No primeiro discurso ap&oacute;s a vit&oacute;ria nas elei&ccedil;&otilde;es presidenciais do Brasil, Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) destacou a necessidade de unifica&ccedil;&atilde;o nacional e destacou o combate &agrave; fome como seu principal compromisso.&nbsp;&ldquo;O Brasil &eacute; a minha causa e combater a mis&eacute;ria &eacute; a causa pela qual vou viver at&eacute; o fim da minha vida&rdquo;, declarou.

Ele falou em S&atilde;o Paulo em um hotel no Jardins ao lado de correligion&aacute;rios, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o candidato derrotado para o governo paulista Fernando Haddad, o seu vice Geraldo Alckmin e Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das elei&ccedil;&otilde;es.

Lula foi eleito com 50,9% dos votos. O seu oponente, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), conquistou 49,1% da prefer&ecirc;ncia do eleitor. Ele agradeceu aos votos recebidos, parabenizou todos que exerceram o direito ao voto, inclusive os que foram dados a Bolsonaro, como uma pr&aacute;tica cidad&atilde; e um dever civilizat&oacute;rio.&nbsp;

&ldquo;A partir de 1&deg; de janeiro de 2023, vou governar para 215 milh&otilde;es de brasileiras e brasileiros e n&atilde;o apenas para aqueles que votaram em mim. N&atilde;o existem dois Brasis. Somos um &uacute;nico pa&iacute;s, um &uacute;nico povo e uma grande na&ccedil;&atilde;o&rdquo;, declarou.&nbsp;

Lula disse estar disposto a pacificar o pa&iacute;s. &ldquo;Tenho f&eacute; em Deus que com a ajuda do povo n&oacute;s vamos encontrar uma sa&iacute;da para que esse pa&iacute;s volte a viver democraticamente, harmonicamente e que a gente possa restabelecer a paz entre as fam&iacute;lias, entre os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que n&oacute;s precisamos e o Brasil&rdquo;, declarou.

DEMOCRACIA E ECONOMIA

Lula defendeu que a escolha hoje nas urnas foi uma escolha pela democracia. &ldquo;&Eacute; assim que eu entendo a democracia, n&atilde;o apenas uma palavra bonita escrita na lei, mas como algo palp&aacute;vel, que sentimos na pele e que podemos construir no dia a dia. Foi essa democracia, no sentido mais amplo do termo, que o povo brasileiro escolheu hoje nas urnas&rdquo;, disse.

&ldquo;&Eacute; com essa democracia que vamos buscar cada dia do nosso governo, com crescimento econ&ocirc;mico repartido com toda popula&ccedil;&atilde;o, porque &eacute; assim que a economia deve funcionar, como instrumento para melhorar a vida de todos, e n&atilde;o para perpetuar desigualdades&rdquo;, acrescentou.

O presidente eleito se comprometeu ainda com a retomada da economia, com gera&ccedil;&atilde;o de empregos, eleva&ccedil;&atilde;o dos sal&aacute;rios e renegocia&ccedil;&atilde;o das d&iacute;vidas das fam&iacute;lias. &ldquo;A roda da economia vai voltar a girar com os pobres voltando a fazer parte do or&ccedil;amento&rdquo;, disse. Ele citou ainda aten&ccedil;&atilde;o especial &agrave;s pol&iacute;ticas de incentivo &agrave; agricultura familiar e a micro e pequenos empreendedores.

COMPROMISSOS

O presidente eleito disse que est&aacute; comprometido com as pol&iacute;ticas de combate &agrave; viol&ecirc;ncia contra as mulheres e sal&aacute;rios iguais para a mesma fun&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m do enfrentamento ao racismo e todas as formas de preconceito. Ele defendeu a retomada de confer&ecirc;ncias nacionais para discuss&atilde;o e defini&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas federais e o fortalecimento do Conselho de Desenvolvimento Econ&ocirc;mico e Social.

&ldquo;As grandes decis&otilde;es pol&iacute;ticas que impactam a vida dos brasileiros n&atilde;o ser&atilde;o tomadas em sigilo, mas em di&aacute;logo com a sociedade.&rdquo; Lula disse que vai retomar o programa Minha Casa, Minha Vida com foco em fam&iacute;lias de baixa renda.

Na pol&iacute;tica internacional, disse que vai retomar di&aacute;logo com pa&iacute;ses desenvolvidos, como Estados Unidos e pa&iacute;ses da Uni&atilde;o Europeia, numa posi&ccedil;&atilde;o de igualdade, mas que tamb&eacute;m vai apoiar pa&iacute;ses em desenvolvimento. Lula defendeu o desmatamento zero da Amaz&ocirc;nia com a retomada do monitoramento e vigil&acirc;ncia.

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