A Pol&iacute;cia Federal (PF) e a Controladoria Geral da Uni&atilde;o (CGU) deflagraram hoje (5/5) a Opera&ccedil;&atilde;o Rochedo, com o objetivo de desarticular esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos p&uacute;blicos federais repassados ao Munic&iacute;pio de Ibitit&aacute;/BA.&nbsp;

Policiais Federais e Auditores da CGU cumprem 31 mandados de busca e apreens&atilde;o, 5 mandados de pris&atilde;o tempor&aacute;ria e 2 mandados de afastamento de cargo p&uacute;blico em 7 Munic&iacute;pios baianos (Irec&ecirc;, Ibitit&aacute;, Jo&atilde;o Dourado, Uiba&iacute;, Salvador, Lap&atilde;o e Cama&ccedil;ari).

A organiza&ccedil;&atilde;o criminosa (ORCRIM) alvo da opera&ccedil;&atilde;o, estabelecida na microrregi&atilde;o de Irec&ecirc;/BA, era formada por empres&aacute;rios, agentes p&uacute;blicos, advogado, contadores e &ldquo;laranjas&rdquo; e desviou mais de R$ 7 milh&otilde;es durante as gest&otilde;es do ex-Prefeito de Ibitit&aacute;/BA (2013/2016 e 2017/2020). &nbsp;

ENTENDA O CASO.

No per&iacute;odo de 2013 a 2020, o Governo Federal repassou vultosos recursos para o Munic&iacute;pio de Ibitit&aacute;/BA oriundos do PNATE (Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar), do FUNDEB (Fundo de Manuten&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica e de Valoriza&ccedil;&atilde;o dos Profissionais da Educa&ccedil;&atilde;o), contratos de repasse, pagamento de parcela dos &ldquo;precat&oacute;rios do FUNDEF&rdquo; (Fundo de Manuten&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza&ccedil;&atilde;o do Magist&eacute;rio), bem como recursos destinados ao combate da pandemia de COVID-19.&nbsp;

As investiga&ccedil;&otilde;es revelaram que a ORCRIM se apropriou de grande parte desses recursos por meio de licita&ccedil;&otilde;es fraudulentas, superfaturamento de contratos e lavagem de dinheiro. No per&iacute;odo de 2013 a 2016, uma &uacute;nica empresa de constru&ccedil;&atilde;o civil firmou 15 contratos superfaturados com o Munic&iacute;pio no valor global de R$ 11 milh&otilde;es. Essa mesma empresa, no mesmo per&iacute;odo, repassou parte significativa desses valores para empresas constitu&iacute;das em nome de &ldquo;laranjas&rdquo; do ex-gestor.&nbsp;

No que se refere &agrave; gest&atilde;o de 2017 a 2020, o Munic&iacute;pio fez uso de verbas oriundas dos &ldquo;precat&oacute;rios do FUNDEF&rdquo;, do FUNDEB e do PNATE para contratar irregularmente 3 empresas de um mesmo grupo familiar e ligadas ao antigo gestor municipal. Apurou-se que a ORCRIM lavou os recursos desviados: (i) injetando capital em empresas de fachada controladas pelo ex-gestor, (ii) pagando as despesas pessoais dele e (iii) comprando ve&iacute;culos e im&oacute;veis para &ldquo;laranjas&rdquo; a ele vinculados.&nbsp;

Os investigados responder&atilde;o pelos crimes de organiza&ccedil;&atilde;o criminosa, fraude a licita&ccedil;&otilde;es, superfaturamento de contratos, desvio de recursos p&uacute;blicos e lavagem de dinheiro.

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Operação da PF combate lavagem de dinheiro e desvio de recursos superior a R$ 7 milhões na Bahia