Fundado há 16 anos pelo pianista, educador e regente Ricardo Castro, os Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba) é capaz, para o maestro e idealizador do projeto, de "transcender barreiras sociais e educacionais".
De 2007 até então, mais de 12 mil crianças, adolescentes e jovens de todo o estado foram beneficiados pelo programa, reconhecido pela TV Aratu no <a href="https://aratuon.com.br/grupo-aratu/2023-10-30/cerimonia-de-premiacao-do-projeto-o-bem-transforma-da-tv-aratu-homenageia-cidadaos-e-entidades-da-bahia/">prêmio "O Bem Transforma", que homenageia pessoas e instituições que contribuem para construção de uma Bahia melhor</a>. Atualmente, o Neojiba, vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo do Estado, tem 13 núcleos e atende 2.324 integrantes diretos e 6 mil indiretos em ações de apoio a iniciativas musicais.


[caption id="attachment_263148" align="alignnone" width="700"]<a href="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/04112022024542.jpg"><img class="wp-image-263148" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/04112022024542-1024x577.jpg" alt="" width="700" height="394" /></a> O Neojiba foi inspirado pelo renomado programa El Sistema da Venezuela, uma iniciativa educacional e social que, desde os anos 1970, tem transformado a vida de muitas crianças e adolescentes através da música. | Foto: Divulgação[/caption]
A vontade de criar o Neojiba, como conta Ricardo Castro, já era antiga, e veio da ideia de que, com a música, é possível desenvolver não só novos talentos, mas outras habilidades importantes para a vida, como trabalho em equipe, liderança e disciplina.
"O Neojiba foi inspirado pelo renomado programa El Sistema da Venezuela, uma iniciativa educacional e social que, desde os anos 1970, tem transformado a vida de muitas crianças e adolescentes através da música. Na minha jornada como maestro, o Neojiba tem sido um pilar. Meu envolvimento com o programa me ensinou o valor imenso de investir na educação musical de qualidade e no desenvolvimento humano, especialmente em um país de contrastes acentuados como o Brasil", conta o educador.
TRANSFORMAÇÃO
Para o maestro, o que faz com que crianças e adolescentes que nunca tiveram contato próximo com a música clássica se interessem em entrar em uma orquestra sinfônica é justamente o desafio: quando percebem o que podem aprender a fazer com um instrumento musical, não querem saber de outra coisa.
"O interesse dos jovens no projeto é alimentado pela alta qualidade das performances musicais que eles próprios são capazes de atingir, os reconhecíveis resultados positivos que vêm de seu trabalho duro, e o ambiente acolhedor e de apoio que encontram".
Enzo Gabriel Lisboa, de 18 anos, está no Neojiba desde 2018 e já tem uma certeza na vida: ele vai seguir na carreira musical. Antes de entrar no projeto, Enzo, nascido e criado em Salvador, costumava tocar trompete na banda da escola. Quando descobriu que poderia fazer aulas de música e ainda entrar numa orquestra, ele correu para se inscrever na iniciativa, e passou. Agora, ele troca trombone baixo.


[caption id="attachment_263149" align="alignnone" width="700"]<a href="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/WhatsApp-Image-2023-11-06-at-09.44.54-1.jpeg"><img class="wp-image-263149" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/WhatsApp-Image-2023-11-06-at-09.44.54-1.jpeg" alt="" width="700" height="476" /></a> Enzo Gabriel aos 13 anos, quando entrou no Neojiba. | Foto: Arquivo Pessoal[/caption]
"Eu vi um lugar em que poderia fazer aula de instrumento e também tocar em uma orquestra, que sempre foi um sonho meu, me aperfeiçoar no instrumento que eu amo e fazer parte de uma orquestra. Com certeza, o projeto transformou a minha vida. Meu sonho sempre foi fazer música. Se não fosse o Neojiba, acho que não estaria mais na área, estaria fazendo qualquer outra coisa", relata o músico.
E acabou que, de quebra, Enzo Gabriel aprendeu muito mais do que a tocar trombone baixo nesses últimos cinco anos:
"O Neojiba é muito mais do que um projeto que ensina música. É como se fosse isso mesmo, 'O Bem que Transforma'. O projeto ensina música para a gente, mas também ensina como ser um cidadão de bem, uma pessoa melhor. É muito bonito isso. Ele forma boas pessoas".


[caption id="attachment_263150" align="alignnone" width="700"]<a href="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/WhatsApp-Image-2023-11-06-at-09.46.50.jpeg"><img class="wp-image-263150" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/WhatsApp-Image-2023-11-06-at-09.46.50-1024x684.jpeg" alt="" width="700" height="467" /></a> Hoje, Enzo Gabriel tem 18 anos e quer seguir na carreira musical. | Foto: Arquivo Pessoal[/caption]

Esta reportagem é a primeira de uma série do Aratu On sobre os 15 vencedores do prêmio "O Bem Transforma", homenagem da TV Aratu a pessoas e instituições que contribuem para a construção de uma Bahia melhor. A cerimônia de entrega dos prêmios foi realizada no dia 30 de outubro. 

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