Com mudan&ccedil;a de voto da ministra C&aacute;rmen L&uacute;cia, a&nbsp;segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de determinar, no fim da tarde desta ter&ccedil;a-feira (23/3), que o ex-juiz S&eacute;rgio Moro foi parcial nos julgamento contra o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guaruj&aacute; (SP), na Lava Jato. Na &eacute;poca, o petista foi condenado por corrup&ccedil;&atilde;o passiva e lavagem de dinheiro.

A ministra tinha votado a favor de Moro, em 2018,&nbsp;revisou seu voto nesta ter&ccedil;a e fez um novo voto contra o ex-ju&iacute;z, afirmando que&nbsp;verificou parcalidade de S&eacute;rgio Moro nos julgamentos envolvendo Lula.

&quot;Ao juiz cabe exercer seu papel com imparcialidade&rdquo;, afirmou C&aacute;rmen L&uacute;cia, citando &ldquo;ind&iacute;cios de combina&ccedil;&otilde;es&rdquo; entre &oacute;rg&atilde;o acusador (MPF) e &oacute;rg&atilde;o julgador (Moro). Para a ministra, houve uma &ldquo;&ecirc;nfase&rdquo; da Lava Jato em casos relacionados ao petista.

Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski tamb&eacute;m votaram contra o ex-juiz da Lava Jato. Os votos derrotados foram os de K&aacute;ssio Nunes Marques e Edson Fachin, relator do caso.

ELEI&Ccedil;&Otilde;ES

Lula segue eleg&iacute;vel e apto a disputar as pr&oacute;ximas elei&ccedil;&otilde;es presidenciais, em 2022. O plen&aacute;rio do STF ainda vai julgar, at&eacute; o in&iacute;cio de abril, a decis&atilde;o do ministro Edson Fachin que anulou as condena&ccedil;&otilde;es impostas ao petista e determinou o envio das a&ccedil;&otilde;es para a Justi&ccedil;a Federal do Distrito Federal. O que a Segunda Turma analisou nesta ter&ccedil;a-feira foi a atua&ccedil;&atilde;o de Moro especificamente na a&ccedil;&atilde;o do caso do triplex do Guaruj&aacute;.

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Cármen Lúcia muda voto e STF declara Moro parcial no julgamento de Lula na Lava Jato