O ex-presidente Michel Temer (MDB) classificou como um equ&iacute;voco a poss&iacute;vel tentativa do PT de esconder a ex-presidente Dilma da campanha de Luiz In&aacute;cio Lula da Silva ao Pal&aacute;cio do Planalto.

&ldquo;N&atilde;o vou dar palpite no PT, n&eacute;? Mas acho que n&atilde;o h&aacute; raz&atilde;o. Ela foi presidente da Rep&uacute;blica, ela tem seus adeptos. Acho que ela pode colaborar com a campanha. Vou dar um palpite aqui com muito cuidado, mas acho um equ&iacute;voco ignorarem, porque ela tem uma presen&ccedil;a. &Eacute; uma presen&ccedil;a nacional que pode ser utilizada, n&atilde;o tenho d&uacute;vidas disso&rdquo;, disse o ex-vice de Dilma, em entrevista &agrave; jornalista Kelly Matos.&nbsp;

A tentativa do PT de tornar a ex-presidente figurante come&ccedil;ou a se tornar evidente ap&oacute;s ela n&atilde;o ter comparecido ao jantar de encontro entre Lula e Geraldo Alckmin (sem partido), em dezembro.

A afirma&ccedil;&atilde;o estourou uma crise no PT que culminou no encontro de Lula e Dilma na semana passada. Durante a reuni&atilde;o, a ex-presidente questionou Lula sobre a alian&ccedil;a com o Alckmin. Ela sinalizou que n&atilde;o aprova a parceria, segundo o colunista Guilherme Amado, do portal Metr&oacute;poles.&nbsp;

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A Justi&ccedil;a Federal de Bras&iacute;lia decidiu absolver o ex-presidente Michel Temer (MDB) e os outros cinco r&eacute;us no processo aberto a partir das investiga&ccedil;&otilde;es do caso do Decreto dos Portos. A a&ccedil;&atilde;o penal, que investigava corrup&ccedil;&atilde;o e lavagem de dinheiro, foi encerrada na quinta-feira (18/3). Tamb&eacute;m foram absolvidos o ex-assessor da Presid&ecirc;ncia, Rodrigo Rocha Loures, os empres&aacute;rios Antonio Celso Grecco, Carlos Alberto Costa e Ricardo Conrado Mesquita, e o amigo do ex-presidente Jo&atilde;o Baptista Lima Filho, o coronel Lima.

A decis&atilde;o &eacute; do juiz Marcus Vin&iacute;cius Reis Bastos, da 12&ordf; Vara Federal do Distrito Federal, que recebeu o processo depois que Temer&nbsp;deixou a presid&ecirc;ncia e perdeu o foro especial. Ele decidiu&nbsp;que n&atilde;o h&aacute; provas de pagamentos de propinas que corroborem a narrativa constru&iacute;da pela acusa&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;A par de serem inveross&iacute;meis, os fatos indicados na den&uacute;ncia n&atilde;o se fizeram acompanhar de elementos m&iacute;nimos que os confirmassem. N&atilde;o se apontou quais seriam as vantagens indevidas recebidas ou prometidas; n&atilde;o se indicou como teria se dado esse ajuste entre os Denunciados; n&atilde;o se apontou uma &uacute;nica raz&atilde;o pela qual terceiros iriam despender valores em favor de agente p&uacute;blico por um per&iacute;odo indefinido de tempo, ausente qualquer indica&ccedil;&atilde;o de que teria atribui&ccedil;&atilde;o para a pr&aacute;tica do ato de of&iacute;cio almejado. Essas informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o essenciais a qualquer den&uacute;ncia que verse sobre o suposto cometimento do crime de corrup&ccedil;&atilde;o passiva qualificada&rdquo;, diz um trecho da senten&ccedil;a, segundo o jornal Estad&atilde;o.

RELEMBRE

Na den&uacute;ncia, oferecida em 2018, a Procuradoria Geral da Rep&uacute;blica (PGR) acusava o ex-presidente de receber propinas em troca da publica&ccedil;&atilde;o de um decreto sobre os portos brasileiros, quando ainda exercia a Presid&ecirc;ncia, no ano anterior, que teria beneficiado empresas do setor portu&aacute;rio atrav&eacute;s da prorroga&ccedil;&atilde;o de contratos de concess&atilde;o.&nbsp;

O processo indicava que Temer recebia vantagens indevidas &quot;h&aacute; mais de 20 anos&quot; e a edi&ccedil;&atilde;o do decreto seria o &quot;ato de of&iacute;cio mais recente identificado, na sequ&ecirc;ncia de tratativas il&iacute;citas que perduram h&aacute; d&eacute;cadas&quot;. O caso ficou conhecido como &quot;Decreto dos Portos&quot;.

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