Depois de seis meses seguidos com uma m&eacute;dia de mais de mil v&iacute;timas di&aacute;rias de Covid-19, o Brasil registrou na segunda-feira&nbsp;(2/8) o terceiro dia consecutivo com a m&eacute;dia m&oacute;vel de sete dias abaixo desse patamar, segundo o painel de dados Monitora Covid-19, mantido pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz).<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1417174&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1417174&amp;o=node" />

A m&eacute;dia m&oacute;vel de mortes &eacute; calculada somando as mortes confirmadas nas &uacute;ltimas 24 horas com as que foram registradas nos seis dias anteriores. O resultado &eacute; dividido por sete.

Esse dado &eacute; observado por pesquisadores para avaliar a tend&ecirc;ncia de evolu&ccedil;&atilde;o da pandemia de forma mais clara, j&aacute; que menos informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o notificadas pelas secretarias de sa&uacute;de municipais e estaduais nos fins de semana e ficam represadas nos primeiros dias de semana, gerando grande oscila&ccedil;&atilde;o nos n&uacute;meros.

Em queda desde a segunda quinzena de junho, a m&eacute;dia m&oacute;vel de mortes chegou a menos de mil (988,86) em 31 de julho, e manteve esse patamar&nbsp;em 1&deg; de agosto (987,14) e 2 de agosto (960,14). Essa foi a primeira vez que a m&eacute;dia ficou abaixo de mil desde 23 de janeiro deste ano, quando atingiu 1.021,29 v&iacute;timas. Daquela data at&eacute; o fim de julho, o Brasil viveu o per&iacute;odo mais letal da pandemia, com picos em que a m&eacute;dia m&oacute;vel superou 3 mil mortes di&aacute;rias.

Pesquisadores da Fiocruz apontam o avan&ccedil;o da vacina&ccedil;&atilde;o como a explica&ccedil;&atilde;o para a redu&ccedil;&atilde;o nas mortes e interna&ccedil;&otilde;es por Covid-19.

No &uacute;ltimo boletim Observat&oacute;rio Covid-19, divulgado na semana passada, a funda&ccedil;&atilde;o ressaltou, entretanto, que o n&uacute;mero de &oacute;bitos se mant&eacute;m em patamar muito elevado e que os casos de covid-19 continuam aumentando.

&quot;A diferen&ccedil;a entre a curva de novos casos e a curva de &oacute;bitos &eacute; mais um ind&iacute;cio da nova fase da pandemia no Brasil, em que h&aacute; intensa circula&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, mas com menor impacto sobre as demandas de interna&ccedil;&atilde;o e sobre o n&uacute;mero de mortes&quot;.

Apesar da queda das &uacute;ltimas semanas, o patamar da m&eacute;dia m&oacute;vel de mortes ainda supera a maior parte do ano passado. Enquanto em 2021 houve mais de seis meses seguidos com mais de mil v&iacute;timas di&aacute;rias, em 2020, o indicador ficou acima desse n&iacute;vel entre 4 e 10 de junho, entre 19 e 29 de junho e entre 3 de julho e 7 de agosto. Tamb&eacute;m foram registradas mais de mil v&iacute;timas em 10, 11 e 22 de agosto, segundo o painel de dados da Fiocruz.

Entre setembro e novembro de 2020, a m&eacute;dia m&oacute;vel de mortes por covid-19 no Brasil recuou, chegando a 323 mortes di&aacute;rias em 11 de novembro. A partir da&iacute;, houve uma nova tend&ecirc;ncia de alta, fechando o ano com 706 mortes di&aacute;rias em 31 de dezembro. Fatores como o relaxamento das medidas de isolamento, as festas de fim de ano e a dissemina&ccedil;&atilde;o da variante Gama (P.1) fizeram com que a m&eacute;dia m&oacute;vel de mortes continuasse a aumentar em janeiro at&eacute; igualar e superar os piores momentos da pandemia em 2020.

A situa&ccedil;&atilde;o continuou a piorar em fevereiro e mar&ccedil;o, e o Brasil registrou mais de 2 mil mortes di&aacute;rias na m&eacute;dia m&oacute;vel de forma ininterrupta entre 17 de mar&ccedil;o e 10 de maio. Enquanto a maior m&eacute;dia m&oacute;vel de v&iacute;timas registrada em 2020 foi de 1.096.71 mortes di&aacute;rias, em 25 de julho, o indicador chegou a 3.123, 57 mortes em 12 de abril de 2021.

A m&eacute;dia de mortes caiu ao longo de maio de 2021, mas ainda se manteve acima de 1,5 mil v&iacute;timas por dia. Entre 6 e 19 de junho, houve uma nova alta, e a m&eacute;dia voltou a superar as 2 mil mortes. Desde ent&atilde;o, a tend&ecirc;ncia &eacute; de queda.

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Monitora Covid-19 registra média móvel de mortes abaixo de mil pelo terceiro dia consecutivo no Brasil