O Partido Comunista Brasileiro (PCB) homologou neste s&aacute;bado (30/7) a candidata da professora e economista Sofia Manzano &agrave; Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica nas elei&ccedil;&otilde;es de 2022; A chapa ter&aacute;, como vice-presidente, o sindicalista Ant&ocirc;nio Alves.&nbsp;

Para as elei&ccedil;&otilde;es majorit&aacute;rias, o partido optou por n&atilde;o fazer coliga&ccedil;&otilde;es com outras legendas. Sofia trabalhava no interior da &nbsp;Bahia desde 2013 como professora universit&aacute;ria.&nbsp;

As propostas do PCB abrangem revoga&ccedil;&atilde;o de &ldquo;contrarreformas e de toda a legisla&ccedil;&atilde;o neoliberal contr&aacute;ria aos interesses dos trabalhadores, da juventude e da popula&ccedil;&atilde;o pobre&rdquo;, o que inclui a Lei de Responsabilidade Fiscal e do teto dos gastos e a cria&ccedil;&atilde;o de uma Lei de Responsabilidade Social, que garanta recursos para investimento p&uacute;blico no desenvolvimento do pa&iacute;s e nas &aacute;reas sociais.

Ela defendeu a redu&ccedil;&atilde;o da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redu&ccedil;&atilde;o salarial. Abordou tamb&eacute;m algumas quest&otilde;es pol&ecirc;micas como a descriminaliza&ccedil;&atilde;o das drogas e do aborto.

&ldquo;Somos a &uacute;nica candidatura que defende a descriminaliza&ccedil;&atilde;o das drogas porque a pol&iacute;tica de guerra &agrave;s drogas &eacute; na verdade uma pol&iacute;tica de matan&ccedil;a e encarceramento da popula&ccedil;&atilde;o negra e jovem. E somos a &uacute;nica candidatura que defende a legaliza&ccedil;&atilde;o do aborto, porque o aborto em nosso pa&iacute;s s&oacute; &eacute; ilegal e criminalizado para a popula&ccedil;&atilde;o pobre. Para mulheres ricas ele n&atilde;o &eacute; criminalizado, porque &eacute; tranquilamente praticado nas estruturas do mais alto luxo da sa&uacute;de privada&rdquo;.&nbsp;

A reforma tribut&aacute;ria defendida pelo partido &eacute; &ldquo;progressiva&rdquo;, taxando lucros e dividendos, grandes fortunas, heran&ccedil;as e transa&ccedil;&otilde;es financeiras, al&eacute;m de isentar quem ganha at&eacute; cinco sal&aacute;rios m&iacute;nimos da cobran&ccedil;a do Imposto de Renda. A pol&iacute;tica defendida pelo PCB &eacute; de &ldquo;recomposi&ccedil;&atilde;o das perdas salariais e valoriza&ccedil;&atilde;o do sal&aacute;rio m&iacute;nimo, aliada a uma reforma agr&aacute;ria sob o controle popular e ao combate permanente a todas formas de opress&atilde;o.

A cerim&ocirc;nia de homologa&ccedil;&atilde;o foi no bairro do Tatuap&eacute;, em S&atilde;o Paulo. Durante o discurso, Sofia Manzano falou sobre os 100 anos de hist&oacute;ria do &ldquo;partid&atilde;o nas ruas, denunciando as mazelas de um capitalismo que n&atilde;o deu certo por destruir seres humanos e meio ambiente&rdquo;.&nbsp;

Ant&ocirc;nio Alves reiterou o compromisso de levar a palavra do PCB a favelas, comunidades, locais de trabalho e de estudo, moradias e aldeias ind&iacute;genas. &ldquo;Vamos estar onde o povo est&aacute;&rdquo;, disse.

PERFIL

Sofia Manzano nasceu em 19 de maio de 1971 na cidade de S&atilde;o Paulo. Graduada em ci&ecirc;ncias econ&ocirc;micas pela PUC/SP, &eacute; mestra em desenvolvimento econ&ocirc;mico pelo Instituto de Economia da Unicamp e doutora em hist&oacute;ria econ&ocirc;mica pela USP. Foi aprovada em primeiro lugar em concurso p&uacute;blico para professora do curso de Economia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), motivo pelo qual mudou-se para Vit&oacute;ria da Conquista em 2013.

Desenvolve pesquisas sobre mercado de trabalho e desigualdade social no capitalismo. A milit&acirc;ncia no PCB teve in&iacute;cio durante a campanha presidencial de 1989. Foi tamb&eacute;m atuante no movimento sindical. Integrou alguns sindicatos de professores, chegando a ser eleita vice-presidente da Associa&ccedil;&atilde;o de Docentes da Universidade de S&atilde;o Paulo entre 2015 e 2016.

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