Cerca de vinte alunos que participam&nbsp;das oficinas de dan&ccedil;a-afro&nbsp;apresentam, em sess&atilde;o &uacute;nica e gratuita,&nbsp;o espet&aacute;culo Ori Onon (que significa &quot;Cabe&ccedil;a Caminho&quot;), na pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira (29/11), &agrave;s 19h00, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho. As aulas s&atilde;o promovidas&nbsp;pelo Bal&eacute; Folcl&oacute;rico da Bahia em dez comunidades de Salvador e Lauro de Freitas e da Escola de Dan&ccedil;a da FUNCEB&nbsp; (Funda&ccedil;&atilde;o Cultural do Estado da Bahia).&nbsp;O espet&aacute;culo&nbsp;fala sobre a mitologia, os caminhos e cotidianos dos Orix&aacute;s.

O espet&aacute;culo ser&aacute; aberto com&nbsp;a coreografia &quot;Nan&atilde;&quot; em homenagem especial ao maestro, educador e &iacute;cone da m&uacute;sica afro-brasileira, Letieres Leite, que faleceu em 2021, v&iacute;tima da COVID-19. Em &quot;Nan&atilde;&quot;, a dan&ccedil;a agu&ccedil;a mem&oacute;rias e engrandece de forma sens&iacute;vel a exist&ecirc;ncia polirr&iacute;tmica de Letieres.

PROGRAMA&Ccedil;&Atilde;O&nbsp;

Coreografia: CRUzamentos &ndash; Coreografia:&nbsp; Raijane Gama

A coreografia traz refer&ecirc;ncias de movimenta&ccedil;&otilde;es de Exu com base nas sensa&ccedil;&otilde;es e energias que nos atravessa quando estamos na rua. Traz a Avenida Sete como base para a constru&ccedil;&atilde;o das cenas, principalmente a primeira, exatamente por ser um lugar de muita circula&ccedil;&atilde;o e atravessamentos, caminhar por aquelas ruas traz as sensa&ccedil;&otilde;es de cruzar, embaralhar, torcer, esbarrar, caminhar, desnivelar, guiar, perder e achar caminhos, e foi pensando nisso que a estrutura c&ecirc;nica se deu.

Coreografia: ORI &ndash; Coreografia: Junior Gomes

&quot;Minha energia, sua energia, reverberando numa s&oacute;, canalizam e se repelem.&quot; Al&eacute;m do individual, acontecem as trocas de energia que podem reverberar e afetar aos outros, contagiando uma grande massa. A pesquisa de movimento foi criada e simula essa emana&ccedil;&atilde;o, de como o corpo reverbera a partir do contato, da aproxima&ccedil;&atilde;o enquanto grupo.

Solo &ndash; Vaso Sagrado (&Aacute;gua da Barriga da M&atilde;e)&nbsp; Coreografia:&nbsp; Rajane Gama

A coreografia surge atrav&eacute;s de um di&aacute;logo da coreografa com a sua m&atilde;e, nessa conversa a sua m&atilde;e diz que toda vez que &eacute; lua cheia o mar se agita com a for&ccedil;a que a lua nasce e o mesmo acontece na barriga da m&atilde;e, esse &eacute; o primeiro contato da crian&ccedil;a com o mar. &Eacute; &aacute;gua de menino, &aacute;gua sagrada da barriga da m&atilde;e que mata a sede e lava o or&iacute;

Coreografia: ONA EM RUA &ndash; Coreografia:&nbsp; Alexsandro Palmeira

A obra tem como princ&iacute;pio fazer refer&ecirc;ncia a ONA, que significa caminho na tradu&ccedil;&atilde;o yorub&aacute;. Traz a import&acirc;ncia dos caminhos que percorremos, trazendo o arqu&eacute;tipo do Orix&aacute; Exu como base, ressignificando movimenta&ccedil;&otilde;es e fazendo um paralelo com a contemporaneidade.

SERVI&Ccedil;O&nbsp;

Ori Onon (Cabe&ccedil;a Caminho) com Bal&eacute; Folcl&oacute;rico da Bahia e Escola de Dan&ccedil;a da Funceb

Onde:&nbsp;Teatro Miguel Santana (Pelourinho)

Quando:&nbsp;29 de novembro, &agrave;s 19 horas

Quanto:&nbsp;Gratuita

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Tudo sobre: Teatro Miguel Santana

Alunos do Balé Folclórico da Bahia e da Escola de Dança da Funceb apresentam espetáculo gratuito