Em parceria com a campanha “De olho nos olhinhos”, criada pelo casal de jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin, o Instituto de Cegos da Bahia (ICB) realizará, no sábado (21/9), partir das 7h, na sua sede localizada no Barbalho, atendimento especializado gratuito para crianças de 0 a 3 anos, como forma de prevenção e diagnóstico precoce da doença. O agendamento deve ser feito através do número (71) 3242-1073 e terá capacidade para cerca de 120 atendimentos.
A ação é conjunta entre o Instituto de Cegos da Bahia, a Sociedade de Oftalmologia da Bahia - SOFBA e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia – CBO.
SOBRE O RETINOBLASTOMA
O retinoblastoma é um tipo raro de câncer ocular, que afeta principalmente crianças com menos de cinco anos de idade. Embora seja uma doença grave, com o diagnóstico precoce, as chances de cura são significativamente altas, atingindo até 95% dos casos. A falta de informação e o desconhecimento sobre os sinais e sintomas da doença podem atrasar o diagnóstico, reduzindo as possibilidades de tratamento eficaz. Por isso, o dia 18 de setembro foi instituído como o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma.
Segundo Dra. Fátima Neri, médica oftalmologista e coordenadora de saúde do Instituto de Cegos da Bahia, o retinoblastoma é um tumor maligno, que se origina nas células da retina, a parte do olho responsável por captar a luz e enviar as imagens ao cérebro, e ocorre mais comumente em crianças com menos de 5 anos de idade. Este câncer pode afetar um ou ambos os olhos e, em casos mais avançados, pode se espalhar para outras partes do corpo. A condição pode ser hereditária ou esporádica, sendo a forma hereditária associada a mutações no gene RB1, localizado no cromossomo 13.
A especialista enfatiza que o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento bem-sucedido da doença, pois quanto mais cedo for detectada, maiores são as chances de cura e preservação da visão da criança. Por isso, é importante que os pais e/ou responsáveis estejam atentos aos sinais. “Um dos mais comuns é o reflexo pupilar branco, também conhecido como “reflexo do olho de gato” ou leucocoria, que pode ser observado em fotos tiradas com flash. Outros sintomas incluem o estrabismo (olhos desalinhados), vermelhidão ou inchaço no olho, pupilas de tamanhos diferentes e visão diminuída ou borrada. A detecção precoce desses sinais é crucial para o sucesso do tratamento. A doença é descoberta durante exames de rotina no pediatra ou no oftalmologista, através de exames como ultrassonografia ocular e ressonância magnética”, explica.
A Drª recomenda a realização do teste do olhinho na maternidade, logo após o nascimento do bebê, e a realização de consulta com o oftalmologista para o exame completo (mapeamento de Retina) até o sexto mês de vida. Este teste simples e indolor pode detectar precocemente o retinoblastoma e outras doenças oculares. “A conscientização sobre o retinoblastoma desempenha um papel vital na luta contra a doença. Campanhas de educação pública e treinamentos para profissionais de saúde são fundamentais para aumentar o conhecimento sobre os sinais precoces do câncer ocular em crianças. Além disso, o incentivo ao diagnóstico precoce deve ser uma prioridade. É crucial que os pais e responsáveis estejam atentos a qualquer alteração nos olhos das crianças e busquem atendimento médico imediato ao notarem sinais suspeitos. A comunidade também pode contribuir, promovendo a disseminação de informações”, declara.
ICB
Com a sua sede localizada no Barbalho, em Salvador, o ICB é o único da Bahia a oferecer, de forma gratuita, prevenção, diagnóstico, habilitação, reabilitação e inclusão social de pessoas cegas ou com baixa visão. Carregando consigo um propósito claro e inspirador de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos, atualmente o instituto realiza mais de 310 mil procedimentos anuais, porém, devido à alta demanda, a espera por atendimento pode chegar a até três meses.
O Instituto, que é referência na área da saúde ocular, seguirá com a campanha de arrecadação para ampliação da sua estrutura física, passando pela expansão do meio digital, de seus projetos e da sua capacidade de atendimento. A sociedade em geral, pessoas físicas e jurídicas, associações e entes públicos podem doar ou adotar um espaço da instituição, contribuindo com sua ampliação. Os interessados em fazer parte dessa rede de solidariedade podem doar acessando o site <a href="http://www.institutodecegosdabahia.org.br/doeagora" target="_blank" rel="noopener">www.institutodecegosdabahia.org.br/doeagora</a> ou através da chave PIX que é (71) 98817-3193. Para demais esclarecimentos, é possível entrar em contato com a equipe do ICB pelo WhatsApp, que é o mesmo número do PIX, através do e-mail: captacao@institudodecegosdabahia.org.br, ou pela página do instituto no Instagram, @institutodecegosdabahia.
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Além do Dia das Crianças, 12 de outubro também marca o Dia Mundial da Visão. E foi traçando um paralelo entre as datas que a médica Fernanda Fernandes, residente de oftalmologia no Hospital das Clínicas, em Salvador, chama atenção para os cuidados que os pequenos precisam em relação aos olhos.
Ela explica que "o excesso de atividades próximas aos olhos, sem pausas, é um comportamento de risco para surgimento e progressão da miopia. Assim como pouca atividade ao ar livre durante o dia".
De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 30% do público infantil em idade escolar tem problemas refrativos – ratificando os dados internacionais, a miopia é um dos mais comuns – porém, apesar disso, 80% nunca fizeram uma avaliação visual.
Segundo Fernanda, as crianças que apresentam miopia muito cedo têm mais probabilidade de futuramente desenvolver doenças oculares, como o glaucoma e o deslocamento de retina, que podem levar à cegueira. "Quanto mais precoce o aparecimento da miopia, mais chance desse distúrbio visual ser muito alto. Embora associado a fatores genéticos, crianças que só se expõem a ambientes fechados e ficam muito tempo em frente às telas, como computador, celular ou tablet, têm mais probabilidade a esse erro refrativo", alerta.
Para evitar esse tipo de complicação, a médica recomenda algumas ações simples que contribuem para manter a saúde ocular do indivíduo. "Fazer pausas regulares; manter uma distância adequada da tela para não forçar muito a vista; ajustar a iluminação dos equipamentos. Tudo isso evita problemas na visão", pontua.

Dados analisados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a partir de registros do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, revelam um crescimento de 95% na realiza&ccedil;&atilde;o de exames para diagn&oacute;stico de retinopatia diab&eacute;tica no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) este ano em rela&ccedil;&atilde;o a 2020, per&iacute;odo mais cr&iacute;tico da pandemia de covid-19.

De janeiro a agosto de 2020, foram realizados 3,3 milh&otilde;es de exames como esse, contra 6,4 milh&otilde;es no mesmo per&iacute;odo de 2022. O n&uacute;mero supera, inclusive, o desempenho pr&eacute;-pandemia, j&aacute; que, em 2019, foram computados 5,1 milh&otilde;es de testes para diagn&oacute;stico de retinopatia diab&eacute;tica.

&ldquo;Ap&oacute;s per&iacute;odo de queda significativa no volume de consultas, exames e procedimentos oftalmol&oacute;gicos pelo Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS), em virtude do impacto no atendimento causado pela pandemia de covid-19, uma nova tend&ecirc;ncia se instala na rede p&uacute;blica&rdquo;, destacou o conselho.

Para a entidade, os efeitos da vacina&ccedil;&atilde;o contra a covid-19 e a queda dos indicadores de morbidade e mortalidade pela doen&ccedil;a motivaram os pacientes a buscar os servi&ccedil;os p&uacute;blicos para fazer o diagn&oacute;stico e a preven&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as que afetam a vis&atilde;o, como &eacute; o caso da retinopatia diab&eacute;tica.

Detalhamento 
O relat&oacute;rio avaliou, ao todo, registros de quatro tipos de exames para diagn&oacute;stico da doen&ccedil;a dispon&iacute;veis no SUS: biomicroscopia de fundo de olho, mapeamento de retina, retinografia colorida binocular e retinografia fluorescente binocular. O detalhamento mostra que todos os procedimentos registraram aumento em 2022 em rela&ccedil;&atilde;o a 2020.

De janeiro a agosto de 2019, foram realizados cerca de 645 mil exames desses quatro tipos por m&ecirc;s. No mesmo per&iacute;odo do ano seguinte, quando foi decretada a pandemia, o total baixou para 413 mil mensais. Em 2022, a m&eacute;dia, de acordo com o conselho, j&aacute; ultrapassa 805 mil procedimentos, n&uacute;mero superior ao registrado antes da crise sanit&aacute;ria.

Perfil 
Os dados mostram que as mulheres representam a maioria dos pacientes submetidos a exames de diagn&oacute;stico para retinopatia. Nos per&iacute;odos de janeiro a agosto dos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022, foram feitos 8,3 milh&otilde;es de testes na popula&ccedil;&atilde;o feminina contra 5,3 milh&otilde;es em homens.

Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; idade, a maior parte dos procedimentos ocorreu na popula&ccedil;&atilde;o com mais de 40 anos. Esse segmento somou, apenas em 2022, 3,7 milh&otilde;es de exames.

Retinopatia diab&eacute;tica 
A retinopatia diab&eacute;tica &eacute; uma complica&ccedil;&atilde;o ocular que, sem diagn&oacute;stico e tratamento precoces, pode evoluir rapidamente e levar &agrave; perda parcial ou total da vis&atilde;o. O diabetes melittus &eacute; o fator desencadeante da doen&ccedil;a.&nbsp;

Pessoas com diabetes apresentam risco de perder a vis&atilde;o 25 vezes mais do que as n&atilde;o diab&eacute;ticas, sendo que a retinopatia diab&eacute;tica atinge mais de 75% das pessoas com diabetes h&aacute; mais de 20 anos.

O controle do diabetes por meio de dieta adequada, do uso de p&iacute;lulas hipoglicemiantes, de insulina ou de uma combina&ccedil;&atilde;o desses tratamentos, prescritos pelo m&eacute;dico endocrinologista, s&atilde;o a principal forma de evitar a doen&ccedil;a.

*As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da Ag&ecirc;ncia Brasil

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Os festejos juninos voltaram a ser celebrados este ano, na Bahia. O per&iacute;odo, que re&uacute;ne forr&oacute;, divers&atilde;o e comidas t&iacute;picas, tamb&eacute;m exige cautela quando o assunto &eacute; sa&uacute;de dos olhos. Isso porque os fogos de artif&iacute;cio, a fuma&ccedil;a e os fragmentos de fogueira, elementos tamb&eacute;m explorados nesta &eacute;poca, podem prejudicar a vis&atilde;o, inclusive levando &agrave; cegueira.

&quot;Esses elementos provocam sensa&ccedil;&atilde;o de areia e lacrimejamento. As part&iacute;culas dissipadas no ar podem ainda aderir &agrave; parte interna das p&aacute;lpebras, gerando dor e vermelhid&atilde;o. &Eacute; comum tamb&eacute;m ocorrer irrita&ccedil;&atilde;o nos olhos, com sintomas semelhantes &agrave; conjuntivite, tais como ardor e fotofobia. Por isso, &eacute; poss&iacute;vel, sim, afirmar que as les&otilde;es nas c&oacute;rneas podem aumentar nesta &eacute;poca&quot;, detalha o oftalmologista Marco Polo, do DayHORC &ndash; empresa do Grupo Opty na Bahia.

O m&eacute;dico salienta que, no per&iacute;odo, h&aacute; possibilade de gerar doen&ccedil;as &nbsp;mais graves. &quot;Dentre os acidentes oculares com maior gravidade est&atilde;o as queimaduras nos olhos. A depender da extens&atilde;o, o paciente pode ter a vis&atilde;o comprometida de forma irrevers&iacute;vel&quot;, explica Marco Polo.&nbsp;

Em rela&ccedil;&atilde;o aos cuidados, ele alerta: &quot;Algumas solu&ccedil;&otilde;es caseiras podem ajudar a melhorar leves inc&ocirc;modos, como o uso de soro fisiol&oacute;gico, &aacute;gua corrente e &aacute;gua gelada. Mas, em casos de acidentes, como explos&atilde;o e sintomas persistentes de emba&ccedil;amento, dificuldade para enxergar, dores ou irrita&ccedil;&atilde;o, &eacute; preciso buscar, de imediato, uma emerg&ecirc;ncia oftalmol&oacute;gica 24 horas &ndash; servi&ccedil;o que &eacute; disponibilizado pelo DayHORC&quot;.&nbsp;

O m&eacute;dico alerta ainda para os riscos da automedica&ccedil;&atilde;o, como o uso de col&iacute;rios e pomadas, pois podem agravar os sintomas. O ideal &eacute; seguir somente a instru&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica.

INVERNO

Al&eacute;m do S&atilde;o Jo&atilde;o, o per&iacute;odo junino tamb&eacute;m &eacute; caracterizado pela queda das temperaturas por conta da chegada do Inverno, esta&ccedil;&atilde;o que tamb&eacute;m requer cuidados com a vis&atilde;o. O m&eacute;dico Andr&eacute; Barros, do Instituto de Olhos Freitas, conta que o clima seco e a baixa umidade do ar deixam os olhos mais vulner&aacute;veis &agrave;s doen&ccedil;as como conjuntivite al&eacute;rgica, que pode evoluir para viral ou bacteriana, s&iacute;ndrome do olho seco e outras rea&ccedil;&otilde;es al&eacute;rgicas (como olhos vermelhos, lacrimejamento, ard&ecirc;ncia, coceira, fotofobia e irrita&ccedil;&atilde;o).&nbsp;

Confira algumas recomenda&ccedil;&otilde;es para evitar problemas oculares nesta &eacute;poca.

- Fa&ccedil;a a lavagem e a secagem ao sol de mantas, cobertores e blusas de l&atilde; guardadas por muito tempo.

- Evite o ac&uacute;mulo de poeira em casa.

- &nbsp;Durma em local arejado.

- Lave com frequ&ecirc;ncia o rosto e as m&atilde;os, principalmente antes e depois do uso de col&iacute;rios ou pomadas, uma vez que estes s&atilde;o meios importantes para a transmiss&atilde;o de microorganismos.

- N&atilde;o compartilhe toalhas de rosto, esponjas, r&iacute;mel, delineadores ou qualquer outro produto de beleza.

- Evite objetos que acumulem poeira, como: cortina, carpete, tapete, bicho de pel&uacute;cia, documentos antigos, livros etc.

- Evite a exposi&ccedil;&atilde;o a agentes irritantes como fuma&ccedil;a e/ou al&eacute;rgenos, p&oacute;len, poeira, pelos de animais e cloro de piscina.

- Se estiver com conjuntivite, n&atilde;o utilize lentes de contato e n&atilde;o coce os olhos para evitar irrita&ccedil;&otilde;es.

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