De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira é composta por 51,8% de mulheres e 48,2% de homens. Apesar das mulheres serem maioria, os homens estão em maior número em força de trabalho no Brasil (73,7%). Essa desigualdade é refletida em vários setores, inclusive no audiovisual. Diante deste cenário, mulheres que atuam neste mercado acabam sofrendo as consequências desta desigualdade.
Com o intuito de buscar a redução desta disparidade, começam, nesta sexta-feira (12/7), as inscrições para a 2° edição do Laboratório Sala de Roteiristas, espaço de formação, análise e consultoria totalmente gratuito e 100% online para mulheres (cis ou trans) roteiristas, produtoras executivas e editoras/montadoras, estreantes ou profissionais que desejem desenvolver curta-metragens inscritos.
As interessadas em participar devem se inscrever até 26 de julho pelo <a href="https://linktr.ee/saladeroteiristasbr">site do projeto</a>. Nesta edição, serão selecionados 40 projetos de obras audiovisuais de curtas metragem de ficção com até 25 minutos de duração. Todas as atividades do Laboratório serão realizadas por meio de videoconferência, divididas em um programa que conta com workshops que vão abordar temas variados, que vão desde o desenvolvimento de ideias em roteiros até o primeiro corte fílmico, passando, também, pelo desenvolvimento de técnicas e estratégias de produção, marketing e distribuição.
Esta edição traz como novidades as clínicas jurídicas e, mais uma vez, retorna com as masterclasses, que serão realizadas entre os meses de agosto e outubro deste ano. A coordenação pedagógica é da pós-doutora e doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas, e cofundadora do Estude Séries, Maíra Bianchini, e tem como professores a produtora cultural Driele Mota; a roteirista e diretora Rebeca Thaís; o montador profissional e jornalista Alfredo Barros; além do roteirista Gustavo Erick.
De acordo com o roteirista Gustavo Erick, idealizador do Laboratório Sala de Roteiristas, a intenção é oferecer todo o suporte para que curtas metragens já idealizados não somente saiam do papel, mas que possam ser exibidos e até possam participar de premiações.
“Durante o Laboratório, as candidatas selecionadas terão a oportunidade de desenvolver e aprimorar ideias para projetos audiovisuais já concebidos, além de criar novos projetos durante o processo. A proposta é oferecer suporte abrangente, onde as participantes terão a opção de escolher entre turmas focadas no desenvolvimento do argumento do filme, na escrita do roteiro final, no planejamento de mercado ou na edição do primeiro corte de curtas metragens já filmados”, explicou o produtor.
O projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.
INSCRIÇÕES
A divulgação do resultado das inscrições acontece no dia 12 de agosto, <a href="https://linktr.ee/saladeroteiristasbr">no site do projeto</a>.
Serão reservadas, por turma, um mínimo de 50% de vagas para candidatas negras e 10% para candidatas indígenas. Após a divulgação dos resultados, as candidatas aprovadas deverão confirmar a participação, até o dia 18 de agosto, no e-mail (saladeroteiristas.lab@gmail.com), declarando disponibilidade para participar integralmente das atividades.
CURSO E CONSULTORIA
A capacitação será realizada em cinco workshops, com carga horária de 24 horas de conteúdo voltado para formação, análise e vivência em torno dos projetos submetidos. Cada workshop contará com turmas formadas por oito mulheres, que vão se debruçar sobre os projetos apresentados. Os temas dos workshops são os seguintes: “Da Ideia ao Argumento de Ficção”; “Do Argumento ao Roteiro de Ficção”; “Do Roteiro ao Mercado”; e “1º Corte do Curta”.
O Laboratório vai oferecer, ainda, Clínicas Jurídicas, que consistem em encontros virtuais mediados por um advogado especialista em direito do entretenimento. Estas reuniões, voltadas somente para as mulheres selecionadas pelo projeto, vão tratar sobre questões legais específicas do setor, como contratos de direitos autorais, licenciamento de conteúdo, questões de propriedade intelectual, regulamentações de classificação etária, acordos de distribuição e questões contratuais com elenco e equipe.
Por fim, o Laboratório contará com cinco masterclasses, que serão encontros abertos para toda a comunidade civil que vão tratar sobre temas fundamentais para a produção de curtas metragens, como distribuição, preparação para festivais de cinema, técnicas de captação de recursos, produção e acessibilidade. Ao todo, serão quatro meses de atividades.
SERVIÇO:
Inscrições para a 2ª Edição do Laboratório Sala de Roteiristas
Onde: <a href="https://linktr.ee/saladeroteiristasbr">Site do Laboratório Sala de Roteiristas</a>
Quando: 12 a 26 de julho de 2024
Inscrições gratuitas
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Roteirista, dramaturgo e diretor art&iacute;stico, Elisio Lopes Jr. &eacute; o respons&aacute;vel por in&uacute;meros projetos que valorizam a autoria e o protagonismo negro na cultura brasileira. O mais recente trabalho do escritor baiano, radicado no Rio de Janeiro, &eacute; o livro Monocontos &mdash; hist&oacute;rias para ler e encenar, publicado pela Editora Mal&ecirc;, que trata de uma vasta pesquisa hist&oacute;rica e da reimers&atilde;o do escritor na pr&oacute;pria obra.&nbsp;

Depois de lan&ccedil;amento virtual - no m&ecirc;s de julho -, foi a vez do lan&ccedil;amento presencial, com direito a sess&atilde;o de aut&oacute;grafos, na Livraria&nbsp;Escariz, no Shopping Barra, nesta &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (23/11).&nbsp;A ideia da produ&ccedil;&atilde;o do livro, contendo mon&oacute;logos no formato de contos, surgiu da necessidade de textos para audi&ccedil;&otilde;es de teatro, ou para testes de TV e cinema.

<a href="https://ibb.co/Rh0LYzn"><img alt="Whats-App-Image-2021-11-24-at-10-12-16" border="0" src="https://i.ibb.co/9wTRcsX/Whats-App-Image-2021-11-24-at-10-12-16.jpg" /></a>

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&ldquo;Foi da&iacute; que, em 2016, comecei a juntar textos que escrevi para espet&aacute;culos corporativos e eventos, os personagens soltos, ou pe&ccedil;as inacabadas. Fui juntando esses rasgos criativos e sabia que poderia virar um livro. Com a pandemia, consegui mais tempo em casa para junt&aacute;-los, revisitar obras incompletas e construir a estrutura dos cinco cap&iacute;tulos que agora d&atilde;o origem ao Monocontos &mdash; hist&oacute;rias para ler e encenar&rdquo;, lembra El&iacute;sio.

Se o livro &eacute; um convite &agrave; atua&ccedil;&atilde;o e &agrave; encena&ccedil;&atilde;o, nada mais coerente do que dividi-lo em atos:&nbsp;Ato Falho, Ato de Presen&ccedil;a, Ato de Fala, Ato Solene e Ato Cont&iacute;nuo. O primeiro, Ato Falho, traz textos de personagens masculinos. J&aacute; Ato de Presen&ccedil;a &eacute; povoado de inspira&ccedil;&otilde;es femininas, m&uacute;ltiplo em sentimentos, sentidos e sensibilidades. Ato de Fala traz falas pretas de personagens reais ou ficcionais, situa&ccedil;&otilde;es e viv&ecirc;ncias que s&oacute; a escrita negra pode oferecer ao mundo.

Em seguida, o Ato Solene fala de solid&atilde;o ao reunir quatro personagens num hospital, em hor&aacute;rio de visita a pessoas internadas &agrave; beira da morte. Uma cerim&ocirc;nia de adeus carregada de reflex&otilde;es. E o &uacute;ltimo cap&iacute;tulo, Ato Cont&iacute;nuo, &eacute; o texto de uma pe&ccedil;a com tr&ecirc;s personagens que nunca se encontram, mostrando suas trajet&oacute;rias cruzadas at&eacute; um fim inconclusivo.

O livro tem pref&aacute;cio assinado por Paulo Lins, autor de&nbsp;Cidade de Deus&nbsp;(1997),&nbsp;Sobre o sol&nbsp;(1986) e&nbsp;Desde que o samba &eacute; samba&nbsp;(2012). &quot;Tenho a certeza de que, depois de tr&ecirc;s dias de leitura, me tornei uma pessoa mais l&uacute;cida, mais inteligente, mais humana. Uma pessoa melhor, pois peguei as met&aacute;foras do texto para iluminar mais a vida, para me entender mais, para entender mais os outros e as outras. O livro de Elisio &eacute; a arte toda em sua plenitude. &Eacute; um foco de raz&atilde;o misturada com luz na humanidade&quot;, encantou-se Lins, parceiro de Elisio em roteiros de fic&ccedil;&atilde;o para a TV Globo.

Ano passado, no&nbsp;Indie Memphis Film Festival, o baiano&nbsp;foi premiado na categoria de Melhor Roteiro &ndash; ao lado de Lusa Silvestre, Aldri Anuncia&ccedil;&atilde;o e L&aacute;zaro Ramos &ndash; pelo filme, ainda in&eacute;dito no Brasil,&nbsp;Medida provis&oacute;ria.

E foi indicado ao&nbsp;Pr&ecirc;mio Bibi Ferreira&nbsp;na categoria Melhor Roteiro Original em Musicais (2021) pela autoria do musical&nbsp;Dona Ivone Lara &ndash; um sorriso negro. Elisio tem ainda no curr&iacute;culo os programas&nbsp;Lazinho com voc&ecirc;&nbsp;e&nbsp;Esquenta, ambos na TV Globo; v&aacute;rios DVDs de cantores, como Margareth Menezes e Carlinhos Brown; e ainda um document&aacute;rio sobre a cantora Iza.&nbsp; Este ano, Elisio tamb&eacute;m foi o respons&aacute;vel pelo roteiro e pela dire&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica do Pr&ecirc;mio Sim &agrave; Igualdade Racial, do canal Multishow.

NASCIMENTO

Monocontos: hist&oacute;rias para ler e encenar&nbsp;re&uacute;ne mon&oacute;logos de diversos estilos, linguagens, tamanhos e est&eacute;ticas. Alguns, escritos dentro de pe&ccedil;as j&aacute; encenadas e outros que foram encomendas para eventos.

O livro nasceu de textos escritos para atores, mas tamb&eacute;m toca o leitor comum, que se sente instigado a trocar de pele e a se deixar levar pelas emo&ccedil;&otilde;es e pensamentos dos personagens. A experi&ecirc;ncia torna-se reflex&atilde;o e est&iacute;mulo &agrave; a&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de um proveitoso exerc&iacute;cio de empatia.

&ldquo;Sou um autor parido no palco, meu trabalho sempre esteve ligado ao ator, que &eacute; meu primeiro leitor, aquele que quero conquistar, seduzir&rdquo;, explica Elisio, que aos 12 anos come&ccedil;ou a escrever pe&ccedil;as de teatro.

N&atilde;o &agrave; toa, a campanha de lan&ccedil;amento do livro contou com 20 atores&nbsp;&ndash; que j&aacute; atuaram em textos anteriores de Elisio no teatro, TV ou cinema, como L&aacute;zaro Ramos, Isabel Fillardis e Emanuelle Ara&uacute;jo &ndash; interpretando alguns dos &ldquo;monocontos&rdquo; contidos na obra. Todos os v&iacute;deos est&atilde;o no canal do YouTube do livro, da editora e o Instagram de Elisio (@elisiolopesjr).

SERVI&Ccedil;O

Livro&nbsp;Monocontos&nbsp;&ndash; hist&oacute;rias para ler e encenar 
Autor: Elisio Lopes Jr 
Editora: Mal&ecirc; 
Plataforma:&nbsp;www.editoramale.com.br 
Pre&ccedil;o do livro: R$&nbsp;48

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