Empresários do Arenoso denunciam tratamento abusivo de PMs durante abordagem: "deram com o cacetete em mim"
Durante a abordagem, segundo os funcionários do local, um dos PMs teria iniciado as agressões contra os membros do restaurante. "Ele pegou um cassetete e começou a dar cacetada na gente".
Os proprietários de uma pizzaria acusam policiais militares de truculência após uma perseguição com tiros na região do Arenoso, em Salvador. O estabelecimento funciona na Rua Marluce Barreto Sales, há três meses. O caso aconteceu na última quinta-feira (16/6), feriado de Corpus Christi, por volta das 21h.
De acordo com Veridiano Oliveira, um dos donos da Dora Pizzaria, uma viatura da 23ª Companhia Independente (Tancredo Neves) tentava interceptar um motociclista que teria resistido a uma abordagem. Os policiais, segundo a denúncia, atiraram contra o suspeito, mas os disparos atingiram o balcão do estabelecimento, dois carros e uma casa.
“[No momento dos disparos] nós estávamos trabalhando. Tinha clientes na hora aqui no balcão, tinha os motoboys. Várias pessoas… A gente simplesmente abaixou e esperou passar. Foi uma rajada de tiros”, contou Veridiano à TV Aratu, nesta sexta-feira (17/6). Outras duas viaturas deram apoio à situação.
A confusão começou quando Veridiano e o irmão, Lobérico Oliveira, foram perguntar aos policiais de que forma poderiam comunicar os danos e solicitar ressarcimento ao Estado. “Um sargento conversou com a gente de forma super tranquila, porque não estávamos questionando a ação e os tiros. Só queríamos saber quem iria resolver o prejuízo. Não houve desrespeito. A gente tava trabalhando. Nós sabemos respeitar os policiais”, acrescentou Veridiano.
Nas redes sociais, foram divulgados vídeos que mostram alguns policiais revistando os irmãos. O momento da agressão, no entanto, não foi filmado. “Deram com o cacetete em mim, na minha irmã e nós que fomos para delegacia pra responder por desacato”, disse Veridiano.
O caso foi registrado a 11ª Delegacia, no Arenoso.
Versão da PM
Em nota, a Polícia Militar alega que os agentes foram hostilizados e xingados pelos proprietários do estabelecimento. O texto informa que dois homens estavam na moto e que os policiais só atiraram porque os suspeitos dispararam primeiro.
“Ao finalizar a troca de tiros, dois homens informaram que seus veículos tinham sido atingidos pelos projéteis da ocorrência. Nesse contexto foram orientados a fazer o registro do fato na 11ª DT; Para surpresa dos PMs, os aludidos cidadãos passaram a hostilizar a guarnição com palavras de calão e desacatos, sendo necessário dar a ordem de prisão”, diz a nota.
Não há informação sobre prisão dos fugitivos. Um procedimento administrativo vai ser instaurado para apurar o caso.
CONFIRA ENTREVISTA COMPLETA E IMAGENS DO CASO
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