A desembargadora Regina Helena Silva negou um pedido de suspei&ccedil;&atilde;o impetrado pela C&acirc;mara Municipal de Salvador contra o juiz Pedro Rog&eacute;rio Godinho, titular 8&ordf; Vara da Fazenda P&uacute;blica da capital, por ser filho do ex-vereador Pedro Godinho (Uni&atilde;o), suplente no Legislativo soteropolitano e aliado do prefeito Bruno Reis e do candidato ao governador ACM Neto, ambos seus correligion&aacute;rios do Uni&atilde;o Brasil, e rivais pol&iacute;ticos do presidente da Casa, Geraldo Jr. (MDB), candidato a vice de Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) na elei&ccedil;&atilde;o para o Governo do Estado.

Os pedidos de suspei&ccedil;&atilde;o referem-se a dois mandados de seguran&ccedil;a impetrados por Uni&atilde;o Brasil e PDT, em processos nos quais Godinho &eacute; o respons&aacute;vel pela an&aacute;lise, cujos pedidos pleiteiam a anula&ccedil;&atilde;o das comiss&otilde;es promovidas por Geraldo Jr., em abril deste ano, <a href="https://aratuon.com.br/linha-de-frente/noticia/politica/geraldo-junior-ignora-regimento-muda-comissoes-e-coloca-oposicionistas-a-neto-nas-presidencias" target="_blank">num processo que causou protestos da base governista na C&acirc;mara.</a>

A decis&atilde;o foi tomada pela desembargadora no dia 26 de agosto, mas foi publicada na edi&ccedil;&atilde;o desta quinta-feira (8/9) do Di&aacute;rio Oficial da Justi&ccedil;a. Apesar da negativa, Regina Helena determinou que Pedro Rog&eacute;rio Godinho se manifestasse em at&eacute; 15 dias.&nbsp;

Na justificativa, a desembargadora entende que n&atilde;o h&aacute; &ldquo;risco de dano grave, de dif&iacute;cil ou imposs&iacute;vel repara&ccedil;&atilde;o&rdquo; nas alega&ccedil;&otilde;es feitas pela C&acirc;mara. O corpo jur&iacute;dico da Casa sustenta que Godinho estaria &ldquo;sujeito a emo&ccedil;&otilde;es, simpatias, amizades e convic&ccedil;&otilde;es pol&iacute;tico-ideol&oacute;gicas&rdquo; que o afastariam do dever de julgar com imparcialidade&rdquo;.

De acordo com a a&ccedil;&atilde;o apresentada pelo Legislativo, o magistrado seria &ldquo;amigo &iacute;ntimo&rdquo; de ACM Neto, Bruno Reis, do presidente do Uni&atilde;o Brasil na Bahia, Paulo Azi, dos vereadores Duda Sanches e Paulo Magalh&atilde;es Jr., ambos do Uni&atilde;o Brasil, al&eacute;m de parlamentares de oposi&ccedil;&atilde;o a Bruno, como Alexandre Aleluia (PL) e o pr&oacute;prio Geraldo Jr.

No pedido de suspei&ccedil;&atilde;o, a C&acirc;mara ainda argumenta que a esposa do ex-vereador Pedro Godinho possui cargo na Prefeitura de Salvador. Trata-se da subsecret&aacute;ria de Governo (Segov), Ana Pierina Viana.&nbsp;Para a desembargadora, nem o ex-vereador e nem sua esposa possuem interfer&ecirc;ncia nos processos julgados pelo juiz Pedro&nbsp;Godinho.&nbsp;

&ldquo;A respeito da tese de suposta amizade &iacute;ntima irrogada ao julgador primevo relativamente &agrave;s autoridades do Legislativo Municipal, constato que o magistrado excepto recha&ccedil;ou peremptoriamente os argumentos, esclarecendo que eventuais relacionamentos n&atilde;o ultrapassam as lindes do ambiente profissional, coadunando-se &agrave;s regras de etiqueta social impostas aos representantes dos Poderes do Estado brasileiro&rdquo;, sustenta Regina Helena em outo trecho da senten&ccedil;a.

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