Em nova reviravolta sobre seu destino pol&iacute;tico, o presidente Jair Bolsonaro colocou em d&uacute;vida, neste &uacute;ltimo domingo (14/11), sua filia&ccedil;&atilde;o ao Partido Liberal (PL), um dos integrantes do Centr&atilde;o.

De acordo com o portal Terra, apoios do PL a pol&iacute;ticos de esquerda irritaram o cl&atilde; Bolsonaro. A filia&ccedil;&atilde;o estava agendada para o dia 22, dias ap&oacute;s o retorno de Bolsonaro, que faz um giro por pa&iacute;ses &aacute;rabes, ao Pa&iacute;s, mas tende a ser postergada.

&quot;(A filia&ccedil;&atilde;o) s&oacute; vale depois que eu assinar embaixo&quot;, disse Bolsonaro neste domingo, durante visita &agrave; feita Dubai Air Show, nos Emirados &Aacute;rabes Unidos. &quot;Tenho muita coisa a conversar com o Valdemar Costa Neto ainda. Afinal de contas, n&atilde;o &eacute; a minha bandeira que vai ficar isolada no partido dele. Queremos um projeto de Brasil e o discurso n&atilde;o &eacute; apenas o meu, mas do presidente do partido tamb&eacute;m, n&oacute;s estarmos perfeitamente alinhados.&quot;

O presidente j&aacute; havia declarado que estava 99% acertado com o PL, e o partido j&aacute; confirmava sua filia&ccedil;&atilde;o. Antes, Bolsonaro conversava tamb&eacute;m com o Progressistas e o Republicanos, al&eacute;m de siglas menores. Agora, nem a data de filia&ccedil;&atilde;o, pr&eacute;-agendada para o dia 22 de novembro, mesmo n&uacute;mero do partido, ele confirma.

&quot;Quer saber a data da crian&ccedil;a se eu nem casei ainda. Se at&eacute; l&aacute; nos afinarmos, pode ser, mas acho dif&iacute;cil essa data. Estamos de comum acordo que podemos atrasar um pouco esse casamento para que ele n&atilde;o comece sendo muito igual aos outros&quot;, disse Bolsonaro.

H&aacute; desacordo principalmente sobre quatro Estados, tr&ecirc;s deles no Nordeste, onde o ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, do PT, costuma ter seu melhor desempenho eleitoral: Piau&iacute;, Pernambuco e Bahia. Al&eacute;m disso, S&atilde;o Paulo ainda est&aacute; em quest&atilde;o. O Pal&aacute;cio do Planalto vai buscar um nome vi&aacute;vel e alinhado para o Pal&aacute;cio dos Bandeirantes - o preferido do presidente &eacute; o ministro da Infraestrutura, Tarc&iacute;sio de Freitas.

&quot;A gente n&atilde;o vai aceitar por exemplo em S&atilde;o Paulo apoiar algu&eacute;m do PSDB&quot;, disse Bolsonaro. &quot;N&atilde;o tenho candidato em S&atilde;o Paulo ainda. Talvez o Tarc&iacute;sio aceite esse desafio.&quot;

Bolsonaro endossava as conversas do PL para apoiar uma candidatura do ex-governador tucano Geraldo Alckmin. De sa&iacute;da do PSDB, o ex-governador se disse honrado em ser lembrado como op&ccedil;&atilde;o para compor como candidato a vice-presidente a chapa liderada por Lula. Para Alckmin, o petista &quot;tem apre&ccedil;o pela democracia&quot;.

Bolsonaro disse que um eventual acordo entre eles seria um &quot;vale tudo pelo poder&quot;. Segundo o senador Fl&aacute;vio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o presidente teria dado um passo atr&aacute;s depois de o tucano fazer o que o parlamentar considera um &quot;gesto de amor ao PT&quot;.

&quot;S&atilde;o Paulo estava tudo a princ&iacute;pio conosco podendo dar mais um passo, caso fosse poss&iacute;vel conversar com o Alckmin, mas a&iacute; com essa declara&ccedil;&atilde;o dele fazendo um gesto suicida ao Lula fica dif&iacute;cil. Vamos pensar numa candidatura pr&oacute;pria em S&atilde;o Paulo&quot;, disse Fl&aacute;vio.

A discuss&atilde;o envolve acordos estaduais para lan&ccedil;amento de candidatos a serem lan&ccedil;ados por Bolsonaro e pelo PL, al&eacute;m de nomes que o partido venha a apoiar. Bolsonaro n&atilde;o quer dar autonomia total ao partido. &quot;N&atilde;o pode o PL d&aacute; essa autonomia para o presidente de um diret&oacute;rio estadual de Pernambuco para o cara apoiar o PT&quot;, disse o senador.

Fl&aacute;vio disse considerar o desentendimento &quot;contorn&aacute;vel&quot;, mas argumentou que haver&aacute; um veto ao PT e partidos de esquerda. &quot;&Eacute; bastante &oacute;bvio que o partido para o qual o presidente v&aacute; tenha esse entendimento vertical da proibi&ccedil;&atilde;o de apoio institucional do partido a qualquer outro de esquerda nos Estados. &Eacute; inegoci&aacute;vel, nosso eleitoral jamais entenderia um diret&oacute;rio do PL em qualquer Estado apoiar um candidato do PT. Um deputado ou dois individualmente, sem problema&quot;, disse Fl&aacute;vio.

Durante a viagem pelos pa&iacute;ses &aacute;rabes, Bolsonaro est&aacute; mantendo conversas por telefone com o presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado e preso no esc&acirc;ndalo do mensal&atilde;o. Bolsonaro vai voltar a conversar pessoalmente com Costa Neto ao retornar ao Brasil. Ele disse que deseja ainda tratar sobre posicionamentos de Valdemar a respeito das pautas conservadoras, de Defesa, Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores e manter o &quot;padr&atilde;o&quot; dos ministros do atual governo.

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