Após suspeita de raiva, veterinários reforçam cuidados com pets em Salvador

Salvador registrou recentemente um caso isolado de raiva em cães

Por Bruna Castelo Branco.

Salvador registrou, recentemente, um caso suspeito de raiva em cães, ocorrência que não era identificada na capital baiana há duas décadas. O episódio reacendeu a necessidade de atenção contínua ao vírus, que pode atingir animais domésticos, rebanhos e humanos. Apesar do alerta, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) analisou uma amostra do cão supostamente infectado e descartou a ocorrência da doença.

A médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Salvador (Unifacs), Aline Quintela, afirma que a raiva canina demanda vigilância redobrada. “O aumento da circulação de animais silvestres em vias públicas tem contribuído para a criação de um ambiente propício para a transmissão do vírus. Mesmo sem muitos casos em animais domésticos nos últimos anos, o risco continua presente”.

Salvador registrou recentemente um caso isolado de raiva em cães. | Foto: Ilustrativa/Pexels

A raiva compromete o sistema nervoso, e mudanças de comportamento estão entre os primeiros sinais. Entre os sintomas possíveis estão agressividade, descoordenação motora, desorientação e andar perambulante, além de latidos ou miados mais frequentes, perda de controle da mandíbula, salivação excessiva, espasmos, tremores, isolamento, fotofobia, hidrofobia, paralisia e convulsões.

A transmissão ocorre pelo contato da saliva de um animal infectado com mucosas ou feridas abertas, principalmente por meio de mordidas ou arranhaduras. Casos mais raros envolvem lambedura ou contato com superfícies contaminadas. Quintela alerta para a necessidade de manter distância de animais silvestres, como saguis e especialmente morcegos, mesmo quando aparentam estar saudáveis, porque estes animais podem carregar o vírus.

O episódio reacendeu a necessidade de atenção contínua à doença, que pode atingir animais domésticos, rebanhos e humanos. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Prevenção

Sem tratamento disponível, a principal forma de prevenção é a vacinação anual de cães e gatos. Em Salvador, a vacina é distribuída gratuitamente pela prefeitura em postos de saúde. Segundo a veterinária, “a vacinação é a principal ferramenta para impedir que a doença volte a circular entre cães e gatos. Mantê-la em dia é um ato de responsabilidade e cuidado, garantindo a segurança do seu pet e de todos ao seu redor”.

Também é recomendado evitar contato com animais desconhecidos, sobretudo quando estiverem se alimentando, com filhotes ou dormindo.

Quintela reforça que o controle depende do engajamento dos tutores. “Se cada tutor fizer sua parte, mantendo a vacinação em dia e notificando situações suspeitas, conseguimos proteger nossa região e evitar novos casos de raiva”.

A principal forma de prevenção é a vacinação anual de cães e gatos. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Vacinação contra a raiva em Salvador

A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) está promovendo a vacinação antirrábica canina e felina na orla, circuitos do Carnaval, pontos turísticos e em algumas áreas do Subúrbio da capital baiana. A ação visa proteger os animais e criar uma barreira contra a raiva nesses locais.

A estratégia faz parte da programação anual de vigilância da raiva e está sendo realizada pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). 

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