A defesa de Cícero Leandro Silva Barreto - que vai a juri popular sob acusação de tentar matar a ex-companheira ao empurrá-la de um carro em movimento - se manifestou sobre o assunto. Em nota enviada ao Aratu On, o escritório Tinoco e Pizzani Advocacia e Consultoria alegou que "inexiste, em local algum do processo, a constatação de que Cícero tentou empurrar Paloma de Souza Ventura para fora de seu veículo em movimento".
No texto também é dito que Cícero e Paloma estavam sozinhos no carro. Assim, não havia testemunha e a única forma de provar a participação de Cícero seria por meio de perícia técnica.
A nota conta com informações de duas perícias realizadas pelo Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT), apontando a conclusão de que “O Sr. Cícero Leandro não tinha condições de jogar a vítima para fora do carro em movimento”.
A defesa também afirmou que não teve acesso a etapas importantes do processo, como o depoimento pessoal de Paloma. Acrescentou, por fim, que o juiz substituto da Vara Criminal de Amargosa "agiu em grave erro", o que deverá ser visto pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ou pelos Tribunais Superiores (STJ e/ou STF).
RELEMBRE O CASO
O empresário Cícero Leandro Silva Barreto é acusado de tentar matar a ex-companheira em 2014. A vítima, Paloma de Souza Ventura, de 41 anos, foi empurrada de um carro em movimento durante uma discussão com o ex-companheiro. O caso aconteceu na cidade de Amargosa, no Recôncavo Baiano.
Após a queda, Paloma ficou ficou tetraplégica devido ao traumatismo craniano que sofreu.
No último 10 de outubro, o TJ-BA determinou uma nova reconstituição dos fatos, devido a diversas perícias e manobras de defesa do empresário para anular os depoimentos da vítima e testemunhas. Cícero responde ao processo de tentativa de homicídio qualificado em liberdade.
Ao portal ‘Recôncavo Notícias’, a mãe de Paloma contou que, na época do ocorrido, o empresário havia oferecido R$ 60 mil para que ela ficasse em silêncio. Os advogados da vítima solicitaram à Justiça que o júri ocorra em Salvador, devido à grande influência do empresário no município de Amargosa.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/2024-10-14/empresario-vai-a-juri-popular-por-empurrar-ex-companheira-de-veiculo-em-movimento/" target="_blank" rel="noopener">Empresário vai a júri popular por empurrar ex-companheira de veículo em movimento</a>
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Há 46 anos atuando na iniciação da vida cristã, o Movimento Escalada realiza o 29° Encontro Anual em Salvador e Lauro de Freitas, na região metropolitana. O evento acontece nestes sábado e domingo (28 e 29), no Recanto da Benção, no bairro do Caji, em Lauro.

Já na capital baiana, o Escalada está presente nas paróquias Ascensão do Senhor, Nossa Senhora da Luz e Nossa Senhora da Vitória. Já em Lauro de Freitas, o movimento está presenta na Paróquia São João Evangelista.

Marcado pela alegria e animação dos jovens, o evento também conta com momentos de reflexão e, no segundo dia, iniciará com uma missa celebrada pelo bispo auxiliar Dom Marco Eugênio auxiliada pelo Assistente Eclesiástico do Movimento Escalada da Arquidiocese de São Salvador, Pe. Manoel Filho.

Presente em Petrolina, Cruz das Almas, Canavieiras, Una, Jacobina, Itabuna, Juazeiro, Aracaju, Ilhéus, Conceição de Almeida, Jequié e nas anfitriãs, Salvador e Lauro de Freitas, mais de 20 mil pessoas fizeram o encontro do movimento em todas as cidades ao longo destes 46 anos de existências

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/2024-09-28/outubro-tera-bandeira-tarifaria-mais-cara-do-sistema-nas-contas-de-luz/">Outubro vai ter bandeira tarifária mais cara do sistema nas contas de luz</a>

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A Festa Literária Internacional do Pelourinho – FLIPELÔ 2024, começou nesta quarta-feira (7/8) em todo o Centro Histórico de Salvador. Seguindo com as programações ainda neste final de semana, a feira vai reunir neste sábado (10/8), diversos autores autorais para participarem do movimento "Ocupa Pelô Literário".

A iniciativa de ocupar um dos casarões do Centro Histórico de Salvador para um bate-papo com autores e artistas baianos independentes é da escritora Palmira Heine que terá uma programação paralela ao Flipelô: "O Pelourinho vai ser cenário ideal para celebrarmos nossa arte e literatura", contou a autora.

O movimento vai acontecer no Casarão 17, no Largo Terreiro de Jesus, com atividades culturais diversificadas, incluindo saraus, recitais, bate-papo com escritores, contação de histórias e show da Raulzito Cover Band, banda cover de Raul Seixas.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2024-08-05/toca-raul-pai-do-rock-brasileiro-sera-homenageado-este-ano-na-flipelo/">Toca Raul! ‘Pai do rock brasileiro’ será homenageado este ano na Flipelô</a>

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"E se a gente fizer um bloco só de negão?". Esse foi o questionamento feito por Antonio Carlos dos Santos, mais conhecido como "Vovô do Ilê", na década de 1970, inspirado pelos apaches e blocos de índios no Carnaval da capital baiana. A história do primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê - "o mais belo dos belos" -, foi o tema do último painel do espaço "Café Literário" da Bienal do Livro da Bahia 2024, no Centro de Convenções de Salvador.
"O Ilê surgiu como uma proposta minha e de Apolônio [amigo e cofundador do bloco, falecido em 1992]. Nós curtíamos o bairro da Liberdade, o Gandhy, desfiles de blocos de samba... e percebemos que não tinha participação de pessoas negras", iniciou Vovô.
Nessa época, a dupla já se inspiravava no movimento negro americano, da ideologia às roupas coloridas, algo até então incomum para pessoas negras. "A gente tinha esse orgulho de ser negão da Liberdade, mas a juventude negra desfilava em blocos de índios... Por que não fazer um bloco só de negão?", lembrou.
Ao comentar sobre a ideia com a mãe, Mãe Hilda de Jitolu, ela indagou: "mas não vai sair só homem não, né? Porque eu também vou sair".
Segundo Vovô, a matriarca queria orientar o filho e amigos, e foi assim que fez. O terreiro Acé Jitolu, na casa dela, na Liberdade, foi a primeira casa do Ilê. "Se não fosse Mãe Hilda, não estaríamos comemorando os 50 anos do Ilê Aiyê", afirmou.
Ainda de acordo com o fundador, o diferencial do Ilê, além da matriarca, foi socializar as ideias do Movimento Negro nas músicas.
IDENTIFICAÇÃO
Também convidada do painel, a historiadora, professora e articulistra Luciana da Cruz Brito falou sobre seu primeiro contato com o Ilê, no final da década de 1990, ainda como estudante de História na Universidade Federal da Bahia (Ufba), e como isso a marcou.
"Venho de uma família de maioria de pessoas negras, mas de muitas cores, cujo ideal dessas pessoas era embranquecer. Não foi um caminho familiar [encontrar o Ilê]. A negritude era um peso", contou. "Nunca tive dúvida [da sua negritude], mas era um peso. Até que um dia, na universidade, me falaram 'vai ter o ensaio do Ilê'. Devia ser 1999... Fiquei impactada! A negritude ali não era um peso. Foi um mundo que se abriu", revelou.
Alguns anos se passaram até Luciana sair como foliã do bloco, em 2008. Ali, disse, entendeu que "sair no Ilê" era um megaevento de celebração da negritude individual. "Em três dias de desfile, as pessoas celebram o que elas são", destacou.
Rememorando o sentimento, afirmou que desfilar no Ilê, para ela, é celebrar ser uma mulher negra e a beleza do povo de Salvador, quando é possível passar por qualquer lugar "que o caminho se abre".
"Não há nenhuma hipocrisia nisso. É celebração e respeito da alegria e da negritude da cidade de Salvador. Foi uma suspensão de qualquer sentimento de fardo. Foi uma reconciliação com quem eu sou. Isso que significou para mim", concluiu.
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A fé vai inspirar uma manhã dedicada à saúde nesta quinta-feira (11/1), durante a primeira edição da "Saúde em Movimento: Bonfim 2024". A iniciativa é realizada em parceria pela Clínica IVA, Hospital da Obesidade e Peralva Assessoria Esportiva, com o objetivo é reunir públicos diversos, em corridas de 12 km, 10 km, 6 km e uma caminhada de 6 km, para chamar atenção sobre a importância dessas modalidades como atividades físicas fundamentais para uma vida mais longeva e saudável.
"Entendemos que a atividade física precisa ser estimulada sempre, em todos os vieses, e aliar o mote religioso e cultural a esse objetivo, que é o propósito dessa caminhada, fortalece esse incentivo. Convidamos pacientes nossos em tratamento de obesidade , colaboradores e profissionais de saúde, e eles marcarão presença", destaca o Dr. Sérgio Braga, Diretor Médico do Hospital da Obesidade.
Percursos e Saídas
Serão duas modalidades em cinco saídas de pontos diferentes da cidade. A corrida de 12 km terá largada no Farol da Barra, às 5h. Já a corrida de 10km terá saída às 5h15, do Largo da Vitória. A corrida e a caminhada de 6 km sairão do Mercado Modelo, às 5h30. As atividades podem ser acompanhadas por todas as pessoas interessadas.
Ao participar do "Saúde em Movimento" os corredores e caminhantes estarão não apenas celebrando uma tradição importante, mas também investindo em seu próprio bem-estar a longo prazo. A experiência vai além da competição, é uma oportunidade para todos os participantes, independente da idade ou nível de condicionamento físico, se conectarem com uma vida mais saudável.
"Atividades como caminhadas e corridas melhoram a circulação pois estimulam a panturrilha, que é o nosso 'coração' da perna, a bomba que ajuda o sangue a retornar. Além disso, manter o fortalecimento muscular melhora o envelhecimento e reduz dores e limitações. O Bonfim tradicionalmente une fé e atividade física, e por isso escolhemos esse momento especial para essa confraternização de colegas, pacientes e colaboradores", explica o Dr. João Pedro Carvalho, da Clínica IVA.
Corrida, Caminhada e Longevidade
A prática regular de atividades auxilia na prevenção de diversas doenças, fortalece o sistema cardiovascular, melhora a capacidade respiratória e contribui para a manutenção de um peso saudável. Além disso, a atividade física promove a liberação de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar.
Já a prática regular de corrida e caminhada tem se destacado como uma estratégia eficaz para a manutenção da longevidade. Acessíveis a pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico, a simplicidade dessas práticas não diminui sua eficácia, ao contrário, as torna sustentáveis a longo prazo.
"Caminhar é plantar uma semente maravilhosa para um processo inicial de mudança de hábitos em que seu corpo irá agradecer no caminho da evolução física e mental e a atividade física é um dos principais pilares para a longevidade. É muito bom poder promover um evento como esse em parceria com empresas que seguem linhas convergentes a um mesmo objetivo", afirma Rafael Peralva, Diretor da Peralva Assessoria Esportiva.
Parceria
A Clínica IVA possui 12 anos de atuação com propósito de oferecer o que há de melhor dentro da Cirurgia Vascular, realizando na Bahia tratamentos compatíveis com grandes centros de referência em Cirurgia Vascular no mundo. Seu corpo clínico é reconhecido pela excelência no diagnóstico, alta performance em tratamentos complexos e terapias minimamente invasivas.
O Hospital da Obesidade existe há 14 anos com a proposta de devolver a saúde e a qualidade de vida às pessoas com obesidade. Usando uma abordagem transdisciplinar que busca entender e tratar as causas da doença de maneira global, o Hospital consegue oferecer aos pacientes chances maiores de sucesso do que em qualquer outro tratamento. O Hospital já atendeu quase 3 mil pacientes, atingindo um índice de sucesso superior a 90% em seu tratamento.
A Rafael Peralva Assessoria Esportiva se consolida há dez anos em Salvador com um trabalho direcionado e especializado em treinamento de pessoas, desde iniciantes aos atletas avançados, na promoção de saúde e bem estar.
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Com a chegada dos feriados de final de ano, muitas pessoas viajam para outra cidade. Na manhã desta sexta-feira (22/12), a TV Aratu enviou equipes para acompanhar o movimento de saída da capital baiana no Ferry Boat, no Terminal Rodoviário e nas principais Estradas cortame Salvador.
No terminal de São Joaquim, do sistema ferry-boat, a repórter Lara Linhares registrou que o movimento é intenso, com o início de uma operação especial, que segue até o dia 3 de janeiro. Segundo a Internacional Travessias, o aumento no fluxo esperado é de 5% ao registrado no ano passado, no mesmo período, quando fizeram a travessia 293 mil pessoas e 43 mil veículos.
Estarão disponíveis para a operação cinco embarcações da frota: Maria Bethânia, Pinheiro, Ivete Sangalo, Zumbi dos Palmares e Rio Paraguaçu. Não farão parte da operação de fim de ano, os ferries Anna Nery e Dorival Caymmi. Durante a operação especial, as saídas ocorrem nos horários regulamentares, de hora em hora, a partir das 5h da manhã até as 23h30, em dias úteis; e das 6h da manhã até às 23h30, nos fins de semana e feriados.
HORA MARCADA
Os usuários têm a opção do serviço de Hora Marcada, para o qual a empresa disponibilizou 1060 horários considerando viagens de ida e retorno. As vagas foram distribuídas no início da manhã e madrugada para maior conforto e comodidade dos clientes. Para consulta e compra, os usuários podem acessar o site da Concessionária: internacionaltravessias.com.br.
https://www.youtube.com/watch?v=IpaP8_wboyM
TERMINAL RODOVIÁRIO
Para a saída pelos coletivos, a repórter Lícia Fontenele mostrou que o terminal espera registrar cerca de 173.012 (cento e setenta e três mil e doze) passageiros, através do Terminal Rodoviário de Salvador, com destino aos diversos municípios do Estado da Bahia.
Entre as cidades que mais se destacam, estão as do recôncavo Baiano, bem como as Cidades litorâneas, a exemplo daquelas ao longo da Rodovia BA 099 (estrada do coco e linha Verde e Regiões Metropolitanas de Salvador) . Além das tradicionalmente, tais como: Porto Seguro, Itacaré, Ilhéus, Vitória da Conquista, Juazeiro, Irecê, Xique Xique, Lençóis e Barreiras.
No período das festas, às operadoras de transporte intermunicipal, disponibilizarão, aproximadamente 500 horários extras para atender aos usuários, além dos 540 horários diários ordinários, ou seja, que são realizados diariamente no Terminal de Salvador.
https://www.youtube.com/watch?v=2IQNtk0Yd5g
ESTRADAS DO ESTADO
Segundo Lorena Dias, enviada para apurar o movimento na BR-324, a Via Bahia, empresa que administra a rodovia, espera registrar um aumento de 10% no número de veículos, se comparados aos dias comuns. Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ocorreu até o próximo dia 18 de fevereiro a Operação Rodovia, que visa reduzir os acidentes e delitos ocorridos nas estradas durante o pré e pós-feriado.
https://www.youtube.com/watch?v=lXFYWDuGzhQ
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Acontece nesta terça-feira (19/12), na Praça Thomé de Sousa, em Salvador, a 26ª edição do "Movimento Você e a Paz". O evento é gratuito, não necessita de inscrição prévia e será transmitido, ao vivo, no canal da TV Aratu no YouTube. A edição contará com shows de Carlinhos Brown, Márcia Freire, da Camerata da OSBA (Orquestra Sinfônica), entre outros.
https://youtu.be/4JbF_LUxiK8
O movimento está presente em mais de 75 cidades ao redor do mundo, abrangendo 14 países. No Brasil, ele é celebrado em 60 cidades de 12 estados diferentes e, dada a sua importância e culto a uma sociedade menos violenta,  mereceu da Câmara Municipal de Vereadores a criação do Dia da Paz em Salvador.
Troféu Você e a Paz: Celebrando Contribuições para a Humanidade
Instituído em 2000, o Troféu Você e a Paz é uma homenagem que reconhece contribuições significativas em prol da paz e fraternidade universal. Três segmentos cruciais são analisados: personalidades que se dedicam, empresas que viabilizam e instituições que realizam.
Esta é, ainda, uma distinção que destaca ações notáveis em benefício da paz global, conforme estabelecido no “Compromisso com a Paz Global” na Conferência do Milênio da ONU.
DETALHES DO EVENTO:
Quando: terça-feira (19/12), às  17h
Onde: Praça Thomé de Sousa (Praça Municipal), Salvador
Como: não é necessária a inscrição, evento aberto ao público
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Mesmo com chuva, o Terminal Marítimo de Salvador já estava com fila intensa desde o início da manhã desta quinta-feira (7/12). Por conta do feriado de Conceição da Praia, santa padroeira da Bahia, a tendência é que o movimento cresça até esta sexta-feira (8/12).

Para atender às demandas, o sistema ferry-boat está operando com esquema especial neste final de semana, que conta com a operação de cinco ferrys, uma viatura da Transalvador e uma viatura da Policia Militar para dar suporte à população.

Veja a matéria completa abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=lp1k0LVoJeg

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A Travessia Salvador-Mar Grande tem movimento tranquilo e sem filas para embarque na manhã deste domingo (5/11). Operando com seis embarcações desde às 5h, a Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab) prevê que o movimento no período da tarde seja mais intenso, devido ao fluxo de retorno do feriado de Finados.

Os horários de saída são a cada 30 minutos, nos Terminal Náutico da Bahia, na capital, e no Hidroviário de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica. A Astramab destaca ainda que outras duas embarcações podem ser acionadas se o fluxo de passageiros exigir.

A Baía de Todos-os-Santos registra boas condições de navegação e as embarcações estão fazendo o percurso da travessia em tempo médio de 40 minutos. O último horário de saída de Mar Grande, está programado para as 18h e, de Salvador, às 19h30.

MORRO DE SÃO PAULO E ESCUNAS

Na travessia Salvador-Morro de São Paulo, o movimento saindo do Terminal Náutico também será bom neste domingo, com muitos turistas retornando do final de semana prolongado. Todos os catamarãs vão deixar o terminal de Morro com lotação completa.

Em Salvador, os usuários são atendidos com horários às 9h, 10h30, 13h E 14h30. Já as saídas do Terminal de Morro de São Paulo ocorrem às 9h, 11h30, 13h30 e 15h.

LEIA MAIS: Vai fazer Enem de ‘buzu’? Confira esquema especial do transporte público em Salvador

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As Jornadas de Junho de 2013 começaram com um protesto contra o aumento da passagem do transporte público do Movimento Passe Livre (MPL) em São Paulo. Durante aquele mês, a onda de manifestações ganhou novas pautas, adesões e cidades. Ativistas se engajaram e também pessoas sem experiência alguma na militância social. No auge do movimento, no dia 20 de junho de 2013, mais de um milhão de pessoas foram às ruas em 388 cidades do Brasil, incluindo Salvador. Na capital baiana, segundo a Polícia Militar, 20 mil pessoas participaram das Jornadas, número menor, como veremos a seguir, do que o citado por quem participou deste momento histórico.

Entre eles, estava o ativista Onã Rudá, então diretor da União dos Estudantes da Bahia, com 23 anos. Hoje, 10 anos depois, Onã lidera a União Nacional LGBT Bahia e é uma voz importante na causa antirracista do estado. O ativista é o primeiro entrevistado da série de Aratu On sobre as marchas de 2013 em Salvador. No relato, Onã rememora a sua experiência, avalia o impacto das manifestações na vida dele e reflete sobre os desdobramentos das Jornadas para o ativismo. "Parecia que estava em uma guerra, toda hora uma explosão", lembra Onã. 

Confira aqui o relato do ativista sobre as Jornadas em Salvador:
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<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" href="https://www.instagram.com/reel/Ct8zdxeA-Sy/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" rel="noopener">Uma publicação compartilhada por Aratu On (@aratuonline)</a>

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Vídeo: Juana Castro | Edição: José Neto

"Cena de guerra"

O ativista conta que havia chegado em Salvador de um congresso da União dos Estudantes da Bahia quando soube das manifestações. "Ninguém imaginava que, ao chegar ao Iguatemi, a gente veria mais de 120 mil pessoas, mas 120 mil pessoas que não sabiam pra onde ir, o que pedir, o que dizer". Onã também testemunhou o conflito entre a polícia e os manifestantes na Avenida Joana Angélica, no Centro da cidade:
<blockquote>"Lembro que eu estava com uma amiga no ombro, o pessoal tocando uma fanfarra, e tinha um grupo conversando com com o pessoal da PM [Polícia Militar]. Só vi esse pessoal sair de costas e, de repente, a Choque [Batalhão de Polícia] tomou a frente. E aí já não teve muita conversa, palavra de carinho, nada não. Bomba, bomba, bomba".</blockquote>
Onã conta que ele e a amiga conseguiram sair da confusão e ir para o Garcia, onde entraram em um bar. "Quando fomos depois para o Campo Grande, só ouvíamos 'bum!'. Parecia que estava em uma guerra, toda hora uma explosão", lembra. "Àquela altura do campeonato, achei que ninguém fosse me prender. Não tínhamos tocado fogo em nada e, de repente, aparece uma guarnição da Choque, olha pra dentro, a gente sentado, e 'taca' uma bomba, e a gente corre para dentro do bar", completa.

O episódio, diz Onã, chamou a atenção das organizações de ativismo para cuidar das bases, ainda que não tenha surtido muito efeito, segundo o militante. "Essa falta de organização deixou espaço para que surgissem pessoas dizendo representar 'todo mundo', mas elas não tinham um pingo de responsabilidade com sua saúde, segurança, família, transporte e alimentação. Estavam falando no nome delas".

"Perdi uma certa inocência"

Com experiência em movimentos sociais desde 2005, Onã estava filiado ao Movimento Juventude (JS) quando as Jornadas aconteceram. "A gente julgava que tinha estabilidade democrática e [entendia que] nosso desafio era mobilizar as pessoas pras pautas que o movimento estudantil julgava necessárias". As marchas de 2013 mudaram a percepção do ativista sobre os movimentos sociais. "Perdi uma certa inocência", confessa. 

A "perda de inocência" para Onã é entender que o ativismo não dependia apenas do movimento orgânico de pessoas lutando pelas pautas sociais. "Em um dado momento, entendi que as pautas eram corporativistas”, afirma.  Onã notou que grupos de direita cresceram nas ruas das Jornadas de 2013, o que não era comum até então, segundo o ativista. 

Para ele, “quem ocupa as ruas é quem dita as pautas do dia”. Por isso, o ativista concluiu que “a gente precisa ter muita consciência quando chama alguém pra fazer algo". E completa: "Mais vale a ideia que o afã do momento. A ideia fica e o afã do momento passa”. Para ele, o ativismo aprendeu com as Jornadas, que funcionaram, na visão do militante, como um "protótipo". 

"Sem uma vitória concreta"

O ativista diz que faltava condução ao movimento de junho de 2013. "Olhar aquilo ali, de dentro, era muito confuso", lembra Onã.  Para o militante, a falta de direcionamento enfraqueceu as Jornadas de Junho. "A ideia da espontaneidade na mudança é muito vazia, a mudança acontece quando a gente concretamente tem uma pauta. As pessoas pediam por saúde, educação e segurança, mas sem clareza do que traria isso".

Para ele, o final das manifestações, em Salvador, "é uma demonstração de perda de força, sem uma vitória concreta" para os movimentos sociais de esquerda:
<blockquote>"Acho que ficou provado que fustigar o ambiente onde a gente nega as instituições que promovem luta, historicamente, não é positivo, e no desaguar desse processo, surgiram organizações que, na minha avaliação, são protofascistas, que alimentam o ambiente antidemocrático, como o MPL. O MPL sumiu e surgiu o MBL [Movimento Brasil Livre] como um movimento alimentado para pegar esse ‘caldo’ político que foi gerado e ficou disperso".  </blockquote>
O MBL se define como um grupo conservador e de direita e está ativo desde 2014. O movimento apoiou a Operação Lava Jato, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a primeira eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. De forma geral, Onã acredita que as Jornadas construíram um episódio emblemático da história brasileira. “Acho que documentos devem surgir dessa chamada 'guerra híbrida' que foi travada. A forma que ela se desenvolveu e passou a fazer parte da política do Brasil foi um laboratório", afirma o ativista. 

* Essa é primeira reportagem da série de entrevistas de Aratu On sobre as Jornadas de Junho de 2013 em Salvador. Na próxima reportagem da série, o jornalista e apresentador Pablo Reis relata como foi cobrir as marchas e como elas afetaram o jornalismo. 

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