Um dia ap&oacute;s o Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho (MPT) entrar com a&ccedil;&atilde;o civil p&uacute;blica contra a empres&aacute;ria Melina Esteves Fran&ccedil;a -&nbsp;por submeter pelo menos duas trabalhadoras a condi&ccedil;&otilde;es an&aacute;logas &agrave; de escravid&atilde;o&nbsp;-, a Justi&ccedil;a aceitou a den&uacute;ncia, nesta sexta-feira (17/9)&nbsp;e, em decis&atilde;o liminar, estabeleceu 23 obriga&ccedil;&otilde;es para a empregadora.

O cumprimento das obriga&ccedil;&otilde;es &eacute; imediato a partir da notifica&ccedil;&atilde;o. Caso descumpra qualquer das obriga&ccedil;&otilde;es, a empres&aacute;ria estar&aacute; sujeita a multas que variam de R$ 1 mil a R$ 300 mil.&nbsp;

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/melina-esteves-patroa-da-baba-que-pulou-de-apartamento-no-imbui-e-denunciada-pelo-mpt-e-podera-desembolsar-ate-rs-300-mil" target="_blank">Melina Esteves, patroa da bab&aacute; que pulou de apartamento no Imbu&iacute;, &eacute; denunciada pelo MPT e poder&aacute; desembolsar at&eacute; R$ 300 mil</a>

Dentre as obriga&ccedil;&otilde;es estabelecidas na liminar, concedida pela ju&iacute;za titular da 6&ordf; Vara do Trabalho de Salvador, Marilia Sacramento, est&aacute; a necessidade de comunicar ao MPT qualquer contrata&ccedil;&atilde;o de trabalhador dom&eacute;stico feito por ela ou por outra pessoa para a presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;o no im&oacute;vel onde ela resida. Essa informa&ccedil;&atilde;o precisar&aacute; ser atualizada a cada seis meses. Al&eacute;m disso, a decis&atilde;o estabelece que todos os direitos trabalhistas de empregados dom&eacute;sticos devem ser respeitados, incluindo pagamento de sal&aacute;rio mensal igual ou superior ao m&iacute;nimo, concess&atilde;o de f&eacute;rias anuais, descanso semanal remunerado e intrajornada, al&eacute;m de registro da jornada di&aacute;ria de trabalho.

&quot;A concess&atilde;o desta liminar de forma &aacute;gil &eacute; um claro sinal do sistema de Justi&ccedil;a de que n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel tolerar o desrespeito &agrave; dignidade humana e ao conjunto de leis que regem as rela&ccedil;&otilde;es de trabalho tanto na atividade dom&eacute;stica quanto em qualquer outra rela&ccedil;&atilde;o de trabalho&rdquo;, avaliou o procurador-chefe do MPT na Bahia, Lu&iacute;s Carneiro, que assina a a&ccedil;&atilde;o junto com as procuradoras Manuella Gedeon, Cleonice Moreira e Larissa Amorim. O MPT agora seguir&aacute; no processo judicial com o objetivo de obter a condena&ccedil;&atilde;o da empregadora tanto para a manuten&ccedil;&atilde;o em car&aacute;ter definitivo dessas obriga&ccedil;&otilde;es j&aacute; antecipadas, quanto para a imposi&ccedil;&atilde;o da obriga&ccedil;&atilde;o da empres&aacute;ria de indenizar a sociedade em valor n&atilde;o inferior a R$ 300 mil.

Na decis&atilde;o, publicada na noite de quinta-feira (16), afirma que &quot;As situa&ccedil;&otilde;es demonstradas exp&otilde;em a faceta mais nefasta da maldade humana, em suas express&otilde;es mais perversas, de desprezo &agrave; vida, &agrave; empatia e &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es humanas. Cumpre ao Poder Judici&aacute;rio, no exerc&iacute;cio do seu papel de pacificador social e garantidor da lei, o dever de responder &agrave; altura as pr&aacute;ticas delinquentes, fazendo-as cessar t&atilde;o logo tome conhecimento da sua ocorr&ecirc;ncia&quot;. Ela vai mais adiante e arremata que os fatos apresentados pelo MPT &quot;n&atilde;o violam apenas a esfera privada das v&iacute;timas diretas, mas representam verdadeiro atentado contra a humanidade.&quot;

A a&ccedil;&atilde;o se baseia na conclus&atilde;o dos quatro procuradores que atuam no caso de que as pr&aacute;ticas identificadas nas rela&ccedil;&otilde;es de trabalho mantidas por Melina Esteves Fran&ccedil;a com as empregadas em sua resid&ecirc;ncia configuram trabalho escravo. Esse &eacute; o mesmo entendimento da equipe de auditores-fiscais do trabalho que analisa o caso na esfera da Superintend&ecirc;ncia Regional do Trabalho, que indica a imposi&ccedil;&atilde;o de uma s&eacute;rie de multas administrativas pelas irregularidades identificadas.

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RELEMBRE

Raiana pulou do basculante do banheiro do apartamento em que trabalhou por uma semana, sem direito a folga, descanso intrajornada, e sem acesso ao seu aparelho celular, ap&oacute;s sofrer uma s&eacute;rie de agress&otilde;es f&iacute;sicas e psicol&oacute;gicas e ser impedida de deixar o local de trabalho. V&iacute;deos mostram que a patroa a agredia com chutes e pontap&eacute;s.

Al&eacute;m dela, j&aacute; foram ouvidas outras oito pessoas que trabalharam na resid&ecirc;ncia de Melina Esteves desde 2018. Pelo menos outra empregada &eacute; apontada pelo MPT como v&iacute;tima de trabalho escravo, Maria Domingas Oliveira dos Santos, que ficou no emprego de 2019 a 2021, per&iacute;odo em que alega ter sofrido as mesmas agress&otilde;es a sua dignidade, al&eacute;m do desrespeito &agrave; demais normas b&aacute;sicas de rela&ccedil;&otilde;es de trabalho, como pagamento de sal&aacute;rio mensal, concess&atilde;o de descanso interjornadas e repouso semanal, f&eacute;rias e d&eacute;cimo-terceiro sal&aacute;rio.

No depoimento prestado por Melina na 9&ordf; Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio), ela n&atilde;o negou as irregularidades trabalhistas e alegou que a bab&aacute; teria agredido uma das filhas dela. Na a&ccedil;&atilde;o, o MPT pede que ela seja intimada a prestar depoimento em ju&iacute;zo.

Independente disso, o MPT quer que a Justi&ccedil;a antecipe a decis&atilde;o, em car&aacute;ter liminar, impedindo que durante a tramita&ccedil;&atilde;o da a&ccedil;&atilde;o, a empregadora possa continuar descumprir a legisla&ccedil;&atilde;o trabalhista, al&eacute;m de ser obrigada a prestar informa&ccedil;&otilde;es semestrais e a cada nova contrata&ccedil;&atilde;o que fizer para presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os na casa em que estiver morando, mesmo que n&atilde;o seja ela a empregadora.

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O inqu&eacute;rito que o Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho (MPT) instaurou para apurar as responsabilidades trabalhistas da empregadora Melina Esteves Fran&ccedil;a no caso da bab&aacute; que se jogou do terceiro andar de um pr&eacute;dio no bairro do Imbu&iacute;, em Salvador, entra em fase decisiva esta semana.

Os auditores do trabalho que atuam no caso j&aacute; formaram a convic&ccedil;&atilde;o para enquadrar o caso como de trabalho an&aacute;logo ao de escravos, o que pode ser decisivo no caso da ado&ccedil;&atilde;o de medidas judiciais tanto na esfera trabalhista quanto penal.

O MPT tem quatro procuradores atuando no caso, acompanhando o inqu&eacute;rito policial e as apura&ccedil;&otilde;es da Superintend&ecirc;ncia Regional do Trabalho (SRT-BA). Independente do envio de relat&oacute;rios conclusivos desses dois &oacute;rg&atilde;os, o MPT j&aacute; estuda a ado&ccedil;&atilde;o de medidas judiciais.

&ldquo;Estamos acompanhando a coleta de provas diretamente com a Pol&iacute;cia Civil e trabalhando em parceria com a equipe de auditores da Superintend&ecirc;ncia Regional do Trabalho (SRT-BA) para que possamos firmar convic&ccedil;&atilde;o o quanto antes e adotar as medidas judiciais e extrajudiciais que o caso exige&rdquo;, afirmou o procurador-chefe do MPT na Bahia, Lu&iacute;s Carneiro.

Ele lembra que o enquadramento da auditoria do trabalho n&atilde;o significa que o MPT j&aacute; tenha formado convic&ccedil;&atilde;o do enquadramento do caso como trabalho escravo, mas que o teor do relat&oacute;rio que ser&aacute; apresentado por elas aos procuradores deve ser um elemento fundamental do inqu&eacute;rito. A configura&ccedil;&atilde;o de trabalho escravo poder&aacute; levar a empregadora a ter que indenizar a sociedade pelo il&iacute;cito na esfera trabalhista, al&eacute;m de responder na esfera criminal por submeter pessoa a condi&ccedil;&atilde;o an&aacute;loga &agrave; de escravo.

Raiana Ribeiro da Silva, 25 anos, alega que teria trabalhado na resid&ecirc;ncia por uma semana, sem direito a folga, descanso intrajornada, e sem acesso ao seu aparelho celular. Tamb&eacute;m denunciou em depoimento que tentou deixar o emprego e foi impedida, tendo sofrido diversas agress&otilde;es verbais e f&iacute;sicas, culminando com a tentativa de fugir pelo basculante do banheiro e a queda do terceiro andar.

Nos depoimentos prestados at&eacute; o momento, a empregadora n&atilde;o negou as irregularidades trabalhistas e alegou que a bab&aacute; teria agredido uma das filhas dela. A defesa dela alegou recentemente que ela sofre de s&iacute;ndrome de Boderline, um processo ps&iacute;quico que causa instabilidade de humor e que pode levar a comportamento agressivo.

Pelo fato de terem se convencido de se tratar de trabalho an&aacute;logo ao de escravos, os auditores do trabalho j&aacute; est&atilde;o providenciando a emiss&atilde;o de guia para que Raiana possa dar entrada do pedido de seguro-desemprego pelo per&iacute;odo de tr&ecirc;s meses.

Al&eacute;m disso, a auditoria do trabalho elabora relat&oacute;rio em que vai listar todas as ilegalidades trabalhistas e emitir autos de infra&ccedil;&atilde;o para cada um dos itens. Esses autos peritem que a empregadora apresente defesa, mas poder&atilde;o resultar em multas.

J&aacute; na esfera judicial, &eacute; poss&iacute;vel que a bab&aacute; ingresse que a&ccedil;&atilde;o para cobran&ccedil;a de direitos trabalhista, inclusive com pedido de indeniza&ccedil;&atilde;o por danos morais individuais. Al&eacute;m disso, o MPT pode acionar o judici&aacute;rio ou negociar um termo de ajuste de conduta com previs&atilde;o de obriga&ccedil;&otilde;es a serem cumpridas sob pena de multa por descumprimento, al&eacute;m do pagamento de indeniza&ccedil;&atilde;o por danos morais coletivos.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/coronavirus/noticia/coronavirus/covid-19-brasil-tem-quase-21-milhoes-de-casos-confirmados-e-584-mil-mortes">Covid-19: Brasil tem quase 21 milh&otilde;es de casos confirmados e 584 mil mortes</a>

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Investigada por agress&atilde;o a 12 ex-funcion&aacute;rias, Melina Esteves Fran&ccedil;a foi levada por uma equipe da Pol&iacute;cia Civil para prestar um novo depoimento nesta sexta-feira (3/9). Em v&iacute;deo enviado&nbsp;&agrave; equipe de reportagem da&nbsp;Aratu, ela aparece saindo do pr&eacute;dio onde mora, no Imbu&iacute;, levando uma mala e acompanhada de policiais.&nbsp;

VEJA

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URGENTE! Pol&iacute;cia Civil cumpre mandados na casa de patroa investigada por agredir bab&aacute; no Imbu&iacute;; mulher prestou novo depoimento nesta sexta-feira. 
 
Saiba mais: <a href="https://t.co/zXRD5MOzKC">https://t.co/zXRD5MOzKC</a> <a href="https://t.co/VVdnXRs2ps">pic.twitter.com/VVdnXRs2ps</a>
&mdash; Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1433884945173336065?ref_src=twsrc%5Etfw">September 3, 2021</a></blockquote>
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Procurada pelo&nbsp;Aratu On, a Pol&iacute;cia Civil informou, por meio de nota, que uma equipe da 9&ordf; Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio) cumpriu um mandado de busca e apreens&atilde;o no apartamento da mulher.

&quot;Al&eacute;m das buscas por dispositivos eletr&ocirc;nicos e outros elementos que possam colaborar para a elucida&ccedil;&atilde;o do caso, a investigada compareceu a delegacia para prestar um novo depoimento. Os desdobramentos comp&otilde;em o conjunto de a&ccedil;&otilde;es realizadas para a finaliza&ccedil;&atilde;o do inqu&eacute;rito policial&quot;, diz a nota.

PRIMEIRO DEPOIMENTO

Melina prestou o primeiro depoimento por mais de cinco horas no dia 26 de agosto, um dia ap&oacute;s o caso vir &agrave; tona, na 9&ordf; Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio). Na sa&iacute;da da delegacia, ela preferiu n&atilde;o dar entrevistas, e chegou a <a href="https://t.co/pRojSFTPWe?amp=1" target="_blank">atacar a equipe da&nbsp;TV Aratu</a>.

AGRESS&Otilde;ES FORAM REGISTRADAS

Imagens que come&ccedil;aram a circular em grupos de conversa nesta quinta-feira (2/9) mostram agress&otilde;es de&nbsp;Melina Esteves Fran&ccedil;a contra Raiana Ribeiro, de 25 anos, ent&atilde;o funcion&aacute;ria da primeira. O registro &eacute; da c&acirc;mera de seguran&ccedil;a situada no apartamento de Melina, no Imbu&iacute;, de onde Raiana se jogou, pouco&nbsp;depois, alegando fugir da ex-patroa.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/eu-vou-lhe-derrubar-video-mostra-agressoes-de-ex-patroa-de-jovem-baba-no-imbui" target="_blank">&#39;Eu vou lhe derrubar&#39;: v&iacute;deo mostra agress&otilde;es de ex-patroa pouco antes de bab&aacute; se jogar de pr&eacute;dio no Imbu&iacute;</a>

No v&iacute;deo, Raiana est&aacute; no sof&aacute; segurando uma das filhas de Melina. Ela, ent&atilde;o, parte para cima da bab&aacute; e lhe d&aacute; tapas, socos na cara, chutes e pux&otilde;es de cabelo. No in&iacute;cio das imagens, ela fala para a jovem: &quot;Voc&ecirc; n&atilde;o tem ningu&eacute;m [...],&nbsp;e mesmo que tivesse, eu vou lhe derrubar...&quot;.

A ex-patroa sugere, ainda, que Raiana teria agredido a crian&ccedil;a de apenas um ano. &quot;Voc&ecirc; acha certo isso [...] com minha filha, &eacute;? [...] Sua vagab*nda! Sua p*ta! &#39;Desculpa&#39;, n&atilde;o. Est&aacute; certo isso o que voc&ecirc; fez?!&quot;, indaga, enquanto bate mais na bab&aacute;. Algumas palavras n&atilde;o foram transcritas devido &agrave; qualidade do &aacute;udio.

PRIMEIRO TEPO

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Al&eacute;m de laudos periciais, novas imagens de c&acirc;meras de seguran&ccedil;a ir&atilde;o auxiliar as investiga&ccedil;&otilde;es das circunst&acirc;ncias da queda de Raiana Ribeiro, 25 anos, de um pr&eacute;dio no Imbu&iacute;, em Salvador. A jovem afirma ter sido agredida e mantida em c&aacute;rcere privado por Melina Esteves, que teria contratado seus servi&ccedil;os como bab&aacute;.

Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (27/8), o titular da 9&ordf; DT/Boca do Rio , delegado Thiago Rodrigues Pinto&nbsp;fez um breve balan&ccedil;o das a&ccedil;&otilde;es que podem ser divulgadas nesta fase do inqu&eacute;rito policial. &quot;Trata-se de uma investiga&ccedil;&atilde;o que ainda est&aacute; em curso, restando ainda algumas dilig&ecirc;ncias a serem feitas e algumas oitivas essenciais ser&atilde;o realizadas, para que possamos chegar a uma conclus&atilde;o mais precisa do procediment&quot;, informou.

Equipes do Departamento de Pol&iacute;cia T&eacute;cnica (DPT) realizaram per&iacute;cia no local e j&aacute; est&atilde;o recebendo imagens do circuito interno de c&acirc;meras. &quot;Outras imagens chegaram hoje e tamb&eacute;m ser&atilde;o periciadas, a fim de colaborar para o esclarecimento do caso. Outras pessoas est&atilde;o aparecendo, apresentando-se como v&iacute;timas. Estamos colocando isso tudo no papel, o que poder&aacute; contribuir para a elucida&ccedil;&atilde;o, ou outro procedimento posterior a este caso&quot;,&nbsp;comentou o delegado.

Ainda de acordo com o Rodrigues, as partes foram ouvidas e outras pessoas envolvidas no fato tamb&eacute;m est&atilde;o prestando depoimento. &ldquo;A investigada admite que entrou em vias de fato com a bab&aacute;. N&atilde;o estamos divulgando outros detalhes do procedimento, por conta do sigilo necess&aacute;rio para o inqu&eacute;rito policial&rdquo;, disse.

O delegado disse ainda que diversos relatos foram ouvidos na Delegacia. &ldquo;Algumas hist&oacute;rias das ex-funcion&aacute;rias s&atilde;o semelhantes, por&eacute;m, nesta fase da investiga&ccedil;&atilde;o, esses detalhes n&atilde;o podem ser informados. Algumas dessas pessoas n&atilde;o haviam efetuado o registro anteriormente e atribuem ao fato de &lsquo;deixar pra l&aacute;&rsquo;, ou porque achavam que se tratavam apenas de quest&otilde;es trabalhistas&rdquo;, detalhou.

Thiago Rodrigues Pinto encerrou destacando que o objetivo do inqu&eacute;rito policial &eacute; apurar se houve agress&atilde;o e o que motivou. &ldquo;S&oacute; reunindo os depoimentos, laudos, an&aacute;lises de materiais e outros elementos, com paci&ecirc;ncia, para entender e concluir o procedimento&rdquo;, informou.

CRONOLOGIA

-&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/para-se-livrar-da-patroa-baba-despenca-de-apartamento-do-terceiro-andar-dentro-de-condominio-de-classe-alta-em-salvador" target="_blank">Para se livrar da patroa, bab&aacute; despenca de apartamento do terceiro andar dentro de condom&iacute;nio de classe alta em Salvador</a>

-&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/noticia/cidade/mais-tres-funcionarias-vao-a-delegacia-prestar-queixa-contra-patroa-de-baba-que-despencou-de-apartamento-ia-jogar-o-carro-em-mim" target="_blank">Mais tr&ecirc;s funcion&aacute;rias v&atilde;o &agrave; delegacia prestar queixa contra patroa de bab&aacute; que despencou de apartamento; &quot;ia jogar o carro em mim&quot;</a>&nbsp;

- <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/video-suspeita-de-agredir-baba-no-imbui-ataca-equipe-de-reportagem-da-tv-aratu-derrubou-o-conector-do-microfone" target="_blank">V&Iacute;DEO: suspeita de agredir bab&aacute; no Imbu&iacute; ataca equipe de reportagem da TV Aratu; &quot;derrubou o conector do microfone&quot;</a>

-&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/suspeita-de-manter-baba-em-carcere-privado-presta-depoimento-e-e-hostilizada-por-vizinhos-ao-retornar-de-delegacia-criminosa" target="_blank">Suspeita de manter bab&aacute; em c&aacute;rcere privado presta depoimento e &eacute; hostilizada por vizinhos ao retornar de delegacia: &ldquo;criminosa!&rdquo;</a>

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&zwnj;Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo e conte&uacute;dos exclusivos no&nbsp;<a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.

&nbsp;

A suspeita de agredir e manter em c&aacute;rcere privado a jovem Raiana Ribeiro, de 25 anos, foi hostil com a equipe de reportagem da&nbsp;TV Aratu. Segundo o rep&oacute;rter Ramon Lisb&ocirc;a, que cobriu a sa&iacute;da da mulher da 9&ordf; Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio), ela partiu para cima da equipe&nbsp;ap&oacute;s prestar depoimento ao ser acusada pela funcion&aacute;ria. &quot;Derrubou o conector do microfone&quot;, disse.

A sa&iacute;da da suspeita, identificada como Melina, foi tumultuada, com algumas mulheres do lado de fora da delegacia gritando palavras como &quot;vagabunda&quot; e &quot;pu*a&quot;.

VEJA ABAIXO:

<blockquote class="twitter-tweet">
Suspeita de agredir bab&aacute; no Imbu&iacute; ataca equipe de reportagem da TV Aratu; &quot;derrubou o conector do microfone&quot;. Saiba mais: <a href="https://t.co/pRojSFTPWe">https://t.co/pRojSFTPWe</a> 
 
V&iacute;deo: Ramon Lisb&ocirc;a (<a href="https://twitter.com/oRamonLisboa?ref_src=twsrc%5Etfw">@oRamonLisboa</a>)/TV Aratu <a href="https://t.co/rzloMOEkjB">pic.twitter.com/rzloMOEkjB</a>
</blockquote>

<blockquote class="twitter-tweet" style="text-align: justify;">&mdash; Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1431029582870810624?ref_src=twsrc%5Etfw">August 26, 2021</a></blockquote>

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O CASO

&nbsp;

Raiana Ribeiro da Silva, de 25 anos, <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/para-se-livrar-da-patroa-baba-despenca-de-apartamento-do-terceiro-andar-dentro-de-condominio-de-classe-alta-em-salvador" target="_blank">se jogou do terceiro andar de um pr&eacute;dio no bairro do Imbu&iacute;, em Salvador, para fugir da patroa que</a>, segundo a jovem, a agredia e a mantinha em c&aacute;rcere privado, deixou o hospital.

Sob um cama - por conta de fraturas no p&eacute; -, Raiana concedeu entrevista e relatou o ocorrido &agrave; rep&oacute;rter L&iacute;cia Fontenele, da&nbsp;TV Aratu. O caso aconteceu nesta &uacute;ltima quarta-feira (25/8).&nbsp;

<blockquote class="twitter-tweet">
Bab&aacute; que se jogou de 3&ordm; andar de pr&eacute;dio em Salvador relata momento das agress&otilde;es. <a href="https://t.co/b62iEgsutq">pic.twitter.com/b62iEgsutq</a>
&mdash; Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1430855790559117313?ref_src=twsrc%5Etfw">August 26, 2021</a></blockquote>
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Na conversa, a bab&aacute; contou como era o dia-a-dia na resid&ecirc;ncia e revelou que &quot;vai correr atr&aacute;s de justi&ccedil;a&quot; contra a&nbsp;patroa.&nbsp;

&quot;Eu n&atilde;o sou obrigada a ficar num lugar que n&atilde;o me agrada. Ela tinha que me deixar ir. Quando eu cheguei ela n&atilde;o conversou comigo, s&oacute; falou quando voltou da rua. A&iacute;, ela disse que ia assinar minha carteira em janeiro.&nbsp;Na ter&ccedil;a-feira, quando eu falei que ia embora, ela n&atilde;o aceitou. N&atilde;o teve motivo nenhum para ela me agredir. Eu disse que s&oacute; ia ficar at&eacute; quarta-feira. A&iacute;, ela falou: &#39;ah, vagabunda...voc&ecirc; vai ver como vai sair daqui&#39;. A&iacute;, come&ccedil;ou a esculhambar minha m&atilde;e, minhas tias&quot;, revela.&nbsp;

Depois do in&iacute;cio das agress&otilde;es verbais, Raiana conta que a patroa passou a ficar &quot;o tempo todo em casa&quot;. &quot;A chave ficava no bolso dela&quot;, conta a trabalhadora, que despencou do terceiro andar do pr&eacute;dio ao tentar fugir.

&quot;Quando eu vi o basculante do banheiro,&nbsp;tentei sair. Achava que alcan&ccedil;ava a outra janela, mas n&atilde;o alcancei e me soltei. Fiquei pendurada em um &#39;degrauzinho&#39; onde estende roupa, mas n&atilde;o alcancei a outra janela, me soltei e ca&iacute;&quot;.&nbsp;

NOVOS RELATOS

<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/para-se-livrar-da-patroa-baba-despenca-de-apartamento-do-terceiro-andar-dentro-de-condominio-de-classe-alta-em-salvador" target="_blank">Al&eacute;m da v&iacute;tima que se jogou do terceiro andar</a>, mais tr&ecirc;s funcion&aacute;rias procuraram a pol&iacute;cia.&nbsp;

Uma delas, que se identificou apenas como Isa, disse, em entrevista &agrave;&nbsp;TV Aratu, que j&aacute; foi agredida pela mulher. &quot;Trabalhei 15 dias. Ela [Melina] queria que eu ficasse brincando com as crian&ccedil;as, mas eu estava cansada pois &#39;pegava&#39; 8h e &#39;largava&#39; 20h. Eu cansava e ela me deu um pux&atilde;o pelo bra&ccedil;o para brincar com as crian&ccedil;as&quot;, contou.&nbsp;

&quot;Ela me tratou com ignor&acirc;ncia. Fui para casa. No dia seguinte mandei mensagem para ela dizendo que n&atilde;o iria trabalhar mais&quot;, revelou. Melina&nbsp;&eacute; m&atilde;e de tr&ecirc;s g&ecirc;meos de um adolescente.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/noticia/cidade/mais-tres-funcionarias-vao-a-delegacia-prestar-queixa-contra-patroa-de-baba-que-despencou-de-apartamento-ia-jogar-o-carro-em-mim" target="_blank">Mais tr&ecirc;s funcion&aacute;rias v&atilde;o &agrave; delegacia prestar queixa contra patroa de bab&aacute; que despencou de apartamento; &quot;ia jogar o carro em mim&quot;</a>&nbsp;

Ela tamb&eacute;m contou que sofreu amea&ccedil;as por parte da ex-patroa. &quot;Vi uma vez uma agress&atilde;o contra uma senhora que ela deu um empurr&atilde;o. Ela n&atilde;o deixava eu ter contato com nenhuma delas [outras funcion&aacute;rias]. Ela disse que ia jogar o carro em cima de mim se eu sa&iacute;sse. Eu fiquei com medo. Muitas amea&ccedil;as. Tenho provas no meu celular&quot;, afirmou.&nbsp;

Ainda segundo ela, a mulher n&atilde;o chegou a pagar o sal&aacute;rio adequado. &quot;N&atilde;o me pagou o que deveria. Ficou me enrolando, dizendo para eu ir pegar meu dinheiro l&aacute;. Ela queria que eu subisse para o apartamento dela sozinha&quot;.

O caso da bab&aacute; que se jogou do terceiro andar foi registrado na quarta-feira&nbsp;(25/8). A situa&ccedil;&atilde;o ocorreu no Edif&iacute;cio Residencial Absolutto, um condom&iacute;nio de classe m&eacute;dia no bairro do Imbu&iacute;, em Salvador.

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