Nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, os Estados Unidos e o mundo voltam a se lembrar de uma das p&aacute;ginas mais sombrias da hist&oacute;ria recente: os atentados terroristas de 2001. Vinte e quatro anos depois, a trag&eacute;dia que vitimou quase tr&ecirc;s mil pessoas e atingiu o cora&ccedil;&atilde;o financeiro e pol&iacute;tico dos EUA segue como um marco n&atilde;o apenas de dor, mas tamb&eacute;m de profundas transforma&ccedil;&otilde;es globais.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d38bb5dd-273a-4924-a48d-4f66fe43ed3a.jpg?width=1280&amp;height=1906" alt="Ataque do 11 de Setembro. Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o | Arquivo Fotogr&aacute;fico sobre o 11/9">
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O gancho deste anivers&aacute;rio se conecta &agrave; forma como a mem&oacute;ria desse dia se atualiza diante dos desafios atuais. Em um cen&aacute;rio marcado por novas tens&otilde;es geopol&iacute;ticas, amea&ccedil;as cibern&eacute;ticas e um crescente debate sobre seguran&ccedil;a internacional, o 11 de setembro j&aacute; n&atilde;o &eacute; lembrado apenas como um ataque f&iacute;sico, mas como o ponto de partida de uma era em que o tema da vulnerabilidade global ganhou contornos permanentes.
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A cada ano, a cerim&ocirc;nia no Memorial &amp; Museu do 11 de Setembro, em Nova York, refor&ccedil;a a dimens&atilde;o humana da trag&eacute;dia, com a leitura dos nomes das v&iacute;timas e o sil&ecirc;ncio que marca o exato momento em que os avi&otilde;es atingiram as Torres G&ecirc;meas.
Ao mesmo tempo, estudiosos e analistas pol&iacute;ticos destacam que os efeitos daquele dia permanecem vivos: das guerras travadas no Oriente M&eacute;dio &agrave; redefini&ccedil;&atilde;o de protocolos de avia&ccedil;&atilde;o, passando pelo fortalecimento das ag&ecirc;ncias de intelig&ecirc;ncia e pela expans&atilde;o da vigil&acirc;ncia digital.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e3c18802-e2a9-4ebd-a3f7-0ad27afd7c51.jpg?width=1200&amp;height=930" alt="Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o | Arquivo Fotogr&aacute;fico sobre o 11/9">
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Neste 24&ordm; anivers&aacute;rio, o olhar tamb&eacute;m se volta para uma nova gera&ccedil;&atilde;o &mdash; os jovens que nasceram ap&oacute;s 2001 e que hoje buscam compreender a magnitude de um acontecimento que n&atilde;o vivenciaram, mas que moldou o mundo em que cresceram. Assim, o 11 de setembro continua sendo n&atilde;o apenas uma mem&oacute;ria nacional dos Estados Unidos, mas um s&iacute;mbolo universal sobre como a viol&ecirc;ncia pode redesenhar sociedades inteiras e, ao mesmo tempo, sobre a import&acirc;ncia da resili&ecirc;ncia e da preserva&ccedil;&atilde;o da democracia.
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Ap&oacute;s muita press&atilde;o de fam&iacute;lias e associa&ccedil;&otilde;es de v&iacute;timas dos ataques do 11 de setembro (2001), os Estados Unidos (EUA) liberaram o primeiro documento relacionado &agrave; investiga&ccedil;&atilde;o do&nbsp;atentado e apoio do governo saudita aos sequestradores. O material era tido como sigiloso.

Segundo a ag&ecirc;ncia internacional de n&oacute;ticias Reuters, o&nbsp;documento foi divulgado pelo FBI (Bureau Federal de Intelig&ecirc;ncia) no &uacute;ltimo s&aacute;bado (11), exatamente 20 anos depois do atentado, ap&oacute;s uma ordem executiva do presidente dos EUA, Joe Biden.

Familiares das v&iacute;timas pediram a Biden que n&atilde;o comparecesse aos eventos memoriais do 20&ordm; anivers&aacute;rio dos ataques &agrave;s Torres G&ecirc;meas caso ele n&atilde;o divulgasse os documentos. Os parentes afirmam que tais materiais comprovam que a Ar&aacute;bia Saudita apoiou o crime que deixou mais de 3 mil mortos em 2001. Dos 19 sequestradores presentes nos avi&otilde;es, 15 eram do pa&iacute;s no Oriente M&eacute;dio.

No documento de 16 p&aacute;ginas divulgado pelo FBI e parcialmente editado, s&atilde;o expostos contatos entre os sequestradores e associados sauditas, mas n&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncia de que o governo saudita foi c&uacute;mplice do atentado, financiado a Al Qaeda.&nbsp;

Procurada pela Reuters,&nbsp;a embaixada da Ar&aacute;bia Saudita em Washington (EUA) afirmou que n&atilde;o teve nenhum papel no 11 de setembro.&nbsp;Em&nbsp;comunicado divulgado no &uacute;ltimo dia 8, a&nbsp;embaixada disse que o pa&iacute;s sempre defendeu a transpar&ecirc;ncia em torno dos ataques e sa&uacute;da a divulga&ccedil;&atilde;o pelos EUA de documentos confidenciais relacionados ao atentado.

Uma comiss&atilde;o do governo dos Estados Unidos tamb&eacute;m n&atilde;o encontrou evid&ecirc;ncias de que a Ar&aacute;bia Saudita financiou diretamente a Al Qaeda. Ficou em aberto se as autoridades sauditas poderiam ter feito isso individualmente.

Fam&iacute;lias de aproximadamente 2,5 mil mortos e mais de 20 mil pessoas que ficaram feridas, al&eacute;m de&nbsp;empresas e v&aacute;rias seguradoras processaram a Ar&aacute;bia Saudita em busca de bilh&otilde;es de d&oacute;lares.

Em comunicado em nome da organiza&ccedil;&atilde;o &quot;9/11 Families United&quot;, a esposa de uma das v&iacute;timas fatais disse que o documento divulgado pelo FBI no s&aacute;bado eliminou quaisquer d&uacute;vidas sobre a cumplicidade saudita nos ataques.

&quot;Agora os segredos dos sauditas foram expostos e j&aacute; passou da hora de o Reino assumir o papel de seus agentes no assassinato de milhares em solo americano&quot;, disse o comunicado.

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