A Defensoria P&uacute;blica da Bahia (DPE/BA) promove no pr&oacute;ximo domingo (20) um mutir&atilde;o de servi&ccedil;os e atendimentos gratuitos para a popula&ccedil;&atilde;o do quilombo Pitanga dos Palmares Caipora, em Sim&otilde;es Filho, Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador (RMS).
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/498ddab1-de00-41e6-a0a6-9814f7ad58aa.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="O mutir&atilde;o de servi&ccedil;os &eacute; voltado para a popula&ccedil;&atilde;o quilombola da regi&atilde;o, em Sim&otilde;es Filho, e acontece no pr&oacute;ximo domingo (20). Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o/DPE-BA">
O mutir&atilde;o Aquilomba acontece das 8h &agrave;s 16h, e oferta orienta&ccedil;&otilde;es jur&iacute;dicas, exames de DNA, acordo extrajudiciais e ajuizamento de a&ccedil;&otilde;es, bem como servi&ccedil;os de sa&uacute;de e emiss&atilde;o/atualiza&ccedil;&atilde;o do Cadastro &Uacute;nico (Cad&Uacute;nico) e outros documentos.
Os atendimentos ser&atilde;o realizados por ordem de chegada, sem necessidade de agendamento. As pessoas <a href="https://aratuon.com.br/cidadania" target="_blank" rel="noopener">interessadas nos servi&ccedil;os </a>da Defensoria precisam apresentar documentos b&aacute;sicos, como RG, CPF, comprovante de resid&ecirc;ncia e todos os demais que sejam importantes para resolver a demanda jur&iacute;dica.&nbsp;
O Aquilomba &eacute; um projeto do N&uacute;cleo de Equidade Racial da DPE/BA (NER), em parceria com a Defensoria P&uacute;blica da Uni&atilde;o, Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia, SAC, Instituto Pedro Mello, secretarias municipais de Sa&uacute;de, Pol&iacute;ticas para as Mulheres, Desenvolvimento Social e Cidadania e Cart&oacute;rio de Registro Civil.&nbsp;
<h3><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/62e6b58e-0a21-4f01-8029-c2b95f2962f1.jpeg?width=1080&amp;height=1350" alt="Os atendimentos do mutir&atilde;o ocorrem entre &agrave;s 8h e &agrave;s 16h, por ordem de chegada, no Quilombo. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o/DPE-BA"> Quilombo Pitanga dos Palmares</h3>
 Reconhecido em 2024 como &ldquo;<a href="https://aratuon.com.br/cidade/quilombo-de-mae-bernadete-e-reconhecido-como-comunidade-remanescente-pelo-governo-federal" target="_blank" rel="noopener">Comunidade Remanescente de Quilombo</a>", o Pitanga das Palmeiras, em Sim&otilde;es Filho ganhou repercuss&atilde;o nacional ap&oacute;s os l&iacute;deres da localidade, M&atilde;e Bernadete e seu filho, Binho, terem sido executados em 2023 e 2017, respectivamente.
<a href="https://aratuon.com.br/cidade/familia-de-mae-bernadete-pede-indenizacao-de-r-11-8-milhoes-ao-estado" target="_blank" rel="noopener">M&atilde;e Bernadete foi executada</a> no dia 17 de agosto de 2023, na sede da associa&ccedil;&atilde;o quilombola em que morava, na comunidade. Segundo as investiga&ccedil;&otilde;es da Opera&ccedil;&atilde;o Pacific, realizadas pela Pol&iacute;cia Civil com apoio do Grupo de Atua&ccedil;&atilde;o Especial de Combate &agrave;s Organiza&ccedil;&otilde;es Criminosas (Gaeco) do MP e da 7&ordf; Promotoria de Justi&ccedil;a de Sim&otilde;es Filho, a l&iacute;der religiosa foi alvejada com 25 tiros de arma de fogo em v&aacute;rias partes do corpo, dentro da pr&oacute;pria casa, onde estavam tr&ecirc;s netos dela, de 12, 13 e 18 anos.
Durante as apura&ccedil;&otilde;es, a PC concluiu que a Yalorix&aacute; de 71 anos foi executada por ter se posicionado contra a expans&atilde;o do tr&aacute;fico de drogas na regi&atilde;o e, especificamente, contra a constru&ccedil;&atilde;o da barraca Point Pitanga City, ponto de venda de drogas de Mar&iacute;lio e Ydney, edificada pelo grupo criminoso na barragem de Pitanga dos Palmares de forma ilegal, j&aacute; que o local est&aacute; dentro de uma &aacute;rea de preserva&ccedil;&atilde;o ambiental.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/5bf3cc13-24b0-49f1-9fee-1e698c5a77ef.jpg?width=819&amp;height=461" alt="L&iacute;der do Quilombo Pitanga dos Palmares, M&atilde;e Bernadete foi executada em 2023. Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o">

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou aguardar “investigação rigorosa” da <a href="https://aratuon.com.br/geral/2023-08-18/lider-quilombola-e-ex-secretaria-de-promocao-da-igualdade-racial-e-assassinada-em-simoes-filho/">morte da líder quilombola Mãe Bernadete</a>, assassinada na noite desta quinta-feira (17/8), no quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.
Pelas redes sociais, Lula prestou condolências pela morte da religiosa. Ele reiterou que o governo federal enviou representantes dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania à Bahia, para reforçar a necessidade de investigações rigorosas sobre o caso.
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Pelo Twitter, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) se manifestou no fim da noite de quinta. Ele disse que as polícias Civil e Militar devem ser “firmes na investigação”. O político classificou Mãe Bernadete como “amiga e grande liderança quilombola da Bahia”.
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Os ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, também se manifestaram nas redes sociais.
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Em uma longa publicação no Twitter, Anielle classificou o assassinato como "covarde" e relembrou que, em julho deste ano, teve um encontro com a líder religiosa: "É muito doloroso ver nosso povo sendo levado de formas tão cruéis, por crimes motivados também por ódio".
https://twitter.com/aniellefranco/status/1692540015300018201
Considerada uma das principais líderes da luta quilombola no país, Bernadete foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho na gestão do então prefeito Eduardo Alencar (PSD), irmão do senador Otto Alencar (PSD).
Com influência política no segmento, ela se reuniu em julho com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, na comunidade Quingoma, em Lauro de Freitas. Na ocasião, afirmou que era ameaçada por fazendeiros, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
"É o que nós recebemos, ameaças. Principalmente de fazendeiros, de pessoas da região. Hoje eu vivo assim, que não posso sair que eu estou sendo revistada. Minha casa é toda cercada de câmeras, eu me sinto até mal com um negócio desse".
Representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Denildo Rodrigues, disse que a Yalorixá foi assassinada pelo mesmo grupo responsável pelo morte do seu filho, Binho, em 2017.
Em entrevista à Agência Brasil, Denildo disse que as lideranças das comunidades quilombolas e terreiros de Simões Filho são ameaçadas permanentemente por grupos ligados à especulação imobiliária, interessados em ocupar os territórios. "Ela sabia e a Justiça sabia que quem mandou matar Binho tava lá, perto da comunidade. Só que não deu nada. Ela nunca ficou quieta. Agora foi silenciada. Muito triste para nós", lamentou.
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