Museu do Recôncavo Wanderley Pinho irá integrar novo roteiro turístico da Bahia
Agentes conferiram as intervenções no conjunto arquitetônico colonial, que engloba o casarão, a capela e o engenho de açúcar
Por Da redação.
A convite da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), 20 agentes de viagens que atuam na Bahia participaram, na quarta-feira (27), de uma visita ao Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, no distrito de Caboto, em Candeias, na zona turística da Baía de Todos-os-Santos. O equipamento passou por obras de requalificação estrutural e recuperação do acervo, em um investimento de quase R$ 42 milhões do Governo do Estado, por meio da Setur-BA, como parte das ações do programa Prodetur, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Os agentes conferiram as intervenções no conjunto arquitetônico colonial, que engloba o casarão, a capela e o engenho de açúcar, além do novo atracadouro, que abriu acesso marítimo ao museu. Ele oferece receptivo náutico, restaurante, lojas e espaço para eventos e exposições. O acervo de mais de 200 peças e achados arqueológicos, que remontam ao Ciclo do Açúcar, é administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).
A visita teve como objetivo reunir subsídios para a elaboração de um roteiro turístico que contemple o espaço, ampliando as opções de experiências na região da Baía de Todos os Santos, a partir da inauguração do museu, que irá acontecer em breve.
“Está tudo preparado. Todas as exposições já estão montadas e contamos com a infraestrutura necessária para receber turistas, seja por estrada ou usando barco. O visitante vai encontrar áreas de descanso, internet, guarda-volumes, além de muito conteúdo. Temos três tipos de roteiros: o geral, que percorre toda a área externa do museu; o histórico; e o temático, ligado às exposições temporárias", destacou a coordenadora do museu, Daniela Steele.
“O produto, como foi apresentado, já mostra grande potencial. O museu abre uma oportunidade rara de combinar turismo náutico com história e cultura, oferecendo uma estrutura acessível, com atracadouro e um trajeto curto de navegação, a partir de Salvador. É um atrativo que pode enriquecer tanto os roteiros tradicionais quanto inspirar novos passeios”, avaliou o agente de viagens Ângelo Rangel.
Para o agente Norbert Leitsch, “existe potencial para incluir o museu nos roteiros dos cruzeiros que passam por Salvador, com uma programação de quatro horas, saindo do porto para visita ao equipamento e à comunidade quilombola do entorno”.
“Trouxemos os agentes como parte das ações de incentivo à diversificação da oferta turística no estado, para disponibilizar novas possibilidades aos turistas nacionais e estrangeiros que desembarcam na Bahia”, pontuou o diretor de Regulação e Certificação da Setur-BA, Divaldo Borges, que acompanhou o grupo na visita.
História - Instalado no antigo Engenho Freguesia, o museu integra um conjunto arquitetônico do século XVII. O casarão servia como residência do capitão-mor Cristóvão da Rocha Pita, que foi proprietário do estabelecimento.
Com o declínio da produção açucareira, o engenho passou por sucessivas mudanças de proprietários até ser adquirido pelo Governo do Estado da Bahia, em 1968. Restaurado entre 1970 e 1971, o espaço tornou-se o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho. O imóvel é tombado como patrimônio nacional, desde 1944.
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