Durante os <a href="https://aratuon.com.br/secao/carnaval-2025" target="_blank" rel="noopener">seis dias de Carnaval</a>, desta quinta-feira (27) at&eacute; a ter&ccedil;a (4), as Tendas "Oxe, me respeite", instaladas nos circuitos da folia, servir&atilde;o de espa&ccedil;o de acolhimento e den&uacute;ncias em caso de viol&ecirc;ncia contra a mulher.&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/0f63d1ea-ca87-44bf-944f-8f1246b01d27.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="Os espa&ccedil;os est&atilde;o dispon&iacute;veis no Pelourinho e na Ondina. Foto: Filipe Soares/GOVBA">
As tendas est&atilde;o presentes no circuito Batatinha, no Pelourinho, com <a href="https://aratuon.com.br/cidade/onibus-metro-e-brt-fique-por-dentro-do-esquema-de-transporte-no-carnaval" target="_blank" rel="noopener">atendimento aos foli&otilde;es</a> das 14h &agrave;s 2h da manh&atilde;, e na avenida Milton Santos, em Ondina, das 16h &agrave;s 5h da manh&atilde;. O espa&ccedil;o integra a campanha de mesmo nome que leva a conscientiza&ccedil;&atilde;o para os foli&otilde;es, com distribui&ccedil;&atilde;o de materiais bil&iacute;ngues, al&eacute;m de adesivos e tatuagens tempor&aacute;rias.
Na abertura oficial das tendas, na tarde desta quinta-feira (27), a secret&aacute;ria de pol&iacute;tica para as mulheres, Neusa Cadore fez quest&atilde;o de ressaltar que o combate &agrave; viol&ecirc;ncia de g&ecirc;nero &eacute; uma fun&ccedil;&atilde;o de todos. &ldquo;&Eacute; papel de cada um e de cada uma garantir que as mulheres possam ser se sentir seguras, acolhidas e respeitadas no meio da folia. Que as mulheres se sintam seguras para pedir ajuda durante a festa, e possam contar com todos&rdquo;, declarou a secret&aacute;ria.&nbsp;
A turista curitibana, Za&iacute;ne Carvalho, que vem a Salvador pela primeira vez, gostou de saber que existe um cuidado especial com a foli&atilde; feminina. &ldquo;Espero voltar muitas outras vezes a Salvador e acho muito v&aacute;lido que as mulheres tenham esse apoio e que todo mundo brinque o carnaval com respeito, mas que tenham a iniciativa de denunciar tamb&eacute;m&rdquo;, falou.
Qualquer foli&atilde;o pode fazer den&uacute;ncias de qualquer tipo de viol&ecirc;ncia, principalmente a viol&ecirc;ncia de g&ecirc;nero, atrav&eacute;s dos espa&ccedil;os das tendas, ou atrav&eacute;s do n&uacute;mero 180.
A a&ccedil;&atilde;o &eacute; uma iniciativa promovida pela Secretaria de Pol&iacute;tica para as Mulheres (SPM), em parceria com a Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica (SSP), com apoio da Secretaria de Promo&ccedil;&atilde;o da Igualdade Racial (Sepromi) e &oacute;rg&atilde;os de <a href="https://aratuon.com.br/cidade/familia-e-feita-de-refem-em-apartamento-no-suburbio-de-salvador" target="_blank" rel="noopener">enfrentamento &agrave; viol&ecirc;ncia contra a mulher</a>.&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/bda9562e-3077-451a-af72-fa45d123fcbe.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="Os espa&ccedil;os de den&uacute;ncia integram a campanha de conscientiza&ccedil;&atilde;o de viol&ecirc;ncia contra a mulher. Foto: Filipe Soares/GOVBA">

A secretária de Políticas para Mulheres, Elisângela Araújo, foi a entrevistada do Linha de Frente desta terça-feira (30/01). Natural de Valente, e cria de uma comunidade rural, ela conta que conviveu, desde muito nova, com problemas como a seca e a estiagem e que, por conta disto, desde sempre, ações voltadas para as coisas do campo pautaram a sua vida. "Eu iniciei muito cedo a minha participação na luta, na fé e na ação".
O campo, palco principal deste setor, tem sido cenário de disputas, violência e mortes. Além do já conhecido conflito entre fazendeiros e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), indígenas e quilombolas têm sido atores atuantes deste cenário. O caso mais recente aconteceu na zona rural do município de Potiraguá, no sul da Bahia, quando Fátima Muniz de Andrade, da etnia pataxó, foi morta a tiros.
<a href="https://aratuon.com.br/interior/2024-01-24/indigena-pataxo-foi-morta-por-filho-de-fazendeiro-no-sul-da-bahia-afirma-laudo/">De acordo com o perito da Polícia Civil de Itapetinga, os disparos partiram de um revólver calibre 38, tendo sido feitos por um filho de fazendeiro, que não teve o nome divulgado</a>. "O Brasil é o quinto país do mundo em concentração fundiária... aqui na Bahia, nós estamos vivendo um momento bastante difícil, porque a maior concentração das terras e das comunidades indígenas está no extremo-sul, no sudoeste, onde aconteceu essa tragédia".
Mas nem só de notícias ruins é feito o setor. Elisângela é uma defensora da agricultura familiar que, de acordo com ela, tem cerca de 600 mil famílias atuando só no estado da Bahia. "É um setor reconhecido, capaz de produzir com diversidade e qualidade, mas que, também, passou a ter investimentos apenas recentemente. Para se ter uma ideia, a primeira política pública voltada para o setor tem, apenas, 30 anos", explica.
A secretária falou, ainda, sobre Carnaval, trajetória política e políticas para as mulheres. Confira a entrevista completa:
https://www.youtube.com/watch?v=BjIJ65suDFw
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