A Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira (30/3), a autoriza&ccedil;&atilde;o, em car&aacute;ter emergencial, do medicamento Paxlovid, para tratar da Covid-19, que&nbsp;compreende o uso combinado dos rem&eacute;dios nirmatrelvir e ritonavir. O produto &eacute; fabricado pela ind&uacute;stria farmac&ecirc;utica Wyeth.

O medicamento &eacute; indicado para adultos que testaram positivo, que n&atilde;o precisam de oxig&ecirc;nio e que t&ecirc;m risco de evolu&ccedil;&atilde;o para quadros graves da doen&ccedil;a. Seu principal efeito &eacute; no combate &agrave; piora nas condi&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de das pessoas infectadas.

O rem&eacute;dio &eacute; de uso individual oral, mas n&atilde;o &eacute; indicado para pessoas abaixo de 18 anos de idade. Tamb&eacute;m n&atilde;o h&aacute; indica&ccedil;&atilde;o para gestantes ou pessoas que podem ou pretendem engravidar durante o tratamento.

A diretora da Anvisa Meiruze Souza Freitas avaliou que os benef&iacute;cios da libera&ccedil;&atilde;o do medicamento superam os riscos. Ela acrescentou que a antecipa&ccedil;&atilde;o de produtos para tratar a Covid-19 est&aacute; alinhada &agrave; garantia de possibilidades de tratamento contra a doen&ccedil;a, considerando a situa&ccedil;&atilde;o da pandemia no Brasil.

&ldquo;Com a pandemia enfrentamos desafios sem precedentes. Melhorar essa lacuna &eacute; prioridade de sa&uacute;de p&uacute;blica. A disponibilidade de medicamentos essenciais continua insuficiente por motivos diversos, como pre&ccedil;os altos, compra e distribui&ccedil;&atilde;o deficientes, qualidade incerta do produto e prescri&ccedil;&atilde;o inadequada&rdquo;, disse Meiruze Freitas.

O diretor da Anvisa, Alex Campos, lembrou que o medicamento n&atilde;o &eacute; um substituto da vacina, que est&aacute; dispon&iacute;vel gratuitamente. 
 
AN&Aacute;LISE T&Eacute;CNICA

A equipe t&eacute;cnica da Anvisa apontou riscos a serem monitorados no uso concomitante com outros produtos. &ldquo;Foram feitas exig&ecirc;ncias de incluir na bula as contraindica&ccedil;&otilde;es de uso concomitante com o medicamento apalutamida&rdquo;, informou a gerente de Farmacovigil&acirc;ncia, Helaine Capucho.

A gerente listou pontos colocados pela Anvisa, incorporados no plano de gest&atilde;o de riscos e na bula do rem&eacute;dio. A equipe da Anvisa determinou que seja feita carta a profissionais de sa&uacute;de para orienta&ccedil;&atilde;o sobre usos do Paxlovid com outros rem&eacute;dios e dos cuidados necess&aacute;rios. Tamb&eacute;m foi requisitado que a empresa disponibilize informa&ccedil;&otilde;es acerca do uso do produto no Brasil para monitorar sua aplica&ccedil;&atilde;o e eventuais eventos adversos.

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