&quot;Costumo dizer que o&nbsp;empresariado brasileiro, antes de ser capitalista, &eacute; racista. Ele at&eacute; quer o dinheiro, mas n&atilde;o quer juntar a marca dele com o povo negro&quot;, declarou o presidente do Bloco Afro Il&ecirc; Aiy&ecirc;, Vov&ocirc; do Il&ecirc;, nesta quarta-feira (4). A fala ocorreu durante o painel &quot;As tend&ecirc;ncias que ficaram nos &uacute;ltimos 50 anos&quot;, no Scream Festival, realizado este ano na Doca 1, em Salvador.

+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/variedades/entre-a-nostalgia-e-o-deboche-palestrante-do-scream-levanta-perfis-de-diferentes-geracoes" target="_blank">Entre a nostalgia e o deboche: palestrante do Scream levanta perfis de diferentes gera&ccedil;&otilde;es</a>

Ele ainda citou uma situa&ccedil;&atilde;o vivida por integrantes do Il&ecirc; durante uma viagem &agrave; Iglaterra. Eles estavam no aeroporto, em Liverpool, vestindo agasalhos com a marca do P&atilde;o-de-A&ccedil;&uacute;car - que apoiou o primeiro bloco afro do Brasil por sete anos -, quando um acionista que estava no mesmo local ligou para o escrit&oacute;rio da empresa, em S&atilde;o Paulo, e disse que havia &quot;uns africanos com a marca&quot;. A resposta, segundo Vov&ocirc;, foi: &quot;N&atilde;o s&atilde;o africanos. S&atilde;o os neg&otilde;es l&aacute; do Curuzu&quot;.

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Vov&ocirc; do Il&ecirc; diz que empresariado brasileiro &eacute; racista e sugere cotas em eventos musicais. Leia mais: <a href="https://t.co/PaWFU0bJms">https://t.co/PaWFU0bJms</a> <a href="https://t.co/AKGbNNGiQh">pic.twitter.com/AKGbNNGiQh</a>
&mdash; Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1864348681584931289?ref_src=twsrc%5Etfw">December 4, 2024</a></blockquote>
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Apesar de a hist&oacute;ria, hoje, ser contada de forma divertida, ele afirmou que &eacute; dif&iacute;cil seguir com algumas marcas por muito tempo.

+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/cultura/male-de-male-critica-grade-do-festival-virada-salvador-suposta-roma-negra">Mal&ecirc; Debal&ecirc; critica grade do Festival Virada Salvador: &#39;Suposta Roma Negra&#39;</a>

<h2>Vov&ocirc; sugere cotas para eventos musicais</h2>

Em outro momento do painel, o presidente do &quot;mais belo dos belos&quot;, como o Il&ecirc; Aiy&ecirc; tamb&eacute;m &eacute; conhecido, disse que vai sugerir cotas para os grandes eventos de m&uacute;sica na capital baiana:&nbsp;&quot;Vou sugerir, aos empreendedores aqui, cotas para bloco afro, para [artistas de] ax&eacute; music... e n&atilde;o contemplar s&oacute; os artistas de fora&quot;.

+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/cultura/se-nao-fosse-mae-hilda-nao-celebrariamos-50-anos-do-ile-diz-vovo-fundador-do-bloco-afro" target="_blank">&#39;Se n&atilde;o fosse M&atilde;e Hilda, n&atilde;o celebrar&iacute;amos 50 anos do Il&ecirc;&#39;, diz Vov&ocirc;, fundador do bloco afro</a>

<h2>Programa&ccedil;&atilde;o</h2>

Os pain&eacute;is do Scream seguem at&eacute; as 18h desta quarta-feira, simultaneamente em dois espa&ccedil;os na Doca 1, al&eacute;m das oficinas.&nbsp;<a href="https://play.screamfestival.com.br/#programacao" target="_blank">A programa&ccedil;&atilde;o completa est&aacute; dispon&iacute;vel no site oficial do festival</a>.

+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/variedades/combate-as-fake-news-e-tema-de-painel-no-scream-em-dia-de-julgamento-no-stf" target="_blank">Combate &agrave;s fake news &eacute; tema de painel no Scream em dia de julgamento no STF</a>

&quot;Adultecer nost&aacute;lgico&quot;? &quot;A gera&ccedil;&atilde;o z vai mesmo salvar o mundo&quot;?&nbsp;

D&uacute;vidas assim sempre costumam aquecer discuss&otilde;es nas redes sociais e, nesta quarta-feira (4), foram trazidas na palestra &quot;Xyz_alpha: Pistas Para Um Futuro Geracional Que J&aacute; Come&ccedil;ou&quot;, com Paula Paz,&nbsp;estrategista e costumer insights (pessoa que&nbsp;analisa&nbsp;informa&ccedil;&otilde;es sobre os consumidores). A palestra &eacute; um dos pain&eacute;is do Scream Festival, realizado no Doca 1, no Com&eacute;rcio.

Na ocasi&atilde;o, ela levantou os perfis de algumas gera&ccedil;&otilde;es, a come&ccedil;ar pelos &quot;boomers&quot; (de Baby Boomer, nascidos entre 1946 e 1964), pontuando que eles passam por uma &quot;crise relacionada &agrave; invisibilidade&quot; que se deve ao fato de a sociedade ser etarista, priorizando mais jovens. No entanto, ressaltou o fomento da &quot;economia prateada&quot; e a import&acirc;ncia de fazer com que essas pessoas se sintam vistas.

A Gera&ccedil;&atilde;o X, na &quot;meia-idade&quot;, at&eacute; um pouco mais de 60 anos, tenta se adaptar ao que est&aacute; acontecendo, &quot;mas com um pouco de dificuldade&quot;. Assim, Paula questionou: &quot;De que forma os 60+ est&atilde;o sendo inclu&iacute;dos? De que forma podemos abra&ccedil;&aacute;-los? Estamos dando a eles o devido valor?&quot;.

Quando chegou &agrave; gera&ccedil;&atilde;o Y, os famosos &quot;millennials&quot;, divididos ainda em &quot;old millennials&quot; (mais velhos) e &quot;young millennials&quot; (mais novos),&nbsp;ela falou em &quot;grande gera&ccedil;&atilde;o de sucessos frustrados&quot;:&nbsp;&quot;&Eacute; a gera&ccedil;&atilde;o que mais demora a sair de casa; que almejou muitas coisas - e que ainda n&atilde;o foram conquistadas&quot;.&nbsp;

Paz comentou, ainda, o fen&ocirc;meno do &#39;adultecer nost&aacute;lgico&#39; dos millennials,&nbsp;algo que muitas marcas t&ecirc;m apostado. Por outro lado, essa gera&ccedil;&atilde;o &quot;quis ser adulta muito cedo&quot; e, hoje, &eacute; comum a percep&ccedil;&atilde;o de mais ansiedade e/ou depress&atilde;o.

Quanto &agrave; Gera&ccedil;&atilde;o Z, a estrategista frisa que essa turma&nbsp;j&aacute; entendeu que &quot;n&atilde;o vai salvar o mundo&quot;, como muitos esperavam que acontecesse. &quot;J&aacute; entenderam que estamos no apocalipse e fazem deboche disso&quot;, falou. Pontuou, ainda, um &quot;comportamento muito autocentrado&quot; caracter&iacute;stico da &quot;gen z&quot;, capaz de fomentar a economia do bem-estar &quot;de uma forma fenomenal&quot; e a ponto de gerar outro cen&aacute;rio em contraponto, que &eacute; quando o &quot;cuidar de si&quot; vira uma press&atilde;o.

Por fim, a gera&ccedil;&atilde;o Alpha - as crian&ccedil;as -, segundo Paula, &eacute; a que, &quot;de fato, vai ter que conviver com o apocalipse&quot;.

Depois das an&aacute;lises, a palestrante observou, citando o cantor Belchior, que &quot;o passado &eacute; uma roupa que n&atilde;o nos veste mais&quot;. Assim, concluiu: &quot;Nossa fun&ccedil;&atilde;o, agora, &eacute; entender como fazer como que as pessoas se sintam melhores dentro desse cen&aacute;rio &#39;devastador&#39;&quot;.

&quot;STF na vanguarda do combate &agrave;s fake news: o que o mundo pode aprender com o Brasil?&quot;. Esse foi o tema de um dos paineis na manh&atilde; desta quarta-feira (4), do Scream 2024, evento de m&iacute;dia e criatividade j&aacute; consolidado em Salvador que, neste ano, acontece pela primeira vez na Doca 1, no&nbsp;Com&eacute;rcio.

O tema&nbsp;n&atilde;o poderia ser mais oportuno, j&aacute; que o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, hoje, o <a href="https://aratuon.com.br/geral/stf-retoma-julgamento-sobre-responsabilidade-de-redes-sociais-por-conteudos-publicados" target="_blank">julgamento da regulamenta&ccedil;&atilde;o das redes sociais</a>. &quot;Direitos digitais est&aacute; na pauta do STF&quot;, afirmou Victor Duringan, assessor na secretaria-geral da presid&ecirc;ncia do STF e Coordenador de Combate &agrave; desinforma&ccedil;&atilde;o da Corte. Ele foi um dos participantes do painel, no Palco 1, ao lado da diretora de jornalismo da Rede Bahia, Ana Raquel, e Nina&nbsp;Santos, diretora executiva da Al&aacute;fia Lab, quem fez a media&ccedil;&atilde;o.

De acordo com Duringan, al&eacute;m do artigo 19 do Marco Civil da Internet, h&aacute; &quot;todo um leque de debate sobre direitos digitais na pauta do STF. [...] Ele discute, por exemplo, se a liberdade de express&atilde;o est&aacute; sendo respeitada nas redes sociais&quot;, acrescentou.

Para Nina Santos, trata-se de um debate que n&atilde;o h&aacute; como escapar, porque tem impacto social e econ&ocirc;mico muito grande. Ela pontuou, ainda, a &quot;necessidade urgente de lei sobre Intelig&ecirc;ncia Artificial (IA)&quot;, dada a &quot;dificuldade da temporalidade&quot; para a popula&ccedil;&atilde;o.

<h2>Programa&ccedil;&atilde;o</h2>

Os pain&eacute;is do Scream seguem at&eacute; as 18h desta quarta-feira, simultaneamente em dois espa&ccedil;os na Doca 1, al&eacute;m das oficinas. <a href="https://play.screamfestival.com.br/#programacao" target="_blank">A programa&ccedil;&atilde;o completa est&aacute; dispon&iacute;vel no site oficial do festival</a>

Maria do Amparo Xavier, a primeira mestre de obras da Bahia, transformou seu pioneirismo em legado. Hoje, ela comemora o anúncio de 1,5 mil vagas do projeto "Marias na Construção" para 2024. Nesta sexta-feira (1º), ela participou do painel "Mulheres na Obra", no Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador, durante o Scream Festival.
Depois do painel, ela conversou com o Aratu On sobre o projeto. "Vamos abrir 1.500 vagas, em vários cursos da construção civil. As mulheres precisam se inscrever", falou. "A partir do momento em que elas se inscrevem, automaticamente a matrícula ja cai no Senai [empresa parceira do Marias na Construção]", acrescentou, pontuando que os cursos acontecerão de manhã, de tarde e de noite. "Vai ter curso dede almoxarifado ao acabamento de cerâmica", completou.
Demonstrando entusiasmo, Maria Xavier disse o projeto é uma ótima oportunidade principalmente para as mulheres que estão em situação de vulnerabilidade, desempregadas há muito tempo, com filhos e/ou passando por dificuldades. "O curso é justamente para ter essa oportunidade de colocar essas mulheres no mercado da construção civil. Elas saem prontas, sem precisar comprovação de carteira de trabalho", garantiu.
Dona Maria contou que teve um passado de pobreza, mas viu seu mundo mudar ao entrar na construção civil. "Eu morava em casa de palha e quando conheci uma casa toda fechada, veio a curiosidade de entender como era que fechava, e daí foi que entrei pra varrer um canteiro... e dessa obra aprendi todas as profissões", lembrou. "Depois fiz escola técnica, vários cursos... Sou pedreira, carpinteira, soldadora, funileira. Severina!", completou, aos risos.
Além de Dona Maria, o painel contou com a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda da Prefeitura de Salvador., Mila Paes e a engenheira civil Patrícia Evangelista (Senai), na área há 30 anos. A mediação foi da arquiteta Juliana Anjos, da Conder.
MARIAS NA CONSTRUÇÃO
O Marias na Construção faz parte do eixo capacitação e empregabilidade da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e conta com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Bahia), que ofertará a qualificação profissional. Além da parceria com a Defesa Civil de Salvador (Codesal), trazendo informações técnicas acerca de construções seguras no município, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Bahia), oferecendo conhecimento sobre empreendedorismo, acesso à crédito e mais, assim como a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), que garantirá a inserção no mercado de trabalho, para as alunas que mais se destacarem durante o curso.
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* Com Lorena Oliveira

Para discutir a desinformação na atualidade, foi realizado, no Scream Festival, o painel "Combate às fake news como política de saúde pública". O festival de paineis e palestras começou na quinta-feira (30/11) e segue nesta sexta (1/12), em três pontos no Centro Histórico de Salvador: Teatro Gregório de Mattos, Espaço Cultural da Barroquinha e no Foyer Glauber Rocha.

Na Barroquinha, o tema das fake news foi debatido na tarde desta sexta pela biomédica Jaqueline Goes, a advogada Samara Castro e o dentista e empreendedor Arthur Lima, e mediado pela jornalista Linda Bezerra. No painel, Jaqueline disse que seu trabalho na pandemia foi marcado pelas informações falsas. Ela coordenou a equipe responsável pelo sequenciamento do genoma do vírus SARS-CoV-2 48 horas após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil.

"Precisei até me afastar um pouco, também, pra não ser ameaçada, não virem em cima de mim... Envolve gente sem escrúpulo, capaz até de matar porque foi contrariada", afirmou a cientista. A biomédica pontuou que a informação falsa que mais combateu no auge da pandemia foi algo muito simples para quem trabalha com ciência. Tratava-se de explicar que o RNA mensageiro na vacina contra a Covid não integraria e modificaria o material genético da nossa celular.

Sócio e criador da plataforma AfroSaúde, que conecta pacientes e médicos, dentistas e psicólogos negros, Arthur Lima defendeu que profissionais de saúde têm a obrigação de passar informações corretas à população. "Mas estamos batendo com os grupos que têm fins políticos e comerciais", revelou o empresário. Para Jaqueline, as fake news se valem do medo coletivo do desconhecidoe e do senso de urgência do compartilhamento de  notícias, sejam elas verdadeiras ou não.

TERRENO DAS FAKE NEWS

Para a advogada Samara Castro, todo mundo está sujeito a cair em fake news. Não tem a ver com escolaridade ou complexidade. "Tem muito mais a ver com o terreno, o emocional de quem está lendo, compartilhando...", disse. "Hoje, o combate à desinformação é muito mais sobre uma crença tão forte em algo que as pessoas não conseguem sair daquilo".

Samara destacou no painel que as informações falsas não são uma invenção recente. "Quem produz desinformação não quer ter razão, o intuito é apenas de gerar uma desconfiança", explicou a advogada. Segundo ela, um fator que favorece à desinformação é a desconfiansa em instituições, como os tribunais de Justiça, as universidades e o próprio governo. Dessa forma, explica Samara, o terreno se torna mais fértil para a proliferação de desinformação.

O painel, na íntegra, pode ser visto no <a href="https://www.youtube.com/channel/UCZ-Xm7dNd-iX0nT70vkD-Dw">canal do Scream no YouTube</a>.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2023-11-30/jornalismo-popular-e-tema-de-painel-no-scream-festival-mundos-colaborativos-confira/">Jornalismo popular é tema de painel no Scream Festival: ‘mundos colaborativos’; confira</a>

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O Scream Festival começou nesta quinta-feira (30/11), simultaneamente em três pontos no Centro Histórico de Salvador. Quem compareceu ao maior festival de criatividade do Nordeste presenciou palestras e paineis no Teatro Gregório de Mattos, Espaço Cultural da Barroquinha e no Foyer Glauber Rocha.
Foi nesse último, inclusive, que ocorreu o painel destacando a "Copa Cajazeiras", com mediação do gestor das Empresas Ei Mídia Exterior, Chaves Outdoor e Brasília Mídia, do Grupo Aratu, Vinícius Linhares, também diretor presidente da Central do Outdoor na Bahia.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/esportes/2023-11-16/copa-cajazeiras-tv-aratu-fecha-contrato-para-cobertura-exclusiva-da-competicao/" target="_blank" rel="noopener">Copa Cajazeiras: TV Aratu fecha contrato para cobertura exclusiva da competição</a>
Maurício Lencek e Edson Nascimento, da Liga Cajazeiras, participaram do debate. Em entrevista à TV Aratu, Nascimento falou que ficou muito feliz pelo convite para integrar o Scream, e garantiu que, em 2024, a Copa Cajazeiras será, novamente, um "sucesso total".
Já Lencek afirmou que a competição usa o "gatilho" do futebol, mas abraça toda a comunidade. "Cajazeiras está sempre de braços abertos para abraçar nosso projeto, que funciona a várias mãos", disse.

Confira abaixo:

https://youtu.be/PytqzdYbBbA
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É festa, mas também é arte, emprego e renda. O Carnaval foi abordado no painel "A Indústria da Folia", no Scream Festival 2023, na tarde desta quinta-feira (30/11), no Teatro Gregório de Matos, Centro Histórico de Salvador. Mediado pela jornalista Camila Marinho, o painel contou com o artista plástico, carnavalesco e diretor artístico do Cortejo Afro, Alberto Pitta, Fábio Almeida (Join Entretenimento) e Hunfrey Athaíde, do Grupo Eva.
Logo no inídio do encontro, Camila chamou atenção para o viés econômico da maior festa de rua do planeta. "Muita gente enxerga o Carnaval como folia, apenas, principalmente quem vem de fora, mas Carnaval é, também, desenvolvimento econômico, oportunidade de negócios e geração de empregos", disse. "A Bahia inteira é movimentada, desde o catador de latinha, ao empresário e o artista. Movimenta a rede hoteleira, setor de transportes, costureiras que fazem abadás...", acrescentou.
A mediadora citou, ainda, que em todo o Brasil são movimentados R$ 8 bilhões, no período da folia momesca. Somente em Salvador são R$ 1,5 bilhão de investimentos e cerca de 50 mil empregos gerados.
Depois, a jornalista perguntou a Alberto Pitta se a valorização do Carnaval de Salvador, enquanto arte, "chega com atraso", ao que ele respondeu que dependia do olhar das pessoas. "Desde os blocos indígenas, entre as décadas de 70 e 90, os blocos afro... havia uma preocupação muito grande com as temáticas. Se você via o [bloco] Crocodilo, sabia o que era, pelas cores, pela identidade visual... mesmo com os 'olhos do comércio', tinha a preocupação com a arte, porque a mortalha era muito conceitual. A mortalha contava histórias e as pessoas se interessavam", disse.
Segundo Pitta, hoje, os foliões "querem ver o artista", independente do bloco. E ele até criou uma expressão para a situação. "Chamo de 'as cores perdidas do Carnaval baiano'", afirmou, pontuando que sua função, no Cortejo Afro, foi justamente recuperar esse aspecto.
"Isso, hoje, é preservado [só] nos blocos afro e afoxés, o que é uma pena, porque na epoca tínhamos muito menos recursos, não tinha a coisa do patrocinador. Hoje, outras empresas acabam bancando essas organizações, que já não mais fazem esse investimento na arte. Não tem mais supresa no Carnaval, porque virou uma outra coisa. Essa arte precisa ser recuperada. Não resgatada, porque não está no chão, mas a gente precisa recuperar esse tecido".
RECONEXÃO COM AS RAIZES
Ex-sócio da cantora Ivete Sangalo, Fábio Almeida falou sobre a questão do mainstram relacionado à festa e aos artistas dela e questionou se não havia a possibilidade de um "diálogo transversal" no Carnaval.
"Será que cada um só está olhando para o seu próprio umbigo, seu próprio universo? Sou otimista, um 'romântico' para o Carnaval", iniciou, relembrando que deixou de ser sócio de Ivete para se "aproximar mais da cultura baiana". "Não que Ivete não seja cultura baiana, mas quis me aproximar mais da raiz daqui", completou.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2023-11-30/jornalismo-popular-e-tema-de-painel-no-scream-festival-mundos-colaborativos-confira/" target="_blank" rel="noopener">Jornalismo popular é tema de painel no Scream Festival: ‘mundos colaborativos’; confira</a>
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A 6ª edição do Scream Festival será realizada nesta quinta-feira (30/11) e sexta-feira (1/12) no Teatro Gregório de Matos, Espaço Cultural da Barroquinha e Foyer do Cine Glauber Rocha de forma gratuita. Todos os endereços serão no Centro Histórico de Salvador.

O Festival que é uma parceria entre a prefeitura de Salvador, por meio da Empresa Salvador Turismo (Saltur) e a Associação Baiana do Mercado Publicitário (ABMP), vai trazer profissionais de áreas envolvidas em iniciativas criativas de impacto social para palestras voltadas para Comunicação &amp; Marketing, Inclusão e ESG, Diversidades, Transformação Digital, Artes e Economia Criativa.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/variedades/2023-11-27/celso-athayde-diz-que-cufa-comecou-em-salvador-achava-que-a-bahia-era-um-lugar-bem-resolvido/">Celso Athayde diz que Cufa começou em Salvador: ‘achava que a Bahia era um lugar bem resolvido’</a>

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Nos próximos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, a capital baiana será palco do Scream (Salvador Creativity and Media Festival) 2023, maior evento de criatividade, inovação e negócios do norte-nordeste brasileiro. Em sua sexta edição, a programação do Scream acontece no Centro Histórico, a partir das 8h.
Realizado pela Associação Baiana do Mercado Publicitário (ABMP) e Prefeitura de Salvador, por meio da Empresa Salvador Turismo (Saltur) e apoio do Sebrae, o festival traz uma programação inédita, reunindo especialistas para discutir as principais tendências do mercado, abordando novos conceitos, possibilidades, caminhos e formas de lidar com desafios e oportunidades de negócios.
Fiel à sua missão de trazer para o palco, além dos três espaços já conhecidos que acontecem o festival - Fera Palace Hotel, Teatro Gregório de Matos e Fundação Gregório de Matos - neste ano, também estarão no circuito o Cine Glauber Rocha e Espaço Cultural da Barroquinha.
Serão mais de 20 temas, apresentados e debatidos por meio de quatro eixos temáticos: 1) Comunicação &amp; Marketing; 2) Diversidade, Inclusão e ESG; 3) Transformação Digital; e 4) Economia Criativa, durante dois dias de evento e 48 horas de trocas e aprendizado.
Com entrada 100% gratuita e <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2023-11-01/scream-festival-abre-fila-de-espera-apos-ingressos-acabarem-em-poucas-horas/" target="_blank" rel="noopener">ingressos esgotados em menos de 6h</a>, os interessando que não conseguiram se inscrever, podem participar da lista de espera, disponível no site do festival através <a href="https://www.screamfestival.com.br/" target="_blank" rel="noopener">do site</a>.
O credenciamento acontecerá no Teatro Gregório de Matos, onde também estará um dos palcos em que acontecerão talks (palestras e painéis) com especialistas. Os demais talks acontecerão no palco do Espaço Cultural da Barroquinha, que ainda terá um lounge externo para networking. Já no foyer do Cine Glauber Rocha, acontecerão painéis em formato de podcasts.
O Fera Palace, nesta edição, receberá os encontros privativos, com reuniões temáticas, para criar relacionamentos e apontar caminhos para a evolução do mercado soteropolitano.
Elevator Pitch
Apresentação de startups do ecossistema de Salvador, com o objetivo de fazer o público conhecer melhor as empresas de base inovadora da cidade. A ação é uma parceria com a Associação Baiana de Startups (ABAS), responsável pelas indicações das startups, que gravarão seu pitch em vídeos, que serão apresentados aos possíveis investidores durante o evento.
Para a 6ª edição, o festival realizará a formação de creators, no qual, antes do Scream, serão oferecidos cursos profissionalizantes gratuitos para jovens moradores da periferia, que receberão seus diplomas durante o evento e farão a cobertura do festival nas redes. A intenção da ação é gerar aproximação e despertar a criatividade no máximo de pessoas possíveis.
Durante o evento também serão ministradas oficinas, ministradas no Espaço Nilda Spencer e Nelson Maleiro, ofertadas pela ESPM, o ‘ESPMemREDE’, que ao final concederão certificados de participação para o público presente.
Palestrantes confirmados
Camila Padro (Olayá), Claudio Cunha (Ademi), Alberto Pitta (Cortejo Afro), Dilma Campos (B&amp;Partners.co), Ana Paula Menicucci (Vivo), Hernán Barreiro Aguirre (Tartaruga), Leandro Conti (Hotmart), Tatsuo Iwata (ESPM), Atelier Mão de Mãe, Mãe Tai (Cumoa), Fatima Merlim (Connect Shopper), Gabriela Sá (Dhunnhumby), Jefferson Borges (NORDESTeuSOU), Vanderson Nascimento (Rede Bahia), Ana Raquel (Rede Bahia), Patricia Evangelista (SENAI), Livia Hallak (Oxygea), Eduardo Villa Nova (Ademi), Sinara Dantas (A Curadora Ferida), Afonso Monteiro (IEL Bahia), Marcos Lessa (SalvadorPar), Rogério Bruxellas (Rede Bahia), Ana Queiróz (Mundo Real), Veronica Villas Boas (Let's GO) e Jeane Cordeiro (Mafuá Produções).
LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/cultura/2023-11-20/festival-internacional-do-audiovisual-negro-fianb-movimenta-salvador-a-partir-desta-terca-21/" target="_blank" rel="noopener"> Festival Internacional do Audiovisual Negro (Fianb) movimenta Salvador a partir desta terça (21)</a>
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Em parceria com a Associação Baiana de Startups (ABAS), a sexta edição do festival de criatividade, inovação e negócios Scream Festival, que acontece nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, realizará uma rodada de investimento entre startups e empresas investidoras, com o objetivo de visibilizar e conectar negócios de Salvador.
O evento é realizado anualmente pela Associação Baiana do Mercado Publicitário (ABMP). Nomes como Alberto Pitta, Benilda Brito, Americo Neto, Caio Bianchi, Fábio Almeida e Equipe Cafeína estão confirmados como palestrantes. <a href="https://www.screamfestival.com.br/">Mais detalhes sobre o evento já estão disponíveis no site oficial do festival</a>.
Para o presidente da Associação Baiana de Startups, Marcus Casaes, a rodada de investimentos no festival é extremamente importante para o desenvolvimento de novas ideias em Salvador.
“O processo de investimentos tem um papel importante no crescimento de uma startup e essa parceria junto a ABMP com o Scream Festival é uma oportunidade para dar visibilidade às startups baianas e viabilizar o acesso a capital de investimento. É uma ação que fortalece o ambiente de tecnologia, inovação e empreendedorismo, tornando o ecossistema mais integrado e fortalecido”, aponta ele.
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