O presidente Jair Bolsonaro ir&aacute; participar, nesta quinta-feira (21/10), da cerim&ocirc;nia de inaugura&ccedil;&atilde;o do Ramal do Agreste na cidade de Sert&acirc;nia, em Pernambuco. O evento faz parte do que foi batizado de Jornada das &Aacute;guas pelo governo federal, uma s&eacute;rie de viagens do presidente e de ministros para anunciar ou inaugurar obras h&iacute;dricas em dez estados.

No entanto, de acordo com a Folha de S&atilde;o Paulo, o Ramal do Agreste n&atilde;o come&ccedil;ar&aacute; a cumprir a sua fun&ccedil;&atilde;o de levar &aacute;gua &agrave;s casas de mais de 2 milh&otilde;es de pessoas em 68 cidades da regi&atilde;o com mais escassez h&iacute;drica do estado ap&oacute;s a inaugura&ccedil;&atilde;o feita por Bolsonaro.

Para entrar em funcionamento, o Ramal depende da conclus&atilde;o das obras da Adutora do Agreste, que, de acordo com a gest&atilde;o Paulo C&acirc;mara (PSB-PE), s&oacute; n&atilde;o foram finalizadas ainda porque o pr&oacute;prio presidente da Rep&uacute;blica vetou, em abril, o envio de R$ 161 milh&otilde;es previstos para isso. Enquanto a conex&atilde;o com o complexo da adutora n&atilde;o for conclu&iacute;da, o ramal inaugurado n&atilde;o cumprir&aacute; seu papel.

&quot;Em todo o ano de 2021, nenhum &uacute;nico centavo foi repassado ao Governo de Pernambuco para o andamento das adutoras&quot;, diz a administra&ccedil;&atilde;o estadual, em nota, publicada pela Folha de SP.&nbsp;

&quot;Deixando bem claro: em 2021, a Uni&atilde;o n&atilde;o realizou nenhuma transfer&ecirc;ncia de recursos&quot;, o que, segundo o texto do governo pernambucano, fez com que o ritmo das obras fosse reduzido, &quot;por conta da incerteza na disponibilidade financeira por parte do Governo Federal e n&atilde;o por conta da ordem de execu&ccedil;&atilde;o dos trabalhos.&quot;

Ainda segundo a Folha de S&atilde;o Paulo, o Minist&eacute;rio do Desenvolvimento Regional, de Rog&eacute;rio Marinho, critica a sequ&ecirc;ncia de execu&ccedil;&atilde;o dos trechos da Adutora do Agreste escolhida pelo governo pernambucano.&nbsp;

Segundo a pasta, em nota, a administra&ccedil;&atilde;o estadual come&ccedil;ou a obra f&iacute;sica &quot;do fim para o in&iacute;cio&quot;, priorizando outros trechos que n&atilde;o o Ipojuca-Mimoso.&nbsp;&quot;Caso o governo do estado tivesse executado prioritariamente este trecho, com a conclus&atilde;o do Ramal do Agreste, a &aacute;gua do Projeto S&atilde;o Francisco chegaria aos munic&iacute;pios contemplados nesta etapa da Adutora&quot;.

O minist&eacute;rio acrescenta que a Adutora do Agreste recebeu R$ 248,2 milh&otilde;es do minist&eacute;rio nos anos de 2019 e 2020. Em sua nota, a pasta do Governo Federal n&atilde;o comentou o veto de Bolsonaro aos repasses em abril.

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