A Nasa lan&ccedil;ou, na madrugada desta quarta-feira (16/11), <a href="https://aratuon.com.br/noticia/geral/primeiro-passo-para-ir-de-volta-a-lua-sera-dado-durante-a-madrugada-entenda" target="_blank">uma nova miss&atilde;o &agrave; Lua.</a> Denominado SLS, o foguete, que j&aacute; havia falhado em duas tentativas anteriores devido a problemas t&eacute;cnicos e ao mau tempo, decolou &agrave;s 3h48 (hor&aacute;rio de Bras&iacute;lia) do Centro Espacial Kennedy, na Fl&oacute;rida.&nbsp;

Denominada Artemis I, a miss&atilde;o, que ter&aacute; dura&ccedil;&atilde;o de quatro a seis semanas, ser&aacute; um teste de voo n&atilde;o tripulado para confirmar se o foguete &eacute; seguro para enviar uma futura tripula&ccedil;&atilde;o &agrave; Lua. Estima-se que a nave viaje 280 mil milhas da Terra, carregando cerca de 2,7 milh&otilde;es de litros de oxig&ecirc;nio l&iacute;quido e hidrog&ecirc;nio.

&quot;Esta &eacute; uma miss&atilde;o que realmente far&aacute; o que n&atilde;o foi feito e aprender&aacute; o que n&atilde;o &eacute; conhecido&quot;, diz Mike Sarafin, gerente da miss&atilde;o Artemis I. Ele explica que o foguete permanecer&aacute; em &oacute;rbita por aproximadamente seis dias para coletar dados e permitir que os controladores da miss&atilde;o avaliem o desempenho da espa&ccedil;onave.&nbsp;

De acordo com o SBT News, caso o teste seja executado com sucesso, o foguete dever&aacute; levar, em uma segunda miss&atilde;o, uma tripula&ccedil;&atilde;o para estudar a &oacute;rbita lunar e a explora&ccedil;&atilde;o humana no espa&ccedil;o.

&quot;Colaboraremos com parceiros comerciais e internacionais e estabeleceremos a primeira presen&ccedil;a de longo prazo na Lua. Ent&atilde;o, usaremos o que aprendemos na Lua e ao redor dela para dar o pr&oacute;ximo salto gigante: enviar os primeiros astronautas a Marte&quot;, disse a Nasa.

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Dos 287.166 partos realizados atrav&eacute;s de planos de sa&uacute;de privados em 2019, 84,76% foram por cesariana. O dado consta no Painel de Indicadores de Aten&ccedil;&atilde;o Materna e Neonatal, atualizado na quarta-feira (11/8)&nbsp;pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Sa&uacute;de Suplementar (ANS). Ele apresenta n&uacute;meros nacionais que podem ser consultados por qualquer interessado e filtrados por operadora e por hospital ou maternidade.

O painel mostra que 56,71% das ces&aacute;reas foram realizadas antes do in&iacute;cio do trabalho de parto. Para a ANS, &eacute; um dado que aponta para um cen&aacute;rio preocupante. &quot;Segundo resolu&ccedil;&atilde;o do Conselho Federal de Medicina (CFM), uma cirurgia cesariana antes do in&iacute;cio do trabalho de parto deveria acontecer apenas depois das 39 semanas de gesta&ccedil;&atilde;o&quot;, diz a ag&ecirc;ncia em nota.

De acordo com a ANS, o beb&ecirc; est&aacute; pronto para nascer com 40 a 42 semanas. O maior percentual de ces&aacute;reas (37,29%) ocorreu em mulheres com idade gestacional entre 37 e 38 semanas. &quot;Beb&ecirc;s nascidos abaixo de 39 semanas t&ecirc;m mais chances de apresentar incapacidade de manuten&ccedil;&atilde;o da temperatura corporal, imaturidade pulmonar e maior dificuldade de suc&ccedil;&atilde;o do leite materno&quot;, acrescenta a nota.

Em 2018, um estudo publicado na revista cient&iacute;fica Lancet comparou a taxa de ces&aacute;reas em diferentes pa&iacute;ses. O Brasil ficou atr&aacute;s apenas da Rep&uacute;blica Dominicana. As ces&aacute;reas, realizadas tanto pelos servi&ccedil;os privados como pelos p&uacute;blicos, representavam 55,5% do total de partos no pa&iacute;s. A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) indica que, em termos populacionais, n&atilde;o s&atilde;o verificados benef&iacute;cios para a sa&uacute;de de m&atilde;es e beb&ecirc;s quando as taxas s&atilde;o superiores a 10%.&nbsp;

&quot;Dados da pesquisa Nascer Saud&aacute;vel realizada pela Fiocruz [Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz] demonstram que a maioria das mulheres inicia o pr&eacute;-natal optando pelo parto vaginal e mudam de opini&atilde;o ao longo da gesta&ccedil;&atilde;o. As principais causas determinantes da elevada propor&ccedil;&atilde;o de cirurgias cesarianas no Brasil incluem a forma atual de organiza&ccedil;&atilde;o da rede de hospitais, que n&atilde;o favorece o parto vaginal, o modelo de remunera&ccedil;&atilde;o baseado na realiza&ccedil;&atilde;o de procedimentos, a preponder&acirc;ncia de uma cultura m&eacute;dica intervencionista e as caracter&iacute;sticas psicol&oacute;gicas e culturais das pacientes, dentre outras&quot;, avalia a ANS.

Atrav&eacute;s do Painel de Indicadores de Aten&ccedil;&atilde;o Materna e Neonatal, &eacute; poss&iacute;vel comparar as taxas de cada operadora. A ferramenta tamb&eacute;m permite obter recortes espec&iacute;ficos por localidade, faixa-et&aacute;ria, escolaridade e ra&ccedil;a das gestantes. Roraima, Rond&ocirc;nia, Rio Grande do Norte e Piau&iacute; s&atilde;o os estados que registraram as maiores taxas.

A ANS observa que as informa&ccedil;&otilde;es disponibilizadas ainda n&atilde;o permitem avaliar poss&iacute;veis impactos da pandemia de covid-19, pois nem todas as bases de dados usadas para aliment&aacute;-lo abarcam o per&iacute;odo de 2020 e 2021. A &uacute;ltima atualiza&ccedil;&atilde;o havia ocorrido em dezembro de 2019, quando o painel foi criado. Na ocasi&atilde;o, os dados sobre os partos abarcavam at&eacute; os anos de 2017 e de 2018. N&atilde;o houve uma variabilidade significativa nos percentuais. Em 2018, 85,24% dos partos realizados atrav&eacute;s de planos de sa&uacute;de privados foram cesarianas.

Um indicador que teve varia&ccedil;&atilde;o positiva refere-se ao percentual de partos vaginais acompanhados por enfermeiro ou enfermeira obstetra. Esses profissionais s&atilde;o capacitados para avaliar o bem-estar da m&atilde;e e do beb&ecirc; em diferentes n&iacute;veis. Em 2019, eles atuaram em 10,76% dos partos vaginais. Em 2018, esse percentual foi de 10,01% e, em 2017, de 8,46%.

Na &uacute;ltima atualiza&ccedil;&atilde;o do Rol de Procedimentos e Eventos em Sa&uacute;de, a ANS incluiu consultas com enfermeiro obstetra durante o pr&eacute;-natal. Desde abril deste ano, os planos s&atilde;o obrigados a garantir esse atendimento. Estudos da Fiocruz apontam que a atua&ccedil;&atilde;o da enfermagem obst&eacute;trica propicia maiores cuidados, contribuindo para a diminui&ccedil;&atilde;o das interven&ccedil;&otilde;es desnecess&aacute;rias no trabalho de parto, para a obten&ccedil;&atilde;o de melhores resultados psicossociais e para a redu&ccedil;&atilde;o de &oacute;bitos maternos e infantis.

PARTO ADEQUADO

A cria&ccedil;&atilde;o do Painel de Indicadores de Aten&ccedil;&atilde;o Materna e Neonatal em dezembro de 2019 foi um desdobramento do Movimento Parto Adequado, campanha nacional articulada pela ANS em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e com o Hospital Israelita Albert Einstein. A iniciativa tamb&eacute;m conta com o apoio do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo) e da Federa&ccedil;&atilde;o Brasileira das Associa&ccedil;&otilde;es de Ginecologia e Obstetr&iacute;cia (Febrasgo).

A campanha busca, com base em evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas, reverter o volume de cesarianas desnecess&aacute;rias realizadas no pa&iacute;s. Desde 2015, est&atilde;o sendo desenvolvidas diversas a&ccedil;&otilde;es em favor da qualidade da aten&ccedil;&atilde;o materna e neonatal, entre elas audi&ecirc;ncias p&uacute;blicas, constru&ccedil;&atilde;o de espa&ccedil;os que garantam o protagonismo das mulheres na discuss&atilde;o e constru&ccedil;&atilde;o de coaliz&otilde;es com os principais atores em torno do tema.

O lan&ccedil;amento do painel foi pensado com o intuito de reunir dados que contribuam para se pensar a regula&ccedil;&atilde;o realizada pela ANS e favore&ccedil;a o acesso de informa&ccedil;&otilde;es precisas e qualificadas para pesquisadores, imprensa e sociedade em geral. Ele foi organizado como parte da fase 3 do Movimento Parto Adequado. Nessa mesma fase, foi criado no ano passado um selo para certificar a operadoras de planos de sa&uacute;de que cumprissem alguns requisitos pr&eacute;-estabelecidos.

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