O corpo fala e, muitas vezes, os sintomas são ignorados ou negligenciados, de acordo com o médico e naturopata Áureo Augusto. Dores de cabeça e abdominais frequentes, desconfortos intestinais, insônia, azia e mau hálito são alguns dos sintomas de alerta que tendem a ser minimizados no dia a dia.

Os pequenos sinais ignorados ao longo do tempo podem se tornar problemas mais graves, doenças crônicas e até irreversíveis. Entretanto, o autoconhecimento é fundamental para poder tratar questões negligenciadas.

O médico explica que os símbolos são utilizados pelo cérebro para ativar sensações e chamar atenção para o que está sendo ignorado. “Os sinais e sintomas das doenças, bem como as áreas do corpo que são afetadas, representam uma mensagem, muitas vezes profunda, que vem daquilo que poderíamos chamar de nossa alma ou do nosso inconsciente. Estes elementos do nosso ser, alma, inconsciente, não sabem se comunicar do mesmo jeito que a nossa mente analítica. O nosso inconsciente só funciona através de símbolos”, reitera.

Cultivar bons hábitos e zelar por uma rotina saudável ajuda no alívio de sintomas, no tratamento e até na prevenção de doenças. A menção de campos energéticos, conquanto correta, pode trazer a ideia de algo místico, mas o fato é que energia e matéria são elementos de uma mesma natureza.

“Matéria é energia condensada. O nosso corpo está a todo o tempo lidando com a transformação de matéria em energia e com a conservação da energia sob a forma de matéria, como, por exemplo, os depósitos de gordura. Uma alimentação inadequada dificulta processos energéticos e, como resultado, produz cansaço, tristeza, mal-estar e, mais adiante, doenças físicas de menor ou maior gravidade”, alerta o médico e naturopata.

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Na Bahia, ao menos 14 facções criminosas disputam o controle do tráfico de drogas, e essa luta pelo poder atinge os baianos de forma sutil - mas perigosa. Gestos com as mãos, escolhas de roupas e até mesmo palavras podem ter 'dono', colocando em risco pessoas sem ligação com os crimes. O trágico assassinato dos irmãos Daniel Natividade, de 24 anos, e Gustavo Natividade, de 15, percussionistas do bloco afro Malê Debalê, trouxe à tona uma questão: quando sinais inocentes podem colocar vidas em risco na Bahia?

<a href="https://aratuon.com.br/cidade/2024-10-08/jovens-assassinados-em-arembepe-eram-irmaos-e-percussionistas-do-male-debale/">+ Jovens assassinados em Arembepe eram irmãos e percussionistas do Malê Debalê</a>

Durante um passeio em Arembepe, na cidade de Camaçari, os jovens foram mortos por traficantes do Comando Vermelho (CV), após serem vistos em uma foto fazendo o gesto de '3' com os dedos. Na linguagem das facções, esse sinal é associado ao Bonde do Maluco (BDM), grupo rival do CV. Embora o gesto não tenha sido feito de forma intencional, os traficantes interpretaram como uma afiliação ao BDM, levando à execução dos irmãos.

Esse caso evidencia como sinais aparentemente inofensivos podem ser mal interpretados em áreas dominadas por quadrilhas. Em alguns territórios, os limites entre o cotidiano e o poder das facções são tão tênues que um simples movimento pode custar vidas.

SÍMBOLOS E SINAIS

Os gestos com as mãos são uma das formas mais comuns de identificação entre membros de facções criminosas. O sinal de '3', por exemplo, é amplamente associado ao Bonde do Maluco (BDM), enquanto o Comando Vermelho (CV) usa o símbolo 'CV' com os dedos para identificar seus integrantes e simpatizantes, além do tradicional 'Tudo 2' ou a foice, martelo, e o vermelho.

Esses sinais, que a princípio podem parecer alusões ao símbolo de 'paz e amor' ou até movimentos políticos como comunismo, agora carregam um significado mais perigoso, sendo interpretados como demonstrações de lealdade ou associação a grupos criminosos.

Além do BDM, considerada a maior organização criminosa da Bahia, atuante em Salvador e na Região Metropolitana (RMS), e da facção carioca Comando Vermelho, a capital baiana abriga outras quatro facções: Katiara, Comando da Paz (CP), Ordem e Progresso (OP), e Terceiro Comando Puro (TCP).

Os modos de identificação das quadrilhas não se limitam apenas aos gestos. A facção Katiara, por exemplo, originária do Recôncavo Baiano e hoje com domínio em bairros estratégicos como Lobato, Valéria e Águas Claras — áreas de influência devido à proximidade com a BR-324 — utiliza tatuagens para marcar seus membros.

O símbolo comum é um pentagrama, acompanhado da sigla PCRFNK (Primeiro Comando Recôncavo Facção Nazaré Katiara), de acordo com Alden José Lázaro da Silva, especialista em análise criminal e autor da cartilha "Linguagens Simbólicas do Crime", que detalha as facções atuantes na Bahia.

A Katiara também utiliza o número 5 para fazer menção ao pentagrama. Então, em determinados limites de Salvador, um simples aceno com as mãos pode ter consequências.

[caption id="attachment_390606" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-390606" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/10/Design-sem-nome-2024-10-17T164223.825-300x156.jpg" alt="" width="700" height="365" /> Tatuagem de identificação da quadrilha Katiara/ Divulgação: Linguagens Simbólicas do Crime[/caption]

Assim como a Katiara, o Comando da Paz, surgido em Salvador em 2002 como uma extensão do PCC, também se utiliza de tatuagens para identificação. O escorpião é o desenho típico que representa os membros da facção, atualmente aliada ao Comando Vermelho.

ESTILO DE VIDA

Em janeiro deste ano, o jovem Allisson Cerqueira Nascimento, de 18 anos, foi assassinado porque usava uma camiseta com o desenho do personagem Mickey, da Disney - associado à facção A Tropa, também conhecida como Ordem e Progresso (OP). O crime teria sido cometido por criminosos aliados ao BDM.

A Tropa, assim como o BDM, tem forte presença em Salvador, atuando principalmente nos bairros do Sieiro, São Marcos e Mata Escura, além das proximidades da avenida São Rafael.

[caption id="attachment_390609" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-390609" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/10/Design-sem-nome-2024-10-17T164649.696-300x156.jpg" alt="" width="700" height="365" /> Pixabay/ Arquivo[/caption]

OUTRAS REFERÊNCIAS

Muito se fala sobre símbolos e gestos, mas os traficantes também se apropriaram de bandeiras de países para marcar seus territórios. O uso de camisas de times de futebol, comum entre amantes do esporte, por exemplo, pode ser arriscado em certas regiões. Facções como o Bonde do Maluco adotaram as bandeiras de Israel, Argentina e Colômbia como símbolos de identificação, o que transforma o simples ato de vestir uma camiseta em algo potencialmente perigoso.

[caption id="attachment_393301" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-393301" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/10/WhatsApp-Image-2024-10-24-at-15.43.52-300x77.jpeg" alt="" width="700" height="179" /> Nota assinada pelas facções Bonde do Maluco (BDM) e Terceiro Comando Puro (TPC)[/caption]

As gírias também chamam a atenção. Em algumas áreas, até as palavras ganham donos. Na capital, facções utilizam expressões comuns que, em outros contextos, passariam despercebidas. O cumprimento "É nois!" e trechos de músicas populares, como "Tudo nosso e nada deles", do pagodeiro Igor Kannário, podem ter conotações diferentes quando ditos em regiões controladas por grupos criminosos.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/2024-10-09/gestos-sao-proibidos-faccoes-se-apropriam-de-sinais-e-simbolos-para-espalhar-violencia-assista/">Gestos são proibidos: facções se apropriam de sinais e símbolos para espalhar violência; assista</a>

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Por não vivermos em um mundo como o do Pinóquio, onde cada vez que se mente, o nariz cresce mais um pouco, às vezes é difícil identificar esse tipo de comportamento. Mas existem alguns sinais que podem ajudar a detectar quando uma pessoa não está falando a verdade.
De maneiras sutis, nosso corpo pode expressar sinais e algumas condições mínimas que concretizam uma desconfiança ou são uma pista para um pensamento específico.
Um levantamento realizado pelo professor Castilho, do Behavior Analysis Training Institute - instituto que treina a polícia americana para detecção de mentiras -, listou alguns dos principais sinais para que você, leitor, não seja enganado.
1) DESVIAR O OLHAR
Dificuldade em manter o contato visual de forma natural pode ser um indicador de que a pessoa está mentindo.
2) OLHAR FIXAMENTE 
Apesar do desvio de olhar ser um fator indicativo para pessoas que mentem, o "olho no olho" de forma exagerada, também não é positivo. Isso porque algumas pessoas têm conhecimento de que o desvio do olhar é visto como sinal de mentira e podem tentar se esconder por trás de uma fixação exagerada. "Pessoas verdadeiras tentam transmitir a verdade, as mentirosas precisam convencer o outro a acreditar na história criada", afirmou o perito em detectar mentiras", diz o professor.
3) PISCAR
"Mentirosos tendem a dar piscadas mais longa", disse Wanderson Castilho. Como efeito inconsciente, o cérebro em uma atitude de recusa ao que a pessoa está dizendo, provoca estas piscadas em que os olhos permanecem fechados por mais tempo do que o habitual, explicou o perito.
4) MÃOS 
Quando o organismo entra em estado de alerta, por nervoso ou ansiedade, a temperatura periférica tende a cair, fazendo com que as mãos, pés extremidades fiquem gelados. Além disso, tremores e agitação também são bons indicadores de uma possível mentira.
5) VOZ
"Quem está mentindo dá mais rodeios, muitas justificativas, fala demais", caracterizou. Quando alguém, que não tem o costume de ser prolixo, começa a demorar demais para chegar ao objetivo da conversa, existe chance de a história ser uma grande mentira.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-03-24/conheca-a-historia-de-elano-passos-artista-que-iniciou-a-carreira-com-uma-postagem-no-facebook/">Conheça a história de Elano Passos, artista que iniciou a carreira com uma postagem no Facebook</a>

Dois homens foram encontrados mortos, v&iacute;timas de tiros, na tarde desta segunda-feira (26/4), na regi&atilde;o da Pol&ecirc;mica, em Salvador. Segundo informa&ccedil;&otilde;es da Pol&iacute;cia Civil, eles foram torturados e ainda est&atilde;o sem identifica&ccedil;&atilde;o.

Ainda conforme a pol&iacute;cia, a motiva&ccedil;&atilde;o do crime est&aacute; relacionada ao tr&aacute;fico de drogas. Segundo a 1&ordf; Delegacia de Homic&iacute;dios (DH/Atl&acirc;ntico), tamb&eacute;m j&aacute; h&aacute; indicativo de autoria e equipes da unidade realizam dilig&ecirc;ncias na regi&atilde;o para tentar localizar os suspeitos.

EM TEMPO

Mais cedo, o&nbsp;Aratu On&nbsp;recebeu imagens e informa&ccedil;&otilde;es (extraoficiais) de que a dupla teria sido morta na regi&atilde;o do Areal, no Nordeste de Amaralina. Uma das v&iacute;timas teria ficado com o rosto desfigurado, inclusive, devido aos tiros. Essa informa&ccedil;&atilde;o, contudo, n&atilde;o foi confirmada pela pol&iacute;cia.

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