<p>O patrim&ocirc;nio cultural vai muito al&eacute;m de constru&ccedil;&otilde;es antigas ou bens materiais preservados. De acordo com Marcelo Lemos, diretor do Instituto do <a href="https://aratuon.com.br/geral/ipac-anuncia-empresa-que-vai-elaborar-projeto-de-requalificacao-da-praca-do-reggae" target="_blank" rel="noopener">Patrim&ocirc;nio Art&iacute;stico e Cultural da Bahia</a> (IPAC), ele engloba tudo o que tem relev&acirc;ncia hist&oacute;rica e social para uma comunidade. &nbsp;</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a5896496-1a86-44cd-a212-80adcb73fb63.JPG?width=1958&amp;height=1564" alt="Marcelo Lemos explica import&acirc;ncia do patrim&ocirc;nio cultural. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o"></p>
<p>"Patrim&ocirc;nio cultural &eacute; tudo aquilo que tem uma import&acirc;ncia hist&oacute;rica, uma relev&acirc;ncia social para a nossa sociedade", explica Lemos. Segundo ele, o IPAC tem a miss&atilde;o de salvaguardar esses bens, sejam eles materiais, como casar&otilde;es e monumentos hist&oacute;ricos, ou imateriais, como o Samba de Roda, que ajudou a formar uma identidade cultural. &nbsp;</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/cultura/das-ruas-para-o-cinema-documentario-aborda-ac" target="_blank" rel="noopener">+ Das ruas para o cinema: document&aacute;rio conta hist&oacute;ria de carrinhos de caf&eacute; de Salvador</a></p>
<p>O diretor refor&ccedil;a que o reconhecimento de um patrim&ocirc;nio exige estudos criteriosos. "N&atilde;o &eacute; simplesmente um apartamento onde minha fam&iacute;lia morou. &Eacute; algo que teve import&acirc;ncia para aquela sociedade. Por exemplo, um local onde um rei viveu ou onde escravizados se reuniam para rebeli&otilde;es", exemplifica. &nbsp;</p>
<p>Assista:</p>
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<p>O IPAC disponibiliza informa&ccedil;&otilde;es detalhadas sobre bens tombados e a&ccedil;&otilde;es de preserva&ccedil;&atilde;o em seu site e redes sociais. "Tudo isso e muito mais pode ser encontrado no Instagram e no site do IPAC, onde organizamos e disponibilizamos esses conte&uacute;dos para todos", conclui Lemos.</p>


<p style="text-align: justify;">O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, da cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, foi tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta quinta-feira (29/2), em Brasília.</p>
<p style="text-align: justify;">Em 2024, o local foi tombado como Patrimônio Imaterial da Bahia, e está inscrito no Livro do Registro Especial de Espaços de Práticas Culturais Coletivas.</p>
<p style="text-align: justify;">O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê foi fundado em 1916 por Judith Ferreira do Sacramento. O local, uma Casa de Santo da Nação Nagô, fica localizado num platô na localidade da Terra Vermelha, e é um dos ícones de resistência à intolerância religiosa em Cachoeira. O patrono do Terreiro é o Orixá Xangô.</p>
<p style="text-align: justify;">Em setembro do ano passado, o líder religioso Pai Duda de Candola denunciou invasões de funcionários da empresa Penha Papel e Celulose no terreiro. Na época, o babalorixá afirmou que os ataques ao espaço começaram em 2020, quando um grupo de homens armados invadiu a propriedade e destruiu a cerca de proteção.</p>
Este é o décimo terreiro já tombado pelo Iphan. Dos 10 espaços, 9 estão na Bahia. <strong>Veja a lista completa:</strong>

<strong>Salvador (Bahia):</strong>
Casa Branca do Engenho Velho
Axé Opô Afonjá
Ilê Iyá Omim Axé Iyamassé (Gantois)
Ilê Maroiá Láji (Alaketo)
Bate-Folha
Ilê Axé Oxumaré

<strong>Itaparica (Bahia):</strong>
Omo Ilê Agboulá

<strong>Cachoeira (Bahia):</strong>
Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê
Zogbodo Male Bogun Seja Unde (Roça do Ventura)

<strong>São Luís (Maranhão):</strong>
Casa das Minas Jeje


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