-5a02-49bd-aaa8-14621466d6a1.png?width=1890&amp;height=1063" alt="BaianaSystem e &Agrave;ttooxx&aacute; / Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o">
Ainda assim, o g&ecirc;nero que consagrou <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/pai-da-axe-music-luiz-caldas-fala-sobre-legado-e-misturas-no-carnaval">artistas como Luiz Caldas, </a>Daniela Mercury, Sarajane e Ger&ocirc;nimo parece perder espa&ccedil;o ao longo do ano. At&eacute; mesmo Bell Marques, Ivete Sangalo e Saulo Fernandes, considerados gigantes do movimento, n&atilde;o s&atilde;o presen&ccedil;a garantida em grandes eventos fora da temporada momesca. A falta desses artistas alimenta o debate sobre o futuro do Ax&eacute; e a aus&ecirc;ncia de novos representantes com grande alcance.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ac8ea857-f2af-4fbe-a7b1-954962fd0146.png?width=770&amp;height=498" alt="Tatau, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Margareth Menezes e Gilberto Gil / Foto: Folhapress">
A renova&ccedil;&atilde;o do g&ecirc;nero &eacute; constantemente questionada. Bandas tradicionais como Cheiro de Amor e Jammil seguem ativas, agora com novos vocalistas - Raquel Tombesi e Rafael Barreto, respectivamente. O Filhos de Jorge, por sua vez, &eacute; visto como um dos expoentes mais recentes, apesar de j&aacute; acumular 18 anos de carreira e ter conquistado o t&iacute;tulo de m&uacute;sica do Carnaval em 2013.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/333aa6e9-5fe2-4e78-a7c1-7ec2d452dfa1.png?width=1890&amp;height=1063" alt="Cheiro de Amor - Rafael Barreto - Jammil / Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o">
Mas a m&uacute;sica baiana segue viva e se reinventando. Attooxx&aacute; e BaianaSystem lideram uma <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/axe-music-genero-muda-a-historia-do-carnaval-de-salvador">nova sonoridade que mistura Ax&eacute;</a>, pagod&atilde;o e eletr&ocirc;nico, enquanto artistas como Larissa Luz, Rachel Reis e Sued Nunes trazem influ&ecirc;ncias contempor&acirc;neas, mantendo a identidade r&iacute;tmica da Bahia.
Diante desse cen&aacute;rio, fica a reflex&atilde;o: o Ax&eacute; Music realmente n&atilde;o se renova ou apenas est&aacute; se transformando? A nova gera&ccedil;&atilde;o pode n&atilde;o seguir o mesmo formato dos anos de ouro do g&ecirc;nero, mas a m&uacute;sica baiana segue pulsante, reinventando-se para continuar sendo a trilha sonora da alegria e da diversidade cultural do estado.

O Carnaval de Salvador, cujo encerramento aconteceu h&aacute; quase duas semanas, reuniu alguns dos principais artistas do pa&iacute;s nas ruas de Salvador. Naturalmente, parte dos artistas t&ecirc;m alguns dos cach&ecirc;s mais altos do pa&iacute;s, como Ivete Sangalo, Leo Santana e Claudia Leitte.
Os trios sem cordas foram majoritariamente patrocinados pela prefeitura de Salvador e pelo governo da Bahia. Diante destes dados, o <a href="https://aratuon.com.br/" target="_blank" rel="noopener">Aratu On</a> realizou levantamento com as 20 atra&ccedil;&otilde;es que tiveram <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/primeiros-caches-do-carnaval-de-salvador-sao-divulgados-confira" target="_blank" rel="noopener">os maiores cach&ecirc;s totais no Carnaval soteropolitano.&nbsp;</a>Os valores est&atilde;o dispon&iacute;veis no Portal da Transpar&ecirc;ncia da prefeitura.
Tamb&eacute;m cabe destacar que o governo do estado n&atilde;o apresenta os dados com transpar&ecirc;ncia em seus portais oficiais. Portanto, at&eacute; o momento, a maioria das atra&ccedil;&otilde;es n&atilde;o teve os cach&ecirc;s divulgados pela gest&atilde;o estadual &ndash; apenas alguns shows no Pelourinho tiveram os cach&ecirc;s publicizados. A prefeitura, por outro lado, divulgou as informa&ccedil;&otilde;es de pagamentos a todos os artistas.
Neste levantamento, tamb&eacute;m s&atilde;o inclu&iacute;dos os shows de pr&eacute;-Carnaval e em outros locais que n&atilde;o nos circuitos Barra-Ondina e Campo Grande, como as festas dos bairros ou no Centro Hist&oacute;rico. BaianaSystem, por exemplo, foi remunerada&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/variedades/confira-caches-pagos-aos-artistas-que-se-apresentaram-no-furdunco" target="_blank" rel="noopener">para se apresentar no Furdun&ccedil;o</a>. Leo Santana recebeu cach&ecirc; para tocar no Pipoco e, Xanddy Harmonia, pelo show na Melhor Segunda-Feira, no Farol da Barra.&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1c0e73b9-4808-4d1b-8036-1430f8179073.jpg?width=1600&amp;height=900" alt="Ivete, Claudia Leitte, Leo Santana e Brown tiveram alguns dos maiores cach&ecirc;s | Fotos: Alfredo Filho/Secom">
Tamb&eacute;m &eacute; importante esclarecer que h&aacute; atra&ccedil;&otilde;es que ganharam valores diferentes para tocar em dias distintos. &Eacute; o caso de Leo Santana, por exemplo, cujo show no Pipoco custou menos que nos dias de Carnaval. Claudia Leitte cobrou R$ 350 mil para se apresentar na abertura do Carnaval, mas, na segunda de Carnaval, teve o show com custo de R$ 600 mil. J&aacute; BaianaSystem se apresentou por R$ 300 mil no Furdun&ccedil;o, e R$ 400 mil, no s&aacute;bado.
<a href="https://aratuon.com.br/carnaval/bruno-reis-faz-balanco-do-carnaval-e-destaca-sucesso-da-festa" target="_blank" rel="noopener">Segundo o prefeito Bruno Reis (Uni&atilde;o)</a>, cerca de 40% dos custos do Carnaval, inclusive os cach&ecirc;s, s&atilde;o arcados por patroc&iacute;nios da iniciativa privada.
<h2>Veja maiores cach&ecirc;s totais do Carnaval de Salvador</h2>
<h2>Prefeitura&nbsp;</h2>
&nbsp; &nbsp; 1. Leo Santana &rarr; R$ 1,9 milh&atilde;o (3 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 633,33 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 2. Carlinhos Brown &rarr; R$ 1,1 milh&atilde;o (2 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 550 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 3. Xanddy Harmonia &rarr; R$ 1,05 milh&atilde;o (3 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 350 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 4. Parangol&eacute; &rarr; R$ 980 mil (4 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr;R$ 245 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 5. Claudia Leitte &rarr; R$ 950 mil (2 apresenta&ccedil;&atilde;o) &rarr; R$ 600 mil num show e R$ 350 mil em outro
&nbsp; &nbsp; 6. Tony Salles &rarr; R$ 900 mil (3 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 300 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 7. Guig Ghetto &rarr; R$ 765 mil (6 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 127,5 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 8. Timbalada &rarr; R$ 760 mil (2 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 380 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 9. Ivete Sangalo &rarr; R$ 750 mil (1 apresenta&ccedil;&atilde;o) &rarr; R$ 750 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 10. BaianaSystem &rarr; R$ 700 mil e Saulo &rarr; R$ 700 mil (2 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 350 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 11. Pagodart &rarr; R$ 670 mil (3 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 223,3 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 12. La F&uacute;ria &rarr; R$ 660 mil (5 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 132 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 13. Robyss&atilde;o &rarr; R$ 570 mil (4 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr;R$ 142,50 mil
&nbsp; &nbsp; 14. Silvano Salles &rarr; R$ 500 mil (2 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 250 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 15. Mudei de Nome &rarr; R$ 400 mil (2 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr;R$ 200 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 16. Davi Moraes &rarr; R$ 390 mil (3 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 130 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 17. Filhos de Gandhy &rarr; R$ 650 mil (patroc&iacute;nio + duas apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr;R$ 150 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 18. Olodum &rarr; R$ 350 mil (2 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr; R$ 175 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 19. Gilmel&acirc;ndia &rarr; R$ 330 mil (2 apresenta&ccedil;&otilde;es) &rarr;R$ 165 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
&nbsp; &nbsp; 20. Daniela Mercury &rarr; R$ 320 mil (1 apresenta&ccedil;&atilde;o) &rarr; R$ 320 mil por apresenta&ccedil;&atilde;o
<h2><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/f6896aa7-63e4-4a67-bb9c-7a723757f191.jpg?width=4160&amp;height=2773" alt="Pipoca Ivete Sangalo reuniu milhares de pessoas no Campo Grande | Foto: Gilberto Jr./Secom"></h2>
<h2>Governo do estado</h2>
&nbsp; &nbsp; 1. Banda Mel: R$ 200 mil (1 apresenta&ccedil;&atilde;o)
&nbsp; &nbsp; 2. Larissa Luz: R$ 120 mil (1 apresenta&ccedil;&atilde;o) e Filhos de Jorge: R$ 120 mil (1 apresenta&ccedil;&atilde;o)
&nbsp; &nbsp; 3. Afrocidade: R$ 100 mil (1 apresenta&ccedil;&atilde;o) e Carla Visi: R$ 100 mil (1 apresenta&ccedil;&atilde;o)
<h2>Veja lista dos 10 maiores cach&ecirc;s por show no Carnaval</h2>
&nbsp; &nbsp; 1. Ivete Sangalo &rarr; R$ 750 mil
&nbsp; &nbsp; 2. Leo Santana &rarr; R$ 650 mil
&nbsp; &nbsp; 3. Claudia Leitte &rarr; R$ 600 mil
&nbsp; &nbsp; 4. Carlinhos Brown &rarr; R$ 550 mil
&nbsp; &nbsp; 5. BaianaSystem &rarr; 400 mil (S&aacute;bado de Carnaval)
&nbsp; &nbsp; 6. Timbalada &rarr; R$ 380 mil
&nbsp; &nbsp; 7. Xanddy Harmonia e Saulo &rarr; R$ 350 mil
&nbsp; &nbsp; 8. Daniela Mercury &rarr; R$ 320 mil
&nbsp; &nbsp; 9. Tony Salles e Psirico &rarr; R$ 300 mil
&nbsp; &nbsp; 10. Margareth Menezes &rarr; R$ 290 mil

A cantora Margareth Menezes, atual ministra da Cultura, recebeu mais de R$ 640 mil durante o Carnaval de 2025 <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/com-autoridade-margareth-empolga-com-seus-hits-no-circuito-osmar" target="_blank" rel="noopener">por apresenta&ccedil;&otilde;es contratadas pelas prefeituras de Salvador e Fortaleza</a>. O valor pode ser ainda maior, pois os pagamentos efetuados pelo Governo da Bahia n&atilde;o foram divulgados no portal da transpar&ecirc;ncia. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da coluna de T&aacute;cio Lorran, do site Metr&oacute;poles.
De acordo com a publica&ccedil;&atilde;o, o montante corresponde a mais de um ano do sal&aacute;rio bruto da ministra. O contrato firmado com a Prefeitura de Salvador foi intermediado pela empresa Pedra do Mar Produ&ccedil;&otilde;es Art&iacute;sticas LTDA, <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/oscar-potencializou-festa-de-carnaval-diz-margareth-menezes" target="_blank" rel="noopener">da qual Margareth Menezes foi s&oacute;cia at&eacute; 2024</a>. Atualmente, a administradora da produtora &eacute; Jaqueline Matos de Azevedo. A apresenta&ccedil;&atilde;o da artista na capital baiana ocorreu no dia 2 de mar&ccedil;o, com cach&ecirc; de R$ 290 mil.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/95e07f6f-e343-4d12-85ae-48b9d6978768.jpg?width=4069&amp;height=2289" alt="Margareth Menezes em apresenta&ccedil;&atilde;o no Campo Grande | Foto: Gilberto Jr./Secom PMS">
Em Fortaleza, a ministra se apresentou na ter&ccedil;a-feira de Carnaval (4/3) por R$ 350 mil. Do total, R$ 150 mil foram destinados ao cach&ecirc; da cantora, enquanto o restante cobriu despesas como pagamentos &agrave; equipe t&eacute;cnica, passagens, hospedagem, alimenta&ccedil;&atilde;o e impostos.
No per&iacute;odo entre 27 de fevereiro e 3 de mar&ccedil;o, Margareth Menezes realizou sete apresenta&ccedil;&otilde;es em diferentes estados,<a href="https://aratuon.com.br/carnaval/margareth-menezes-comanda-trio-da-cultura-com-fafa-de-belem-e-pongo" target="_blank" rel="noopener"> sendo tr&ecirc;s financiadas por prefeituras, tr&ecirc;s com apoio do Governo da Bahia</a> e uma de car&aacute;ter privado. N&atilde;o h&aacute; informa&ccedil;&otilde;es sobre os valores pagos por shows realizados no Bloco Os Mascarados (27/2), no Trio da Cultura (1/3) e no Carna Pel&ocirc; (2/3).
A t&iacute;tulo de compara&ccedil;&atilde;o, a Prefeitura de Salvador investiu R$ 750 mil em um show de Ivete Sangalo, R$ 460 mil a mais do que o valor pago a Margareth Menezes.
A contrata&ccedil;&atilde;o de artistas que ocupam cargos p&uacute;blicos com recursos estaduais e municipais contraria uma decis&atilde;o da Comiss&atilde;o de &Eacute;tica P&uacute;blica da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica (CEP), publicada em mar&ccedil;o de 2023. No ano passado, a ministra precisou se manifestar sobre um caso semelhante e sua equipe afirmou que ela recebeu aval do Conselho de &Eacute;tica para conciliar sua agenda art&iacute;stica com as fun&ccedil;&otilde;es no governo.
At&eacute; o momento, Margareth Menezes n&atilde;o se pronunciou sobre as contrata&ccedil;&otilde;es para o Carnaval de 2025.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/eb0933de-4ee3-485a-9e45-5eef1acfd7be.jpg?width=5472&amp;height=3648" alt="Margareth Menezes em apresenta&ccedil;&atilde;o na Barra-Ondina | Foto: Alfredo Filho/Secom">

Na Bahia, um novo projeto de lei pode alterar a din&acirc;mica dos desfiles de Carnaval ao proibir blocos de passarem em frente a determinados locais, como igrejas, hospitais, escolas e bibliotecas. O projeto foi encaminhado &agrave; Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) pelo deputado estadual Leandro de Jesus (PL), com o objetivo de preservar o respeito e a tranquilidade desses espa&ccedil;os durante as festividades.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/df3af09b-deaf-495b-852e-153455ef7c93.jpeg?width=1005&amp;height=666" alt="Foto: Canva">
O texto define que blocos de Carnaval, entendidos como qualquer grupo ou organiza&ccedil;&atilde;o que realize desfiles ou manifesta&ccedil;&otilde;es festivas em vias p&uacute;blicas, n&atilde;o poder&atilde;o transitar pr&oacute;ximos a locais considerados essenciais, como centros religiosos e de sa&uacute;de. O projeto visa garantir a integridade desses locais e a paz nos momentos de culto e atendimento.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b05367f9-a1ec-44ad-9bb1-810754ef1ff5.jpeg?width=951&amp;height=535" alt="Deputado estadual Leandro de Jesus (PL) / Foto: VannerCasaes/Ag&ecirc;nciaALBA">
Al&eacute;m disso, o projeto prev&ecirc; que os organizadores que desrespeitarem a nova legisla&ccedil;&atilde;o poder&atilde;o enfrentar san&ccedil;&otilde;es como advert&ecirc;ncias, multas de at&eacute; R$ 5 mil ou at&eacute; mesmo a suspens&atilde;o da autoriza&ccedil;&atilde;o para realizar desfiles em edi&ccedil;&otilde;es futuras do Carnaval. O parlamentar explicou que a proposta tem como principal objetivo equilibrar a festividade, com o respeito por espa&ccedil;os de relev&acirc;ncia p&uacute;blica e privada.

Mais de 15 blocos que desfilaram no Carnaval de Salvador e reuniram grandes nomes da m&uacute;sica, a exemplo de Bell Marques, L&eacute;o Santana e Claudia Leitte. Este &eacute; o balan&ccedil;o das atra&ccedil;&otilde;es patrocinadas pela plataforma de apostas online Esportes da Sorte durante a folia de momo na capital baiana.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/04e1e2d1-0163-46cb-8c01-8b9f45801ae7.jpg?width=800&amp;height=533" alt="Bell Marques comandou tr&ecirc;s blocos no Circuito Barra-Ondina. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o | Esportes da Sorte">
Entre as atra&ccedil;&otilde;es levadas pela marca, L&eacute;o Santana esteve &agrave; frente de tr&ecirc;s blocos: Pipoco Salvador; Arrast&atilde;o do GG; e o Bloco do Nana. Bell Marques comandou tr&ecirc;s blocos: o Bloco da Quinta; o Bloco Vumbora; e o Camale&atilde;o. J&aacute; Claudia Leitte animou os foli&otilde;es nos blocos Blow Out e Largadinho.
Outros grandes nomes fizeram parte da programa&ccedil;&atilde;o: Carlinhos Brown, com o Bloco Timbalada, e Jammil, com o Praieiro. "Salvador &eacute; respons&aacute;vel por uma das maiores e mais animadas festas do Brasil. &Eacute; um orgulho para a empresa investir e fazer parte de uma manifesta&ccedil;&atilde;o que tem tanta for&ccedil;a e representatividade quanto o Carnaval de Salvador", afirmou Sofia Aldin, CMO do Grupo Esportes da Sorte.
Salvador tamb&eacute;m contou uma s&eacute;rie de ativa&ccedil;&otilde;es especiais. O bloco do Nana, de L&eacute;o Santana, recebeu as presen&ccedil;as das influenciadoras Rafa Moreira e Sheuba, que apresentaram um n&uacute;mero de dan&ccedil;a durante a m&uacute;sica da marca e levantaram o p&uacute;blico junto com ao cantor.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b5bedf0c-78d5-46a5-84c5-65832af3601d.jpg?width=1000&amp;height=830" alt="L&eacute;o Santana comandou o Bloco do Nana. Foto: Instagram">
J&aacute; o bloco Largadinho, com Claudia Leitte, recebeu Wanessa Camargo e M&aacute;rcia Fu. Junto com Cl&aacute;udia Leitte, M&aacute;rcia Fu cantou a m&uacute;sica &ldquo;escrito nas estrelas&rdquo; e Wanessa levou para o trio um dos seus sucessos da carreira. O desfile do bloco Camale&atilde;o, com Bell, contou com uma homenagem preparada pela marca aos 40 anos de Ax&eacute;, ao vivo, sendo exibido em parceria com o canal Pida.

O <a href="https://aratuon.com.br/topicos/prefeitos" target="_blank" rel="noopener">prefeito</a> de Botupor&atilde;, no sudoeste da Bahia, Edmilson Ant&ocirc;nio Saraiva (PT), conhecido como Professor Edmilson, teve o carro incendiado por um homem encapuzado. &nbsp;O crime ocorreu na madrugada deste s&aacute;bado (5), por volta das 2h30. Uma c&acirc;mera de seguran&ccedil;a registrou a a&ccedil;&atilde;o que terminou com o ve&iacute;culo do gestor municipal, um Gol branco, tomado pelas chamas.&nbsp;
<video controls="controls" width="300" height="150"><source src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8c71aa74-90de-4e30-b1f9-33f32af93d8a" type="video/mp4"></video>
O carro estava estacionado em frente &agrave; resid&ecirc;ncia do prefeito, localizada em &aacute;rea central da cidade. O caso &eacute; investigado pela Delegacia Territorial de Botupor&atilde;, atrav&eacute;s da 20&ordf; Coordenadoria de Pol&iacute;cia do Interior (Coorpin).&nbsp;
O homem que aparece no registro feito pela c&acirc;mera ainda n&atilde;o foi preso.

O Bahia enfrenta o Santos neste domingo (6), na Vila Belmiro, em partida v&aacute;lida pelo Campeonato Brasileiro. O Tricolor de A&ccedil;o vem de empate em casa com o Internacional pela estreia da Libertadores. No Campeonato Brasileiro, o Esquadr&atilde;o tamb&eacute;m empatou na primeira rodada, quando recebeu o Corinthians na Arena Fonte Nova.&nbsp;
A partida deste domingo ser&aacute; transmitida pelos canais fechados Premiere e Sportv. A partida est&aacute; marcada para as 20h30 (de Bras&iacute;lia).
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/beba6994-edf5-4a44-8579-071fcb90bcf9.jpg?width=864&amp;height=576" alt="Santos X Bahiaonde Assistir, Hor&aacute;rio">
<h2>Bahia - t&eacute;cnico: Rog&eacute;rio Ceni</h2>
Escala&ccedil;&atilde;o prov&aacute;vel: Ronaldo; Gilberto, Kanu, Ramos Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas e Rodrigo Nestor (Ademir); Cauly, Erick Pulga e Luciano Rodr&iacute;guez.
<h2>Santos- t&eacute;cnico: Pedro Caixinha</h2>
Escala&ccedil;&atilde;o prov&aacute;vel: Gabriel Braz&atilde;o; JP Chermont, Gil, Z&eacute; Ivaldo e Escobar; Jo&atilde;o Schmidt, Gabriel Bontempo e Barreal (Guilherme); Rollheiser, Soteldo e Tiquinho Soares.

A cantora<a href="https://aratuon.com.br/topicos/preta-gil" target="_blank" rel="noopener"> Preta Gil, </a>50, compartilhou um v&iacute;deo nas redes sociais, neste domingo (6), mostrando que estava&nbsp;em uma aeronave equipada com UTI a&eacute;rea.
Ela viajou at&eacute; S&atilde;o Paulo em uma UTI a&eacute;rea, ap&oacute;s sua equipe m&eacute;dica considerar ser melhor a realiza&ccedil;&atilde;o de tratamento fora do Rio de Janeiro. "Os m&eacute;dicos acharam melhor que ela continue o tratamento em S&atilde;o Paulo, com equipe que j&aacute; a acompanha. Ent&atilde;o, vai seguir por l&aacute;, e est&aacute; tudo certo", disse a equipe da famosa &agrave; Quem.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/813fda6a-30ca-4373-ae0d-593125e6c7f2.jpg?width=574&amp;height=570" alt="Pretagil">
No v&iacute;deo publicado no Instagram, a cantora aparece com a irm&atilde;, Bela Gil, e uma amiga, Ju de Paulla. A legenda foi feita com base em um bord&atilde;o da influencer Virginia Fonseca: &ldquo;M&atilde;e pode dar beijo?&rdquo;.
Preta Gil foi diagnosticada com c&acirc;ncer colorretal em janeiro de 2023. Entre as possibilidades de tratamento, a cantora <a href="https://aratuon.com.br/celebridades/preta-gil-aguarda-resposta-de-hospital-nos-eua-para-novo-tratamento" target="_blank" rel="noopener">considerou alguns no exterior</a>.&nbsp;

No teatro geopol&iacute;tico global, parece haver sempre uma plateia ansiosa por vil&otilde;es e mocinhos. O notici&aacute;rio vira novela. O debate, caricatura. E o jornalismo pol&iacute;tico &mdash; que deveria iluminar zonas complexas da realidade &mdash; acaba muitas vezes recorrendo ao modo &ldquo;carochinha&rdquo; de contar hist&oacute;rias: com pastel&otilde;es, r&oacute;tulos simplistas e uma urg&ecirc;ncia por moralizar o mundo como se fosse um conto de fadas &agrave;s avessas.
S&oacute; na &uacute;ltima semana, li e ouvi colegas aqui no Brasil qualificando Donald Trump como "doid&atilde;o", "lun&aacute;tico", "esquizofr&ecirc;nico". E tudo isso dentro de colunas e an&aacute;lises supostamente neutras. Cr&iacute;ticas s&atilde;o leg&iacute;timas. Mas quando o adjetivo suplanta o argumento, o jornalismo se apequena &mdash; e o entendimento se desfaz.
O jornalista graduado, com uma especializa&ccedil;&atilde;o e, talvez, um mestrado na &aacute;rea de humanas, se desafia a &ldquo;ensinar&rdquo; a um chefe de estado, que pode estar sendo assessorado por um ou dois candidatos ao Nobel de Economia. E, dessa maneira, v&atilde;o elencando que essa ou aquela medida vai causar infla&ccedil;&atilde;o, vai provocar turbul&ecirc;ncia mundial. Sempre adornando os coment&aacute;rios com um excesso de adjetivos, muitos deles pejorativos. N&oacute;s, graduados em comunica&ccedil;&atilde;o, que lemos dois ou tr&ecirc;s artigos da m&iacute;dia internacional, que ouvimos um podcast a caminho para o trabalho, estamos nos autorizando a faniquitos p&uacute;blicos em nome apregoar nossa vis&atilde;o solo de mundo.&nbsp;
H&aacute; algo desconfortavelmente arrogante na forma como parte da imprensa, mesmo aquela qualificada, encara o poder global. N&oacute;s lidamos com informa&ccedil;&atilde;o, muitas delas de segunda ou terceira m&atilde;o. Eles est&atilde;o lidando com dados brutos, os mais sens&iacute;veis e exclusivos poss&iacute;veis, muitos deles que s&oacute; chegaram ao conhecimento dos integrantes de uma sala de reuni&atilde;o com seis cadeiras. Enquanto isso, as vis&otilde;es pragm&aacute;ticas, essas, ficam em segundo plano.&nbsp;
Mas h&aacute; uma diferen&ccedil;a brutal entre quem lida com informa&ccedil;&atilde;o de segunda ou terceira m&atilde;o e quem tem acesso a dados brutos, relat&oacute;rios confidenciais e reuni&otilde;es estrat&eacute;gicas com seis cadeiras e nenhuma c&acirc;mera. O que se perde, nesse fosso entre o que &eacute; dito e o que &eacute; sabido, &eacute; a chance de uma an&aacute;lise real: cr&iacute;tica, mas n&atilde;o hist&eacute;rica; profunda, mas n&atilde;o panflet&aacute;ria.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d3d819be-d964-4d6a-8d9c-4312e764d7c9.png?width=2245&amp;height=1587" alt="Trump &eacute; chamado de Doid&atilde;o ">
<h3>As pot&ecirc;ncias passam. O tom professoral, n&atilde;o.</h3>
Ao longo de dois mil&ecirc;nios, o mundo j&aacute; viu imp&eacute;rios surgirem e ru&iacute;rem: Roma, Biz&acirc;ncio, Otomanos, Portugal, Espanha, Fran&ccedil;a, Reino Unido. Todos, a seu tempo, foram donos do peda&ccedil;o. Todos tamb&eacute;m pensaram que durariam para sempre. At&eacute; chegar a supremacia americana.
O Imp&eacute;rio Romano, que controlou vastas &aacute;reas na Europa, Norte da &Aacute;frica e Oriente M&eacute;dio, prevaleceu por 500 anos at&eacute; come&ccedil;ar a ruir em 476 d.C. desestabilizado por invas&otilde;es, corrup&ccedil;&atilde;o e intrigas pol&iacute;ticas. Mas cedeu espa&ccedil;o para uma auto fragmenta&ccedil;&atilde;o, que foi o Imp&eacute;rio Bizantino, preservando a cultura romana e crist&atilde; no Mediterr&acirc;neo Oriental, at&eacute; a queda de Constantinopla, em 1453. Por uma sucess&atilde;o de guerras, foi suplantado pelo Imp&eacute;rio Otomano, que resistiu at&eacute; a Primeira Guerra Mundial, em 1918.&nbsp;&nbsp;
Enquanto isso, no v&aacute;cuo deixado pela Roma Ocidental, as na&ccedil;&otilde;es europeias formaram os imp&eacute;rios coloniais, ocupando terras na Am&eacute;rica e na &Aacute;frica. Portugal e Espanha liderando as grandes navega&ccedil;&otilde;es, seguidos por Fran&ccedil;a e Holanda. o Reino Unido tornou-se a maior pot&ecirc;ncia do s&eacute;culo XIX, lastreado pela poderosa frota mar&iacute;tima e pela industrializa&ccedil;&atilde;o. No auge, em 1870, controlava &frac14; da popula&ccedil;&atilde;o e do territ&oacute;rio do planeta.&nbsp;&nbsp;
A &ldquo;transmiss&atilde;o de faixa&rdquo; para os Estados Unidos, no s&eacute;culo XX, n&atilde;o foi t&atilde;o traum&aacute;tica. Era como passar o imp&eacute;rio de um tio aristocrata para um sobrinho querendo modernidade e com possibilidade estrat&eacute;gica de um continente inteiro protegido por dois oceanos, e de muitos mais recursos naturais. Entre 1870 e 1913, o PIB americano saltou de cerca de 2% para 19% do total mundial, superando o Reino Unido em produ&ccedil;&atilde;o industrial j&aacute; na d&eacute;cada de 1890.&nbsp;
A vit&oacute;ria na Segunda Guerra Mundial montou uma nova correla&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;as geopol&iacute;ticas, com EUA e Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica. Em 1945, o PIB americano eram metade de todo o mundo (devido &agrave; destrui&ccedil;&atilde;o da Europa) e assim foi f&aacute;cil assumir a lideran&ccedil;a militar e pol&iacute;tica com o Plano Marshall e a cria&ccedil;&atilde;o da ONU.
Os russos n&atilde;o tiveram como manter por 70 anos o poderio b&eacute;lico, com uma economia planificada e de pouca inova&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o ao Ocidente. A ind&uacute;stria armamentista consumia 20% do PIB, enquanto os americanos gastavam 7%, a&iacute; sobrava pouco dinheiro para as necessidades de uma popula&ccedil;&atilde;o sob regime comunista. A queda do Muro de Berlim foi s&oacute; o marco simb&oacute;lico para um imp&eacute;rio ruindo por dentro.&nbsp;&nbsp;
A ascens&atilde;o dos Estados Unidos n&atilde;o foi traum&aacute;tica como a queda de Constantinopla ou o colapso sovi&eacute;tico. Foi quase uma transmiss&atilde;o de bast&atilde;o entre um tio aristocr&aacute;tico e um sobrinho moderno &mdash; este com dois oceanos a proteg&ecirc;-lo, uma economia pulsante e uma ind&uacute;stria impar&aacute;vel.
Sob o pretexto de ser o xerife das democracias no mundo, os EUA fizeram sua ocupa&ccedil;&atilde;o global, de forma direta, ou mandando a procura&ccedil;&atilde;o pela OTAN. Mas tem uma hora (e todos os anteriores donos do peda&ccedil;o vivenciaram isso) que a conta n&atilde;o consegue se pagar. H&aacute; &oacute;bvios b&ocirc;nus econ&ocirc;micos, pol&iacute;ticos e culturais em ser o chef&atilde;o a quem todos recorrem no momento de aperto. Mas os &ocirc;nus parecem cada vez mais temer&aacute;rios aos internos que, supostamente, precisam manter a fatura em dias.&nbsp;
<h3>Entre Maquiavel e Sun Tzu</h3>
O jornalismo da carochinha geralmente opta por narrativas fantasiosas, ou &eacute;picos de batalhas do bem contra o mal, que podem ter vis&otilde;es simplistas, ing&ecirc;nuas ou reducionistas, enxergando as mensagens apenas com vistas ao pr&oacute;ximo ciclo lunar, n&atilde;o percebendo que a mudan&ccedil;a &eacute; de era - e n&atilde;o apenas de mar&eacute;.&nbsp;
E foi assim que, nos &uacute;ltimos dias, ouvi e li que Donald Trump seria controverso, agressivo, pol&ecirc;mico - isso em an&aacute;lises e reportagens mais neutras. Os mais exaltados se referiram a lun&aacute;tico, doid&atilde;o, esquizofr&ecirc;nico, irrespons&aacute;vel, ou &ldquo;faz conta de padeiro&rdquo;. Ningu&eacute;m &eacute; obrigado a simpatizar ou levantar bandeira de um exc&ecirc;ntrico bilion&aacute;rio na Casa Branca (particularmente, aquela imposta&ccedil;&atilde;o de voz arrogante, o bronzeado artificial e o topete de mau gosto me causam esp&eacute;cie). Agora, usar interpreta&ccedil;&otilde;es rasas s&oacute; para mascarar como an&aacute;lise o que &eacute; pura antipatia &eacute; desservi&ccedil;o.&nbsp;
Seria o momento de desdobrar um racioc&iacute;nio de que o pensamento ocidental &eacute; muito domesticado por ideias de Nicolau Maquiavel, em o Pr&iacute;ncipe, o manual pol&iacute;tico do s&eacute;culo XVI:
<ul>
<li>O pragmatismo acima da moral: &ldquo;os fins justificam os meios&rdquo; virou uma interpreta&ccedil;&atilde;o recorrente para o livro, que cita textualmente "&Eacute; melhor ser temido do que amado, se n&atilde;o puder ser ambos"</li>
<li>Apar&ecirc;ncia e Percep&ccedil;&atilde;o: O sucesso depende de como o pr&iacute;ncipe &eacute; percebido. ("Os homens julgam mais pelos olhos do que pelas m&atilde;os.")</li>
<li>Adaptabilidade: Flexibilidade e aud&aacute;cia s&atilde;o essenciais para lidar com imprevistos.</li>
<li>Controle do Poder: Eliminar amea&ccedil;as internas, oferecer seguran&ccedil;a e estabilidade.</li>
</ul>
Enquanto o Oriente domina melhor Sun Tzu, militar chin&ecirc;s do s&eacute;culo V a.C., e A Arte da Guerra:
<ul>
<li>Planejamento e Prepara&ccedil;&atilde;o: "Todo combate &eacute; baseado no engano." A vit&oacute;ria come&ccedil;a antes da batalha, com planejamento meticuloso, conhecimento do terreno, do inimigo e de si mesmo.&nbsp;&nbsp;</li>
<li>Estrat&eacute;gia sobre For&ccedil;a Bruta: Vencer sem lutar &eacute; o &aacute;pice da habilidade. Subjugar o inimigo pela diplomacia ou enfraquec&ecirc;-lo estrategicamente &eacute; superior ao confronto direto. "A suprema arte da guerra &eacute; derrotar o inimigo sem combater."</li>
<li>Engano e Intelig&ecirc;ncia: Confundir o inimigo sobre suas inten&ccedil;&otilde;es e capacidades &eacute; fundamental. Como a &aacute;gua se molda ao terreno, o l&iacute;der deve ajustar suas t&aacute;ticas &agrave;s circunst&acirc;ncias.</li>
<li>Gest&atilde;o de recursos: A efici&ecirc;ncia e a rapidez s&atilde;o vitais para preservar a for&ccedil;a do ex&eacute;rcito e do estado.</li>
</ul>
Nessa disputa silenciosa, quem est&aacute; aplicando qual cartilha? O valent&atilde;o da rua, que grita e toma esteroides para parecer mais musculoso, ou o lutador franzino que, com um golpe bem dado, imobiliza sem alarde?&nbsp;
<h3>A histeria anal&iacute;tica e o desservi&ccedil;o</h3>
O competente Reinaldo Azevedo, cujos coment&aacute;rios em r&aacute;dio e tv, e textos representam boas contribui&ccedil;&otilde;es para a intelig&ecirc;ncia na m&iacute;dia nacional, cai nessa cilada. Opta por qualificar como &ldquo;doid&atilde;o&rdquo;, por considerar que o protecionismo tem fortes ind&iacute;cios de pressionar a infla&ccedil;&atilde;o interna, sobre a rejei&ccedil;&atilde;o da comunidade internacional - e tamb&eacute;m dos eleitores americanos - com a pol&iacute;tica tarif&aacute;ria mais agressiva.&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/5b028607-d341-4188-8924-9ee8f6d35c1c.jpg?width=1138&amp;height=635" alt="cap: mercados derretem, trump mais doid&atilde;o ">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=BIe0RTBXJu0" target="_blank" rel="noopener">Trump Doid&atilde;o, por Reinaldo Azevedo</a>
Ele n&atilde;o apenas escorrega no ju&iacute;zo, mas abre m&atilde;o de explicar o que de fato est&aacute; acontecendo. O protecionismo trumpista n&atilde;o &eacute; uma excentricidade pessoal: &eacute; a resposta de um imp&eacute;rio em transi&ccedil;&atilde;o, que tenta reindustrializar &agrave; for&ccedil;a, segurar sua classe m&eacute;dia no cabo de a&ccedil;o da ret&oacute;rica, e reinventar o &ldquo;inimigo externo&rdquo; como cola social.
A antipatia pessoal, mesmo justificada, n&atilde;o pode substituir a an&aacute;lise de conjuntura. A redu&ccedil;&atilde;o caricatural, neste caso, n&atilde;o &eacute; apenas pregui&ccedil;osa. &Eacute; tamb&eacute;m perigosa, porque ajuda o p&uacute;blico a n&atilde;o entender o que est&aacute; em jogo. E o que est&aacute; em jogo &eacute; muito mais do que a reelei&ccedil;&atilde;o de um bilion&aacute;rio bronzeado. &Eacute; o fim de uma era.
O ran&ccedil;o poderia dar espa&ccedil;o a uma an&aacute;lise mais abrangente e complexa de uma conjuntura bem dif&iacute;cil de cravar apostas. Por tudo o que foi resumido aqui, &eacute; natural, a per&iacute;odos cada vez mais curtos, a altern&acirc;ncia de hegemonias entre pot&ecirc;ncias.&nbsp;
C&aacute; entre n&oacute;s, tudo leva a crer que a China j&aacute; tenha ultrapassado. Basicamente, h&aacute; duas formas de entrar numa briga: querendo mostrar que &eacute; mais forte do que realmente &eacute; (e assim, intimidar - o valent&atilde;o da rua, que grita e toma ester&oacute;ides, mas manda melhor nas falas do que no soco) ou sugerindo que &eacute; mais fr&aacute;gil e inofensivo que realmente &eacute; (e assim, surpreender - como o praticamente de arte marcial, franzino, mas com toques precisos para imobilizar o advers&aacute;rio).
Enquanto os EUA gritam, imp&otilde;em tarifas e convocam a OTAN como uma extens&atilde;o de sua diplomacia armada, a China expande sil&ecirc;ncios. Constr&oacute;i estradas, influencia moedas, compra terras, financia campanhas. Uma ascens&atilde;o que parece ter mais a ver com estrat&eacute;gia milenar do que com tweets intempestivos.
<h3>Uma era que n&atilde;o &eacute; mais americana</h3>
A hist&oacute;ria n&atilde;o caminha em linha reta &mdash; ela se dobra, trope&ccedil;a, se reinventa. O s&eacute;culo XXI, ao contr&aacute;rio do que prometeram os gurus de Davos, n&atilde;o ser&aacute; uma festa liberal em Manhattan. Ser&aacute; multipolar, turbulento, marcado por choques entre modelos, valores e narrativas.
E talvez os EUA estejam mesmo declinando &mdash; n&atilde;o por incompet&ecirc;ncia, mas por esgotamento. E talvez Trump seja, mais do que causa, um sintoma. Um imp&eacute;rio exausto que faz barulho para n&atilde;o parecer fraco. Que age mais por refluxo do que por raz&atilde;o. Que, como um le&atilde;o velho, ainda ruge &mdash; mas j&aacute; n&atilde;o corre.
N&atilde;o ser&aacute; que esteja abdicando de grande parte de suas anteriores zonas de influ&ecirc;ncia sob o pretexto de ser estressado demais? Algu&eacute;m que esteja nessa posi&ccedil;&atilde;o de poder, autoridade m&aacute;xima n&atilde;o apenas de um pa&iacute;s, mas de um bloco global inteiro, poderia estar agindo de acordo com seus humores matinais, sua vis&atilde;o &uacute;nica de mundo e sob o est&iacute;mulo de crises de azia e refluxo ap&oacute;s uma sequ&ecirc;ncia de tr&ecirc;s latinhas de Coca Zero?
Analisar o mundo de hoje sob esses vieses de histerias de pr&iacute;ncipes n&atilde;o parece apenas antiquado. &Eacute; tamb&eacute;m superficial e incomodamente ilus&oacute;ria. O papel do jornalismo, nesse contexto, n&atilde;o &eacute; rir do rugido, nem zombar do topete. &Eacute; entender por que o bicho, mesmo cansado, ainda assusta. E perguntar: o que vir&aacute; depois do rugido?
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