<p data-start="212" data-end="328">A Casa de Oxumar&ecirc;, um dos terreiros mais antigos e significativos do candombl&eacute; na Bahia, foi alvo de vandalismo na Avenida Vasco da Gama, em Salvador, neste domingo (18). Um membro da Torcida Organizada Bamor (TOB) foi flagrado pichando o muro do terreiro com a sigla da torcida, horas antes do cl&aacute;ssico entre Bahia e Vit&oacute;ria, que <a href="https://aratuon.com.br/esportes/em-ba-vi-marcado-por-expulsoes-bahia-bate-o-vitoria?fbclid=IwY2xjawKXLAhleHRuA2FlbQIxMQBicmlkETFHc3RvenRPbTlMWnpjN3kzAR7_17AdebtV1JVNndrhL-Jz3Tox4iLqYYcKuYPdnESwSfbrVlsQsM_m-XNI1Q_aem_Mh9B5Gn-jEaChfX9yTmWyQ" target="_blank" rel="noopener">terminou com vit&oacute;ria do Tricolor na Arena Fonte Nova</a>.</p>
<p data-start="212" data-end="328"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/08d16707-66e6-4bc8-9a88-f5542ed7d35c.jpg?width=480&amp;height=269" alt="Membro Da Bamor Picha Muro De Terreiro Tombado Em Salvador"></p>
<p data-start="330" data-end="488">Em v&iacute;deo que circula nas redes sociais, o suspeito aparece pichando o muro do terreiro com a sigla TOB. Nas redes sociais, a Casa de Oxumar&ecirc; pediu por respeito e &eacute;tica. "A destrui&ccedil;&atilde;o de um patrim&ocirc;nio sagrado revela a urg&ecirc;ncia de um compromisso coletivo com os valores que sustentam uma sociedade justa e harm&ocirc;nica. O respeito &agrave; diversidade religiosa, &agrave; cultura do povo negro e aos espa&ccedil;os sagrados &eacute; um dever de cada cidad&atilde;o. [...] N&atilde;o se trata apenas de reparar um erro, mas de reafirmar o compromisso com os princ&iacute;pios &eacute;ticos e com o respeito m&uacute;tuo, bases essenciais para a conviv&ecirc;ncia em sociedade. [...] Mais do que um crime ambiental, trata-se de um atentado contra a liberdade religiosa, garantida pela Constitui&ccedil;&atilde;o Federal de 1988, em seu Art. 5&ordm;, inciso VI", diz trecho da nota.</p>
<p data-start="330" data-end="488">Leia tamb&eacute;m:</p>
<p data-start="330" data-end="488">&gt;&gt;&gt;<a href="https://aratuon.com.br/esportes/integrantes-da-bamor-sao-flagrados-com-bombas-antes-do-ba-vi" target="_blank" rel="noopener">Membros da Bamor s&atilde;o flagrados com bombas antes do BA-VI</a></p>
<p data-start="330" data-end="488">&nbsp;</p>
<blockquote class="instagram-media" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/DJzoQeLJR4Q/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14">
<div style="padding: 16px;"><a style="background: #FFFFFF; line-height: 0; padding: 0 0; text-align: center; text-decoration: none; width: 100%;" href="https://www.instagram.com/p/DJzoQeLJR4Q/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" rel="noopener">
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<div style="color: #3897f0; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: 550; line-height: 18px;">Ver essa foto no Instagram</div>
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</a>
<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" href="https://www.instagram.com/p/DJzoQeLJR4Q/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" rel="noopener">Uma publica&ccedil;&atilde;o compartilhada por Casa De Oxumar&ecirc; (@casadeoxumare)</a></p>
</div>
</blockquote>
<p data-start="570" data-end="648">A Casa de Oxumar&ecirc; &eacute; um dos terreiros mais antigos do pa&iacute;s. Foi tombada como patrim&ocirc;nio hist&oacute;rico e cultural do Brasil em 2013 pelo Instituto do Patrim&ocirc;nio Hist&oacute;rico e Art&iacute;stico Nacional (Iphan). A reportagem do Aratu ON fez contato com a Pol&iacute;cia Civil e aguarda resposta sobre o caso.</p>
<p data-start="570" data-end="648"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/49752f2e-a486-475e-8ebd-9f0038a7c381.jpg?width=619&amp;height=389" alt="Casa De Oxumar&ecirc;"></p>
<h3>Membro da Bamor picha muro de terreiro tombado</h3>
<p data-start="650" data-end="728">A picha&ccedil;&atilde;o &eacute; considerada crime no Brasil, conforme o artigo 65 da Lei 9.605/98, da Lei dos Crimes Ambientais, com pena de deten&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s meses a um ano, al&eacute;m de multa.</p>

<p dir="ltr">Com a chegada da P&aacute;scoa, as docerias se reinventam, e empreendedores criam <a href="https://aratuon.com.br/curiosidades/de-empada-a-acaraje-conheca-ovos-inusitados-para-a-pascoa-2025">vers&otilde;es inusitadas do tradicional ovo de chocolate.</a> Nos &uacute;ltimos anos, al&eacute;m dos ovos de colher recheados, surgiram op&ccedil;&otilde;es salgadas &ndash; como o pol&ecirc;mico ovo de acaraj&eacute;.</p>
<p dir="ltr"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/7ba74270-d210-449f-bf51-987671260938.png?width=1280&amp;height=768" alt="Foto: redes sociais | @comeremssa | @acarajedadricaoficial"></p>
<p dir="ltr">Junto a ele, apareceram tamb&eacute;m ovos de sushi, empada e coxinha, mas o acaraj&eacute; carrega um diferencial: &eacute; reconhecido como Patrim&ocirc;nio Cultural da Bahia, um s&iacute;mbolo protegido, especialmente pelas religi&otilde;es de matriz africana, que n&atilde;o pode ser modificado.&nbsp;</p>
<p dir="ltr">Essa n&atilde;o &eacute; a primeira vez que o acaraj&eacute; &eacute; ressignificado em formatos n&atilde;o tradicionais. Em 2023, o <a href="https://aratuon.com.br/curiosidades/acaraje-da-barbie-baiana-lanca-quitute-rosa-e-e-criticada-por-associacao-nao-valoriza-o-nosso-patrimonio">"Acaraj&eacute; Rosa", criado durante a promo&ccedil;&atilde;o do live-action do filme da "Barbie"</a>, gerou indigna&ccedil;&atilde;o na Associa&ccedil;&atilde;o Nacional das Baianas de Acaraj&eacute; (Abam), que repudiou a mudan&ccedil;a do prato.&nbsp;</p>
<p dir="ltr">Para entender a dimens&atilde;o do debate, o Aratu On conversou com Elaine Assis, 43 anos, filha de Dinha, dona de um dos tabuleiros mais famosos de Salvador, no Rio Vermelho. Elaine que &eacute; associada a Abam, defende que, embora todos tenham o direito de empreender, a tradi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o deve ser alterada por modismos.&nbsp;&nbsp;</p>
<p dir="ltr"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/0bf8f8d8-4fb0-4299-84c2-70001cc50a3d.png?width=1280&amp;height=768" alt="Acaraj&eacute; Da Dinha. Foto: redes sociais | @acarajedadinha"></p>
<p dir="ltr">&ldquo;O acaraj&eacute; &eacute; uma iguaria da nossa cultura afro-baiana, oriunda da culin&aacute;ria de matriz africana. N&atilde;o pode ser simplesmente modificado por tend&ecirc;ncias mercadol&oacute;gicas&rdquo;, afirma.&nbsp;</p>
<p dir="ltr">Por coincid&ecirc;ncia &mdash; ou n&atilde;o &mdash;, a criadora do ovo de acaraj&eacute; e do pol&ecirc;mico acaraj&eacute; rosa seria a mesma pessoa, embora a "tend&ecirc;ncia" j&aacute; tenha se espalhado por diversos pontos da cidade. Conhecida como Drica, ela vende acaraj&eacute; e abar&aacute; h&aacute; 15 anos.</p>
<p dir="ltr"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/0ad6b6c2-7cb4-4d9f-be67-81f043ebeef1.png?width=1280&amp;height=768" alt="Acaraj&eacute; Rosa. Foto: redes sociais"></p>
<p dir="ltr">Na &eacute;poca em que o bolinho rosa gerou controv&eacute;rsia, e Drica defendeu a cria&ccedil;&atilde;o afirmando que a cor n&atilde;o alterava o sabor e que a iniciativa era uma forma de garantir seu sustento, classificando as cr&iacute;ticas como "falta de empatia". A reportagem tentou contato com Drica, mas n&atilde;o obteve retorno.</p>
<p dir="ltr">Feito com massa de feij&atilde;o-fradinho, cebola e frito em azeite de dend&ecirc;, o acaraj&eacute; tem ra&iacute;zes no iorub&aacute;: "akar&aacute;" significa "bola de fogo", e "j&eacute;", "comer". Em 2002, a Lei n&ordm; 6.138 oficializou o prato como Patrim&ocirc;nio Cultural de Salvador, sancionada pelo ent&atilde;o prefeito Antonio Imbassahy, refor&ccedil;ando sua import&acirc;ncia hist&oacute;rica e afrodescendente.</p>
<p dir="ltr">Em 2023, o Rio de Janeiro tamb&eacute;m o declarou patrim&ocirc;nio carioca &ndash; decis&atilde;o que gerou controv&eacute;rsia nas redes sociais, onde baianos questionaram: "Como um s&iacute;mbolo da Bahia virou carioca?"&nbsp;&nbsp;</p>
<p dir="ltr">Mas a verdade &eacute; que o acaraj&eacute; n&atilde;o &eacute; nem baiano, nem carioca: &eacute; africano. Trazido ao Brasil por pessoas escravizadas, consolidou-se no estado mais negro do pa&iacute;s, a Bahia, tornando-se fonte de renda para muitas fam&iacute;lias. Elaine usa sua pr&oacute;pria hist&oacute;ria para <a href="https://aratuon.com.br/curiosidades/acaraje-da-barbie-baiana-lanca-quitute-rosa-e-e-criticada-por-associacao-nao-valoriza-o-nosso-patrimonio">expressar sua indigna&ccedil;&atilde;o com as releituras</a>, como a do ovo de P&aacute;scoa:&nbsp;&nbsp;</p>
<p dir="ltr">&ldquo;Sou totalmente contra qualquer apropria&ccedil;&atilde;o de uma iguaria que me deu condi&ccedil;&otilde;es de viver com dignidade. Isso reflete pessoas que querem se aproveitar da import&acirc;ncia do acaraj&eacute; para lucrar&rdquo;, critica.&nbsp;&nbsp;</p>
<p dir="ltr"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8d8a875b-ab3f-434c-836b-9360dfcd7b2c.png?width=1280&amp;height=768" alt="Acaraj&eacute; da Dinha. Foto: redes sociais | @acarajedadinha"></p>
<p dir="ltr">Para ela, o acaraj&eacute; vai al&eacute;m de um simples bolinho de rua. Como representante da quarta gera&ccedil;&atilde;o do Acaraj&eacute; da Dinha, Elaine ressalta que o of&iacute;cio foi herdado por meio da ancestralidade e deve ser preservado: &ldquo;N&atilde;o se altera o modo de preparo, muito menos sua hist&oacute;ria&rdquo;.&nbsp;&nbsp;</p>
<p dir="ltr">Ela ainda faz um apelo: mesmo baianas que n&atilde;o seguem o candombl&eacute; devem respeitar as caracter&iacute;sticas originais do prato. &ldquo;Precisamos entender que o acaraj&eacute; n&atilde;o &eacute; apenas comida &ndash; &eacute; identidade, resist&ecirc;ncia e mem&oacute;ria&rdquo;, finaliza.&nbsp;&nbsp;</p>
<p dir="ltr">Leia Mais: <a href="https://aratuon.com.br/curiosidades/de-empada-a-acaraje-conheca-ovos-inusitados-para-a-pascoa-2025">De sushi a acaraj&eacute;: conhe&ccedil;a ovos inusitados para a P&aacute;scoa 2025</a></p>
<p><strong id="docs-internal-guid-6f6388fe-7fff-280a-9087-20028ead1fee"><br><br></strong></p>

<p>O patrim&ocirc;nio cultural vai muito al&eacute;m de constru&ccedil;&otilde;es antigas ou bens materiais preservados. De acordo com Marcelo Lemos, diretor do Instituto do <a href="https://aratuon.com.br/geral/ipac-anuncia-empresa-que-vai-elaborar-projeto-de-requalificacao-da-praca-do-reggae" target="_blank" rel="noopener">Patrim&ocirc;nio Art&iacute;stico e Cultural da Bahia</a> (IPAC), ele engloba tudo o que tem relev&acirc;ncia hist&oacute;rica e social para uma comunidade. &nbsp;</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a5896496-1a86-44cd-a212-80adcb73fb63.JPG?width=1958&amp;height=1564" alt="Marcelo Lemos explica import&acirc;ncia do patrim&ocirc;nio cultural. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o"></p>
<p>"Patrim&ocirc;nio cultural &eacute; tudo aquilo que tem uma import&acirc;ncia hist&oacute;rica, uma relev&acirc;ncia social para a nossa sociedade", explica Lemos. Segundo ele, o IPAC tem a miss&atilde;o de salvaguardar esses bens, sejam eles materiais, como casar&otilde;es e monumentos hist&oacute;ricos, ou imateriais, como o Samba de Roda, que ajudou a formar uma identidade cultural. &nbsp;</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/cultura/das-ruas-para-o-cinema-documentario-aborda-ac" target="_blank" rel="noopener">+ Das ruas para o cinema: document&aacute;rio conta hist&oacute;ria de carrinhos de caf&eacute; de Salvador</a></p>
<p>O diretor refor&ccedil;a que o reconhecimento de um patrim&ocirc;nio exige estudos criteriosos. "N&atilde;o &eacute; simplesmente um apartamento onde minha fam&iacute;lia morou. &Eacute; algo que teve import&acirc;ncia para aquela sociedade. Por exemplo, um local onde um rei viveu ou onde escravizados se reuniam para rebeli&otilde;es", exemplifica. &nbsp;</p>
<p>Assista:</p>
<blockquote class="instagram-media" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/DFbOICoJMmz/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14">
<div style="padding: 16px;"><a style="background: #FFFFFF; line-height: 0; padding: 0 0; text-align: center; text-decoration: none; width: 100%;" href="https://www.instagram.com/reel/DFbOICoJMmz/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" rel="noopener">
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<div style="color: #3897f0; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: 550; line-height: 18px;">Ver esta publica&ccedil;&atilde;o no Instagram</div>
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</a>
<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" href="https://www.instagram.com/reel/DFbOICoJMmz/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" rel="noopener">Uma publica&ccedil;&atilde;o partilhada por Aratu On (@aratuonline)</a></p>
</div>
</blockquote>
<p>O IPAC disponibiliza informa&ccedil;&otilde;es detalhadas sobre bens tombados e a&ccedil;&otilde;es de preserva&ccedil;&atilde;o em seu site e redes sociais. "Tudo isso e muito mais pode ser encontrado no Instagram e no site do IPAC, onde organizamos e disponibilizamos esses conte&uacute;dos para todos", conclui Lemos.</p>


<p style="text-align: justify;">O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, da cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, foi tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta quinta-feira (29/2), em Brasília.</p>
<p style="text-align: justify;">Em 2024, o local foi tombado como Patrimônio Imaterial da Bahia, e está inscrito no Livro do Registro Especial de Espaços de Práticas Culturais Coletivas.</p>
<p style="text-align: justify;">O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê foi fundado em 1916 por Judith Ferreira do Sacramento. O local, uma Casa de Santo da Nação Nagô, fica localizado num platô na localidade da Terra Vermelha, e é um dos ícones de resistência à intolerância religiosa em Cachoeira. O patrono do Terreiro é o Orixá Xangô.</p>
<p style="text-align: justify;">Em setembro do ano passado, o líder religioso Pai Duda de Candola denunciou invasões de funcionários da empresa Penha Papel e Celulose no terreiro. Na época, o babalorixá afirmou que os ataques ao espaço começaram em 2020, quando um grupo de homens armados invadiu a propriedade e destruiu a cerca de proteção.</p>
Este é o décimo terreiro já tombado pelo Iphan. Dos 10 espaços, 9 estão na Bahia. <strong>Veja a lista completa:</strong>

<strong>Salvador (Bahia):</strong>
Casa Branca do Engenho Velho
Axé Opô Afonjá
Ilê Iyá Omim Axé Iyamassé (Gantois)
Ilê Maroiá Láji (Alaketo)
Bate-Folha
Ilê Axé Oxumaré

<strong>Itaparica (Bahia):</strong>
Omo Ilê Agboulá

<strong>Cachoeira (Bahia):</strong>
Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê
Zogbodo Male Bogun Seja Unde (Roça do Ventura)

<strong>São Luís (Maranhão):</strong>
Casa das Minas Jeje


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