Utilizando um sat&eacute;lite de radar avan&ccedil;ado, a Nasa, ag&ecirc;ncia espacial norte-americana, vai liderar uma miss&atilde;o internacional in&eacute;dita para realizar pesquisa abrangente sobre os oceanos, lagos e rios do planeta Terra, permitindo novos olhares para a&nbsp;mec&acirc;nica e consequ&ecirc;ncias das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.

O sat&eacute;lite &eacute; chamado de Swot (abrevia&ccedil;&atilde;o em ingl&ecirc;s para Topografia Oce&acirc;nica e de &Aacute;guas Superficiais) e&nbsp;foi projetado para fornecer aos cientistas uma vis&atilde;o sem precedentes da &aacute;gua, recurso que cobre 70% do planeta.&nbsp;

Para tal, um foguete operado pela empresa de Elon Musk, a SpaceX, foi programado para decolar nesta quinta-feira (15/12),&nbsp;dos Estados Unidos (EUA),&nbsp;para colocar o sat&eacute;lite em &oacute;rbita. Se as coisas ocorrerem conforme o planejado, o Swot vai produzir dados dentro de v&aacute;rios meses.

Esses dados v&atilde;o ser&nbsp;compilados a partir de varreduras do globo&nbsp;por radar, conduzidas pelo menos duas vezes a cada 21 dias, e devem aprimorar os modelos de circula&ccedil;&atilde;o oce&acirc;nica. Eles tamb&eacute;m&nbsp;podem&nbsp;refor&ccedil;ar as previs&otilde;es meteorol&oacute;gicas e clim&aacute;ticas, al&eacute;m de ajudar&nbsp;no gerenciamento da escassez de &aacute;gua doce em regi&otilde;es atingidas pela seca.

Uma das finalidades da miss&atilde;o &eacute; explorar como os oceanos absorvem o calor da atmosfera e o di&oacute;xido de carbono, em um processo natural que modera as temperaturas globais e as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.

SWOT

O Swot foi projetado e constru&iacute;do no Laborat&oacute;rio de Propuls&atilde;o a Jato (JPL) da Nasa, na Calif&oacute;rnia (EUA),&nbsp;em colabora&ccedil;&atilde;o com a Fran&ccedil;a e Canad&aacute;. A miss&atilde;o &eacute; uma das 15&nbsp;listadas pelo Conselho Nacional de Pesquisa como projetos que a Nasa deve realizar na pr&oacute;xima d&eacute;cada.

Do tamanho de um carro modelo SUV e com quase 20 anos de desenvolvimento pela Nasa, o sat&eacute;lite incorpora tecnologia avan&ccedil;ada de radar de micro-ondas que, de acordo com os cientistas, vai coletar medi&ccedil;&otilde;es de superf&iacute;cie de oceanos, lagos, reservat&oacute;rios e rios em alta defini&ccedil;&atilde;o e&nbsp;em mais de 90% da Terra.

A partir da &oacute;rbita, vai escanear os mares e medir, com precis&atilde;o, diferen&ccedil;as finas nas eleva&ccedil;&otilde;es da superf&iacute;cie em torno de correntes e redemoinhos menores, onde acontece grande parte da redu&ccedil;&atilde;o de calor e carbono dos oceanos. Segundo o JPL, a&nbsp;resolu&ccedil;&atilde;o promete ser&nbsp;dez vezes maior do que as tecnologias existentes.

Com informa&ccedil;&otilde;es da Reuters.

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