A trombose, definida como a inflama&ccedil;&atilde;o que surge nas veias superficiais das pernas, se tornando dilatadas na pele, &eacute; um problema de sa&uacute;de que gera preju&iacute;zos na autoestima e pode causar problemas de sa&uacute;de, segundo explicou a cirurgi&atilde; vascular Suzanna Sanches.

&ldquo;Vasinhos e varizes fazem parte de um problema circulat&oacute;rio denominado Insufici&ecirc;ncia Venosa Cr&ocirc;nica. A trombose venosa &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o que provoca d&uacute;vidas e &eacute; frequentemente cercada de mitos, que dificultam o entendimento, a preven&ccedil;&atilde;o e o tratamento da doen&ccedil;a&rdquo;, explica.

Atividade f&iacute;sica regular, dieta equilibrada, peso adequado e evitar tabagismo e &aacute;lcool s&atilde;o algumas maneiras de evitar o surgimento de varizes no corpo, aponta a especialista. Al&eacute;m disso, Suzanna aproveitou para acabar alguns mitos sobre a trombose e as varizes.

<h2>Mito 1: &ldquo;A trombose sempre causa dor&rdquo;</h2>

&Eacute; comum associarmos a trombose venosa &agrave; dor intensa, mas essa n&atilde;o &eacute; uma regra. Algumas tromboses n&atilde;o causam dor ou qualquer outro sintoma evidente, especialmente no in&iacute;cio da forma&ccedil;&atilde;o do co&aacute;gulo. Em muitos casos, o &uacute;nico sintoma &eacute; um leve incha&ccedil;o ou dor na perna, que pode ser confundida com outros problemas circulat&oacute;rios. A falta de sintomas pode ser perigosa, pois leva ao adiamento da busca por um diagn&oacute;stico, aumentando o risco de complica&ccedil;&otilde;es.&nbsp;

<h2>Mito 2: &ldquo;Somente pessoas idosas t&ecirc;m trombose&rdquo;</h2>

Embora a idade seja um fator de risco, a trombose venosa pode afetar pessoas de todas as idades, inclusive jovens. Uso de certos anticoncepcionais, gravidez, p&oacute;s-operat&oacute;rio e at&eacute; viagens prolongadas &ndash; em que se passa muito tempo sentado, sem movimenta&ccedil;&atilde;o &ndash; s&atilde;o situa&ccedil;&otilde;es que podem aumentar o risco de trombose em adultos de qualquer faixa et&aacute;ria. Al&eacute;m disso, pessoas com hist&oacute;rico familiar de trombose, condi&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas ou h&aacute;bitos, como tabagismo e sedentarismo, tamb&eacute;m est&atilde;o no grupo de risco.

<h2>Mito 3: &ldquo;Trombose venosa s&oacute; ocorre nas pernas&rdquo;&nbsp;</h2>

Embora a Trombose Venosa Profunda (TVP) seja mais comum nas pernas, essa condi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o se limita aos membros inferiores. Ela pode ocorrer em qualquer veia do corpo, como as dos bra&ccedil;os, pelve, abd&ocirc;men e at&eacute; mesmo nas veias do c&eacute;rebro. &ldquo;Trombose em locais como os bra&ccedil;os e o abd&ocirc;men &eacute; menos frequente, mas pode ocorrer&quot;.

<h2>Mito 4: &ldquo;A trombose &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o rara&rdquo;</h2>

Apesar de pouco falada, a trombose venosa profunda n&atilde;o &eacute; t&atilde;o rara quanto se imagina. Estima-se que milhares de brasileiros s&atilde;o diagnosticados com trombose a cada ano, e muitos casos poderiam ser evitados com medidas simples de preven&ccedil;&atilde;o. &ldquo;O diagn&oacute;stico precoce &eacute; fundamental para prevenir complica&ccedil;&otilde;es s&eacute;rias, como a embolia pulmonar, que ocorre quando o co&aacute;gulo se desloca at&eacute; os pulm&otilde;es&rdquo;, destaca Sanches.

<h2>Mito 5: &ldquo;Apenas o repouso prolongado pode causar trombose&rdquo;</h2>

&Eacute; verdade que o repouso prolongado, como em situa&ccedil;&otilde;es de hospitaliza&ccedil;&atilde;o, aumenta o risco de trombose, pois lentifica a circula&ccedil;&atilde;o do sangue nas pernas. Contudo, o repouso n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico fator de risco: condi&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas, obesidade, tabagismo, c&acirc;ncer, gravidez e p&oacute;s-parto, cirurgias e at&eacute; algumas doen&ccedil;as inflamat&oacute;rias tamb&eacute;m podem levar ao desenvolvimento da trombose. Por isso, a preven&ccedil;&atilde;o &eacute; multifatorial e inclui, desde evitar o sedentarismo e manter-se bem hidratado, at&eacute; buscar acompanhamento m&eacute;dico em situa&ccedil;&otilde;es de risco. Para quem viaja com frequ&ecirc;ncia ou tem hist&oacute;rico familiar, &eacute; importante discutir com um especialista sobre medidas preventivas.

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Com mais de 2 milh&otilde;es de casos diagnosticados no Brasil, as varizes provocam veias dilatadas, geralmente nas pernas e nos p&eacute;s. Elas podem provocar dor e desconforto, e a condi&ccedil;&atilde;o tende a se agravar com o calor excessivo do ver&atilde;o. Al&eacute;m disso, as varizes podem e at&eacute; indicar um problema circulat&oacute;rio mais s&eacute;rio.

O professor de medicina e cirurgi&atilde;o vascular Denes Marques de Figueiredo deu mais detalhes sobre o problema de sa&uacute;de.

As varizes possuem calibres variados, mas isso s&oacute; pode ser confirmado pelo m&eacute;dico. Dentre os sintomas mais comuns est&atilde;o: dorm&ecirc;ncia, dor, incha&ccedil;o, cansa&ccedil;o e sensa&ccedil;&atilde;o de peso nas pernas. &quot;A consulta pode evitar complica&ccedil;&otilde;es graves por meio de um diagn&oacute;stico apontado ainda no in&iacute;cio. No calor, a aten&ccedil;&atilde;o deve ser redobrada, evitando banhos muito quentes e apostar na aplica&ccedil;&atilde;o de cremes, gel e lo&ccedil;&otilde;es para aliviar o desconforto com os sintomas&quot;.

Estudos indicam que varizes s&atilde;o mais frequentes em mulheres que est&atilde;o entre os 20 e 50 anos, mas podem surgir e agravar em qualquer idade. No entanto, o problema tamb&eacute;m atinge os homens.

Dentre os fatores que contribuem para o surgimento das varizes est&atilde;o: obesidade, longas horas em p&eacute; ou sentado, falta de atividade f&iacute;sica, envelhecimento, altera&ccedil;&otilde;es hormonais, uso de anticoncepcionais, n&uacute;mero de gravidezes, al&eacute;m da heran&ccedil;a gen&eacute;tica. As complica&ccedil;&otilde;es mais graves da doen&ccedil;a incluem tromboflebites, dermatite ocre (manchas de cor marrom que surgem nas pernas), sangramento (por ruptura do vaso) e feridas venosas (&uacute;lcera varicosa).

A condi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o tem cura, mas tem controle e tratamento. Possui car&aacute;ter heredit&aacute;rio, por isso, n&atilde;o existem medidas muito eficazes na preven&ccedil;&atilde;o, mas recomenda-se evitar passar longas horas em p&eacute;, repousar, manter as pernas elevadas e &aacute;gua fria para aliviar os sintomas das varizes. A consulta ao m&eacute;dico especialista &eacute; essencial para in&iacute;cio imediato de tratamento, que pode ser medicamentoso e at&eacute; cir&uacute;rgico. Tamb&eacute;m s&atilde;o analisadas a ado&ccedil;&atilde;o de meias de compress&atilde;o e outras medidas para al&iacute;vio do desconforto.

Quando n&atilde;o h&aacute; efic&aacute;cia nos tratamentos n&atilde;o invasivos, a cirurgia pode ser indicada. S&atilde;o v&aacute;rios os tipos de procedimentos que v&atilde;o desde a aplica&ccedil;&atilde;o de inje&ccedil;&otilde;es, cirurgia a laser, radiofrequ&ecirc;ncia, microcirurgia de varizes e at&eacute; a remo&ccedil;&atilde;o da veia safena em casos mais graves.&nbsp;

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