A quarta fase da <a href="https://aratuon.com.br/cidade/criminosos-que-desviam-recursos-publicos-sao-alvos-da-pf-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">Opera&ccedil;&atilde;o Overclean, deflagrada pela Pol&iacute;cia Federal na &uacute;ltima sexta-feira (27), </a>trouxe novamente para o centro do debate o uso e o destino das chamadas emendas parlamentares &mdash; um instrumento leg&iacute;timo do or&ccedil;amento p&uacute;blico que, no entanto, tem sido cada vez mais associado a esquemas de desvio de verbas p&uacute;blicas, como apontam os investigadores.
De acordo com a Pol&iacute;cia Federal, o deputado federal <a href="https://aratuon.com.br/politica/overclean-felix-enviou-r-9-2-milhoes-em-emendas-a-cidades-investigadas" target="_blank" rel="noopener">F&eacute;lix Mendon&ccedil;a J&uacute;nior (PDT), teria direcionado R$ 9,2</a> milh&otilde;es em emendas parlamentares para as cidades de Boquira, Ibipitanga e Paratinga, onde teriam ocorrido manipula&ccedil;&atilde;o de licita&ccedil;&otilde;es e pagamento de propina para libera&ccedil;&atilde;o desses recursos. Os prefeitos dessas cidades &mdash; <a href="https://aratuon.com.br/politica/prefeitos-alvos-da-overclean-sao-soltos-apos-pagamento-de-fianca" target="_blank" rel="noopener">Humberto Raimundo (PT) e Alan Fran&ccedil;a (PSB)</a> &mdash; foram afastados por participa&ccedil;&atilde;o no esquema.
Mas afinal, o que s&atilde;o essas emendas e por que se tornaram um terreno f&eacute;rtil para fraudes?
<a href="https://aratuon.com.br/politica/nunes-marques-sera-o-relator-da-operacao-overclean-no-stf" target="_blank" rel="noopener">+ Nunes Marques ser&aacute; o relator da opera&ccedil;&atilde;o Overclean no STF</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c26a5f21-dd27-4a53-84aa-07a4ef4afc89.webp?width=600&amp;height=424" alt="Overclean: o que s&atilde;o emendas parlamentares e por que viraram alvo de desvio">
<h3 data-start="1758" data-end="1801">O que s&atilde;o emendas parlamentares e onde mora a obscuridade</h3>
Em entrevista ao Aratu On, o professor de Direito Constitucional e cientista pol&iacute;tico, Geovane Peixoto, explicou que as emendas parlamentares s&atilde;o instrumentos que permitem a deputados e senadores indicarem a destina&ccedil;&atilde;o de recursos do Or&ccedil;amento da Uni&atilde;o para suas bases eleitorais. Segundo ele, essas emendas podem ser individuais, de bancada, de comiss&atilde;o ou mesmo do pr&oacute;prio governo.&nbsp;
O professor criticou a banaliza&ccedil;&atilde;o do uso das e alertou que a aus&ecirc;ncia de controle efetivo contribui para que parlamentares transfiram recursos para prefeituras aliadas, que podem desviar o dinheiro com pouca fiscaliza&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
&ldquo;As emendas &lsquo;Pix&rsquo; viraram um instrumento de levantamento de verba sem amarras. O parlamentar simplesmente escolhe para onde vai o recurso, sem apresentar um projeto t&eacute;cnico, uma justificativa. Isso esvazia totalmente o controle e enfraquece a transpar&ecirc;ncia. O que vemos &eacute; um uso cada vez mais arbitr&aacute;rio e politizado dessas verbas&rdquo;, afirmou o professor.
Embora o termo &ldquo;emenda Pix&rdquo; tenha ganhado popularidade, por se referir &agrave; agilidade e informalidade com que os recursos s&atilde;o transferidos, Peixoto prefere n&atilde;o usar essa express&atilde;o. &ldquo;&Eacute; imprecisa e desvia a aten&ccedil;&atilde;o do verdadeiro problema: a deforma&ccedil;&atilde;o institucional do processo or&ccedil;ament&aacute;rio no Brasil&rdquo;, pontua.
Ainda h&aacute; tamb&eacute;m as emendas do relator, que s&atilde;o&nbsp;um tipo espec&iacute;fico de destina&ccedil;&atilde;o de recursos previsto no chamado Or&ccedil;amento Impositivo, em vigor desde 2020. Elas permitem que o relator da Lei Or&ccedil;ament&aacute;ria Anual inclua indica&ccedil;&otilde;es de gastos que devem ser obrigatoriamente atendidas pelo governo federal. Tecnicamente, esse tipo de emenda &eacute; classificado como RP-9, o que as diferencia das emendas individuais ou de bancada
&ldquo;N&atilde;o podemos dizer que todas s&atilde;o usadas de forma indevida, claro. H&aacute; parlamentares s&eacute;rios que destinam verbas importantes, como para universidades e hospitais. Mas a falta de transpar&ecirc;ncia e controle facilita muito o uso pol&iacute;tico e, em alguns casos, corrupto dessas emendas&rdquo;, acrescentou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/85bcc8ff-ab48-43f5-99ad-4eacb21161b7.webp?width=600&amp;height=359" alt="Foto: Marcello Casal Jr. | Ag&ecirc;ncia Brasil">
<h3 data-start="3184" data-end="3241">Revis&atilde;o do instrumento &eacute; necess&aacute;ria, avalia professor</h3>
J&aacute; o professor de Direito Administrativo Jos&eacute; Neto, tamb&eacute;m ouvido pela reportagem, defendeu uma revis&atilde;o no modelo de emendas parlamentares. &ldquo;Se elas s&atilde;o eticamente adequadas ao nosso ordenamento jur&iacute;dico, tem que ter uma reflex&atilde;o j&aacute; que est&atilde;o tendo tantos ind&iacute;cios do seu mau uso&rdquo;, pontuou.
O professor tamb&eacute;m alertou para a forma mais recorrente de desvio envolvendo emendas: o envolvimento de empresas com interesses diretos nas verbas p&uacute;blicas, por meio de arranjos com pol&iacute;ticos.
&ldquo;A forma mais comum &eacute; que empresas privadas, &agrave;s vezes, tenham algum interesse e acabem de alguma maneira, ou pagando propina, ou fazendo algum tipo de acerto para que essas emendas saiam e v&atilde;o para uma determinada finalidade e que de alguma maneira v&atilde;o benefici&aacute;-las. Afinal, pegar esse dinheiro da emenda e botar no bolso diretamente, qualquer fiscaliza&ccedil;&atilde;o no Tribunal de Contas usual pegaria esse tipo de conduta&rdquo;, explicou.
<h3 data-start="4173" data-end="4225">Falta de transpar&ecirc;ncia favorece fraudes, diz STF</h3>
A falta de controle sobre as emendas individuais tem preocupado tamb&eacute;m o Supremo Tribunal Federal. O ministro <a href="https://aratuon.com.br/politica/flavio-dino-motta-e-alcolumbre-se-reunem-em-audiencia-sobre-emendas" target="_blank" rel="noopener">Fl&aacute;vio Dino, relator de a&ccedil;&otilde;es sobre o or&ccedil;amento secreto, prop&ocirc;s medidas </a>para restringir a libera&ccedil;&atilde;o de emendas sem justificativa. Para Geovane Peixoto, a atua&ccedil;&atilde;o do ministro &eacute; correta e necess&aacute;ria.
&ldquo;O ministro Fl&aacute;vio Dino est&aacute; certo ao tentar glosar (bloquear) a libera&ccedil;&atilde;o dessas verbas quando n&atilde;o houver transpar&ecirc;ncia ou par&acirc;metros objetivos. Essa medida busca justamente resgatar o m&iacute;nimo de racionalidade e responsabilidade no uso do dinheiro p&uacute;blico&rdquo;, declarou.
A origem do atual modelo de emendas foi uma negocia&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que aprovou uma emenda constitucional ampliando o poder do Legislativo sobre o or&ccedil;amento. A medida visava garantir apoio do Centr&atilde;o, mas, na pr&aacute;tica, reduziu a autonomia do Executivo e aumentou a influ&ecirc;ncia direta de parlamentares sobre o destino de bilh&otilde;es em recursos p&uacute;blicos.
&ldquo;Essa negocia&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica com o Centr&atilde;o resultou num Executivo enfraquecido e num Legislativo inchado de poderes or&ccedil;ament&aacute;rios, sem os devidos freios. &Eacute; a receita da trag&eacute;dia&rdquo;, finalizou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c8a8924f-de5a-4981-9489-6aced88dcca9.jpg?width=600&amp;height=338" alt="Flavio Dino ">

O governador da Bahia, Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT), comentou nesta sexta-feira (27) a deflagra&ccedil;&atilde;o da quarta etapa da Opera&ccedil;&atilde;o Overclean, que investiga um suposto esquema de corrup&ccedil;&atilde;o envolvendo emendas parlamentares, fraudes em contratos p&uacute;blicos e uso indevido de recursos federais em prefeituras baianas.
&ldquo;N&atilde;o costumo soltar a m&atilde;o daqueles que caminham comigo&rdquo;, disse, ao reiterar a necessidade do direito &agrave; ampla defesa dos envolvidos.&nbsp;
Durante entrevista, o petista defendeu os prefeitos Humberto Raimundo (PT), de Ibipitanga, e Alan Machado (PSB), de Boquira, <a href="https://aratuon.com.br/politica/overclean-prefeitos-de-boquira-e-ibipitanga-sao-afastados-dos-cargos" target="_blank" rel="noopener">afastados dos seus cargos.</a> A PF ainda localizou mais de R$ 3,2 milh&otilde;es em dinheiro vivo na resid&ecirc;ncia de Marcel Jos&eacute; Carneiro de Carvalho (PT), ex-prefeito de Paratinga e atualmente lotado na Secretaria de Rela&ccedil;&otilde;es Institucionais (Serin), vinculada ao governo estadual.&nbsp;
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/politica/prefeitos-alvos-da-overclean-sao-soltos-apos-pagamento-de-fianca" target="_blank" rel="noopener">Prefeitos alvos da Overclean s&atilde;o soltos ap&oacute;s pagar fian&ccedil;a</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/998cc9fa-bab4-4576-a5b1-11401d48fc08.webp?width=1200&amp;height=630" alt="Ap&oacute;s Overclean atingir base de Jer&ocirc;nimo, governador defende investigados; Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Instagram">
&ldquo;&Eacute; preciso que eles tenham bons advogados para tratar da pauta deles. O amparo e o apoio &agrave;s pessoas que nos acompanham n&atilde;o pode, de forma nenhuma, abrir m&atilde;o&rdquo;, completou.&nbsp;
Durante sua fala, Jer&ocirc;nimo n&atilde;o se furtou a reconhecer o v&iacute;nculo pol&iacute;tico dos investigados com sua base aliada:&ldquo;Do que se colocou hoje na imprensa, os tr&ecirc;s [prefeitos] t&ecirc;m rela&ccedil;&atilde;o com a gente. S&atilde;o da minha base. E eu vou esperar o cora&ccedil;&atilde;o dos fatos&rdquo;, afirmou Jer&ocirc;nimo, ao adotar uma postura de prud&ecirc;ncia diante das investiga&ccedil;&otilde;es.
<h3 data-start="737" data-end="1203">Opera&ccedil;&atilde;o Overclean</h3>
<a href="https://aratuon.com.br/politica/overclean-felix-mendonca-e-investigado-em-esquema-com-prefeitos-afastados" target="_blank" rel="noopener">A opera&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m atinge o deputado federal F&eacute;lix Mendon&ccedil;a J&uacute;nior (PDT)</a>, l&iacute;der estadual do partido que recentemente voltou a integrar a base do governo. Indagado sobre poss&iacute;veis repercuss&otilde;es pol&iacute;ticas, Jer&ocirc;nimo preferiu aguardar os desdobramentos da apura&ccedil;&atilde;o antes de tomar qualquer decis&atilde;o sobre o futuro dos aliados.
Coordenada pela Pol&iacute;cia Federal com apoio da Controladoria-Geral da Uni&atilde;o (CGU), a <a href="https://aratuon.com.br/politica/operacao-overclean-cumpre-mandados-contra-desvio-de-verbas-publicas-" target="_blank" rel="noopener">Overclean cumpriu 16 mandados</a> de busca e apreens&atilde;o em Salvador, Cama&ccedil;ari, Ibipitanga, Boquira e Paratinga. A investiga&ccedil;&atilde;o aponta que o grupo teria manipulado licita&ccedil;&otilde;es e exigido pagamento de propinas em troca da libera&ccedil;&atilde;o de verbas oriundas de emendas parlamentares, com poss&iacute;vel envolvimento direto de gestores e empresas contratadas.
LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/operacao-overclean-confira-o-que-se-sabe-ate-o-momento" target="_blank" rel="noopener">Opera&ccedil;&atilde;o Overclean: confira o que se sabe at&eacute; o momento</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/fec378ff-b950-4147-ab68-77abdcfd5c09.jpg?width=600&amp;height=338" alt="Prefeitos afastados">

Os prefeitos Humberto Rodrigues (PT), de Ibipitanga, e Alan Fran&ccedil;a (PSB), de Boquira, foram detidos em desdobramento da quarta fase da Opera&ccedil;&atilde;o Overclean, conduzida pela Pol&iacute;cia Federal com o apoio da Controladoria-Geral da Uni&atilde;o (CGU). Apesar de inicialmente serem apenas alvos de mandados de busca e apreens&atilde;o, ambos acabaram autuados em flagrante por posse ilegal de armamento e liberados posteriormente ap&oacute;s pagarem fian&ccedil;a. Os valores desembolsados n&atilde;o foram informados.
Apesar disso, por decis&atilde;o do STF, <a href="https://aratuon.com.br/politica/overclean-prefeitos-de-boquira-e-ibipitanga-sao-afastados-dos-cargos" target="_blank" rel="noopener">os prefeitos seguem afastados do cargo</a>.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/25c5d663-ce8e-4c9a-94a7-43630e5a932d.jpg?width=600&amp;height=338" alt=" Prefeitos alvos da Overclean s&atilde;o soltos ap&oacute;s pagamento de fian&ccedil;a; Fotos: Lay Amorim/Achei Sudoeste e Facebook">
<a href="https://aratuon.com.br/politica/operacao-overclean-cumpre-mandados-contra-desvio-de-verbas-publicas-" target="_blank" rel="noopener">A a&ccedil;&atilde;o, realizada na &uacute;ltima sexta-feira (27), </a>envolveu o cumprimento de 16 ordens de busca e apreens&atilde;o em diversos munic&iacute;pios baianos, entre eles Salvador, Cama&ccedil;ari, Boquira, Ibipitanga e Paratinga, com autoriza&ccedil;&atilde;o do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda como desdobramento da investiga&ccedil;&atilde;o, o <a href="https://aratuon.com.br/politica/overclean-felix-mendonca-e-investigado-em-esquema-com-prefeitos-afastados" target="_blank" rel="noopener">STF autorizou a quebra do sigilo telef&ocirc;nico do deputado federal F&eacute;lix Mendon&ccedil;a J&uacute;nior (PDT). </a>De acordo com a PF, o parlamentar estaria ligado a um esquema de cobran&ccedil;a de propinas para a libera&ccedil;&atilde;o de emendas parlamentares, que depois eram utilizadas em processos licitat&oacute;rios supostamente direcionados.
As fraudes teriam ocorrido entre os anos de 2021 e 2024, beneficiando, mediante vantagens il&iacute;citas, os munic&iacute;pios de Boquira, Ibipitanga e Paratinga.
LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/operacao-overclean-confira-o-que-se-sabe-ate-o-momento" target="_blank" rel="noopener">Opera&ccedil;&atilde;o Overclean: confira o que se sabe at&eacute; o momento</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c75c3712-6b86-4a1e-8880-4914643fc94c.webp?width=600&amp;height=420" alt="Mala de dinheiro encontrada na Opera&ccedil;&atilde;o; Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o PF">

Quinze pessoas foram presas, at&eacute; o momento,<a href="https://aratuon.com.br/geral/operacao-cumpre-mandados-em-investigacao-sobre-superfaturamento-de-obras-na-bahia" target="_blank"> no &acirc;mbito da Opera&ccedil;&atilde;o Overclean</a>, realizada na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (10), na Bahia, Tocantins, S&atilde;o Paulo, Minas Gerais e Goi&aacute;s. H&aacute;, ainda, dois foragidos, segundo apura&ccedil;&atilde;o do Aratu On.

Na for&ccedil;a-tarefa, foram presos, preventivamente, 15 pessoas, por meio das quais funcionava o suposto grupo criminoso que movimentou R$ 1,4 bilh&atilde;o.

Na lista, est&aacute; o vereador eleito de Campo Formoso, Francisquinho Nascimento (Uni&atilde;o), ex-secret&aacute;rio-executivo do munic&iacute;pio. Ele &eacute; primo do deputado federal Elmar Nascimento (BA), l&iacute;der do Uni&atilde;o Brasil na C&acirc;mara dos Deputados, e do prefeito da cidade, Elmo Nascimento (Uni&atilde;o).&nbsp;

Outro membro do poder p&uacute;blico envolvido na organiza&ccedil;&atilde;o criminosa, segundo decis&atilde;o da Justi&ccedil;a &agrave; qual o Aratu obteve acesso, o vereador Diego Queiroz Rodrigues, o Diga Diga (PSD), de Itapetinga. Da mesma cidade, o secret&aacute;rio de Governo, Orlando Ribeiro, tamb&eacute;m teve mandado de pris&atilde;o decretado.

A maioria dos presos no &acirc;mbito da for&ccedil;a-tarefa &eacute; empres&aacute;rio. O principal deles, apontado como l&iacute;der do esquema, &eacute; Alex Rezende Parente respons&aacute;vel por financiar e gerenciar atividades il&iacute;citas. Ele administra as empresas Allpha Pavimenta&ccedil;&otilde;es, Larclean Ambiental e Qualymulti Servi&ccedil;os.&nbsp;

<a href="https://aratuon.com.br/politica/operacao-overcelan-ex-chefe-do-dnocs-na-bahia-e-rei-do-lixo-sao-presos-pela-pf" target="_blank">+ Opera&ccedil;&atilde;o Overclean: ex-chefe do Dnocs na Bahia e &#39;Rei do Lixo&#39; s&atilde;o presos pela PF</a>

<img alt="overclean" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/128386/mg/lancha.jpg" style="width: 900px; height: 463px;" />PF cumpre mandados de busca e apreens&atilde;o em Salvador | Foto: Pol&iacute;cia Federal

<h2>Veja lista completa abaixo:</h2>

<h2>L&iacute;deres da organiza&ccedil;&atilde;o criminosa &nbsp;</h2>

1. Alex Rezende Parente: L&iacute;der da organiza&ccedil;&atilde;o, respons&aacute;vel por financiar e gerenciar atividades il&iacute;citas. Administra as empresas Allpha Pavimenta&ccedil;&otilde;es, Larclean Ambiental e Qualymulti Servi&ccedil;os EIRELI. &nbsp;

2. Fabio Rezende Parente: Executor financeiro, realiza transfer&ecirc;ncias banc&aacute;rias, pagamentos de propinas e movimenta&ccedil;&otilde;es financeiras por meio de contas de terceiros. &nbsp;

3. Lucas Maciel Lob&atilde;o Vieira: Ex-coordenador do DNOCS na Bahia, facilitava contratos fraudulentos e &eacute; s&oacute;cio oculto de Alex Parente. &nbsp;

4. Jos&eacute; Marcos de Moura: Empres&aacute;rio do setor de limpeza urbana, articulador central e respons&aacute;vel pela expans&atilde;o da organiza&ccedil;&atilde;o. &nbsp;

<h2>Membros operacionais:</h2>

5. Clebson Cruz de Oliveira: Apoio log&iacute;stico, respons&aacute;vel por entregas de propinas e saques vultuosos. &nbsp; 
6. Fl&aacute;vio Henrique de Lacerda Pimenta: Servidor da Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o de Salvador, fornece informa&ccedil;&otilde;es privilegiadas para beneficiar o grupo. &nbsp;

7. Orlando Santos Ribeiro: Secret&aacute;rio de Governo de Itapetinga/BA, facilita pagamentos de contratos fraudulentos. &nbsp;

8. Francisco Manoel do Nascimento Neto, o Francisquinho Nascimento: Ex-secret&aacute;rio executivo de Campo Formoso/BA, favoreceu interesses das empresas dos irm&atilde;os Parente. &nbsp;

9. Kaliane Lomanto Bastos: Servidora da Prefeitura de Jequi&eacute;/BA, recebeu propinas para liberar pagamentos retidos. &nbsp;

10. Claudinei Aparecido Quaresemin: Secret&aacute;rio de parcerias p&uacute;blico-privadas do Tocantins, beneficiou a Larclean em licita&ccedil;&otilde;es. &nbsp;

11. Itallo Moreira de Almeida: Servidor da Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o do Tocantins, favoreceu as empresas de Alex Parente em troca de vantagens il&iacute;citas. &nbsp;

12. F&aacute;bio Netto do Esp&iacute;rito Santo: Facilitou contratos para a Qualymulti com a Prefeitura de Senador Canedo/GO, al&eacute;m de ocultar recursos em contas de terceiros. &nbsp;

13. Ailton Figueiredo Souza J&uacute;nior: Facilitou pagamentos &agrave; PAP Sa&uacute;de Ambiental na Prefeitura de Lauro de Freitas. &nbsp;

14. Diego Queiroz Rodrigues: Vereador de Itapetinga/BA, atuou em favor da organiza&ccedil;&atilde;o criminosa no munic&iacute;pio. &nbsp;

15. Evandro Baldino do Nascimento: Empres&aacute;rio, apoiou logisticamente a organiza&ccedil;&atilde;o e participou de fraudes licitat&oacute;rias. &nbsp;

16. Geraldo Guedes de Santana Filho: Funcion&aacute;rio de Alex Parente, executa fun&ccedil;&otilde;es administrativas e foi flagrado destruindo provas. &nbsp;

17. Iuri dos Santos Bezerra: Envolvido na destrui&ccedil;&atilde;o de provas a mando de Alex Parente. &nbsp;

<a href="https://aratuon.com.br/geral/receita-federal-recupera-mais-de-r-200-mil-em-produtos-falsificados-na-capital">+&nbsp;Receita Federal recupera mais de R$ 200 mil em produtos falsificados na capital</a>

<img alt="operaçao overclean" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/128386/mg/operação..jpg" style="width: 900px; height: 506px;" />Foram apreendidos rel&oacute;gios, joias e dinheiro em esp&eacute;cie nas resid&ecirc;ncias de suspeitos | Foto: Pol&iacute;cia Federal

Segundo a Receita Federal, no per&iacute;odo investigado, a organiza&ccedil;&atilde;o movimentou cerca de R$ 1,4 bilh&atilde;o, tendo celebrado R$ 825 milh&otilde;es em contratos somente em 2024 com diversos &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos.&nbsp;

A organiza&ccedil;&atilde;o criminosa investigada pela for&ccedil;a-tarefa utilizava um esquema estruturado para direcionar recursos p&uacute;blicos provenientes de emendas parlamentares e conv&ecirc;nios para empresas e indiv&iacute;duos ligados a administra&ccedil;&otilde;es municipais.&nbsp;

As investiga&ccedil;&otilde;es constataram a pr&aacute;tica de superfaturamento em obras e desvios de recursos com o apoio de interlocutores que facilitavam a libera&ccedil;&atilde;o de verbas destinadas a projetos previamente selecionados pelo grupo.

<h2>Detalhes da opera&ccedil;&atilde;o</h2>

O grupo atuava por meio de operadores centrais e regionais, que cooptavam servidores p&uacute;blicos para obter vantagens indevidas, tanto no direcionamento quanto na execu&ccedil;&atilde;o de contratos. Ap&oacute;s garantir a celebra&ccedil;&atilde;o dos contratos fraudulentos, as empresas envolvidas superfaturavam valores e aplicavam sobrepre&ccedil;os.

Os pagamentos de propinas eram realizados por meio de empresas de fachada ou m&eacute;todos que dificultavam a identifica&ccedil;&atilde;o da origem dos valores.&nbsp;

A lavagem de dinheiro era realizada de forma altamente sofisticada, incluindo o uso de: empresas de fachada controladas por &ldquo;laranjas&rdquo;, que movimentavam os recursos il&iacute;citos; empresas com grande fluxo financeiro em esp&eacute;cie, utilizadas para dissimular a origem dos valores desviados.&nbsp;

Relat&oacute;rios elaborados pela Receita Federal, em cumprimento &agrave; ordem judicial, apontaram inconsist&ecirc;ncias fiscais, movimenta&ccedil;&otilde;es financeiras incompat&iacute;veis, omiss&atilde;o de receitas, utiliza&ccedil;&atilde;o de interpostas pessoas e ind&iacute;cios de varia&ccedil;&atilde;o patrimonial a descoberto.

A opera&ccedil;&atilde;o foi realizada pela Pol&iacute;cia Federal, Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal, Receita Federal do Brasil e a Controladoria-Geral da Uni&atilde;o (CGU). Houve, ainda, coopera&ccedil;&atilde;o policial internacional por interm&eacute;dio da Ag&ecirc;ncia Americana de Investiga&ccedil;&otilde;es de Seguran&ccedil;a Interna (Homeland Security Investigations &ndash; HSI).

Foram cumpridos 17 mandados de pris&atilde;o preventiva, 43 mandados de busca e apreens&atilde;o, al&eacute;m de ordens de sequestro de bens, nos estados da Bahia, Tocantins, S&atilde;o Paulo, Minas Gerais e Goi&aacute;s. Na Bahia, os mandados foram executados em Salvador, Lauro de Freitas, Jequie, Itapetinga, Campo Formoso, Mata de S&atilde;o Jo&atilde;o e Wagner.

<h2>Crimes investigados&nbsp;</h2>

Os crimes apurados incluem corrup&ccedil;&atilde;o ativa e passiva (Arts. 333 e 317 do C&oacute;digo Penal, com penas de 2 a 12 anos de reclus&atilde;o), peculato (Art. 312 do C&oacute;digo Penal, com pena de 2 a 12 anos de reclus&atilde;o), fraude em licita&ccedil;&otilde;es e contratos (Art. 337-L do C&oacute;digo Penal, com pena de 4 a 8 anos de reclus&atilde;o) e lavagem de dinheiro (Art. 1&ordm; da Lei 9.613/1998, com pena de 3 a 10 anos de reclus&atilde;o). As penas somadas podem ultrapassar 50 anos de reclus&atilde;o, al&eacute;m das multas previstas na legisla&ccedil;&atilde;o.

Aopera&ccedil;&atilde;o &eacute; realizada pela&nbsp;Pol&iacute;cia Federal (PF),&nbsp;Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal (MPF), Receita Federal do Brasil (RFB) e a Controladoria-Geral da Uni&atilde;o (CGU), com o apoio da Ag&ecirc;ncia Americana de Investiga&ccedil;&otilde;es de Seguran&ccedil;a Interna (Homeland Security Investigations - HSI).

O Aratu On tenta contato com os nomes citados na reportagem. O espa&ccedil;o est&aacute; aberto para manifesta&ccedil;&atilde;o.

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