A Secretária Municipal da Saúde (SMS), através do programa Saúde nos Bairros, realizará um mutirão de atendimento urológico neste sábado (29/6). A ação ocorrerá na Arena Daniela Mercury, na Boca do Rio. No total, serão 100 vagas, por ordem chegada, serão disponibilizadas.

As consultas acontecerão das 7h às 14h. Para serem atendidos, os pacientes devem comparecer ao local com o Cartão SUS, documento oficial com foto e requisição para consulta com urologista.

Além disso, demais serviços como vacinação, consultas médicas, exames laboratoriais (sangue, fezes e urina), eletrocardiogramas, ultrassonografias variadas, cardiologista e clínico geral, também serão ofertados neste sábado (29/6), último dia do programa na região.

O programa Saúde nos Bairros também acontece no Km-17, em Itapuã, até segunda-feira (1/7) e no Vale dos Barris, até o dia 6 de julho. As próximas localidades a receberem o programa serão Vale dos Lagos e Cabula VI.

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Em abril deste ano, a La Fúria lançou o hit "Consumidor de Tadalafila", que diz assim: "É a galera do Tadala! Chegou o consumidor de Tadalafila, conhecido na favela como o rei das meninas, geral comentando que ele é rei do amor". Na mesma época, Oh Polêmico apresentou a música "Bota o Capacete que Lá Vem Tadala", e em junho, O Metrô lançou "No Pique do Tadala".
Se você não curte o pagodão baiano e nunca ouviu essas letras na vida, mas gosta de futebol, não tema: se você for ao Barradão nos próximos dias, vai dar de cara com uma caixa de papelão gigante de Tadalafila do lado de dentro e de fora do estádio. E se você também não é muito ligado ao esporte, mas costuma acessar a internet, é provável que ainda passe por alguma publicação sobre o medicamento nas redes sociais.
https://www.tiktok.com/@valmar.mix/video/7280331443069373702?_r=1&amp;_t=8h3W5VxKApK
Em outubro de 2022, o Tadalafila passou a ser mais buscado no Google do que o irmão até então mais famoso, o Viagra. Nos últimos cinco anos, na Bahia, o termo foi pesquisado por 68% dos usuários, enquanto que “Viagra” ficou com 32% de buscas. No Brasil inteiro, aliás, o “azulzinho” só ganha no Rio Grande do Sul, onde está quase empatado com o “Tadala”: o Viagra é 51% mais pesquisado do que o outro, que aparece no Google Analytics com 49% de buscas.
Mas o que, afinal, é o “Tadala”? É a mesma coisa que Viagra? Faz mal? Todo mundo pode usar? O Aratu On explica para você!
[video width="1280" height="720" mp4="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/video-tadala.mp4"][/video]

<a href="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/tadala.png"><img class="alignnone wp-image-262721 size-large" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/tadala-1024x326.png" alt="" width="1024" height="326" /></a>
O médico João Estrela, urologista do Itaigara Memorial, explica que, há, sim, diferenças entre o Viagra e o Tadalafila, medicamentos indicados para o tratamento de disfunção erétil. "O Viagra geralmente começa a fazer efeito mais rapidamente, cerca de 30 minutos após a ingestão, e sua duração de ação é de aproximadamente quatro horas. O Tadalafila leva um pouco mais de tempo para começar a fazer efeito, cerca de uma a duas horas, mas sua ação pode durar até 36 horas. Isso significa que o Tadalafila permite maior flexibilidade em relação ao momento da atividade sexual". Por ter um efeito mais prolongado, o Tadalafila recebeu o apelido de “a pílula do fim de semana”.
Mas, assim como funciona com qualquer outro remédio, não se deve tomar o “Tadala” no oba-oba, com a única intenção de se tornar o "rei do amor", como canta Bruno Magnata, da La Fúria. Ou seja: só pode usar o medicamento quem for ao médico com uma disfunção erétil real.
<a href="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/tadalafila.png"><img class="alignnone wp-image-262722 size-large" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/tadalafila-1024x388.png" alt="" width="1024" height="388" /></a>
“Tanto o Viagra quanto o Tadalafila são medicamentos que podem ser prescritos a homens adultos de várias idades, desde que haja uma necessidade médica legítima. Esses medicamentos não são destinados ao uso recreativo ou por pessoas sem problemas de ereção, e o uso sem prescrição médica pode ser perigoso. Esses medicamentos têm efeitos colaterais, interações com outros remédios, e podem não ser seguros para todos. O uso recreativo aumenta a probabilidade de experimentar esses efeitos”, alerta o urologista.
E os efeitos colaterais do mau uso, como descreve o médico, são muitos, como: dores de cabeça, dores nas costas, rubor facial, congestão nasal, dor muscular e distúrbios digestivos. O uso do remédio como pré-treino, que tem ganhado alguns adeptos nas redes sociais nos últimos meses, também é extremamente contraindicado.
“O uso inadequado de Tadalafila para melhorar o desempenho na academia não tem respaldo científico. É fundamental que as pessoas evitem usar medicamentos sem orientação médica e sigam um estilo de vida saudável, incluindo dieta equilibrada e exercícios físicos apropriados, para melhorar o condicionamento físico”, ressalta João Estrela.
E ainda há outras contraindicações, como: uso simultâneo de nitratos, como nitroglicerina, comuns em medicamentos para doenças cardíacas, problemas graves de coração, fígado ou rim, histórico de derrame ou ataque cardíaco recente, pressão arterial muito alta ou muito baixa não controlada e alergia conhecida aos ingredientes ativos dos medicamentos.
A QUEDA DO VIAGRA
Geralmente, os usuários mais frequentes de remédios que tratam a disfunção erétil, como comenta o urologista, são homens a partir dos 50 ou 60 anos, com comorbidades como pressão alta e diabetes. “Porém, nos últimos anos temos visto cada vez mais jovens que chegam ao consultório com demanda para medicação. Em geral, esses últimos não precisam da medicação, mas sim de um acompanhamento para tratar causas psicogênicas de disfunção erétil ou ejaculação precoce”, aponta ele.
Para a sexóloga Mayara Magalhães, esse interesse crescente dos mais jovens no Tadalafila pode estar relacionado à divulgação do medicamento por influenciadores digitais nas redes sociais. E é aí que está o perigo: a maior parte dos influencers que fala sobre o remédio, não entende do assunto, e toda essa desinformação já está chegando nas crianças.
“O medicamento, que já tem até letra de música, está se tornando cada vez mais popular nas rodas de conversas masculinas pela crença de que a vida sexual pode melhorar de forma fácil e rápida. Há pouco tempo, em uma palestra de educação sexual em uma turma de 11 a 13 anos, fui surpreendida com a pergunta de um aluno: ‘Você vai falar sobre o Tadala?’. Esse comportamento é preocupante, e atinge meninos cada vez mais novos”, declara a psicóloga.
CONSEQUÊNCIAS
Outro fator que contribui para esse interesse repentino e consequente mau uso do medicamento é o tabu que envolve tudo o que está relacionado a sexo, a falta de educação sexual nas escolas e a cobrança de virilidade e performance masculina. “O que muitos desses jovens não sabem é que o uso recreativo pode trazer inúmeras consequências a curto e longo prazo, como dependência psicológica dos comprimidos e disfunção erétil”, diz Mayara.
O fato de o remédio ser facilmente comprado nas farmácias, sem a necessidade de receita médica, também permite que muitos comprem sem a real necessidade, só para saber como é ou para impressionar a parceira ou o parceiro. A sexóloga enumera: “Curiosidade, aumentar a ‘potência’, melhorar o desempenho sexual, impressionar a parceria, são algumas das motivações que tentam camuflar a insegurança dos jovens que temem perder a ereção ou ejacular rápido demais em uma relação. Infelizmente, a nossa sociedade ainda ensina, de forma direta e indireta, que a virilidade está atrelada à rigidez do pênis”.
E a profissional alerta: antes de precisar recorrer a qualquer tipo de medicamento, seja Viagra, seja Tadalafila, é importante correr atrás de tratar a causa do problema de ereção que, quase sempre, como indica Mayara, é psicológica.
“A ansiedade de desempenho é o maior gatilho. A terapia sexual é o tratamento indicado para esses casos, que correspondem a cerca de 70%. É essa cobrança por performance que faz com que uma perda de ereção, que é algo natural, se torne um grande problema. Precisamos repensar a forma como educamos nossos meninos. A falta de educação sexual ainda faz com que muitos homens usem a pornografia como referência, reforçando tabus e intensificando o temor de desempenho”.
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Um dos principais alertas do movimento Novembro Azul &eacute; o de que todo homem com 50 anos ou mais deve visitar o urologista anualmente para investiga&ccedil;&atilde;o da sa&uacute;de da pr&oacute;stata.&nbsp;No entanto, a consulta n&atilde;o deve ser limitada somente a homens mais velhos. Na presen&ccedil;a de determinadas condi&ccedil;&otilde;es, crian&ccedil;as e mulheres devem procurar atendimento

Segundo&nbsp;Filipe Sena, especialista na &aacute;rea, se negro ou com hist&oacute;rico familiar de c&acirc;ncer prost&aacute;tico, o homem deve iniciar essa avalia&ccedil;&atilde;o mais cedo, aos 45 anos, conforme orienta a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).&nbsp;Por&eacute;m,&nbsp;alguns sinais e sintomas podem indicar diversos problemas urol&oacute;gicos.

Como exemplos, o especialista cita a dor na regi&atilde;o lombar, que pode indicar c&aacute;lculo renal e pielonefrite (inflama&ccedil;&atilde;o do rim); ardor miccional e outros sintomas relacionados &agrave; infec&ccedil;&atilde;o urin&aacute;ria; dor no p&ecirc;nis, que pode sinalizar uma infec&ccedil;&atilde;o ou traumas; e dores nos test&iacute;culos, que podem servir de alerta para inflama&ccedil;&otilde;es, tumores ou varicocele.

Alguns sinais e sintomas urin&aacute;rios como sangue na urina (hemat&uacute;ria) em homens e mulheres podem sinalizar infec&ccedil;&atilde;o e tumor na bexiga ou nos rins. Desconforto ao urinar, jato fraco, aumento da frequ&ecirc;ncia urin&aacute;ria e diminui&ccedil;&atilde;o do fluxo urin&aacute;rio podem indicar inflama&ccedil;&otilde;es ou aumento benigno da pr&oacute;stata. &quot;Ao perceber quaisquer desses sintomas, em qualquer m&ecirc;s do ano, &eacute; preciso investigar a causa e trat&aacute;-la&quot;, afirmou Filipe Sena.

Homens com desordens hormonais ou disfun&ccedil;&otilde;es sexuais, como impot&ecirc;ncia sexual, redu&ccedil;&atilde;o da libido, infertilidade e ejacula&ccedil;&atilde;o precoce precisam, igualmente, se consultar com um urologista.&nbsp;Diante de qualquer sinal ou sintoma que possa indicar a presen&ccedil;a de infec&ccedil;&otilde;es sexualmente transmiss&iacute;veis (ISTs), o homem deve procurar um urologista.

De maneira geral, os sinais e sintomas ocorrem na regi&atilde;o da virilha, p&ecirc;nis e test&iacute;culos, e incluem vermelhid&atilde;o, dor, feridas, bolhas, coceira, corrimento, verrugas ou tumores.&nbsp; 
 
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Os homens da cidade de Feira de Santana, a cerca de 110 km de Salvador, poder&atilde;o fazer&nbsp;uma triagem para rastreio de c&acirc;ncer de pr&oacute;stata e de colorretal na pr&oacute;xima quinta-feira (10/11),&nbsp;no&nbsp;Hospital Geral Cl&eacute;riston Andrade (HGCA).&nbsp;

A a&ccedil;&atilde;o faz parte&nbsp;da campanha mundial Novembro Azul, que visa conscientizar os homens sobre os cuidados com a sa&uacute;de, em especial com a preven&ccedil;&atilde;o ao c&acirc;ncer de pr&oacute;stata.

O p&uacute;blico-alvo compreende homens com idade acima de 40 anos e/ou com hist&oacute;rico de c&acirc;ncer na fam&iacute;lia. Os interessados devem comparecer &agrave;&nbsp;recep&ccedil;&atilde;o do HGCA2,&nbsp;das 9h &agrave;s 12h, com&nbsp;documentos pessoais e cart&atilde;o do SUS.

Durante a triagem haver&aacute; palestra com o urologista&nbsp;Eduardo Cerqueira e com a fisioterapeuta L&iacute;gia Ximenes.&nbsp;Haver&aacute;, ainda, apresenta&ccedil;&atilde;o musical (voz e viol&atilde;o) com Dan da Quixabeira e Ludmila Dourado.

Al&eacute;m da a&ccedil;&atilde;o no dia 10, o HGCA vai ampliar, durante todo o m&ecirc;s de novembro, o atendimento ambulatorial com consultas com m&eacute;dico urologista e endoscopista terap&ecirc;utico. Al&eacute;m disso, ser&atilde;o ofertados exames para rastreamento do c&acirc;ncer de pr&oacute;stata em homens assintom&aacute;ticos como: toque retal, o ant&iacute;geno prost&aacute;tico espec&iacute;fico (PSA), ultrassonografia de pr&oacute;stata e para rastrear o c&acirc;ncer de colorretal ser&atilde;o agendadas pelo Centro de Hemorragia Digestiva do Interior (CHDI) do HGCA, exames de colonoscopia.

O rastreamento &eacute; realizado para diagnosticar o c&acirc;ncer antes que o paciente apresente qualquer sintoma da doen&ccedil;a. Segundo o Instituto Nacional do C&acirc;ncer (INCA), a cada tri&ecirc;nio s&atilde;o diagnosticados 65.840 novos casos de c&acirc;ncer de pr&oacute;stata no Brasil. O c&acirc;ncer prost&aacute;tico acomete, geralmente, homens mais velhos, considerado raro naqueles com menos de 40 anos.

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A hist&oacute;ria n&atilde;o &eacute; de todo desconhecida. Um beb&ecirc; de apenas oito meses teve o p&ecirc;nis arrancado por um cachorro, num minuto que a m&atilde;e saiu de perto dele. Esse caso aconteceu h&aacute; mais de 20 anos, na cidade de Itapicuru, a cerca de 215 km de Salvador, na Bahia. Na &eacute;poca, a m&atilde;e foi orientada&nbsp;a operar o menino para que ele tivesse um &oacute;rg&atilde;o genital feminino, mas ela n&atilde;o quis.

Quando o garoto, que aqui vamos chamar de Heitor*, tinha 11 anos, ele conheceu o m&eacute;dico Ubirajara Barroso, ent&atilde;o respons&aacute;vel pelo setor de urologia pedi&aacute;trica do Hospital S&atilde;o Rafael, na capital baiana. Junto com o desenvolvedor da t&eacute;cnica de reconstru&ccedil;&atilde;o genital na inf&acirc;ncia, o especialista italiano Roberto Castro, eles refizeram o p&ecirc;nis do menino, que at&eacute; aquele momento urinava por um orif&iacute;cio.

Apesar de terem utilizado o&nbsp;ambiente de um&nbsp;hospital particular, a cirurgia foi realizada pelo Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) e durou cerca de quatro horas. Depois, Heitor vinha para a capital baiana&nbsp;periodicamente para revis&atilde;o.&nbsp;

&ldquo;N&oacute;s fizemos um p&ecirc;nis, a anatomia, mas reconstru&iacute;do de um tecido abdominal. Basicamente era pele e gordura - que naquele momento se prestou n&atilde;o para algo funcional, mesmo porque era um garoto -, mas preenchia a regi&atilde;o como &oacute;rg&atilde;o genital masculino e a crian&ccedil;a cresceu visualmente com p&ecirc;nis&rdquo;, relembra o urologista baiano. Por&eacute;m, com o passar dos anos, o&nbsp;garoto cresceu e passou a ter outras expectativas, principalmente sexuais.&nbsp;

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Foi assim que, em 2019, Heitor passou por outro procedimento cir&uacute;rgico comandado por&nbsp;Ubirajara Barroso. Dessa vez, uma t&eacute;cnica in&eacute;dita no mundo e feita mais uma vez pelo SUS, no Hospital Universit&aacute;rio Professor Edgard Santos (HUPES), o Hospital das Cl&iacute;nicas.

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&ldquo;Colocar uma pr&oacute;tese seria algo muito complicado, porque n&atilde;o havia tecido de sustenta&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o nasceu a ideia de se fazer um procedimento em que n&oacute;s aproveit&aacute;ssemos a estrutura do p&ecirc;nis que est&aacute; por dentro do corpo, na regi&atilde;o perineal, destacando essa estrutura do osso [porque boa parte do p&ecirc;nis &eacute; interna e fixada no osso da&nbsp;bacia].&nbsp;Decidimos fazer um procedimento em que liber&aacute;ssemos a por&ccedil;&atilde;o &oacute;ssea do p&ecirc;nis, que ficaria livre para ascender at&eacute; a superf&iacute;cie, como se n&oacute;s tir&aacute;ssemos um iceberg de dentro do mar&rdquo;, explica&nbsp;Barroso&nbsp;ao Aratu On.

A vantagem, segundo o m&eacute;dico, seria preservar as estruturas penianas, j&aacute; que a &uacute;nica forma de reconstruir o p&ecirc;nis (antes disso) era por meio de um enxerto ou de um retalho livre, que nada mais &eacute; que uma por&ccedil;&atilde;o do corpo, como antebra&ccedil;o ou coxa, e esculpir um falo a partir delas. &ldquo;Ent&atilde;o essa t&eacute;cnica &eacute; a primeira que voc&ecirc; pode, de fato, utilizar as estruturas originais do paciente para reconstruir o falo&rdquo;, afirma&nbsp;Ubirajara.

Depois de Heitor, a equipe m&eacute;dica liderada por Barroso realizou mais cinco procedimentos, incluindo casos de microp&ecirc;nis, amputa&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o e de um homem trans, sendo cinco baianos e um ga&uacute;cho, todos operados pela rede p&uacute;blica de sa&uacute;de.&nbsp;A t&eacute;cnica inovadora, batizada de Mobiliza&ccedil;&atilde;o Total dos Corpos (TCM, na abrevia&ccedil;&atilde;o em ingl&ecirc;s), foi publicada cientificamente no <a href="https://www.intbrazjurol.com.br/video-section/20220177_barroso_et_al/" target="_blank">International Brazilian Journal of Urology</a>, com v&iacute;deo [Aten&ccedil;&atilde;o! Conte&uacute;do sens&iacute;vel].&nbsp;

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O m&eacute;dico Ubirajara &eacute; o atual coordenador da disciplina de urologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde tamb&eacute;m &eacute; professor livre-docente, e&nbsp;diretor cient&iacute;fico da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Para ele, a realiza&ccedil;&atilde;o da TCM em microp&ecirc;nis &eacute; mais desafiadora, porque a anatomia &eacute; a mesma de um p&ecirc;nis normal, s&oacute; que pequeno a ponto de impossibilitar a penetra&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;Nesse paciente [do microp&ecirc;nis], n&oacute;s n&atilde;o somente&nbsp;exteriorizamos o p&ecirc;nis com a nossa t&eacute;cnica, mas tamb&eacute;m fizemos uma varia&ccedil;&atilde;o para engross&aacute;-lo. Houve uma mudan&ccedil;a incr&iacute;vel, passando&nbsp;de 3,5 cm,&nbsp;com p&ecirc;nis ereto, para&nbsp;9,5 cm&rdquo;, conta, afirmando que o homem est&aacute; muito satisfeito com o resultado e que j&aacute; sente outro prazer na masturba&ccedil;&atilde;o. Apesar de ainda n&atilde;o ter tentado uma rela&ccedil;&atilde;o sexual com penetra&ccedil;&atilde;o, acredita que &eacute; poss&iacute;vel.

AMPUTA&Ccedil;&Atilde;O PENIANA

Em um paciente que perdeu o p&ecirc;nis&nbsp;devido a um&nbsp;c&acirc;ncer de no local, o &oacute;rg&atilde;o foi recuperado. &ldquo;Esse tem parceira e penetra normalmente, inclusive por cima, que &eacute; um &acirc;ngulo mais dif&iacute;cil de penetra&ccedil;&atilde;o&rdquo;, diz o urologista. Ele aproveita para ressaltar que uma das principais causas de amputa&ccedil;&atilde;o peniana &eacute; a referida doen&ccedil;a, que na maioria das vezes pode ser evitada&nbsp;com h&aacute;bitos de higiene.

HOMEM TRANS

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J&aacute; no caso do homem trans,&nbsp;Barroso diz que o procedimento &eacute; basicamente igual ao realizado em um homem cis, porque &ldquo;o clit&oacute;ris tem a anatomia exatamente id&ecirc;ntica&rdquo;, com dois corpos cavernosos que se afastam e se inserem tamb&eacute;m no osso.

&ldquo;O que n&oacute;s fizemos foi a mesma coisa: &lsquo;desinserimos&rsquo;, como fizemos em todos os casos, engrossamos o falo [por meio de um tecido local que fica ali por dentro da vagina, chamado de &lsquo;Retalho de Martius&rsquo;], utilizamos tecido da mucosa da boca para reconstruir a uretra, utilizando como enxerto, e em seis meses do procedimento realizaremos o fechamento desse tecido para reconstruir a uretra. Tem&nbsp;que ser feito em dois tempos [um&nbsp;para fazer o falo e o outro para fazer a uretra],&nbsp;porque alguns homens trans querem urinar de p&eacute;. Se &eacute; poss&iacute;vel fazer - e &eacute; poss&iacute;vel -, n&oacute;s realizamos isso tamb&eacute;m&rdquo;, avalia.

ALTERNATIVAS

Se n&atilde;o passasse pela TCM, Heitor teria algumas outras possibilidades, como a utiliza&ccedil;&atilde;o dos retalhos livres, preservando vasos e nervos por meio de microcirurgia para nutrir esse retalho, fazendo com que haja ou permane&ccedil;a sensibilidade.

&quot;Mas,&nbsp;obviamente, a sensibilidade er&oacute;gena, essa sensa&ccedil;&atilde;o er&oacute;tica e prazer que existe nem um &oacute;rg&atilde;o genital normal&nbsp;&eacute; maior do que aquele reconstru&iacute;do por meio desses dessas t&eacute;cnicas&quot;, destaca&nbsp;Ubirajara. Segundo ele, uma das vantagens &eacute; &quot;customizar&quot; o tamanho, mas a grande desvantagem &eacute; a necessidade do uso de uma pr&oacute;tese, muitas vezes infl&aacute;vel, que custa de R$ 85 a 90 mil&nbsp;e n&atilde;o &eacute; fornecida pelo SUS, nem por planos de sa&uacute;de.

Outra alternativa seria uma pr&oacute;tese semirr&iacute;gida, que costuma&nbsp;romper a pele. As infl&aacute;veis tamb&eacute;m n&atilde;o est&atilde;o isentas desse risco, e cerca&nbsp;de 50% acabam sendo exteriorizadas. &quot;Creio que essa nossa t&eacute;cnica&nbsp;tem a vantagem justamente da preserva&ccedil;&atilde;o dos tecidos er&eacute;teis da pr&oacute;pria pessoa. Tanto que, at&eacute; o momento, todos preservaram a ere&ccedil;&atilde;o&quot;, enfatiza.

TCM PARA AUMENTAR QUALQUER P&Ecirc;NIS?

O professor&nbsp;alerta&nbsp;que pessoas com problema de ere&ccedil;&atilde;o n&atilde;o s&atilde;o indicadas para a cirurgia, pois isso &eacute; resolvido com&nbsp;medica&ccedil;&atilde;o, inje&ccedil;&atilde;o ou&nbsp;pr&oacute;tese. Tamb&eacute;m&nbsp;n&atilde;o &eacute; para qualquer um que&nbsp;ache seu&nbsp;p&ecirc;nis pequeno. &quot;Muita gente acha que tem p&ecirc;nis pequeno, mas, na verdade, tem um p&ecirc;nis normal. Precisa muito mais de um psic&oacute;logo, do que de um procedimento cir&uacute;rgico&quot;, opina.

Outros, de fato, t&ecirc;m o p&ecirc;nis embutido, o que dificulta a higiene e, &agrave;s vezes, a penetra&ccedil;&atilde;o. Nesses casos &eacute; poss&iacute;vel a reconstru&ccedil;&atilde;o, mas a t&eacute;cnica de&nbsp;Barroso &eacute; para&nbsp;quem tem, de fato, o tamanho desfavor&aacute;vel, seja com microp&ecirc;nis, p&ecirc;nis amputado ou homem trans. &quot;S&atilde;o essas&nbsp;tr&ecirc;s&nbsp;grandes indica&ccedil;&otilde;es&quot;, ressalta.

Com o sucesso das recentes cirurgias de mobiliza&ccedil;&atilde;o total dos corpos cavernosos, a procura pelo procedimento tem aumentado - na casa dos milhares, conforme&nbsp;o m&eacute;dico. Por isso, ele espera que mais profissionais aprendam a realiz&aacute;-lo e que,&nbsp;assim,&nbsp;mais pessoas sejam beneficiadas. &quot;O pr&ecirc;mio principal &eacute; devolver &agrave;s pessoas a autoestima e a possibilidade de ter uma vida sexual plena&quot;, conclui.

*Nome fict&iacute;cio para preservar a identidade do paciente.

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