Dois brasileiros que pretendiam se alistar a tropas ucranianas para lutar na guerra contra a R&uacute;ssia est&atilde;o desaparecidos h&aacute; cinco dias. A informa&ccedil;&atilde;o foi publicada pelo site Uol, de acordo com informa&ccedil;&otilde;es de pessoas pr&oacute;ximas. O &uacute;ltimo contato ocorreu na sexta-feira (1/4), quando chegaram &agrave; Vars&oacute;via, capital da Pol&ocirc;nia, de onde planejavam seguir para a fronteira com a Ucr&acirc;nia.

Ainda conforme a publica&ccedil;&atilde;o, o caso vem sendo tratado pelo Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores (Itamaraty) como &quot;poss&iacute;vel desaparecimento&quot;. Questionado sobre a identifica&ccedil;&atilde;o dos brasileiros, o &oacute;rg&atilde;o informou manter o direito &agrave; privacidade dos cidad&atilde;os.&nbsp;

&quot;O Itamaraty, por meio de sua Embaixada em Vars&oacute;via, tomou conhecimento de poss&iacute;vel desaparecimento de nacionais na Pol&ocirc;nia e est&aacute; &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o para prestar toda a assist&ecirc;ncia consular cab&iacute;vel aos familiares&quot;, disse o &oacute;rg&atilde;o em nota.

O Uol publicou, tamb&eacute;m, que um homem identificado por pessoas pr&oacute;ximas como o ex-fuzileiro naval Vinicius de Andrade, 26, viajou junto com um amigo, cuja identifica&ccedil;&atilde;o &eacute; desconhecida. Vin&iacute;cius trocou mensagens pela &uacute;ltima vez com uma amiga por WhatsApp na sexta-feira, entre 7h52 e 9h02 (hor&aacute;rio de Bras&iacute;lia; 12h52 a 14h02 pelo hor&aacute;rio local).

Ele, inicialmente, enviou a pr&oacute;pria localiza&ccedil;&atilde;o, quando estava na regi&atilde;o central de Vars&oacute;via. Na sequ&ecirc;ncia, informou estar a caminho de Lviv, cidade ucraniana na fronteira com a Pol&ocirc;nia, onde combatentes volunt&aacute;rios s&atilde;o recrutados pela Legi&atilde;o Internacional de Defesa Territorial da Ucr&acirc;nia.

Segundo a publica&ccedil;&atilde;o do Uol, &agrave; noite, Vin&iacute;cius trocou mensagens com um outro brasileiro que se identifica como aliado das tropas ucranianas na guerra. Na ocasi&atilde;o, disse que tinha instalado no celular o aplicativo de uma empresa de transporte particular que tamb&eacute;m funciona na Pol&ocirc;nia. O homem que o aguardava, que diz estar na Ucr&acirc;nia h&aacute; duas semanas, desaconselhou o uso do aplicativo no pa&iacute;s.

No dia seguinte, as mensagens enviadas ao n&uacute;mero de Vin&iacute;cius foram respondidas por outra pessoa com um atraso de mais de 12 horas, preocupando as pessoas que monitoravam a viagem. &quot;Vinicius, estou preocupada com voc&ecirc;&quot;, escreveu a amiga. &quot;Pelo menos d&aacute; not&iacute;cia. Geral preocupado. Precisamos saber onde voc&ecirc; est&aacute; para lhe buscar&quot;, registrou o outro brasileiro.

As respostas, em portugu&ecirc;s, ignoraram pedidos por fotos do ex-fuzileiro, sob a alega&ccedil;&atilde;o de que ele estaria &quot;dormindo&quot;.

<a href="https://imgbb.com/"><img alt="whatsapp-ucr-nia" border="0" src="https://i.ibb.co/9wQpnwh/whatsapp-ucr-nia.jpg" /></a>

Al&eacute;m disso, as mensagens eram parcialmente incompreens&iacute;veis e pareciam ter sido traduzidas com o aux&iacute;lio de algum aplicativo para celular. Em uma delas, o texto foi escrito no alfabeto cir&iacute;lico para se referir &agrave; cidade ucraniana de Lviv, destino dos brasileiros.

Em seguida, os perfis mantidos em nome de Vinicius de Andrade no Instagram e no Facebook foram exclu&iacute;dos das redes sociais, dificultando a identifica&ccedil;&atilde;o de amigos e parentes.

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