A Justi&ccedil;a aceitou a den&uacute;ncia contra quatro pessoas ligadas ao grupo criminoso que atua em Feira de Santana, supostamente chefiado pelo deputado estadual Binho Galinha. De acordo com o Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia (MP-BA), os denunciados teriam tentado <a href="https://aratuon.com.br/politica/mp-ba-denuncia-4-pessoas-por-obstruir-apuracao-contra-milicia-atribuida-a-binho-galinha" target="_blank" rel="noopener">obstruir as investiga&ccedil;&otilde;es</a> a partir do apagamento de dados.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1501964a-9f32-41d4-96f6-3075cac31ca4.jpg?width=1024&amp;height=768" alt="Os denunciados teriam liga&ccedil;&atilde;o com a organiza&ccedil;&atilde;o criminosa que seria chefiada pelo deputado Binho Galinha. Foto: Instagram">
Filipe dos Anjos Santana (conhecido como Sabino), Iggo C&eacute;sar Barbosa, Ion&aacute; Santos Silva e Jackson Macedo Ara&uacute;jo J&uacute;nior (conhecido como &lsquo;Macaco&rsquo;) foram alvos da Opera&ccedil;&atilde;o Patroc&iacute;nio Indigno, deflagrada em novembro de 2024. &nbsp;Um deles &eacute; advogado de um dos presos na Opera&ccedil;&atilde;o El Patr&oacute;n. &nbsp;
De acordo com as investiga&ccedil;&otilde;es, Jackson, que j&aacute; havia sido denunciado pelo MP, enquanto estava preso na Superintend&ecirc;ncia Regional da Pol&iacute;cia Federal em Salvador, repassou o login e a senha de sua conta de armazenamento em nuvem por meio de um celular, fornecido por seu advogado, Iggo C&eacute;sar. As informa&ccedil;&otilde;es teriam sido repassadas a Ion&aacute; Santos, companheira de &ldquo;Macaco&rdquo;, que tentou apagar os arquivos digitais remotamente. Sem sucesso, ela teria solicitado a ajuda de Filipe dos Anjos para concluir a destrui&ccedil;&atilde;o das evid&ecirc;ncias.
<h3>"Opera&ccedil;&atilde;o Patroc&iacute;nio Indigno"</h3>
 A<a href="https://aratuon.com.br/politica/mp-ba-denuncia-4-pessoas-por-obstruir-apuracao-contra-milicia-atribuida-a-binho-galinha" target="_blank" rel="noopener"> &ldquo;Opera&ccedil;&atilde;o Patroc&iacute;nio Indigno&rdquo;</a> &eacute; desdobramento da <a href="https://aratuon.com.br/interior/el-patron-pf-cumpre-mandado-de-prisao-de-foragido-em-feira-de-santana" target="_blank" rel="noopener">"Opera&ccedil;&atilde;o El Patr&oacute;n"</a>&nbsp;que, em dezembro de 2023, desarticulou o grupo criminoso acusado por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e recepta&ccedil;&atilde;o qualificada.&nbsp;
No dia 7 de dezembro de 2023, a Pol&iacute;cia Federal (PF) deflagrou a Opera&ccedil;&atilde;o El Patr&oacute;n, com o objetivo de desarticular uma sofisticada organiza&ccedil;&atilde;o criminosa supostamente liderada pelo deputado Binho Galinha, em Feira de Santana. Segundo as investiga&ccedil;&otilde;es, o grupo era especializado em pr&aacute;ticas il&iacute;citas como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem, extors&atilde;o e recepta&ccedil;&atilde;o qualificada.&nbsp;
As investiga&ccedil;&otilde;es revelaram que a organiza&ccedil;&atilde;o movimentou mais de R$ 100 milh&otilde;es ao longo de uma d&eacute;cada. A Justi&ccedil;a determinou o bloqueio de R$ 200 milh&otilde;es em bens, incluindo fazendas, im&oacute;veis urbanos, ve&iacute;culos e contas banc&aacute;rias de empresas ligadas ao grupo. Al&eacute;m disso, seis delas tiveram suas atividades suspensas.&nbsp;
A esposa de Binho Galinha e um dos assessores do parlamentar foram presos durante as investiga&ccedil;&otilde;es.&nbsp;
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<li>Em dezembro de 2023, a Justi&ccedil;a denunciou a esposa de Binho, Mayana Cerqueira da Silva, de 43 anos, e <a href="https://aratuon.com.br/geral/filho-de-binho-galinha-tem-recurso-negado-e-nao-ingressa-na-pm" target="_blank" rel="noopener">o filho deles, Jo&atilde;o Guilherme Cerqueira, 18</a>.</li>
<li>Em fevereiro deste ano, a pol&iacute;cia prendeu um dos assessores de Binho Galinha na Assembleia Legislativa (AL-BA), Bruno Borges Fran&ccedil;a, de 43 anos.</li>
<li>- Em mar&ccedil;o, Mayana teve a pris&atilde;o domiciliar decretada e, no m&ecirc;s seguinte, a pris&atilde;o foi convertida para preventiva, durante deflagra&ccedil;&atilde;o da Opera&ccedil;&atilde;o Hybris, um desdobramento da Opera&ccedil;&atilde;o El Patr&oacute;n, em Feira de Santana.</li>
</ul>
A "El Patr&oacute;n&rdquo; &eacute; uma opera&ccedil;&atilde;o integrada pelo MPBA, por meio do Gaeco, Pol&iacute;cia Federal, Receita Federal e Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, por meio da For&ccedil;a Correcional Especial Integrada da Corregedoria-Geral (Force).
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/957365f2-b38d-43b7-a4cd-7ab401871a4d.jpg?width=544&amp;height=314" alt="Binho Galinha seria chefe de uma mil&iacute;cia que atua em Feira de Santana. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o">
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/filho-de-binho-galinha-tem-recurso-negado-e-nao-ingressa-na-pm" target="_blank" rel="noopener">Filho de Binho Galinha tem recurso negado e n&atilde;o ingressa na PM</a>

A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou as fases V e VI da Operação Patronos, que investiga a participação de advogados em negociações de decisões judiciais de desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). As ações ocorreram na noite de ontem e na manhã desta quarta-feira (28/8).
Os alvos da investigação são os juristas Rui Barata Filho e Ailton Barbosa de Assis Júnior. Nesta fase, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra um dos investigados.
Foi determinado, ainda, o bloqueio de, aproximadamente, R$ 37 milhões em bens e valores dos investigados, por suspeita de origem ilícita. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais.
A Patronos é um desdobramento da "Operação Faroeste", na qual se descobriu a existência de várias organizações criminosas atuando no TJ-BA, integradas por magistrados, servidores, advogados e empresários.
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Três advogados tiveram R$ 37 milhões bloqueados pela Justiça no âmbito da investigação da Operação Patronos, deflagrada na manhã desta quinta-feira (14/9) em Salvador. A força-tarefa da Polícia Federal é um desdobramento da Faroeste, que apura venda de sentenças judiciais na Bahia.

O bloqueio foi determinado pelo relator do processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes. Os suspeitos não tiveram os nomes divulgados.

Segundo informações divulgadas à imprensa pela corporação, a origem dos R$ 37 milhões pode ser ilícita. Além disto, foi determinada a suspensão do levantamento pelos investigados de cerca de R$ 7 milhões, vinculados aos processos em que foram proferidas as decisões investigadas.

FAROESTE 
A Operação Faroeste foi deflagrada pelo MPF em novembro de 2019, com a instauração do Inquérito 1.258/DF. O objeto inicial era a existência de suposto esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) com o envolvimento de pelo menos quatro desembargadores.

O esquema criminoso criado por Adailton Maturino dos Santos – que passou a contar com a participação de magistrados – consistia na legalização de terras griladas no Oeste. Segundo o MPF, a organização conta, ainda, com laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente. Há suspeitas de que a área objeto de grilagem supere os 360 mil hectares e de que o grupo envolvido na dinâmica ilícita tenha movimentado cifras bilionárias.

Com o aprofundamento das investigações e a deflagração de outras fases da Operação Faroeste pelo MPF foi descoberto também o envolvimento de integrante do alto escalão e de servidores do Ministério Público do Estado da Bahia, de servidores da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP/BA) e de advogados.

Até o momento, foram tomadas várias medidas cautelares, como prisões temporárias e preventivas, buscas e apreensões, afastamento de funções públicas, quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático de diversos alvos. As investigações apontam para a existência de uma engrenagem criminosa com várias ramificações com a participação de dezenas de pessoas e a possibilidade do envolvimento de autoridades da alta cúpula do Poder Público baiano.

Em virtude da complexidade do esquema criminoso, o MPF fatiou as apurações e ofereceu três denúncias autônomas com o objetivo de delimitar os fatos e individualizar as condutas de cada investigado
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