A Pol&iacute;cia Federal colocou em teste, na campanha eleitoral de 2022, as novas pastas bal&iacute;sticas compradas para prote&ccedil;&atilde;o dos candidatos &agrave; Presid&ecirc;ncia - equipamento que serve de escudo, em caso de atentados. S&atilde;o seis maletas blindadas que integram o aparato montado pela PF para garantir a seguran&ccedil;a dos presidenci&aacute;veis nestas elei&ccedil;&otilde;es, consideradas de alto risco para epis&oacute;dios de agress&atilde;o e conflitos.

Al&eacute;m da compra de 71 novas viaturas blindadas, para uso dos candidatos, das pastas e de coletes &agrave; prova de bala, a PF treinou cerca de 300 policiais, criou e integrou grupos de seguran&ccedil;a, operacional e de intelig&ecirc;ncia, para evitar eventuais ataques. As equipes come&ccedil;aram o trabalho na &uacute;ltima semana, com o fim das conven&ccedil;&otilde;es partid&aacute;rias e start oficial da disputa.

Documento interno elaborado pela PF para justificar a compra das seis pastas bal&iacute;sticas cita a tens&atilde;o nas elei&ccedil;&otilde;es de 2022, a polariza&ccedil;&atilde;o partid&aacute;ria e o epis&oacute;dio da facada no presidente, Jair Bolsonaro (PL), durante a campanha de 2018, em Minas.&nbsp;

&quot;&Eacute; previs&iacute;vel o acirramento de &acirc;nimos na pr&oacute;xima elei&ccedil;&atilde;o, com posturas partid&aacute;rias cada vez mais polarizadas e potencialmente mais agressivas. O uso das pastas ent&atilde;o, passar&aacute; a ser desej&aacute;vel no sentido de minimizar poss&iacute;veis danos durante a execu&ccedil;&atilde;o das prote&ccedil;&otilde;es aos candidatos&quot;, registra o estudo preliminar t&eacute;cnico 50/2022, que faz parte do processo de compra, feito por dispensa de licita&ccedil;&atilde;o.

&quot;O efetivo uso das pastas passou a ser evidenciado a partir do atentado ao ent&atilde;o candidato &agrave; presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica Jair Bolsonaro nas &uacute;ltimas elei&ccedil;&otilde;es no Brasil, onde o mesmo foi acometido de facada abdominal durante a campanha. Ali ficava evidente a possibilidade e necessidade de uso deste padr&atilde;o de material como equipamento desejado para equipar as equipes de seguran&ccedil;a aproximada&quot;, informa o documento da PF.

S&atilde;o seis maletas de material especial, que s&atilde;o carregadas por um policial federal da equipe de seguran&ccedil;a. Ela serve como escudo para prote&ccedil;&atilde;o dos presidenci&aacute;veis de atentados, como disparos de arma de fogo, facada, objetos e outros tipos de ataques.&nbsp;

&quot;Sua fun&ccedil;&atilde;o primordial na forma&ccedil;&atilde;o &eacute; proteger o corpo do dignit&aacute;rio contra qualquer objeto lan&ccedil;ado contra ele, artefatos explosivos, armas brancas ou tiro com arma de fogo, possibilitando a evacua&ccedil;&atilde;o do local de ataque&quot;, informa a normativa da PF, que estabelece as regras para prote&ccedil;&atilde;o de candidatos e autoridades - os chamados de dignit&aacute;rios.

TESTE DE CAMPO

Segundo o projeto b&aacute;sico de compra, a quantia &eacute; razo&aacute;vel, dada a &quot;previs&atilde;o de que 6 poss&iacute;veis candidatos &agrave; Presid&ecirc;ncia em 2022 haver&atilde;o de ter n&iacute;veis de seguran&ccedil;a mais elevados em vista dos demais&quot;.

As pastas compradas pela PF s&atilde;o francesas, da Protecop SAS. &nbsp;O documento da PF informa que 37 pastas devem ser compradas, mas dada a urg&ecirc;ncia para uso na seguran&ccedil;a dos presidenci&aacute;veis, a solu&ccedil;&atilde;o seria a compra de seis unidades que &quot;servir&atilde;o como oportunidade de coloc&aacute;-las &agrave; prova em opera&ccedil;&atilde;o de fato&quot;.&nbsp;

&quot;Apesar da previs&atilde;o na nossa doutrina, a gente ainda n&atilde;o utilizava essas pastas, fizemos estudos e estamos fazendo a aquisi&ccedil;&atilde;o&quot;, explicou o delegado Thiago Marcantonio Ferreira, chefe da Coordena&ccedil;&atilde;o de Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; Pessoa (CPP), ao apresentar aos partidos e ao p&uacute;blico os planos para seguran&ccedil;a dos presidenci&aacute;veis, no final de maio.

REFOR&Ccedil;O

Os candidatos t&ecirc;m equipes dispon&iacute;veis para seguran&ccedil;a, que come&ccedil;aram os trabalhos na &uacute;ltima semana. Formadas por delegados e agentes, que foram treinados especificamente para o trabalho ou t&ecirc;m experi&ecirc;ncia na &aacute;rea. S&atilde;o eles que fazem as an&aacute;lises pr&eacute;vias dos locais de eventos, pontos de risco e planejamento operacional.&nbsp;

Desde janeiro de 2021, foram criadas em cada superintend&ecirc;ncia os Grupos de Seguran&ccedil;a de Dignit&aacute;rios (GSD). S&atilde;o 27 equipes especializadas nos estados, duas na CPP em Bras&iacute;lia - respons&aacute;veis pela seguran&ccedil;a do ministro da Justi&ccedil;a, Anderson Torres - e oito que eram estimadas para os presidenci&aacute;veis.

Os escolhidos foram recrutados e treinados. S&atilde;o cerca de 500 policiais. Al&eacute;m de planejar os refor&ccedil;os solicitados nas unidades da PF locais, eles tamb&eacute;m cuidam do acionamento das for&ccedil;as de seguran&ccedil;a estaduais, para apoio de batedores e controle de p&uacute;blico. Parte dos policias viaja com os candidatos e parte permanece nas base, planejando e atuando com dados de intelig&ecirc;ncia.&nbsp;

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Para evitar eventuais ataques, PF testa pastas blindadas na proteção dos presidenciáveis