&quot;Eu preciso lavar tudo o tempo todo! Minha cozinha, quartos... aqui em casa, a conta de &aacute;gua dobrou&quot;. Esse &eacute; o relato de Patr&iacute;cia Pimenta, uma das moradoras da 6&ordf;&nbsp;Travessa da Ilha, no bairro de Itapu&atilde;, em Salvador. Desde agosto, o campo de futebol do Instituto Daniel Alves, vizinho das resid&ecirc;ncias, &eacute; a fonte do problema. &Eacute; de l&aacute; a poeira que invade as casas. A Cidade Aratu esteve no local nesta ter&ccedil;a-feira (20/12).&nbsp;

De acordo com Telma Santana G&oacute;es, outra moradora, no &uacute;ltimo fim de semana, o campo foi usado para atividades e, novamente, trouxe transtornos. &quot;N&oacute;s n&atilde;o somos contra, mas antes tinha grama e n&atilde;o tinha essa poeira. Agora, sem [a grama] quando tem jogo, sobe uma quantidade imensa de poeira. Eu fico tossindo, tem que beber muita &aacute;gua&quot;, afirmou.&nbsp;

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O Instituto Daniel Alves serviu de hospital de campanha durante o momento mais dif&iacute;cil da pandemia da Covid-19 e o campo foi utilizado como estacionamento. Ap&oacute;s a retirada da estrutura, a grama do campo n&atilde;o foi reinstalada.&nbsp;

Em outra casa, Auxiliadora Lima Coelho gastou mais de R$ 600 depois de ter adquirido sinusite por causa da poeira. &quot;Eu n&atilde;o consigo limpar [a sujeira]. O jeito &eacute; deixar tudo fechado&quot;, disse.&nbsp;

A Prefeitura de Salvador, respons&aacute;vel pela administra&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o, ainda n&atilde;o se pronunciou sobre o problema.

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O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de informou, nesta quarta-feira&nbsp;(11/5) que est&aacute; monitorando 28 casos suspeitos de <a href="https://aratuon.com.br/noticia/coronavirus/hepatite-misteriosa-em-criancas-avanca-na-europa-e-alarma-medicos-no-brasil-transplante-pode-ser-necessario">um tipo de hepatite aguda infantil de origem at&eacute; agora desconhecida</a>. S&atilde;o dois no estado do Esp&iacute;rito Santo, quatro em Minas Gerais, tr&ecirc;s no Paran&aacute;, dois em Pernambuco, sete no Rio de Janeiro, dois em Santa Catarina e oito em S&atilde;o Paulo.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1459246&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1459246&amp;o=node" />

&ldquo;Os casos seguem em investiga&ccedil;&atilde;o. Os centros de informa&ccedil;&otilde;es estrat&eacute;gicas de Vigil&acirc;ncia em Sa&uacute;de (Cievs) e a Rede Nacional de Vigil&acirc;ncia Hospitalar (Renaveh) monitoram qualquer altera&ccedil;&atilde;o do perfil epidemiol&oacute;gico, bem como casos suspeitos da doen&ccedil;a&rdquo;, disse&nbsp;a pasta em comunicado.

O minist&eacute;rio&nbsp;orientou os profissionais de sa&uacute;de a notificar imediatamente &agrave; autoridade sanit&aacute;ria os casos suspeitos da doen&ccedil;a.&nbsp;

A hepatite de origem desconhecida est&aacute; acometendo crian&ccedil;as em, ao menos, 20 pa&iacute;ses. A doen&ccedil;a se manifesta de forma muito severa e n&atilde;o tem rela&ccedil;&atilde;o direta com os v&iacute;rus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos foi necess&aacute;rio realizar o transplante de f&iacute;gado.

Segundo a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), mais de 200 casos, at&eacute; o &uacute;ltimo dia 29, haviam sido reportados no mundo, a maioria (163) no Reino Unido. Houve relatos tamb&eacute;m na Espanha, Israel, Estados Unidos, Dinamarca, Irlanda, Holanda, It&aacute;lia, Noruega, Fran&ccedil;a, Rom&ecirc;nia, B&eacute;lgica e Argentina. A doen&ccedil;a atinge principalmente crian&ccedil;as de um m&ecirc;s a 16 anos. At&eacute; o momento, foi relatada a morte de uma crian&ccedil;a.

Em comunicado divulgado em 23 de abril, a OMS disse que n&atilde;o h&aacute; rela&ccedil;&atilde;o entre a doen&ccedil;a e as vacinas utilizadas contra a covid-19. &ldquo;As hip&oacute;teses relacionadas aos efeitos colaterais das vacinas covid-19 n&atilde;o t&ecirc;m sustenta&ccedil;&atilde;o pois a grande maioria das crian&ccedil;as afetadas n&atilde;o recebeu a vacina&ccedil;&atilde;o contra a covid-19&rdquo;.

Em nota divulgada no in&iacute;cio de abril, a Ag&ecirc;ncia Nacional de Sa&uacute;de do Reino Unido, pa&iacute;s com o maior n&uacute;mero de casos relatados, disse tamb&eacute;m que n&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias de qualquer liga&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a com a vacina contra o coronav&iacute;rus. &ldquo;A maioria das crian&ccedil;as afetadas tem menos de cinco anos, jovens demais para receber a vacina&rdquo;.

SINTOMAS

De acordo com a Organiza&ccedil;&atilde;o Pan-Americana da Sa&uacute;de (Opas), bra&ccedil;o da OMS nas Am&eacute;ricas e Caribe, os pacientes da hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, v&ocirc;mitos, e icter&iacute;cia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas). N&atilde;o houve registro de febre.&nbsp;

O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomenda&ccedil;&otilde;es de tratamento dever&atilde;o ser aprimoradas, assim que a origem da infec&ccedil;&atilde;o for determinada.&nbsp;

Os pais devem ficar atentos aos sintomas, como diarreia ou v&ocirc;mito, e aos sinais de icter&iacute;cia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento m&eacute;dico imediatamente.&nbsp;Um detalhamento dos sintomas da doen&ccedil;a pode ser encontrado no&nbsp;<a href="https://www.paho.org/pt/noticias/3-5-2022-perguntas-e-respostas-hepatite-aguda-grave-em-criancas" target="_blank">site&nbsp;da Opas</a>.

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