A Igreja Nossa Senhora da Ajuda, que fica na Praça da Sé, no Centro Histórico de Salvador, foi invadida e profanada na madrugada deste domingo (14/5).
Imagens das câmeras de segurança do templo, reconstruído há mais de 110 anos, em 1912, mostram o suspeito já dentro da igreja, seguindo em direção ao altar, de onde retirou as primeiras peças.
Nos vídeos, é possível ver que o criminoso pulou a grade do local e fez um buraco na porta, por onde teve acesso ao templo. O caso aconteceu por volta das 4h da manhã e foi registrado na 1ª Delegacia dos Barris.
Em nota, a Arquidiocese de Salvador disse que, além de objetos de prata, como castiçais e vasos, hóstias consagradas foram roubadas. Trinta camisas do Senhor Bom Jesus dos Passos também foram furtadas.
Confira a nota na íntegra:
A Arquidiocese de São Salvador da Bahia comunica que a Igreja Nossa Senhora da Ajuda foi invadida e profanada na madrugada do último domingo, 14 de maio. O sacrário foi arrombado e as hóstias consagradas foram levadas em duas âmbulas. Também foram roubados objetos em prata: quatro castiçais grandes, dois castiçais pequenos, três vasos grandes, três vasos pequenos, um vaso tulipa; além de 30 camisas do Senhor Bom Jesus dos Passos e a quantia de R$ 150.
O Boletim de Ocorrência já foi registrado na 1ª Delegacia Territorial, onde também foi solicitado o Exame Pericial de Danos Materiais.
Diante da profanação à Eucaristia será realizado o Ato de Desagravo, em data que será informada a todos os fiéis nos próximos dias. A Igreja Nossa Senhora da Ajuda está localizada na Praça da Sé, em Salvador.

&quot;Cada um tem seu apartamento, cada um tem sua tarefa&quot;. &Eacute; assim que Valdeci Sobral, 51 anos, descreve a ocupa&ccedil;&atilde;o do pr&eacute;dio Atlantic Beach, no bairro do Costa Azul, em Salvador. &quot;O pessoal &eacute; unido. E tem que ter uni&atilde;o, porque se n&atilde;o tiver, nada vai para a frente&quot;, ela diz, segurando uma bandeira do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).&nbsp;

Valdeci faz parte das 72 fam&iacute;lias que ocupam o pr&eacute;dio h&aacute; quase sete anos. Quando eles chegaram l&aacute;, o local j&aacute; estava abandonado h&aacute; cerca de 15 anos. Antes, ela morava com a m&atilde;e. &quot;Sonho em ter a minha casa. Depois que a gente est&aacute; adulta n&atilde;o pode mais ficar na saia de m&atilde;e e de pai&quot;, conta a diarista, que perdeu o emprego durante a pandemia e se mant&eacute;m com o aux&iacute;lio do governo.&nbsp;

Mesmo embaixo de chuva, Valdeci foi at&eacute; a Pra&ccedil;a Municipal, em frente &agrave; prefeitura, pedir para n&atilde;o ser despejada. Ela e as outras fam&iacute;lias correm o risco de sair da ocupa&ccedil;&atilde;o a qualquer momento por causa de um pedido de reintegra&ccedil;&atilde;o de posse. Seu Ubirajara Matos, 78 anos, tamb&eacute;m participou do protesto. &quot;Se n&atilde;o fosse essa ocupa&ccedil;&atilde;o, eu estava na rua&quot;, desabafou.&nbsp;

Para n&atilde;o perderem o teto, as fam&iacute;lias pedem que a prefeitura possa garantir o direito delas de permanecer no local. &quot;Essa incorporadora que est&aacute; entrando na justi&ccedil;a n&atilde;o tem nada a ver com a construtora que era respons&aacute;vel no passado&quot;, explica Jones Bastos, fundador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Ele afirma que essa &eacute; a quarta vez que a empresa entra com processo de reintegra&ccedil;&atilde;o de posse. Das outras tr&ecirc;s vezes o MTST, junto com a Defensoria P&uacute;blica, conseguiu derrubar o pedido e permanecer no local. &quot;Eles est&atilde;o se aproveitando de n&atilde;o ter saneamento para tirar a gente. Ao inv&eacute;s de consertar, eles querem nos tirar&quot;, critica.&nbsp;

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