O Carnaval de Salvador, conhecido por sua alegria e diversidade, tamb&eacute;m se preocupa com a seguran&ccedil;a das crian&ccedil;as.&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/26b19be8-42c5-46eb-820a-5a15e60f465f.jpeg?width=1280&amp;height=853" alt="Divulga&ccedil;&atilde;o/SJDH">
A promotora de eventos Tha&iacute;se Nascimento, m&atilde;e de N&iacute;colas (9) e Maria (7), &eacute; um exemplo de como a festa se tornou mais acess&iacute;vel e segura para as fam&iacute;lias. "Antes era mais complicado, eu trazia mas ficava tensa. Hoje temos mais op&ccedil;&otilde;es na programa&ccedil;&atilde;o e essa pol&iacute;tica de identifica&ccedil;&atilde;o me deixa muito mais tranquila", afirmou Tha&iacute;se, que participou da a&ccedil;&atilde;o do Plant&atilde;o Integrado de Direitos Humanos.
Nos primeiros tr&ecirc;s dias do Carnaval de 2025, cerca de 3.000 crian&ccedil;as foram identificadas com pulseiras, uma medida que visa aumentar a seguran&ccedil;a e a tranquilidade dos pais. A equipe do Plant&atilde;o Integrado tamb&eacute;m realiza orienta&ccedil;&otilde;es sobre os direitos das crian&ccedil;as e a import&acirc;ncia de denunciar viola&ccedil;&otilde;es.
A turista Simone Batista, do Rio de Janeiro, que trouxe seu filho pela primeira vez, ressaltou a import&acirc;ncia da prote&ccedil;&atilde;o do Estado: "As crian&ccedil;as t&ecirc;m que participar do Carnaval e ver que &eacute; saud&aacute;vel e seguro". A dentista Aline T&aacute;tila, de Petrolina, compartilhou uma preocupa&ccedil;&atilde;o semelhante: "Quando a gente sai de casa com crian&ccedil;a, nossa maior preocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; a seguran&ccedil;a".
Os dados s&atilde;o preocupantes. Das 43 ocorr&ecirc;ncias de viola&ccedil;&atilde;o registradas nos primeiros dias do Carnaval, 16 envolviam crian&ccedil;as e 13, adolescentes. A falta de identifica&ccedil;&atilde;o e o desacompanhamento s&atilde;o fatores que contribuem para essa vulnerabilidade.
A assistente social Irani Lessa, da Secretaria de Justi&ccedil;a e Direitos Humanos do Estado, explicou que o Plant&atilde;o Integrado &eacute; uma oportunidade de reunir os servi&ccedil;os que atuam na rede de prote&ccedil;&atilde;o. "Estamos construindo uma cultura de coopera&ccedil;&atilde;o que &eacute; fundamental para assegurar a prote&ccedil;&atilde;o integral de crian&ccedil;as e adolescentes", destacou.
Os postos de atendimento do Plant&atilde;o est&atilde;o localizados na sede do Procon, na Barra e na Esta&ccedil;&atilde;o de Metr&ocirc; da Lapa, funcionando diariamente das 9h &agrave;s 21h at&eacute; 4 de mar&ccedil;o. Den&uacute;ncias podem ser feitas presencialmente ou pelos canais de comunica&ccedil;&atilde;o disponibilizados, incluindo o Disque 100 e WhatsApp da Ouvidoria SJDH.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/965b5e24-2c70-4882-a9f1-39bd032f9939.jpeg?width=1600&amp;height=1200" alt="Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o/SJDH">

Ter acolhimento e respeito. Esses s&atilde;o os principais desafios enfrentados por Travestis e Transexuais na busca pelos seus direitos. Como forma de acender o debate para as pol&iacute;ticas p&uacute;blicas direcionadas para esta parte da popula&ccedil;&atilde;o, o Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado no s&aacute;bado (29/1), foi escolhido por para promover a reflex&atilde;o e conscientizar para a cidadania e a inclus&atilde;o social.

Para refor&ccedil;ar a import&acirc;ncia do acolhimento e garantir os direitos das pessoas transexuais e travestis, o Governo do Estado, atrav&eacute;s da Secretaria de Justi&ccedil;a, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), mant&eacute;m o Centro de Promo&ccedil;&atilde;o e Defesa dos Direitos LGBT da Bahia (CPDD-LGBT).

Desde 2017, o local realiza diversas a&ccedil;&otilde;es educativas e culturais para o p&uacute;blico LGBTQIA+, com atendimento social, psicol&oacute;gico, pedag&oacute;gico, jur&iacute;dico e de sa&uacute;de, al&eacute;m de oferta de preservativos, testagem r&aacute;pida para o HIV e gratuidade na emiss&atilde;o de documentos.

Apenas no ano de 2021, o CPDD realizou 4.205 atendimentos e assistiu 847 pessoas. Destes atendimentos, 60% foram destinados para travestis, transexuais e 27,9 % a cisg&ecirc;neros (pessoas que se identificam com o sexo biol&oacute;gico).

&quot;Nossa secretaria tem buscado de forma efetiva reconhecer o direito de pessoas transg&ecirc;nero. Nosso papel &eacute; promover o acolhimento e fortalecer a rede de prote&ccedil;&atilde;o e promo&ccedil;&atilde;o de cidadania para a comunidade LGBTQIA+. Ainda temos um longo caminho para percorrer no sentido de garantir que as pol&iacute;ticas p&uacute;blicas cheguem para todos, todas e todes&quot;, &nbsp;afirma o secret&aacute;rio da SJDHDS, Carlos Martins.

Al&eacute;m da promo&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&otilde;es sociais para transexuais e travestis, outra grande conquista para a comunidade &eacute; garantido pelo Decreto Estadual n&ordm; 17.523, assinado pelo governador Rui Costa, que reconhece a identidade de g&ecirc;nero de pessoas travestis e transexuais na administra&ccedil;&atilde;o estadual, com uso do nome social. No local, o cidad&atilde;o pode solicitar a troca dos documentos para adequa&ccedil;&atilde;o de g&ecirc;nero e do nome social.

Visando ampliar ainda mais o atendimento desse p&uacute;blico, a SJDHDS tamb&eacute;m tem parcerias com outros &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos como a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), que atrav&eacute;s do SineBahia, busca empresas privadas e movimentos sociais para promover a capacita&ccedil;&atilde;o profissional e estimular a contrata&ccedil;&atilde;o de pessoas trans e travestis.

Para Kaio Macedo, coordenador LGBT da SJDHDS, &quot;temos muito a fazer para garantir uma sociedade mais justa e segura para a popula&ccedil;&atilde;o de travestis e transexuais. N&atilde;o existe avan&ccedil;o de uma comunidade se a gente n&atilde;o reconhecer nossos privil&eacute;gios cisg&ecirc;neros. &Eacute; hora de priorizar a vida das pessoas trans. S&atilde;o essas pessoas que est&atilde;o sendo mais assassinadas e s&atilde;o diariamente violentadas pela falta de oportunidades&quot;, afirmou

O atendimento do CPDD-LGBT &eacute; realizado de segunda a sexta-feira, das 8h &agrave;s 17h, por ordem de chegada e por grau de emerg&ecirc;ncia, localizado na Rua do Tijolo, n&ordm; 08, no Pelourinho, em Salvador.

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