Dois homens foram encontrados mortos no in&iacute;cio da noite deste domingo (16), na avenida Assis Valente, pr&oacute;ximo &agrave; <a href="https://www.salvadordabahia.com/parque-pedra-de-xango/" target="_blank" rel="noopener">Pedra de Xang&ocirc;</a>, no bairro da Boca da Mata, em Salvador. De acordo com informa&ccedil;&otilde;es apuradas pelo programa Al&ocirc; Juca, da <a href="https://aratuon.com.br/" target="_blank" rel="noopener">TV Aratu</a>, as v&iacute;timas estavam com as m&atilde;os amarradas e apresentavam sinais de tortura e espancamento.
A &aacute;rea foi isolada pelo 22&ordm; Batalh&atilde;o da <a href="https://aratuon.com.br/secao/noticias-sobre-policia" target="_blank" rel="noopener">Pol&iacute;cia Militar (PM)</a>, e as equipes do Departamento de Homic&iacute;dios e Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; Pessoa (DHPP) e do Departamento de Pol&iacute;cia T&eacute;cnica (DPT) foram acionadas para investigar o caso. At&eacute; o momento, as v&iacute;timas n&atilde;o foram identificadas.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c05d44b9-0efb-4451-b94b-62261893dbc2.jpg?width=1200&amp;height=801" alt="At&eacute; o momento, as v&iacute;timas n&atilde;o foram identificadas. | Foto: Jefferson Peixoto/Agecom">
Ao portal Al&ocirc; Juca, moradores da regi&atilde;o relataram estar assustados com a frequ&ecirc;ncia de corpos encontrados nas proximidades da <a href="https://aratuon.com.br/cidade/caminhada-da-pedra-de-xango-acontece-neste-domingo-em-cajazeiras" target="_blank" rel="noopener">Pedra de Xang&ocirc;, monumento sagrado pelo Candombl&eacute; e tombado pela Prefeitura de Salvador</a>.
O caso est&aacute; sendo investigado pela Pol&iacute;cia Civil. At&eacute; o momento, nenhum suspeito foi identificado e a motiva&ccedil;&atilde;o do crime n&atilde;o foi esclarecida.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d38087e9-39bb-4433-80e7-77ddaf6e354d.jpeg?width=1090&amp;height=600" alt="O caso est&aacute; sendo investigado pela Pol&iacute;cia Civil. | Foto: Valter Pontes/Secom">

Considerado um s&iacute;tio natural sagrado da cultura afro-brasileira, a Pedra de Xang&ocirc;, em <a href="https://aratuon.com.br/cidade/moradores-de-cajazeiras-protestam-apos-serem-associados-a-traficantes" target="_blank" rel="noopener">Cajazeiras X</a>, recebe a 16&ordf; edi&ccedil;&atilde;o de sua tradicional caminhada neste domingo (9), pelas ruas do bairro, sendo incentivo &agrave; resist&ecirc;ncia e resgate da mem&oacute;ria do povo negro e das comunidades das religi&otilde;es de matriz africana.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b63222eb-d01d-4965-b8de-40a04f69204c.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="A caminhada da Pedra de Xang&ocirc; chega &agrave; sua 16&ordf; edi&ccedil;&atilde;o e acontece neste domingo. Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS"> &nbsp; A atividade tem concentra&ccedil;&atilde;o marcada para &agrave;s 7h30, com caf&eacute; da manh&atilde; e encontro de representantes de terreiros de toda a Bahia, al&eacute;m de adeptos de alguns estados brasileiros, como S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul.&nbsp;
O cortejo percorrer&aacute; cerca de 2 km, entre o Campo da Pronaica at&eacute; a Pedra de Xang&ocirc;, onde ser&aacute; depositado o tradicional "Amal&aacute; de Xang&ocirc;", prato dedicado ao orix&aacute;, composto por quiabo, carne de boi, azeite, frutas e outros vegetais, que &eacute; "deitado", aos p&eacute;s do monumento. Vale lembrar que a Pedra &eacute; tombada como patrim&ocirc;nio cultural do munic&iacute;pio de Salvador desde 2017.
Segundo M&atilde;e Dial&aacute;, do Il&ecirc; Ax&eacute; Bab&aacute; Oluf&atilde; Al&aacute;, em Cajazeiras, a <a href="https://aratuon.com.br/cultura/parque-pedra-de-xango-em-cajazeiras-recebe-4a-edicao-do-festival-da-fogueira-neste-fim-de-semana" target="_blank" rel="noopener">Caminhada da Pedra de Xang&ocirc;</a> come&ccedil;ou por iniciativa de uma grande ialorix&aacute; do bairro, chamada M&atilde;e Zil, do Terreiro Tingongo Muende, de Cajazeiras XI que, depois de algumas edi&ccedil;&otilde;es, passou o bast&atilde;o para M&atilde;e Iara de Oxum.&nbsp;
"Foram organizados 12 terreiros da regi&atilde;o para cultuar aquele grande altar. Essa &eacute; uma caminhada de muita import&acirc;ncia, devido ao seu contexto hist&oacute;rico, visto que aquele lugar era parte de um grande quilombo no passado, onde os negros fugidos de <a href="https://aratuon.com.br/interior/inmet-emite-alerta-de-chuvas-para-salvador-e-litoral-nos-proximos-dias" target="_blank" rel="noopener">fazendas de Salvador</a> se refugiavam. Hoje &eacute; um grande s&iacute;mbolo de resist&ecirc;ncia e de combate &agrave; intoler&acirc;ncia religiosa".
M&atilde;e Iara de Oxum, do Il&ecirc; T&rsquo;omi Kios&iacute;s&egrave; Ay&oacute;, e coordenadora da caminhada, entende a atividade como um ato de resist&ecirc;ncia e resgate da cultura e ancestralidade do povo negro de Salvador.&nbsp;
"A Pedra de Xang&ocirc; representa um peda&ccedil;o da hist&oacute;ria do povo negro e do povo de santo da cidade do Salvador. &Eacute; um s&iacute;mbolo de resist&ecirc;ncia e uma refer&ecirc;ncia &agrave; nossa ancestralidade. Essa luta para preservar aquele monumento contou com a&ccedil;&otilde;es como essa caminhada, tradicionalmente no segundo domingo de fevereiro. Tamb&eacute;m foi necess&aacute;ria a uni&atilde;o dos terreiros para preservar essa cultura e nossa ancestralidade, pois &eacute; para n&oacute;s um dever f&iacute;sico e moral".
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/45bbe1d3-e40a-4a40-af08-06c0f28d6c2e.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="A Pedra de Xang&ocirc; &eacute; tombada como patrim&ocirc;nio cultural do munic&iacute;pio de Salvador desde 2017.Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS">

Apontado pela polícia como principal suspeito da morte do motorista de aplicativo Elionaldo Cardoso da Silva, o dono da chácara, identificado como José Carneiro, de 51 anos, foi preso nesta segunda-feira (1/7), pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).

Ele vai responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Elionaldo desapareceu no dia 9 de junho e o carro dele foi localizado na Avenida Assis Valente, perto da Pedra de Xangô, em Cajazeiras X. O corpo da vítima foi encontrado na chácara do suspeito, no bairro do Cassange.

José Carneiro havia se apresentado e confessado o crime e teve a prisão preventiva decreta dias depois, sendo localizado hoje. Ele foi interrogado na unidade, passará por exames de lesões corporais e ficará à disposição do Poder Judiciário.

LEIA MAIS

<a href="https://aratuon.com.br/geral/2024-06-18/suspeito-de-matar-motorista-de-aplicativo-tem-prisao-decretada-homem-segue-foragido/" target="_blank" rel="noopener">Suspeito de matar motorista de aplicativo tem prisão decretada; homem segue foragido</a>

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O Parque Pedra de Xangô, em Cajazeiras X, receberá, neste domingo (12/11), o Grupo Baobá da Bahia para o coquetel de lançamento da cartilha educativa "Encantos da Preservação". A distribuição do material informativo será gratuita. O evento é aberto ao público e acontecerá das 9h às 12h, no auditório.
A cartilha é dedicada à ancestralidade do povo do axé. O manual foi escrito por Ekedy Sinha, em formato bilingue. O objetivo da cartilha é discutir a preservação das ações ritualísticas dentro da matriz africana e suas ancestralidades. Também aborda questões sociais sobre a natureza, como o comprometimento com o meio ambiente com o intuito de fazer oferendas conscientes.
Para a gestora cultural do Grupo Baobá, Sueli Melo, orientar as pessoas de matrizes africanas utilizando a forma escrita tem uma importância significativa. "Nós de matrizes africanas temos o hábito de comunicação oral, nós não temos a prática da linguagem escrita. Então, é uma coragem do público participar, as pessoas precisam tomar o conhecimento dessa cartilha como orientação em pró da natureza", afirma.
SERVIÇO:
Coquetel de lançamento da cartilha educativa "Encantos da Preservação"
Quando: 12 de novembro (domingo), das 9h às 12h
Onde: Parque Pedra de Xangô - Cajazeiras X
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A Pedra de Xang&ocirc;, monumento sagrado para as religi&otilde;es de matrizes africanas localizado na comunidade de Cajazeiras em Salvador, sedia, no pr&oacute;ximo s&aacute;bado (10/7) a primeira cerim&ocirc;nia de casamento religioso afro-brasileiro de que se tem not&iacute;cia realizada no local. O casal receber&aacute; as b&ecirc;n&ccedil;&atilde;os por meio das m&atilde;os de Tata Mut&aacute; Im&ecirc;, sacerdote de na&ccedil;&atilde;o Angola, a partir das 13h30. A cerim&ocirc;nia contar&aacute; com a presen&ccedil;a de sacerdotes e sacerdotisas do Candombl&eacute;.

O noivo &eacute; Stefano Diego Borges &quot;Odes&igrave;&quot;, ou seja, vodunsi iniciado para o Vodun Od&eacute;. Ele &eacute; diretor do projeto Capoeira T&ograve; Z&ograve;, que tem como objetivo tirar as crian&ccedil;as e jovens da regi&atilde;o das ruas e apresent&aacute;-los &agrave; capoeira, a fim de us&aacute;-la como base para suas forma&ccedil;&otilde;es e empoderamento.

A noiva &eacute; Sinay Almeida, Gayaku, m&atilde;e de santo do Terreiro Vodun Kwe T&ograve; Z&ograve; de na&ccedil;&atilde;o Jeje. Gayaku Sinay, al&eacute;m de sacerdotisa do grupo GT da Pedra de Xang&ocirc;, &eacute; instrumentadora cir&uacute;rgica e ativista de movimentos sociais e ambientais. Ela faz parte do n&uacute;cleo da UBM (Uni&atilde;o Brasileira de Mulheres) da regi&atilde;o de Cajazeiras.

O casal se conhece h&aacute; aproximadamente 25 anos. Come&ccedil;aram o namoro quando adolescentes, mas, por alguns motivos se separaram e, nesse &iacute;nterim constitu&iacute;ram outras fam&iacute;lias. Depois de nove anos se reencontraram e est&atilde;o juntos desde ent&atilde;o. Ambos s&atilde;o do Candombl&eacute; de Na&ccedil;&atilde;o Jeje e receber&atilde;o as b&ecirc;n&ccedil;&atilde;os da Pedra de Xang&ocirc;.

&ldquo;&Eacute; um amor que temos desde a adolesc&ecirc;ncia, depois de muitos desencontros nos reencontramos e vamos reafirmar e celebrar nossa uni&atilde;o. A Pedra de Xang&ocirc; foi escolhida como cen&aacute;rio, sob a devo&ccedil;&atilde;o e o amor que temos a Sogb&ograve; [Divindade Fon equivalente a Xang&ocirc;]. A escolha do sacerdote tem como base a hierarquia e tem o objetivo de representar a uni&atilde;o entre as na&ccedil;&otilde;es em prol do patrim&ocirc;nio comum&rdquo;, esclarece o noivo.

&ldquo;Eu cresci ouvindo que o que &eacute; do homem o bicho n&atilde;o come. N&oacute;s passamos muito tempo separados e, depois de alguns anos, Oya nos reaproximou. Ent&atilde;o, nada mais justo do que celebrar esse reencontro, essa reaproxima&ccedil;&atilde;o e a resist&ecirc;ncia desse amor, pedindo as b&ecirc;n&ccedil;&atilde;os na Pedra de Xang&ocirc;. Eu que sou filha de Oya e Sogb&ograve;, raspada por um homem de Xang&ocirc;, n&atilde;o poderia escolher outro lugar para meu casamento&rdquo;, festeja a noiva.

HIST&Oacute;RIA

Maria Alice Silva, mestra e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA, autora do livro Pedra de Xang&ocirc;: um lugar sagrado afro-brasileiro na cidade de Salvador aponta que a realiza&ccedil;&atilde;o do ato religioso na Pedra de Xang&ocirc; ratifica a import&acirc;ncia do monumento para os adeptos das religi&otilde;es de matriz afro-brasileira.

&ldquo;Com a t&atilde;o esperada inaugura&ccedil;&atilde;o do Parque Pedra de Xang&ocirc;, o povo de terreiro, pela primeira vez na hist&oacute;ria, vai poder contar com um equipamento p&uacute;blico onde poder&aacute; realizar suas celebra&ccedil;&otilde;es, sob as b&ecirc;n&ccedil;&atilde;os dos orix&aacute;s, voduns, nkisis, caboclos e encantados. &Eacute; um momento hist&oacute;rico, &uacute;nico, um marco para as comunidades de terreiros na Bahia. Esperamos que muitos casamentos sejam realizados na Pedra de Xang&ocirc;, Nzazi e Sogbo, patrim&ocirc;nio cultural da cidade de Salvador&rdquo;, comemora.

Al&eacute;m do matrim&ocirc;nio, outras celebra&ccedil;&otilde;es j&aacute; est&atilde;o sendo planejadas. Em parceria com o Cart&oacute;rio de Cajazeiras, a plataforma digital Pedra de Xang&ocirc;: For&ccedil;as da Natureza e o terreiro Vodun Kwe T&ograve; Z&ograve; est&atilde;o preparando um casamento coletivo gratuito na Pedra de Xang&ocirc;.

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&zwnj;Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo e conte&uacute;dos exclusivos no&nbsp;<a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.

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